Milton Marques de Oliveira - Comunidade Evangelística Ouvindo o Clamor das Nações
Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Segunda, 11 Julho 2022 11:13

INTERVENÇÃO

INTERVENÇÃO

“E aconteceu que, passados os quatrocentos e trinta anos, naquele mesmo dia, todos os exércitos do Senhor saíram da terra do Egito.”(Ex 12.41)
 

Moisés é o autor de cinco livros do Antigo Testamento denominados por Pentateuco (Gêneses, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio). A narrativa de Êxodo traz a caminhada do povo Hebreu do Egito com destino ás terras de Canaã. Milhares de homes e mulheres  saíram de um longo período de escravidão para tomarem posse da terra de seus ancestrais. A peregrinação pelo deserto teve excelente e maus momentos, tanto físicos como espirituais e ao final, o povo Hebreu foi estabelecido nas terras que Deus havia prometido, já sob a liderança de Josué, considerando que Moisés morreu antes disso (Js 1.2).

Considere que um dos grandes desafios do homem é tentar compreender eventos que ele não domina. Fazer perguntas e não obter respostas é causar traumas em muitos cérebros mundo afora, afinal, dentro do contexto da autossuficiência humana, o homem acredita possuir condições de responder a todas as coisas, entretanto, não é bem assim. Existem inúmeras situações que não há respostas convincentes. Creia nisso!

Veja que o mundo está sempre em movimento. Diariamente nasce centena de milhares de pessoas e da mesma forma, outra centena de milhares falecem. Casas, aviões, pontes e viadutos são construídos. Edifícios que tocam nas nuvens são tidos como obras primas da engenharia, pessoas casam e criam seus filhos, que se casam e alimentam o ciclo da vida. Ou seja, grandes e pequenos eventos acontecem todos os dias impactando positiva ou negativamente muitas pessoas e nesse sentido, crendo ou não,  a  história segue um cronograma divino.

Durante muitos anos o povo hebreu foi subjugado e pode-se inferir que eles até tivessem dúvida de que Deus conhecia a situação que eles estavam enfrentando. Mas de forma surpreendente, Deus começou a agir e essa ação divina teve início no nascimento de Moisés. Desconfiado do crescimento do povo de Israel, Faraó determinou que toda criança do sexo masculino fosse morta, portanto, Moisés, já nasceu debaixo de um decreto determinando sua morte.

De forma surpreendente, todos os eventos que se seguiram ao nascimento de Moisés não foi sorte ou mesmo coincidência, desde o cesto que ele foi colocado não afundar nas águas, passando pela presença da filha de Faraó que o resgatou até mesmo o salário que a própria mãe dele (Joquebede) recebeu para cuidar do filho, foram eventos criados por Deus, com vistas a alcançar um resultado que já estava previsto no cronograma divino.

“Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante mim; que anuncio o fim desde o princípio e, desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam” (Is 46.9,10). Para muita gente, a vida segue o curso da história e não conseguem relacionar situações vividas no passado com fatos do presente. A maior dificuldade das pessoas reside justamente em não acreditarem que existe um Deus que governa o mundo e ao seu tempo, que age e se movimenta fazendo cumprir os seus planos. Reflita!

Para o povo de Israel ainda escravo no Egito, Deus estava indiferente, apático e insensível quanto a miserabilidade que eles vivenciavam como escravos, mas a narrativa da libertação, o chamado de Moisés, as operações do sobrenatural tanto nas conversações com os líderes Egípcios como na peregrinação do deserto, mostram um Deus que intervém na história, construindo um novo tempo àquela nação que iria se formar nas terras de seus ancestrais.

Trazendo esse entendimento de intervenção divina para os dias atuais, compreenda que tem sido extremamente difícil para muita gente processar as motivações de eventos em que eles estão envolvidos. Compreenda que Deus não está alheio ao que se passa com a humanidade. Deus não somente acompanha a trajetória do homem como faz as intervenções nos momentos exatos. Foi assim na construção da Torre de Babel, no dilúvio e será assim sempre que for necessário intervir (Gn 6.8,9). “O Senhor está no seu santo templo; o trono do Senhor está nos céus; os seus olhos estão atentos, e as suas pálpebras provam os filhos dos homens” (Sl 11.4). Ou seja, nas palavras do salmista, nada escapa aos olhos de Deus.

“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: maldito todo aquele que for pendurado em madeiro.”(Gl 3.13). Dentre todas as intervenções divinas, certamente essa foi a maior  intervenção de Deus na história e ela aconteceu na cruz de Cristo. A crucificação foi um espetáculo de horror, mas naquele ambiente e naquele cenário de dor, Deus interviu em favor de cada homem e de cada mulher. Interviu para trazer a reconciliação e para que hoje todos os que creem em Jesus Cristo, tenham vida, e com um detalhe: vida em liberdade. Um grande abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

 

 

 

 

Terça, 05 Julho 2022 23:30

05/07/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 04 Julho 2022 11:39

ILUSÃO

ILUSÃO

“Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus.” (Lc 10.20)

Lucas não esteve entre os doze discípulos de Jesus, mas pode-se afirmar com muita convicção que ele foi um homem extremamente bem relacionado, a ponto de escrever seu evangelho com fatos que foram testemunhados e presenciados pelos discípulos (Lc 1.1-4). Teólogos e historiadores são unânimes em declarar que Lucas não era judeu, provavelmente fosse grego e morava na cidade de Antioquia/Síria e exercia a medicina. Era amigo do apóstolo Paulo e esteve com ele nas viagens missionárias, o que resultou mais tarde no livro de Atos dos Apóstolos. Livro esse que retrata a expansão da  fé cristã no mundo de então.

Contextualizando a passagem acima, Jesus enviou setenta discípulos para anunciarem o reino de Deus pela região da Palestina. E eles não somente foram como por meio do nome de Jesus se viram como ferramentas de Deus em curas e libertações de pessoas das possessões demoníacas. Ao retornarem a Jesus, o Mestre fez uma advertência (Lc 10.17-20).

Perceba bem que está na natureza do homem o fato de se alegrar com aquilo que ele faz com esmero. Isso é bom.  Nesse sentido, a esposa se alegra com a refeição que preparou e agradou a todos, o funcionário se alegra com o serviço que realizou com qualidade, o estudante fica rindo à toa com a ótima avaliação no exame e o empresário também se alegra com a performance de sua empresa. Imagine a alegria do atleta que conseguiu atingir sua melhor marca. Pequenos ou grandes resultados quando alcançados trazem momentos de satisfação. Enfim, a alegria está em alcançar com perfeição o resultado que foi buscado.

Do círculo de discípulos de Jesus, doze eram mais próximos e desses, três eram íntimos a ponto de estarem com Jesus nos momentos cruciais de seu ministério, todavia,  haviam outros discípulos que o acompanhavam. E Jesus enviou setenta deles em duplas para as aldeias da região com a finalidade de anunciar o reino de Deus, para curar os doentes e mostrar ao povo o poder de Deus (Lc 10.1-9). Cumprida a missão com louvor, eles voltaram e estavam alegres pelos resultados obtidos, afinal, por meio do nome de Jesus os demônios lhes obedeceram e isso era motivo de muita satisfação. Pode-se imaginar a alegrias deles quando anunciaram a Jesus os casos que encontraram e como Deus operou por meio deles, mas foi justamente nesse momento de muita felicidade e alegria que eles tiveram a surpreendente resposta de Jesus: não deveriam se alegrar pelos resultados alcançados. Pense nisso!

Não se sabe qual foi a reação daqueles homens, mas Jesus rapidamente emendou a justificativa da advertência, mostrando que maior alegria e satisfação maior era o nome de cada um deles estar escrito nos céus. Ou seja, o que ele fizeram foi bom, o que eles tinham realizado nas andanças pelas cidades vizinhas foi ótimo, as curas, as libertações, os demônios expulsos e todos os resultados obtidos tinham valor sim, mas nada disso poderia ser comparado ao registro do nome deles no livro que estava no céu. Reflita!

Compreenda bem que vive-se nos dias atuais uma forte onda de um evangelho que prega e anuncia somente as bênçãos materiais, um evangelho onde o centro das atenções tem sido a exaltação dos feitos exteriores e por aí afora vai um infindável  número de situações onde o elogio, a glória e a exaltação é tão somente dedicada ao homem, porquanto um mero instrumento que empregou o poderoso nome de Jesus.

Vê-se com frequência slides e banners chamativos anunciando reuniões onde  fulano ou sicrano vão fazer isso ou aquilo, slides e banners anunciando curas e revelações, mas isso nada significa em termos de uma vida santificada e devotada do homem, aqui visto como um simples mortal, cuja vida terrena pode estar longe do reino de Deus. Noutras palavras, as curas, as libertações são sim importantes e fazem parte do contexto das boas novas do evangelho a todas as pessoas que creem, todavia, elas não podem suplantar a verdadeira vinda de Jesus ao mundo: fazer a reconciliação do homem com Deus (Ef 2.1-5). Guarde isso!

Neste contexto considere que muita gente pode estar vivendo uma grande ilusão, se iludindo com curas, com libertações, com  sinais de maravilhas, muitos podem se impressionar com o agir de Deus e assim, terem uma alegria que não condiz com a realidade. Cristo pode até equacionar necessidades materiais dos que creem, mas entenda bem que Jesus não veio para  resolver questões materiais, físicas ou exteriores, mas veio para tratar da área mais profunda do homem que é sua alma, Jesus veio para trazer o perdão dos pecados e promover por meio de seu sacrifício na cruz, a reconciliação do homem com Deus. Mentalize isso!

Não se deixe dominar pela ilusão, porque antes de quaisquer outras coisas, a prioridade é ter foco nos céus, é buscar a restauração com Deus, é ter o nome escrito no livro da vida, porque as demais coisas são boas e talvez até necessárias, mas o objetivo maior é a reconciliação com Deus e ganhar a vida eterna com Jesus. Entendes isso? Um grande abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

 

Terça, 28 Junho 2022 23:07

28/06/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 27 Junho 2022 08:03

REMÉDIO

REMÉDIO

 

“Filho, perdoados estão os teus pecados.” (Mc 2.5)

 

Dentre os quatro evangelhos, o de Marcos é o mais resumido e embora a pessoa de Marcos não tenha sido discípulo de Jesus a sua proximidade com o apóstolo Pedro lhe rendeu muitas informações que foram registradas em seu evangelho. Seu nome era João Marcos, filho de Maria, em cuja casa se reuniram diversos irmãos para orarem a favor de Pedro, então preso por ordem de Herodes (At 12.1-17).

O versículo acima está ambientando no encontro de Jesus com um homem aleijado, que fora conduzido e apresentado a Jesus por seus amigos (Mc 2.3-12).

Confira que por detrás dos sorrisos, por detrás das fotos bonitas, por detrás das frases de efeito e por detrás das maquiagens, pode ter um coração doente, uma alma angustiada, uma pessoa com o típico aperto no coração pelas culpas do passado. Existem pessoas que passam a vida toda carregando fardos do passado, são homens e mulheres com profundas feridas na alma, portadoras de enormes feridas no coração. Externamente são pessoas fortes e valentes, mas por dentro estão machucadas e vivem debaixo de uma cortina de fumaça escondendo a ferida de seus corações.

A narrativa de Marcos mostra que um homem, cuja identidade não foi revelada vivia acamado, estava prostrado em uma cama e mesmo assim, foi alvo de extrema bondade de seus amigos e dois detalhes interessantes no texto: primeiro é que o aleijado mesmo ciente de sua enfermidade, não pediu para o levarem a Jesus e, segundo, Jesus viu a fé dos amigos, mas não viu a fé de quem precisava, que era o aleijado (Mc 2.5).

Perceba que nos quatro evangelhos as pessoas eram curadas fisicamente de suas enfermidades, os cegos viam, os aleijados andavam, os mortos ressuscitavam, os leprosos eram curados de suas feridas e inúmeros outros coisas nem foram registrados (Mt 11.5; Jo 21.25). Certo é que por onde Jesus passava nada ficava do mesmo jeito, ele mudava o ambiente e a sua presença gerava transformações físicas e principalmente transformações espirituais, ou seja, tanto para seus adversários no campo religioso como para os seus seguidores, a presença de Jesus um novo tempo na história de muita gente.

No pensamento dos amigos do aleijado, a expectativa era que ele fosse curado de sua doença física, fosse restaurado às atividade normais, como trabalhar e ter sua vida dentro da normalidade, entretanto, antes que Jesus lhe ordenasse a se erguer da cama, Jesus o perdoou de seus pecados, ou seja, Jesus viu naquele homem uma necessidade muito maior que a cura física. Jesus viu que a maior necessidade dele era a cura de sua alma, a restauração de seu coração, o perdão de seus pecados (Mc 2.5).

Compreenda bem que o problema visível, exterior e aparente daquele homem era mesmo sua deficiência física, mas de forma incrível, Jesus sabia que ele precisava mesmo era ser curado por dentro e isso foi feito, inobstante seus amigos o terem levado na expectativa de que ele andasse. Ou seja, o remédio da cura da alma, o remédio que traz cura interior é muito mais necessário que a cura física. Reflita nisso!

Saiba que trazer cura interior, perdoar os pecados e dar destino ao homem, reconciliando-o com Deus é a verdadeira missão de Jesus (2 Co 5.19). Não creia que Jesus veio unicamente para trazer toda sorte de bênçãos físicas e visíveis, mas Jesus pode sim, abençoar aqueles que precisam de bênçãos de cunho físico, todavia, isso não é o projeto de Deus para a humanidade. De Gêneses á Apocalipse, Deus tem revelado ao homem a urgente necessidade da reconciliação e foi para isso que Jesus veio, enfrentou a cruz num sacrifício único e ressuscitou. Lembre-se que o pecado afastou o homem de Deus e ao dizer ao paralítico que os pecados dele estavam perdoados, Jesus estava demonstrando a maior motivação de sua presença entre o homens, dando ao aleijado a libertação de toda carga que estava sobre seus ombros e o reconciliando com Deus.

Neste contexto, saiba que Deus conhece a história de cada indivíduo e nada, absolutamente nada está oculto aos seus olhos. Para os amigos e para a multidão que presenciou aquele evento, o problema do aleijado era exterior, era mesmo a sua deficiência física, mas Jesus sabia que a raiz do mal estava no interior, era mais profunda e primeiro o libertou perdoando o seu passado, reconciliando-o com Deus e consigo mesmo para somente depois o curar fisicamente. Resumindo: a cura física, a cura das enfermidades é ótima, mas a cura da alma é muito mais importante e necessária que qualquer outra coisa que Deus pode fazer ao homem. Jesus é o remédio, entendes isso? Um grande abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Terça, 21 Junho 2022 22:59

21/06/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

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