Milton Marques de Oliveira
ABSOLUTO
ABSOLUTO
“Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.” (Fp 1.6)
Ao escrever a carta aos irmãos em Cristo que estavam na cidade de Filipos, o apóstolo Paulo visava antes de mais nada agradecer-lhes pela ajuda financeira que eles haviam lhe enviado por meio de Epafrodito. Aquela igreja demonstrava generosidade com quem lhes havia apresentado o reino de Deus e a salvação por meio da graça de Deus. Informações de historiadores apontam que Paulo estava encarcerado em Roma quando escreveu essa carta, retratando com riqueza de detalhes sua alegria em Cristo, mesmo com todas os problemas que enfrentava.
Não é segredo para ninguém que o mundo está passando por momentos de grandes incertezas e isso em todos os ambientes. Na administração pública o que predomina são as falsas promessas de realizações que, ou nunca são executadas ou são feitas por partes. Nos relacionamentos, nas famílias e nas empresas, as incertezas assumem proporções jamais vistas com questionamentos de princípios e valores morais, tal a sensação de que o certo é errado e vice-versa. Enfim, querendo ou não, o mundo está dentro de um contexto onde ninguém tem convicção de mais nada. Tudo está relativizado. Pasmem!
A história bíblica mostra no Antigo Testamento, que Deus libertou o povo hebreu da escravidão no Egito e quando eles caminhavam pelo deserto em direção ás terras de Canaã, passaram por muitas dificuldades. O incrível foi que diante das adversidades, eles manifestaram em seus corações o desejo de voltar ao Egito, quiseram retornar ao passado de opressão, sofrimento e dor (At 7.39). E certamente que esse desejo encontrou fundamentação porque eles não estavam absolutamente certos, ainda tinham dúvidas e muitas incertezas quanto às palavras ditas pelo mesmo Deus que os libertou. Ou seja, naquele momento de dúvidas e até mesmo de incredulidade, lhes faltou os fundamentos da fé.
Na carta aos Filipenses, Paulo escreve que mesmo diante das circunstâncias que não lhe eram favoráveis (estava preso em Roma), ele estava totalmente certo de que aquele Jesus que começou boa obra de conversão nos irmãos da comunidade que estava em Filipos, iria completá-la. Veja bem que o coração de Paulo tinha certeza absoluta e plena, ele estava certíssimo que a obra de convencimento da justiça, do pecado e do juízo seria executada em sua totalidade (Jo 16.7-11).
Considere que o grande desafio aos cristãos dos dias atuais é justamente o de manter suas convicções, de manter sua fé mesmo em dias de turbulência, diante das adversidades e em dias de aflições. Saiba que a razão de muitos fracassarem e até desistirem na vida cristã está na soma das incertezas com a falta de conhecimento em um Deus que não falha (Js 21.45). E aí, por não estarem completamente certos essas pessoas entram em desespero, reclamam e querem desistir da vida cristã e evidentemente, querem voltar ao mundo que os prendia nos vícios, no pecado e em toda prática que os mantém longe de Deus. Reflita!
Crises, adversidades, desencontros, privações e até mesmo separações, tudo isso e muito mais podem sim afetar pessoas crentes em Jesus, todavia, entenda que nessas situações muita gente acha que Deus virou o rosto contra eles, que Deus está indiferente e/ou que Deus está ocupado com outras coisas e não está vendo e nem ouvindo seus lamentos. Isso não é uma verdade. Saiba que diante das dificuldades, mais que nunca o crente deve manter suas expectativas em alta naquele que fez os céus, a terra e tudo o que existe: Cristo! Num ambiente hostil com tantos problemas, com tantas pessoas influenciando negativamente e dando maus exemplos de vida, creia que ao cristão cabe tão somente manter sua certeza em Deus e em ninguém mais. Afinal, se Deus não fizer, creia que ninguém mais fará. Guarde isso!
Compreenda que a doutrina cristã anuncia o céu e vida eterna com Jesus como uma certeza, jamais como algo incerto, como se fosse uma aposta. Noutras palavras, nenhum cristão caminha olhando para o desconhecido, mas caminha absoluto para as moradas celestiais (Jo 14.2-3). Entenda hoje e sempre que na caminhada cristã não pode haver espaços no coração para incertezas e nem para dúvidas, amém? Um forte abraço.
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe.
Milton Marques de Oliveira - Pr
07/02/2023 - CULTO "FÉ E VIDA"
CORAGEM
CORAGEM
“Porquanto, Deus não nos concedeu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio.” (2 Tm 1.7)
Paulo escreveu duas cartas a uma mesma pessoa: Timóteo. Sabe-se que o apóstolo Paulo tinha Timóteo como colaborador em diversas ocasiões e bem mais que isso, Paulo o teve como seu filho espiritual. As epístolas de Paulo destinadas a Timóteo e a Tito são chamadas de cartas pastorais em razão deles serem líderes das igrejas em Éfeso e Creta, respectivamente (1 Tm 1.3; Tt 1.5). Sobre a pessoa de Timóteo, tem-se que ele era filho de um homem grego e de uma mulher judia, foi criado dentro dos caminhos de Deus pela avó, de nome Loide ( 2 Tm 1.2-5).
Comum naquela época (século I) e também os dias atuais, eram as falsas doutrinas. Sempre apareciam alguns pregadores itinerantes anunciando e ensinando uma mescla do evangelho com as práticas e as tradições judaicas e até mesmo algumas doutrinas pagãs (2 Tm 2.18). As cartas pastorais tinham como foco combater estes ensinamentos falsos e reafirmar as verdades cristãs. Pense nisso!
Considere que somos parte de uma sociedade literalmente decadente, tanto moral como espiritualmente. Vive-se hoje com ênfase na valorização do ego, na valorização da pessoa em si e nos atos de extrema competição em todos os setores. Dúvidas, incertezas, incredulidade e timidez são palavras comuns para muita gente, inclusive no meio cristão.
Veja que Paulo faz uma advertência a Timóteo no sentido que ele fosse ousado na pregação do evangelho, que tivesse ânimo e coragem para anunciar Jesus às pessoas, de forma que todos pudessem saber sobre Jesus, única maneira de ganhar a vida eterna e obter a justificação dos pecados. O apóstolo Paulo utilizava o argumento para mostrar a Timóteo, então novo na liderança de uma igreja, que Deus governa aqueles a quem chama por meio do poder de seu Espírito. Assim, não poderia Timóteo fracassar na pregação da palavra, mas acreditar que por meio da própria palavra de Deus estaria sustentado para anunciar Cristo ao mundo.
Considere que naquela época, eram comum as perseguições religiosas, tanto de homens judeus que pregavam o judaísmo como do Império Romano e ambos tinham poder para prender, maltratar e até mesmo matar. Era evidente que essas ameaças se tornavam um forte obstáculo para expansão da fé em Jesus, afinal, a vida dos cristãos nas mãos dos inimigos não valia nada. Falar de Jesus e viver o cristianismo era para os corajosos!
Vencer a timidez tem muita relação com posturas mentais. Desde o jovem na sala de aula que se vê a enfrentar os amigos e colegas na apresentação de um trabalho até o renomado professor da faculdade, todos podem um dia lidar com a timidez de falar em público. Ter ânimo para o enfrentar e coragem para não recuar, deve ser a meta, até porque em todos os cenários, a coragem faz parte do sucesso. Reflita!
No Velho Testamento, durante as guerras que o povo de Israel enfrentou, dentre algumas situações que impossibilitavam os homens de irem à guerra, estava aqueles homens que, por razões pessoais não tinham coragem de lutar e nem de pegar nas armas. “O homem de coração medroso e tímido, torne-se para sua casa, para que o coração de seus irmãos não de derreta como o seu coração..” (Dt 20.8). Noutras palavras, a falta de coragem, produz o oposto que é o medo e este sentimento poderia contagiar os demais. Assim, a batalha para Israel já estaria perdida antecipadamente, portanto, a ordem era que esses voltassem às suas casas.
Transporte essa situação de Paulo encorajando a Timóteo para os dias atuais e veja que muita gente também necessita de ser encorajado para testemunhar a mudança que Jesus fez em sua vida. Poucos e raros cristãos possuem a ousadia de falar do poder transformador de Cristo, como se esse poder não fosse mesmo um poder, mas algo sem sentido e aleatório. Compreenda que coragem e ousadia andam de mãos dadas e sem o emprego de ambas, nem o crente permanece de pé e nem a igreja sobrevive. Saiba que testemunhar é antes de mais nada evidenciar ao mundo que Jesus Cristo veio, morreu e ressuscitou e que hoje vive e pode trazer mudanças para muita gente. Ou seja, não se pode viver um cristianismo sem ânimo, sem entusiasmo e acanhado. Reflita isso!
Não só a Timóteo, mas a todos os crentes em Jesus Paulo chama a ter ousadia, a não ter vergonha de apregoar a salvação por meio do amor e da graça de Deus. Isso vale como encorajamento aos cristãos do tempo presente a anunciarem Cristo a seus familiares, amigos, colegas de trabalho e a todos que almejam uma vida transformada, tanto física como espiritualmente. Amém? Um forte abraço.
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe!
Milton Marques de Oliveira - Pr
05/02/2023 - CULTO DE LOUVOR E ADORAÇÃO A DEUS
04/02/2023 - CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR
31/01/2023 - CULTO "FÉ E VIDA"
ALEGRIAS
ALEGRIAS
“alegrai-vos no Senhor” (Fp 3.1)
A carta aos Filipenses foi escrita nos idos de 60DC, e conforme os historiadores a cidade de Filipos, localizada na Grécia foi fundada por Filipe, pai de Alexandre Magno, daí o nome da cidade em homenagem a seu fundador. Tem-se que o evangelho chegou a Filipos por meio do apóstolo Paulo e pela narrativa de Lucas no livro de Atos dos Apóstolos, se percebe o alcance da graça de Deus, quando três personagens diferentes da cidade foram alvos do mesmo amor divino (At 16). Lídia, a vendedora de púrpura, a jovem escrava usada por seus donos com fins econômicos e o carcereiro romano. Filipenses é uma carta carregada de emoção, instruindo os integrantes daquela comunidade que permanecessem unidos e constantes na caminhada cristã.
Todo mundo conhece alguém que vive literalmente de cara amarrada. São pessoas amargas, ranzinzas e de comportamentos ácidos. Tem sido comum uma frase onde a pessoa diz que naquela dia, ela levantou da cama com o pé esquerdo. Trata-se de um habeas corpus preventivo, numa clara e evidente demonstração que o azedume vai durar o dia todo. Perceba ainda que gente mal humorada impacta as pessoas ao redor, suas ações recheadas de raiva contaminam a família e até o local de trabalho fica ruim. Verdade é que ninguém quer ser amigo de gente emburrado de gente brigado com a alegria. Uns são descontentes pelas escolhas e decisões que tomaram no passado e amargam as consequências no presente e outros exteriorizam suas chatices devido as situações ou circunstâncias que estão vivenciando.
O grande desafio para milhares de pessoas mundo afora é ter uma vida onde a tristeza não ocupa lugar no coração. Logicamente que o mundo caminha para sua própria destruição, tal o tamanho das hostilidades e desencontros entre as pessoas, todavia, vencer as dificuldades e firmar o passo em Jesus tem sido a solução na busca do almejado contentamento.
Considere que muitas circunstâncias tem contribuído para tirar a alegrias das pessoas, tornando-as descontentes, decepcionadas e extremamente frustradas, e dentre essas situações, pode-se citar que fatores externos, alheios à vontade das pessoas é o grande responsável por deixar muita gente entristecida. Atente que o homem gosta de controlar as coisas, mas existem milhares de situações que podem causar decepção e que não estão debaixo do controle pessoal de ninguém. Nessa visão, o motorista não controla o trânsito, as pessoas não controlam o clima, as ações do governo não são controláveis e nem a saúde está debaixo de controle. Noutras palavras, essas são situações que podem eventualmente causar transtornos e tirar a alegria de muita gente.
A narrativa diz que Paulo desejou ir a Roma para conhecer a igreja, mas acabou indo parar em Roma sob a condição de preso. E mesmo preso, Paulo não se deixou abater. Permaneceu alegre e anunciando a palavra de salvação não só aos guardas que o mantinha encarcerado, mas a todos quanto estavam nas proximidades (Fp 1.13). Ou seja, o fato de Paulo estar encarcerado em nenhum momento tirou sua alegria em falar de Jesus, ele não era escravo das coisas e nem das circunstâncias ao seu redor. Paulo estava alinhado com os propósitos celestiais e embora trancafiado e longe da cidade de Jerusalém, ele continuava sendo instrumento nas mãos de Deus. Reflita!
Hoje muitas pessoas vivem tristes, cabisbaixas e toda essas angústias são causadas por circunstâncias alheias à sua vontade e para vencer essas situações inusitadas, o segredo é colocar os olhos além dos eventos que estão acontecendo. Veja que Paulo não enxergava a prisão em si que o limitava fisicamente, mas via naquela situação, a oportunidade de falar de Jesus aos seus carcereiros e isso ele realizou com maestria, tanto que o evangelho da salvação chegou aos corações dos sentinelas.
Todavia, perceba que nem sempre isso acontece, pois grande parte das vezes, os eventos surgidos e alheios à vontade do indivíduo acabam por impedi-lo de viver com satisfação e contentamento. Assim, o dilema é ter discernimento e compreender que a alegria de cada homem ou mulher não pode depender dos eventos alheios, pois assim enxergando, a vida será uma eterna gangorra, tal a quantidade de eventos e circunstâncias positivas e negativas que assolam as pessoas e das quais não se tem o devido controle. Guarde isso!
Paulo ensinou que ele aprendeu a viver contente (Fp 4.13). Ou seja, é certo que ele enfrentou situações onde a angústia falou mais alto devido aos inúmeros problemas. Mas sabiamente, ele afirma que aprendeu a ter alegria, aprendeu a viver contente mesmo diante das adversidades que não foram poucas. Portanto, olhe para sua vida, não perca a alegria e nem ande procurando motivos para se sentir triste e/ou angustiado em razão de acontecimentos alheios que fogem de seu controle. Aprenda com maestria a olhar além das crises, tirando proveito das situações que aparecerem e tenha uma vida melhor diante das circunstâncias. Combinado assim? Um forte abraço.
Jesus Cristo Filho de Deus os guarde, hoje e sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
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