Milton Marques de Oliveira
02/04/2016 - OCN KID'S - PÁSCOA COM AS CRIANÇAS DA VILA DOS PESCADORES
SOB NOVA DIREÇÃO
SOB NOVA DIREÇÃO
".. eis que tudo se fez novo." (2 Co 5.17)
Paulo foi o autor da carta aos coríntios, aliás, ele escreveu por duas vezes aos coríntios, sendo a segunda epístola escrita pouco mais de um ano depois da primeira, isso nos idos de 57 DC. Na primeira carta, o apóstolo respondeu diversas questões, notadamente sobre casamento e alimentos sacrificados aos ídolos pagãos. Abordou ainda sobre alguns desentendimentos e divisões que estavam se intensificando naquela comunidade, inclusive citou o caso de um integrante da igreja local que mantinha um caso incestuoso (1 Co 5.1).
Quem conhece a história de Paulo, antes de sua conversão (At 9.1-16), sabe que ele era fariseu, profundo conhecedor da lei mosaica, perseguidor dos cristãos, judeu fervoroso (Fp 3.5-6) e foi aluno da escola de Gamaliel (At 5.34). Segundo os estudiosos Paulo era orgulhoso, intolerante e extremamente radical em seus posicionamentos na aplicação da lei. A Bíblia relata no livro de Atos dos Apóstolos, escrito por Lucas, que no apedrejamento de Estevão, Paulo esteve presente (At 8.1). Assim, pode-se afirmar que ele tinha mesmo um perfil que combinava perfeitamente com as tradições do judaísmo que confrontava a fé cristã.
Pois bem, se Paulo era assim, como explicar seus escritos na carta aos Gálatas, quando diz que as características do fruto do Espírito são amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e o domínio próprio? (Gl 5.22-23)
A explicação para isso é muito simples. Ao converter-se, Paulo sofreu uma profunda transformação em sua vida, ou seja, espiritualmente ele passou de um estado para outro. Era perseguidor de cristãos, e se transformou no maior doutrinador do cristianismo! Era orgulhoso, e se tornou humilde, era intolerante e deixou de sê-lo. Assim como a água transformada em vinho por Jesus (Jo 2.1-12), a transformação em Paulo ocorreu sem passar por nenhum processo intermediário.
Entenda que aceitando Jesus como seu suficiente Salvador, a pessoa passa por um processo de mudança em sua vida. Se outrora as bebidas e as drogas conduziam sua vida, agora é Cristo quem orienta sua caminhada. Se era dado a mentiras, agora não mente mais, se outrora sua mente era dominada por maus pensamentos, hoje é Cristo quem dirige sua vida.
Veja que outrora as práticas mundanas é que prevaleciam, mas agora a prioridade é viver conforme o caráter de Cristo (Jo 13.15). Convertido e agora crente em Jesus, a pessoa passa a levar uma vida totalmente diferente daquela de antigamente. Por isso o emprego da palavra conversão, que significa mudar de direção!
Perceba que o versículo acima que sustenta este texto mostra nitidamente que, agora o crente tem Jesus como Senhor de sua vida e desta maneira, o pecado não tem mais domínio sobre si. Suas práticas mundanas foram abandonadas e de agora em diante, tudo é novo, ou seja, sua vida se abre com novas perspectivas.
Jesus quando conversou com Nicodemos disse a ele sobre a necessidade de “nascer de novo” (Jo 3.1-3). A natureza humana é de má índole, o homem é naturalmente “cego” para enxergar as verdades espirituais e assim necessita “nascer de novo”, ele precisa sofrer uma transformação para entrar no reino de Deus.
Entenda que embora sejamos imperfeitos, para viver sob a direção de Cristo é preciso esta transformação sob ato do Espírito Santo (Jo 3.5), isto é, a ação do Espírito Santo na vida do homem é quem o convence do pecado (Jo 16.8). A transformação de Paulo, outrora extremado fariseu para doutrinador do cristianismo, deve ser considerada como grande exemplo de conversão para nossas vidas. Transformado, o cristão passa a fazer parte da família de Deus (Gl 3.26), ou seja, sob nova direção, amém?
Jesus Cristo, filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira – Pr
SAIBA DISSO!
SAIBA DISSO!
“Eu me deitei e dormi; acordei, porque o Senhor me sustentou. ” (Sl 3.5)
O livro de Salmos é considerado um dos mais extenso das Sagradas Escrituras e sua composição é uma coleção de poemas de louvores e exaltação a Deus, visando o engrandecimento do nome do Senhor. Embora os salmos tenham sido escritos há centenas de anos, suas aplicações são atuais por dois motivos básicos: primeiro que embora tenha havido grandes transformações sociais ao longo dos séculos, o ser humano é essencialmente o mesmo desde os tempos em que os salmos foram escritos, ou seja, o homem sente tristeza, alegria, chora e dá risadas. O outro motivo é que Deus não mudou, ELE continua o mesmo (Hb 13.8).
Assim, ao estudarmos os salmos, pode-se sentir o poder de Deus agindo na vida de cada um, trazendo paz, serenidade, gerando paciência, consolando e acima de tudo, levando as murmurações para longe do coração.
Perceba que a vida terrena é frágil. Certamente que você vai se lembrar de ter sido surpreendido com a notícia de alguém que passou no vestibular de alguma faculdade, de alguém que marcou a data de seu casamento, com o nascimento de uma criança e de outro alguém que passou recentemente por um procedimento cirúrgico e está se recuperando bem. Nestes e em inúmeros outros eventos, perceba que houve a vontade ou permissão de Deus.
O apóstolo Paulo ao escrever aos irmãos da igreja localizada em Roma, ensinava que a vontade de Deus é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2). E essa vontade está presente em cada instante de nossas vidas, e por incrível que possa parecer muitos não se dão conta das inúmeras providências de Deus em suas vidas. Compreenda que Deus age em nosso favor em diversos momentos, desde o instante que dormimos, caímos no sono profundo e acordamos, Deus estendeu sua misericórdia sobre cada um.
“Mas tu, Senhor, és Deus compassivo e misericordioso, muito paciente, rico em amor e em fidelidade” (Sl 86.15). Essa manifestação de amor, de paciência e principalmente da misericórdia de Deus em favor do homem é digna de ser contemplada, notadamente quando as pessoas se lembram de quantas vezes Deus agiu a seu favor, e você nem se tocou que era Deus operando.
Veja que Jesus, diariamente, realiza algo e as pessoas não percebem justamente por ser algo simples, talvez até mesmo banal como se alimentar ou atravessar uma avenida. Tudo isso são os milagres invisíveis e não captados pelos olhos humanos, mas são todas realizações de Deus. De outra forma, muitos são contemplados por bênçãos visíveis e sobrenaturais de Deus. Invisível ou não, compreenda que é Deus agindo a seu favor, creia nisso!
Reconheça que todos estão debaixo da soberania de Deus e ELE como criador de todas as coisas, supre todas as necessidades de suas criaturas. O profeta Daniel quando interpretou o sonho de Nabucodonosor, deixou claro que a direção e o controle de tudo encontram-se nas mãos de Deus e nada lhe escapa."Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?" (Dn 4,35). Veja que não existe a “sorte” por ter passado no vestibular, a “sorte” em ter encontrado alguém para casar ou mesmo que foi “sorte” a boa recuperação da saúde de alguém. Tudo isso foi o agir de Deus, de maneira visível ou invisível.
Antes que você pense sobre os eventos ruins, saiba que as angústias, aflições, as enfermidades, as dificuldades e as lutas também não chegam por chegar. Há um propósito em tudo isso! Saiba que o apóstolo Paulo, discorre sobre as suas adversidades que não foram poucas e mesmo assim em nenhum instante pensou em desanimar ou abandonar sua fé (2 Co 11.16-33). O mesmo Paulo em carta aos Romanos, contextualizando sobre o propósito e a segurança do crente em Jesus Cristo, manifestou que todas as coisas cooperam juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, e nada pode nos separar do amor de Deus em Jesus Cristo (Rm 8.28; Rm 8.39). Por outro lado, compreenda que muitas das vezes, as adversidades da vida são permitidas e utilizadas por Deus para mudar nosso comportamento, principalmente perante ELE, ou seja, Deus emprega as tribulações para moldar as pessoas. Reconheça, pois, na bonança ou na adversidade a soberania de Deus em sua vida, amém?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe!
Milton Marques de Oliveira - Pr
CREDENCIAL
CREDENCIAL
“...Então lhes declararei: Nunca os conheci. Afastai-vos da minha presença...” (Mt 7.23)
Mateus, o autor do primeiro evangelho foi chamado para ser discípulo pelo Mestre quando estava na coletoria de impostos (Mt 9.9). Considerando a cultura dos demais discípulos, alguns praticamente iletrados (At 4.12), pode-se afirmar que Mateus, por ser coletor de impostos do Império Romano e provavelmente mais afeto aos cálculos e números, era um homem com boa bagagem intelectual. Ao escrever, Mateus direcionou seu Evangelho para os judeus, onde narrou todo o ministério de Jesus com ênfase nos sermões.
Veja que uma prática muito comum do cotidiano para grandes eventos é selecionar quem pode e quem não pode entrar. Para fazer essa seleção, o organizador da festa, pode se valer da utilização de ingressos ou de senhas, o que chamamos de credenciais. Isso é uma maneira de separar as pessoas, de forma que somente quem tem a credencial tem a entrada garantida.
Relembre o que disse Jesus para todos os que n’ELE depositaram sua confiança de vida eterna e que vivem debaixo da promessa de encontrar-se com ELE: “ Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, Eu o teria dito a vós. Portanto, vou para preparar-vos lugar; E, quando eu me for e vos tiver preparado um lugar, virei de novo e vos levarei para mim, a fim de que, onde eu estiver, estejais vós também. ” (Jo 14.2-3). Entretanto, não basta ser cristão e ter essa promessa como meta se não viver uma vida terrena de maneira a conseguir a credencial que habilita a entrada no céu.
Compreenda que uma vida cristã, efetivamente falando, não significa que basta ir à igreja todos os dias, participar das atividades do culto, cantar louvores, ofertar e auxiliar quando necessário com as despesas de manutenção da igreja. Tudo isso faz parte e é implícito a vida de um membro do corpo de Cristo, mas entenda a importância de fazer algo mais com vistas a obter a garantia de não ser rejeitado no reino de Jesus.
É muito comum alguém tentar entrar em eventos utilizando de fraude e engano, e um expediente maroto e amplamente empregado, é o famoso “sabe com quem está falando? ”, para logo depois apresentar uma carteira, dando a conhecida “carteirada”. Este recurso somente funciona quando do outro lado encontra-se um corrupto, disposto a aceitar a situação de engano, mas no céu, lugar incorruptível, de nada valerá este artifício.
A credencial para entrar no céu carece de detalhes muito puros e de uma qualificação que difere o crente fiel daquele que caminha no erro e na fraude. Antes de mais nada, saiba que o cristão é peregrino nesta terra e cidadão do céu, conforme ensinou Paulo aos irmãos filipenses: “No entanto, a nossa cidadania é dos céus, de onde aguardamos com grande expectativa o Salvador, o Senhor Jesus Cristo; (Fp 3.20) ”
O que mais distingue um cidadão do céu, do cidadão da terra é que o primeiro é antes de tudo um imitador de Deus. "Sede imitadores de Deus como filhos amados. (Ef 5.1)" e ao ser imitador de Deus, cabe seguir, cumprir seus mandamentos e criar um caráter tal que o separe daqueles que seguem o mundo (Mt 6.24).
Compreenda que a pessoa não entrará no céu só porque seu pastor já está lá dentro, ou devido um parente ou amigo já estar lá dentro. Você conseguirá entrar pelas suas qualificações, ou seja, pela crença pura e genuína na obra de salvação de Jesus na cruz do calvário, pela firme fé que ELE ressuscitou dos mortos, pelo genuíno arrependimento de seus pecados e acima de tudo, reconhecendo que a salvação não é mérito seu, mas uma atitude do amor de Deus a seu favor, chamada graça! (Ef 2.8-9)
Portanto, não perca sua credencial, senão... “..nunca os conheci. Afastai-vos da minha presença...” (Mt 7.23), amém?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
DIFERENTE
DIFERENTE
“... purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne, como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus. ” 2 Co 7.1
Escrita por Paulo, a segunda carta aos Coríntios mostrava àqueles irmãos da cidade de Corinto, diversas evidências de sua sinceridade no serviço a Deus (2 Co 2.17). São comuns na carta as palavras que expressam algum tipo de sofrimento, como aflições, angústia, açoites, perseguições e choro. Noutro giro, percebe-se também palavras de consolação como alegria, triunfo e regozijo.
O contexto desta passagem está na solicitação de Paulo aos irmãos daquela cidade, para que ficassem longe do mal que seus habitantes praticavam. Corinto era uma cidade portuária, movimentada, com grande fluxo de pessoas procedentes de todo lugar. Lá reinava a corrupção, orgias sexuais à deusa Afrodite, uma imoralidade sem precedentes e o chamamento de Paulo era para os irmãos se manterem separados daquela sociedade.
Perceba que com poucas diferenças, a sociedade de hoje em dia é muito parecida com aquela de Corinto do século I. Vemos relatos e mais relatos de imoralidade pública, gestores públicos investigados por corrupção e alguns estão até presos. Famílias desestruturadas pela violência doméstica, pela prostituição, pelas drogas e pelo álcool. Crimes passionais envolvendo pais e filhos não mais nos surpreendem tal a sua frequência, e diariamente os jornais noticiam casos estarrecedores de pessoas envolvidas em atos violentos sem nada que os justifique.
Compreenda que embora nosso mundo não seja esse (Jo 17.16), é neste ambiente que vive o crente em Jesus, enfrentando todas as adversidades da carne (1 João 2.15-17). O cristão, aquele que efetivamente tem sua fé depositada em Jesus Cristo, tem seu corpo como o templo do Espírito Santo que nele faz morada (1 Co 6.19). Não se trata aqui do templo como edifício físico, construído por mãos humanas, mas como Deus é Espírito (Jo 4.24) esta moradia em nosso corpo se vincula a constante presença divina em nossa vida. Constante presença, perceba isso! (Gl 5.16)
Entenda que a necessidade de ser diferente e separado do mundo encontra justificação porque tudo que o mundo pratica, é contrário à mente de Deus. Assim não é possível e nem cabe ao crente em Cristo, pela carne e muito menos pelo espírito, se contaminar com as coisas negativas da sociedade, pois assim agindo, está a praticar tudo o que contraria a natureza divina e o caráter santo de Deus (Ef 4.10). Num universo moral, é praticamente impossível que Deus abençoe seus filhos que estão em cumplicidade com o mal. Não há conexão do bem com o mal, nem comunhão da luz com as trevas (2 Co 6.14).
Compreenda que a casa ou morada é sempre a expressão de quem lá habita. Olhando as ocas, percebe-se facilmente que lá habitam os índios. Da mesma forma aos crentes em Cristo, pois sendo o templo de morada do Espírito Santo, deve ser refletida a expressão moral de Deus (1 Co 6.19).
Veja que a santidade do cristão é progressiva, isto é, a cada dia ela tende a melhorar um pouco mais e isso está vinculado na dinâmica do processo de maturidade cristã. O crente em Jesus Cristo, é filho de Deus (Jo 1.12), participante da natureza divina e, não esqueça que esta mesma natureza divina é incompatível com as paixões mundanas. Justiça e injustiça não se harmonizam e nem a luz se mistura com as trevas, é neste contexto que Paulo ensinava aos irmãos da igreja em Corinto (2 Co 6.14).
Sejamos, pois, a cada dia mais zelosos com a nossa vida, nas ações, nos pensamentos, nas palavras e nas atitudes. Disse Jesus: “se alguém ama a minha palavra, meu pai o amará e viremos para ele e faremos nele morada” (Jo.14.23), amém?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira – Pr
VOLTE!
VOLTE
“Ora, havia fome naquela terra; Abrão, pois, desceu ao Egito, para peregrinar ali, porquanto era grande a fome na terra. ” (Gn 12.10)
Gênesis é o livro que trata dos começos. Escrito por Moisés, o livro cuida do registro da criação dos céus e da terra, dos animais, das águas e obviamente da criação do gênero humano. Gênesis narra o princípio da vida e também a sua ruína decorrente do pecado, registra o começo do universo e o princípio da salvação, enfim, o livro é o registro de todas as coisas. Ainda no livro, tem-se a convocação de Abraão (Gn 12.1), chamado para a terra de Canaã, terra essa que seria sua conforme promessas de Deus e que, contextualmente, é a base deste texto.
Entenda que Abrão, saiu de onde morava para habitar nas terras de Canaã, em obediência ao que Deus lhe determinara. Ele fez corretamente, e chegando nas terras de Canaã, temente a Deus, Abrão edificou um altar em Betel (Gn 12.8). A Bíblia não relata quanto tempo ele permaneceu nessas terras, mas pode-se conjecturar que tenha ficado pouco tempo. Até aqui, tem-se que ele foi obediente a Deus. Saiu de sua terra e foi para outras paragens, lá permaneceu até que as provações lhe aconteceram.
Compreenda que nos momentos em que o cristão se afasta da presença de Deus para priorizar a vontade pessoal, em detrimento da vontade divina, temos que este cristão “desce” para o mundo. Desobediente a Cristo, ele passa a caminhar numa estrada de acentuada descida, ou seja, sempre que um crente deixa o lugar onde Deus o colocou, ele pega um caminho descendente. Saiba que houve fome em Canaã e Abrão por livre e espontânea vontade “desceu para o Egito” (Gn 12.10), que na Bíblia representa o mundo carnal e toda sua pecaminosidade. Compreenda que ao descer, Abrão saiu do campo da obediência ao Senhor quando enfrentou a fome, primeira provação das muitas que lhe ocorreriam.
Perceba que no Egito, mundo carnal, Abrão pecou ao mentir aos egípcios que Sarai, sua mulher, era sua irmã. E não só errou como ainda impôs a Sarai, que esta também viesse a cometer pecado, quando ela passou a morar e coabitar com o Faraó, (Gn 12.11-15). Atente que o tempo de permanência de Abrão no Egito foi longo, a Bíblia relata que ele teve prazo suficiente para criar muitos animais, o que não só potencializou o pecado de sua esposa Sarai, como também piorou em grandes proporções a vida dos príncipes egípcios, que foram feridos por pragas (Gn 12.17).
Compreenda que fora da presença do Senhor, a pessoa tende a cometer toda sorte de pecado e a ser vítima das ciladas e ardis do diabo. Reconheça que distante do Senhor nosso Deus, não há momento de adoração, não há Palavra, nada edifica espiritualmente e muito menos existe altar. No mundo, predomina a vontade de Satanás, príncipe deste mundo (Jo 12.31), que conforme ensina Paulo, opera nos filhos da desobediência (Ef 2.2). Abrão quando estava no Egito, não construiu altares de adoração como fez em Canaã, não há registros que realizou orações e tampouco há registro nas Sagradas Escritura que durante sua passagem pelo Egito que a Palavra do Senhor tenha sido pregada. Lembre-se que Abraão havia descido ao Egito!
Maravilhosamente, saiba que mesmo fora da presença de Deus, Abrão não foi abandonado. Deus jamais esquece suas promessas! “Eu farei de ti uma grande nação; abençoar-te-ei,..” eram as palavras de Deus para Abraão (Gn 12.2). Afinal de contas, “…Deus não é homem para que minta…” (Nm 23.19) e Abrão “subiu do Egito...” (Gn 13.1) e construiu um altar no mesmo local onde havia construído quando chegou ali chegou (Gn 13.4).
Se Canaã era a terra das promessas de Deus a Abrão, e para lá ele subiu, da mesma forma, é na presença de Deus que devemos estar para que suas promessas sejam realizadas em nossas vidas. Embora muitos tenham se afastado da presença de Deus, sempre há tempo e oportunidade para voltar. Reconheça que o amor e a misericórdia de Deus são infinitos, todavia, em termos de salvação e vida eterna, a decisão de subir para a presença de Deus deve ser priorizada e realizada enquanto se está vivo.
Saiba e compreenda que para subir, ou seja, voltar à presença do Senhor, há um prazo em virtude da finitude da vida (Tg 4.14). Pense nisso! Se você desceu e se distanciou da presença de Deus, volte logo, saia deste egito, amém?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
20/02/2016 - ONC KID'S - VILA DOS PESCADORES ( 2ª Parte)
ORDEM NA CASA
ORDEM NA CASA
“Porque cinco maridos tiveste, e o que agora tens não é teu marido. ” (Jo 4.18)
Essa passagem foi extraída do Evangelho Segundo João, escrito pelo discípulo de mesmo nome, um dos doze discípulos de Jesus. Juntamente com seu irmão Tiago, e com Pedro, pode-se afirmar com certeza que estes três estiveram mais próximo de Jesus que os demais discípulos. Saiba que na cruz, foi a João que Jesus recomendou que cuidasse de sua mãe e, Paulo o identifica na carta aos Gálatas como uma das colunas da igreja (Gl.2.9).
Vivemos dias maus! Essa é uma frase corrente e todos concordam com ela. Praticamente em todos os setores da sociedade reina uma grande desordem, tanto no governo como na vida privada. Casamentos começam e acabam tão rapidamente que as pessoas só ficam sabendo da separação, empresas abrem e encerram suas atividades sem que demos conta, e notícias de atos de corrupção nos governos acontecem todos os dias. Enfim, percebe-se mesmo uma desordem generalizada.
O contexto dessa passagem mostra um inacreditável encontro de Jesus com uma mulher samaritana, cuja vida estava em desordem (Jo 4.18). Historicamente os samaritanos e judeus não se davam bem desde a morte do rei Salomão com a divisão de Israel, e consequentes invasões dos Assírios na parte norte e a introdução de povos idólatras pelos Assírios naquelas terras.
Conhecedor dos problemas familiares daquela mulher, Jesus poderia prestar conselhos sentimentais, mas objetivou o lado espiritual. Entenda que ante toda desordem que reina mundo afora, o grande problema humano está na decadência espiritual, ou seja, o pecado que nos separa, isto é, abismo que existe entre Deus e o homem, “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23). Há uma grande e desenfreada decadência espiritual dominando o mundo e levando as pessoas cada vez para mais longe de Deus.
Percebe-se nos dias atuais uma forte procura por soluções em problemas de toda ordem e praticamente todas as pessoas querem soluções imediatas, quase instantâneas. Médicos, pesquisadores, políticos, empresários e outros estudiosos gostam de apresentar uma receita salvadora, uma equação que promete resolver tudo, um procedimento que liquida qualquer problema, mas o que se enxerga nos dias atuais é que nada muda e, contrariando tudo isso, a desordem continua crescendo.
Veja que são raros aqueles que procuram o Jesus que transforma, que dá um novo rumo e um novo começo quando tudo aponta para o fim. Por meio de Jesus Cristo a mulher samaritana aprendeu como adorar a Deus e acima de tudo, ela aprendeu a depositar sua confiança em Cristo. Veja que antes de qualquer outra providência, Jesus resolveu primeiro o problema espiritual dela, onde e como adorar a Deus, para que somente depois os outros problemas seriam solucionados, de maneira gradativa e ao seu tempo.
Compreenda que neste contexto de grande desordem nas vidas das pessoas, surge a necessidade de buscar a Deus em primeiro lugar (Mt 6.33), em Espírito e em verdade (Jo 4.24). Entenda que aquela mulher conhecia bem a água que brotava na cisterna, entretanto, Jesus lhe ofereceu a água da vida, uma água que ela jamais sentiria sede (Jo 4.14). Perceba que aquela mulher depositou sua confiança em Jesus e passou a adorar a Deus da maneira ensinada, bebendo da água da vida na fonte e, não sendo egoísta, ainda procurou anunciar Jesus aos demais moradores de sua cidade que foram ter com Jesus (Jo 4.39).
Reconheça que toda desordem, toda desarrumação e toda anarquia tem sua solução quando se prioriza em primeiro lugar a questão espiritual (Lc 12.31). Saiba que a vontade e os desejos da carne são o estopim de toda desordem, todavia, a presença de Jesus em nossa vida, fortalece, sustenta e nos orienta. A solução contra a desordem está em Jesus (Sl 1.1-2), amém?
Jesus Cristo filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr