Milton Marques de Oliveira
10/09/2022 - BATISMO NAS ÁGUAS
06/09/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"
CONVICTO
CONVICTO
“Pois os meus olhos viram a tua salvação”. (Lc 2.30)
Lucas não era judeu e segundo os historiadores ele era grego e morador da cidade de Antioquia, na Síria. Era amigo do apóstolo Paulo com quem esteve nas viagens missionárias chegando a escrever o livro de Atos dos Apóstolos abordando os principais acontecimentos que deram início á expansão da fé cristã no mundo de então. Em seu evangelho, Lucas apresenta Jesus com o Deus de toda bondade e compaixão, detalhando com muita riqueza os eventos onde a misericórdia de Jesus se fez presente.
O contexto dessa narrativa apresenta a pessoa de Simeão quando da apresentação do menino Jesus ao Senhor no templo em Jerusalém (Ex 22.29). A narrativa de sua curta participação no ritual desta cerimônia é relatado em poucos mais de dez versículos (Lc 2.25-35).
Concorde que as pessoas de modo geral vivem debaixo de alguma expectativa, seja ela pequena ou grande. É o que se chama de estar convicto de obter algum resultado. Veja que marido e esposa carregam a grande expectativa da criança que vai chegar e, assim eles planejam o quarto, as mobílias, as primeiras roupas, a pintura das paredes, etc. Antes mesmo do nascimento, cria-se expectativa se a criança vai parecer com o pai ou com a mãe. Noutro lado as pessoas planejam a construção da casa própria e idealizam a posição dos móveis e até o tipo do telhado. Em todos esses exemplos, essas expectativas são carregadas com muita realidade e de forma semelhante, o cristão também carrega a convicção de receber um milagre, uma benção ou a providência divina para alguma situação.
Naquela época, século I, o Império Romano dominava uma extensa área geográfica, incluindo a região da Palestina. Subjugados e dominados, os judeus alimentavam a esperança na vinda de um libertador, um guerreiro que os resgataria da dominação romana. As escrituras do Antigo Testamento registram mais de 500 profecias messiânicas, todas elas sobre a manifestação de um Messias para o povo de Israel. E o judeu Simeão, conhecedor das mesmas profecias, também alimentava essa expectativa, todavia, sua convicção se fundamentava no Cristo que faria a reconciliação espiritual do povo com o Deus de Israel (Lc 2.25).
Mas considere que Simeão não era sacerdote, não exercia nenhuma função no templo e pode-se afirmar que assim como a maioria do povo, ele era um homem simples, que ia ao templo e cumpria suas obrigações religiosas. Mas, diferente dos líderes religiosos que dominavam as interpretações dos profetas e tinham a esperança de um Messias guerreiro, Simeão havia recebido a revelação do Espírito Santo que ele não morreria antes de contemplar o Messias (Lc 2.26). Ou seja, justo e temente a Deus, ele tinha a convicção de que o libertador que viria seria aquele que faria a restauração do povo com Deus e nesse foco, ele alimentava sua crença. Pense nisso!
O texto não diz quando Simeão recebeu a revelação de que viveria o bastante para ver o Messias, mas o tempo passou, a idade chegou e um detalhe sobressaiu na vida dele: ele não esmoreceu, permaneceu convicto que a promessa seria efetivamente cumprida e viveu para isso. Reflita!
Traga essa narrativa para os dias atuais e compreenda que o mesmo Espírito Santo que se revelou a Simeão, é o mesmo Espírito Santo que hoje se revela a milhares e milhares de pessoas cristãs em todo o mundo, mostrando caminhos, dando direção, advertindo e prometendo bênçãos e milagres. Ou seja, Deus continua agindo em meio ao seu povo.
Numa sociedade imediatista, perceba que o grande desafio nos dias atuais é não ser dominado pela ansiedade, enquanto a palavra de Deus não se realiza. Aguardar o tempo de Deus tem sido difícil em todos os tempos, mas demonstrar equilíbrio espiritual, perseverar e se manter constante dentro dos caminhos de Deus deve ser uma característica de todo cristão! Conscientes ou não, somos parte de uma geração impaciente que não suporta esperar nada. Todavia, Simeão esbanjou paciência, nada tirou sua expectativa de ver o Cristo. E ele viveu debaixo de uma promessa, esperou e viu o agir de Deus em meio ao seu povo.
Guarde isso: independente do tempo, caminhe debaixo de uma certeza que venha dos céus e aprenda a manter suas convicções em Cristo. O que Deus anunciou, pode até demorar, mas ao tempo desse mesmo Deus tudo se realizará (Rm 4.21). Creia nisso! Um grande abraço.
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe.
Milton Marques de Oliveira - Pr
04/09/2022 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS
03/09/2022 - CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR
30/08/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"
COLISÃO
COLISÃO
“Partiram para suas terras por outro caminho.” (Mt 2.12)
Mateus, também chamado de Levi, foi um judeu que trabalhou para os romanos em desfavor de seus compatriotas. Não se sabe quando e nem as circunstâncias de sua convocação para ser cobrador de impostos, mas ele foi chamado e logicamente, aceitou. Essa atividade não era bem aceita pelo povo judeu e isso lhe trouxe bastante aborrecimentos e inimizades. Todavia, da mesma maneira que recebeu a convocação dos romanos, ele aceitou o chamado de Jesus para ser discípulo e num piscar de olhos, ele abandonou tudo e foi caminhar com Jesus. Escreveu seu evangelho aos judeus apresentando Jesus como filho de Abraão e filho de Davi, ou seja, ele apresentou Jesus relacionando-o com dois personagens muito conhecidos dos judeus.
O versículo acima está ambientado no nascimento de Jesus e mostra as reações daqueles que tiveram conhecimento deste grande evento e que se encontraram com o Jesus ainda criança (Mt 2.1-12).
Considere que as pessoas vivem encontros e estes encontros geram reações, aliás, todo encontro provoca reações que trazem mudanças na vida das pessoas. Veja que a criança ou o adulto que bateu de frente com as letras na escola, nunca mais será o mesmo. O alfabeto, as frases, as letras e suas interpretações passarão a impactar sua vida, pode-se dizer que foi uma colisão frontal. Homens e mulheres que encontraram a pessoa amada, mudaram suas rotinas e conheceram o amor, a alegria e a felicidade. Noutro lado, aqueles que tiveram um encontro com o vírus covid, também mudaram seus pensamentos, deixaram de ser negacionistas para entender a necessidade de uso das máscaras e da vacina. Enfim, algumas colisões, alguns encontros causam grandes reações, ora boas e ora ruins. Pense nisso!
Atente que a Bíblia não diz que os estrangeiros visitantes eram três nem que eram reis como popularmente se escuta, na verdade eram apenas "magos do Oriente" e provavelmente estudiosos da astrologia. Pode-se conjecturar que eram nômades moradores da região que hoje é o Irã ou Iraque. O certo é que se tratava de homens que desconheciam o Deus de Israel, entretanto, eram possuidores de um coração generoso e se dispuseram a uma longa caminhada para conhecer o rei dos judeus. Seus corações foram receptivos à sinalização dos céus.
A narrativa de Mateus mostra que estes homens chegaram á região da Judeia e indagaram onde estaria o rei dos judeus. De imediato, os escribas e sacerdotes foram acionados e responderam conforme os escritos do profeta Miqueias: o Messias viria da cidade de Belém (Mt 2.6; Mq 5.2).
Para espanto e indignação, veja que os escribas e sacerdotes, doutos e sábios conhecedores de todas as profecias messiânicas, o nascimento do Messias, nome tão conhecido e aguardado pelas autoridades judaicas, não gerou nenhuma reação. Um evento desta envergadura que deveria trazer comoção, alegrias e extrema felicidade, não causou neles nenhuma reação, ficaram indiferentes! A notícia do nascimento de Jesus, ali pertinho deles, não trouxe nenhum impacto. Atente que os escribas discutiam, estudavam, ensinavam e até debatiam os escritos dos profetas, mas o maior evento que a humanidade pôde conhecer, passou totalmente à margem da vida deles. Noutras palavras, o Messias que tanto era esperado, quando veio, foi amplamente ignorado. Era a mais pura demonstração de descaso para com aquele que veio para salvar Israel.
Perceba que os magos quando se encontraram com Jesus, tiveram uma reação de generosidade e ofertaram presentes ao menino Jesus (Mt 2.11). É de se imaginar o sacrifício destes homens que vieram de terras distantes, viajando montados em camelos, debaixo de sol, pernoitando no deserto, passando por toda sorte de dificuldade e quando avistaram aquele que era o motivo da viagem, não pensaram duas vezes: abriram seus corações e num ato de extrema liberalidade, dispuseram de seus bens e ofertaram o que tinham de mais valor. Ou seja, foram impactados. Reflita!
Considere que hoje as pessoas pouco doam ao reino de Deus sob diversos argumentos, mas considere a predominância em muitos corações de ver somente daquilo que Deus pode fazer pelo homem. Nesse sentido, pede-se a Deus emprego, clama-se por um casamento, orações para terem filhos, roga-se pela casa própria, por cura de enfermidades e por aí vai uma infindável relação de pedidos a Deus. O incrível é que Deus tem atendido, mas raramente é considerado o que as pessoas devem ofertar a Deus. E nem se fala aqui de dinheiro (imprescindível para manter as igrejas), mas de uma entrega verdadeira de corpo, alma e espírito. Noutras palavras, para uns o evangelho é como se fosse uma colisão que gera enormes impactos, mas para outros, ele nem arranha. Pense nisso!
"Regressaram por outro caminho à sua terra" (Mt 2.12). Dentre todas as reações do encontro dos magos com Jesus, a mudança de rota vem demonstrar o que todo encontro com Jesus proporciona: uma mudança de caminho, uma mudança de atitudes, uma mudança de posturas e de comportamentos. Veja que ainda hoje muitas pessoas alegam ter encontrado Jesus, mas continuam nos mesmos caminhos de outrora, continuam trilhando os caminhos da mentira, dos vícios, caminhos esses denotando que o tão falado impacto do encontro com Jesus, na verdade não aconteceu. Não foi aquela colisão que mexe nas estruturas mais escondidas do coração, mas é interessante observar que satanás sempre usa a estratégia de gritar nos ouvidos das pessoas que elas podem permanecer do mesmo jeito, todavia, isso é uma grande mentira, aliás, o diabo é o pai da mentira (Jo 8.44). A reação de quem encontra e bate de frente com Jesus é andar por outros caminhos tal qual fizeram os magos, afinal, o caminho com Jesus pode ser longo, mas continua sendo ‘o caminho’ (Jo 14.6). Entendes isso? Um forte abraço.
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
28/08/2022 - CULTO DE CELEBRAÇÃO A DEUS
23/08/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"
SALVADOR
SALVADOR
“É que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador que é Cristo o Senhor”. (Lc 2.11)
Lucas é o autor declarado do terceiro evangelho e em sua narrativa ele apresenta Jesus como o Deus de toda bondade e compaixão, evidenciando como médico, a benignidade de Jesus que curava as pessoas de suas enfermidades, que dava vistas aos cegos, que ressuscitava os mortos, que libertava as pessoas das possessões demoníacas e aos aleijados, Jesus destravava os tendões e os músculos. Era mesmo um Deus movido por extrema bondade aplicando a reta justiça.
A passagem acima está ambientada no nascimento de Jesus e a visão de Lucas, mostra que o casal José e Maria e menino Jesus foram visitados por uns pastores. Estes homens foram informados por um anjo que na cidade de Davi, havia nascido o Salvador e ainda deu o nome dele desse salvador: Jesus! (Lc 2.8-11).
Se existe algo comum a muita gente, é quando a sensação de estar perdido se concretiza. Considere que existem pessoas que se perdem na geografia das cidades, elas vão caminhando e num repente se veem perdidas. Não sabem para onde ir. Existem pessoas que embarcaram no ônibus errado e quando deram conta, já estavam noutro bairro, bem distante de onde deveriam estar. Existem pessoas que se perderam nas trilhas nas florestas e há histórias de homens que saíram para pescar e se perderam nos mares e foram parar muito longe. Notícias de pessoas desaparecidas são publicadas todos os dias, enfim, histórias de gente perdida existe aos montes por aí.
“Nasceu o salvador.” Lucas não estava falando sobre a salvação de quem de se perdeu na cidade, de quem pegou o ônibus errado e nem ainda de quem se perdeu em mar aberto durante uma pescaria. Para estes existem as forças de segurança, os Bombeiros e equipes de resgates que estão prontas para intervir nestes tipos de ocorrências. Lucas estava afirmando com todas as letras, que este salvador era aquele que veio para salvar quem se havia perdido na estrada da vida, para salvar homens e mulheres que fizeram escolhas erradas, que fizeram leituras equivocadas e que se encontram perdidas, sem saberem para onde ir. Reflita nisso!
Compreenda bem que para muita gente, a palavra ‘perdido’ está no centro de seu coração. São pessoas que por circunstâncias das mais diversas passaram por grande decepção, que seja em ambiente familiar, em ambiente de trabalho ou nas relações pessoais. Outros enfrentaram a perda de entes queridos e ainda não conseguiram dar uma direção a sua vida. Tem aqueles que se frustraram, que foram enganados e hoje se enxergam como perdidos, sem acharem o caminho que devem seguir. São exemplos de gente que perderam o eixo de sua história e necessitam urgentemente de um salvador, de alguém que lhes dê a direção, de alguém que lhes aponte o caminho a ser trilhado e que reposicione sua vida na estrada correta. Guarde isso!
"Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). Noutras palavras, num mundo com tanta relativização das verdades espirituais, com tanto pluralismo, com tantas opções religiosas, Jesus foi categórico ao afirmar que ele foi, é e continua sendo o único caminho da salvação. Jesus chamou para si a exclusividade da salvação. Aliás, o Deus que criou a terra, os mares, os astros, as estrelas, os animais, que tudo criou, ele se tornou humano e viveu entre os homens. E Tudo isso com uma única motivação: buscar o homem, então afastado de Deus e reconciliá-lo com o Deus criador. Entenda e guarde isso: para os perdidos, Jesus não é uma alternativa entre as alternativas, para os perdidos Jesus não é um caminho entre os caminhos, mas em matéria de salvação e vida eterna Jesus é a exclusividade. Ou seja, não há outro!
Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.” (Lc 19.10). Na história de Zaqueu, Jesus mostrou que sua missão era justamente salvar os perdidos e isso ficou claro quando o próprio Jesus adentrou não só na casa de Zaqueu, como também em seu coração. Não se sabe sobre a vida de Zaqueu depois deste episódio com Jesus, mas pode-se conjecturar que sua vida mudou radicalmente.
Portanto, observe que perdidos, Jesus nos encontrou. Afastados de Deus, ELE promoveu a reconciliação. Andando sem rumo, ELE deu direção. Escravos do pecado, por ELE fomos libertos. E inobstante ninguém merecer nada, ELE fez tudo isso por amor. É ou não é mesmo um grande Salvador? Grande abraço.
Jesus Cristo os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr