Milton Marques de Oliveira
SOCORRO
SOCORRO
“O meu socorro vem do Senhor, criador do céu e do mar” (Sl 121.2)
São exatos cento e cinquenta poemas, conhecidos biblicamente como Salmos, que expressam os momentos vividos de seus respectivos autores. Uns exaltam o nome de Deus, outros ensejam confiança em situações de perigo, tem aqueles que glorificam ao Senhor, outros narram situações vivenciadas, uns testificam a fidelidade de Deus e assim por diante. Segundo os historiadores, os Salmos foram agrupados num espaço temporal de quase mil anos e tem diversos autores como Moisés, Asafe, Salomão, filhos de Corá, todavia, ao rei Davi é atribuído a autoria de mais de setenta poemas.
Sem uma autoria definida, acredita-se que este Salmo 121 foi escrito pelo rei Davi quando estava em fuga do rei Saul. Pela narrativa, é fácil perceber que o rei Davi buscava socorro em Deus e esse livramento efetivamente aconteceu (Sl 121).
Diante de uma sociedade cada dia mais complexa e com tantas informações de eventos noticiando confusões pessoais, é de se supor que todos se sentem inseguros. Afinal, não se sabe de onde pode surgir algo que vai tirar a paz. Hoje, se percebe que os ânimos se acirram com muita rapidez, ninguém tem controle de seus atos e num piscar de olhos o clima entre amigos e conhecidos fica ruim. Enfim, todos estão em perigo!
Em seu curto ministério, o evangelista Lucas retratou Jesus como o Deus de toda compaixão, aliás, Lucas frisou que Jesus nutria íntima compaixão pelas pessoas e em razão disso, todos aqueles que o procuravam eram abençoados, ora com a cura de uma enfermidade, ora com a restauração da visão, com a libertação de possessões demoníacas, curas de lepras e mesmo aqueles que tinham perdido um ente querido para a morte, Jesus ressuscitou o morto! Nas palavras do discípulo João, existiram muito mais coisas que Jesus fez e nem foram registradas (Jo 21.25). O detalhe é que Cristo as realizou motivado por uma bondade que ninguém conseguiu explicar. A todos, Jesus prestou o devido socorro, tanto físico como espiritual. Pense nisso!
Atente que muita gente vive nos dias atuais enfrentando todo tipo de problemas. Relacionamentos quebrados e confusos, problemas de ordens familiares com o cônjuge e/ou filhos, alterações no trabalho, dívidas impagáveis de compras supérfluas e desajustes na empresa, são exemplos de eventos que desembocam nas doenças da alma. Comumente as pessoas dizem que tem “um negócio que aperta o meu peito e eu não sei explicar.” Interessante que para esses problemas, a ciência apresenta solução com diversos medicamentos facilmente encontrados nas prateleiras das drogarias garantindo alívio para todos males. Outra alternativa são os profissionais da psiquiatria e da psicologia, e tem ainda aqueles que buscam resposta nos coach, acreditando que uma dose de gritos motivacionais vai resolver tudo.
Entenda bem que nenhuma destas possibilidades é ruim ou inadequada aos problemas que as pessoas possuem. Acredita-se que essas soluções vão trazer cura, dar uma resposta e certamente trarão transformações na vida de quem os procura, mas na visão do salmista, o melhor socorro é que aquele que vem de Deus (Sl 121.2). Isso ficou nítido para o rei Davi que expressou claramente de onde vinha a providência que o livraria da espada de seu inimigo. Pode-se imaginar a situação de quem vive fugindo, de quem vive sem um lugar para ficar ou de quem se vê em situação de constante perigo de vida. Em fuga e confiante em Deus, foi durante certo tempo foi a vida de Davi que correu de Saul até que este morreu (1 Cr 10.1-6).
“Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do SENHOR nosso Deus.” (Sl 20.7). Certamente que nos dias atuais, muitos expressam sua confiança nas pessoas, na própria inteligência ou mesmo em seus recursos, todavia, a grande verdade é que depositar a confiança em coisas terrenas o resultado pode ser frustrante. Vai trazer decepção. Confiar em Deus, acreditar que o socorro que precisa virá dos céus é ter a certeza de uma vida cheia de serenidade e paz, ambas procedentes do Senhor. Considere que as pessoas falham, o dinheiro não resolve e o intelecto já não dará respostas quando tudo caminhar para o caos. Entretanto, justamente quando tudo não apontar o caminho, creia que o socorro, o livramento e a providência virá do Senhor, o criador do céu e da terra. Ou seja, a solução de muitos problemas vem do alto, basta tão somente confiar em Deus, ELE não falha. Creia nisso! Um forte abraço
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe.
Milton Marques de Oliveira - Pr
12/10/2022 - MULHERES MOVIMENTANDO O REINO
11/10/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"
09/10/2022 - CULTO DE CELEBRAÇÃO A DEUS
PAZ
PAZ
“E comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que entraram em terra habitada…” (Ex 16.35).
Não existem dúvidas que Moisés foi mesmo o autor do livro de Êxodo, aliás, Moisés escreveu cinco livros, Gêneses, Êxodo, Levíticos, Números e Deuteronômio, que juntos formam o que os estudiosos denominam de Pentateuco. A narrativa em Êxodo está centrada na libertação do povo de Israel da escravidão no Egito e sua caminhada para as terras de Canaã. Ambientando a passagem acima, tem-se que o povo caminhava pelo deserto e a fome chegou. Sem comida, o povo reclamou e Deus os atendeu mandando um alimento que descia do céu. Esse alimento ficou conhecido por maná e durante quarenta anos, todos eles foram saciados fisicamente, até que entraram nas terras da promessa (Ex 16).
Considere que tanto homens como mulheres podem enfrentar inúmeras situações desagradáveis. Atritos verbais, agressões físicas, privações, escassez, enfermidades e tantos outros eventos são comuns à existência humana. Ou seja, nem sempre a vida é uma completude de paz e harmonia, já que frequentemente as crises chegam sem aviso prévio.
Cronologicamente o povo de Israel estava caminhando no deserto há trinta dias (Ex 16.1; Nm 33.3) e neste curto espaço de tempo eles já haviam experimentado o sobrenatural de Deus em duas situações marcantes. A primeira obra foi o livramento quando passaram o mar Vermelho a seco e o exército Egípcio não teve a mesma sorte. A segunda vez que Deus marcou a vida daqueles peregrinos foi a transformação das águas amargas de Mara em águas potáveis. Portanto, num curto espaço de tempo eles não só conheceram o maravilhoso amor de Deus como já tinham presenciado estes dois eventos, mas um outro desafio se fez presente: a fome, a falta do alimento físico!
Compreenda que nos dias atuais, muitas pessoas podem se enxergar dentro de alguma situação caótica. E certamente que em todo o tempo o desafio é como se comportar quando essas crises chegam, quando as aflições se aproximam. Saiba que o homem, muito embora seja inteligente, ele possui a limitação de não saber os eventos do dia seguinte. Quando muito por meio de análises estatísticas, ele pode prever que algo acontecerá, todavia, nem sempre as previsões são acertadas. E sem saber os acontecimentos futuros, alguns se desesperam, outros perdem a esperança e tem aqueles que abrem a boca para reclamar, tal o nível de ansiedade e inquietação que inunda o seu coração (Ex 16.3).
Atente que saíram do Egito cerca de seiscentos mil homens, isso sem contar as mulheres e crianças e mesmo com a presença de Deus por meio da nuvem que os guiava durante o dia e iluminava o caminho a noite, assim que a fome deu as caras, eles entraram em ebulição, murmurando e criando um ambiente de desarmonia e insegurança. Era um caso típico de memória curta, já que dias antes Deus já tinha demonstrado seu poder de forma magnífica. Disso surge uma grande verdade para nossos dias: uma memória falha e imperfeita tem o poder de tornar homens e mulheres incapazes de vivenciarem o sobrenatural de Deus. Reflita!
Perceba que toda a congregação de Israel estava desesperada, inquieta e insegura, afinal de contas, eles estavam em pleno deserto e a necessidade mais básica do homem era uma triste realidade. Pode-se imaginar que um grito de fome de uma pessoa no meio daquela multidão, levou todos a gritarem pelo mesmo objetivo (Ex 16.2). Noutras palavras, a paz acabou quando a murmuração contaminou o povo e todos eles passaram a reclamar sobre a falta de comida com Moisés. O texto prossegue e Deus entrou com a providência, ofertando alimentação por quarenta anos, até o dia em que entraram nas terras de Canaã (Ex 16.35).
Transporte essa narrativa para os dias atuais e perceba que ainda existem pessoas com o mesmo comportamento dos personagens dessa história. A paz some quando surge algum incidente na vida e abrem a boca para reclamar e, o incrível é que não reclamam de si mesmos, mas elevam suas vozes contra Deus (Ex 16.9). Perceba que o ato de reclamar indica que homens e mulheres estão na verdade suspeitando de Deus, afinal, o pensamento dominante nas mentes humanas é que Deus, sendo todo poderoso, pode e deve resolver qualquer situação. Nesse sentido, o costume de reclamar acaba por roubar o entendimento das pessoas, cegando-as espiritualmente, pois, murmurando contra Deus, elas simplesmente deixam de ensinar sobre a provisão de Deus aos filhos, ou seja, a próxima geração já cresce num ambiente de alta insegurança espiritual, alimentada pela ansiedade dos pais. Reflita nisso!
Resumindo, em toda e qualquer situação, exalte o nome do Senhor, glorifique e adore. Assim fazendo, saiba que além de Deus vir a seu socorro, estará contribuindo para que as próximas gerações sejam conhecedoras de um Deus que não falha, não abandona e que promove a paz. Faça isso! Um forte abraço.
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
04/10/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"
02/10/2022 - CULTO DE LOUVOR E ADORAÇÃO A DEUS
PAIXÕES
PAIXÕES
“Como filhos da obediência não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância” (1 Pe 1.14)
Pedro é o autor declarado de duas cartas, ambas escritas tendo como destinatários os novos convertidos ao cristianismo que passavam por situações de intensa perseguição religiosa em virtude de declararem sua fé em Cristo. Pedro foi discípulo e esteve muito próximo a Jesus, aprendendo todos os ensinamentos e mais tarde, aplicou estes ensinos na vida prática. Percebe-se nos dias atuais que a vida de Pedro é intensamente explorada nas reuniões mostrando seu lado temperamental, contudo, sua vida espiritual é mesmo modelo de transformação para muita gente.
Naquela época, muitas pessoas foram tocadas pelo Espírito Santo por meio das palavras dos discípulos de Jesus que cumpriam rigorosamente a ordem de irem pelo mundo de então, anunciando a salvação por meio da graça e do amor de Deus. Considere que os novos cristãos vinham de outras culturas, tinham hábitos e costumes que não coadunavam com os mandamentos de Deus, portanto, deveriam mesmo abandonar suas velhas práticas e suas paixões. Era essa a abordagem de Pedro (1 Pe 1.1-15).
Compreenda que toda mudança gera receio, medo e traz uma certa insegurança. Centenas de pessoas enfrentam essa sensação quando trocam de escola, outras quando trocam de local de trabalho, quando mudam de cidade ou quando deixam a vida de solteiro para a vida de casado, enfim, existem milhares de situações onde o novo deve ser enfrentado e o velho, simplesmente deixado para trás. É uma troca radical e muitas das vezes revolucionária, pense nisso!
Perceba nas entrelinhas que o apóstolo Pedro alimentava uma grande preocupação com os novos cristãos e essa preocupação tinha fundamento. Recém convertidos ao cristianismo, muitos deles eram perseguidos por sua fé em Cristo e somado á essa situação, os familiares, amigos e a sociedade em geral, exerciam uma enorme pressão para que eles retornassem à vida de outrora, abandonando a fé em Cristo. Se nos dias atuais a decadência moral da sociedade assusta pelas suas práticas, creia que naquela época a situação não era diferente. Em todos os contextos narrados pela história secular da civilização a sociedade sempre teve um viés decadente, seja no campo moral, seja no campo educacional, na política, etc. Basta dar uma olhada na historia sobre as nações do mundo.
Atente bem os historiadores mostram com muita evidência que os reis e rainhas, as autoridades e os governantes de outrora não eram pessoas tão éticas e nem tão corretas. As narrativas históricas das atividades governamentais mostram complôs, conchavos políticos, mortes e o amplo uso do poder para satisfações de suas paixões carnais. Pouco ou quase nada se progrediu em termos de evolução ética e moral quando se compara com os dias atuais. Ou seja, a maldade humana continua perdida em seus devaneios e impondo forte pressão naqueles que pensam diferente. Portanto, Pedro tinha muitas razões para se preocupar quanto às dificuldades dos novos cristãos em se manterem longe da cultura predominante e resistirem á pressão para largarem o cristianismo.
“Não vivais de acordo com as concupiscências dos homens.” (1 Pe 4.2). O peso de pecar, de transgredir contra Deus era real e instruir aqueles irmãos como deveriam reagir diante da pressão cultural era o objetivo do apóstolo Pedro. Vindos do paganismo, vivendo uma vida maluca sem dar atenção a Deus e dentro de uma cultura que enfatizava a busca desenfreada pelos prazeres, era natural que eles pudessem vacilar e foi justamente aí que Pedro os adverte, a não darem créditos às suas paixões, paixões essas que outrora os dominava. Noutras palavras, eles deveriam demonstrar publicamente a mudança moral e espiritual aos familiares, aos amigos e principalmente a eles mesmos. Reflita!
Viver nos dias atuais é ser praticante da contracultura que reina absoluta em muitos ambientes. Basta olhar e sentir a confusão no cenário político que ainda teima em ter líderes e pessoas influentes envoltos em práticas imorais, seja de corrupção, de enriquecimento ilícito e desvios de recursos públicos. Isso sem falar nos ambientes familiares, nas rodas de amizades, na indústria e no comércio e nas relações pessoais, onde o engano, a fraude e a infidelidade são temas que, lamentavelmente, ocupam grandes espaços nos jornais e revistas.
“…aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7). Nas palavras do apóstolo Paulo, importante saber que Deus fará julgamento de tudo e aquele que plantar paixões infames e perversas, logicamente, que a colheita será de tempestade e tormentas. Em dias onde reina uma moralidade pequena e rasa, compreenda que temer a Deus e correr para longe do pecado é o desafio a ser vencido todos os dias. Portanto, fugir das paixões mundanas é viver blindado pela fé em Cristo das práticas perversas que assolam muitos corações, deturpam a mente e consequentemente trazem a perdição, tanto física como espiritual. Estamos entendidos? Um forte abraço
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr