Milton Marques de Oliveira
31/05/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"
DEUS SABE
DEUS SABE
“Irás com os anciãos de Israel, ao rei do Egito, e lhe dirás: O Senhor dos Hebreus, nos encontrou”. (Ex 3.18)
Segundo os teólogos e estudiosos, Moisés escreveu cinco livros do Antigo Testamento e este conjunto de livros recebeu o nome de Pentateuco (Gêneses, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio). O livro de Êxodo retrata com muitos detalhes a peregrinação do povo de Israel pelo deserto em direção às terras de Canaã. Sob a liderança de Moisés, mais de dois milhões de pessoas com seus animais caminhavam de dia e de noite sustentados pela promessa de uma vida livre, longe do jugo e da opressão egípcia.
Ambientando a passagem acima, tem-se que Moisés foi convocado por Deus para liderar a saída do povo israelita das terras do Egito em direção ás terras de Canaã. No Egito, o povo estava perdido, todavia, eles foram literalmente encontrados por Deus (Ex 3).
Existem centenas de pessoas que um dia se viram perdidas. Que seja no trânsito ou na geografia das cidades, que seja nas caminhadas de trilhas por matas, florestas ou montanhas. O certo é que o perdido anda de mãos dadas com a solidão e na ânsia de achar o caminho, vem o desespero e, infelizmente, ele acaba se perdendo ainda mais. Resumindo, ao perdido, solitário e abandonado, caso não receba ajuda, o resultado pode ser devastador.
A psicologia explica que o abandono e a solidão da alma são situações vistas como sensações de um grande vazio, uma angustia no peito, um aperto no coração ou a conhecida sensação de abafamento, característica da falta de ar. Infelizmente, para gente nova ou gente adulta, com posses ou sem recursos, essa impressão de um vazio interior pode ocorrer com qualquer um. Existem pessoas que contabilizam centenas de amigos nas redes sociais, podem até estar namorando ou mesmo serem casadas e terem filhos, mas podem acumular simultaneamente o perigoso sentimento da solidão. Em sua ótica o solitário pode sentir que ninguém se importa com ele, nem mesmo Deus. Entretanto, compreenda que independente de como e onde estiver, há um Deus que se importa com as pessoas, há um Deus tudo vê e nada escapa aos seus olhos. Reflita!
O povo de Israel entrou no Egito na época que o israelita José se tornou governador. E no Egito a história diz que eles foram oprimidos por mais de 400 anos e este período de extrema opressão e dor, gerou muitas feridas. Dentro da escravatura homens e mulheres casavam e os filhos e netos nasciam e morriam escravos. Eles eram submetidos a intenso sofrimento físico, emocional e espiritual, e além disso, considere que a humilhação e os constrangimentos eram rotineiros. Ou seja, a vida era cruel e pode ser resumida num termo muito atual: “eles saiam do espeto e caiam na brasa!”
“O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã “ (Sl 30.5). Mas dentro dos planos de Deus, havia uma data para a libertação e Deus estendeu a mão, foi ao encontro deles. Moisés foi enviado e a narrativa diz que o povo de Israel tomou posse das terras de Canaã (Js 23). Lembre-se as terras do Egito eram conhecidas como local de toda a carnalidade, cheias de deuses pagãos, ambiente degradante ao extremo, mas mesmo assim, Deus se lembrou daquelas pessoas. Resumindo: independente das circunstâncias ao redor Deus se importou com eles. Reflita!
Esta narrativa se mostra semelhante com a vida de muita gente nos dias atuais. Mulheres vítimas de abusos, homens escravos dos vícios, pessoas com enfermidades crônicas, gente internada nos CTI’s dos hospitais, gente convivendo com privações e escassez. Fica a pergunta, será que Deus tem olhos para milhares de pessoas que sofrem nas mãos de seus algozes? Será que Deus se importa com pessoas assim?
A resposta é sim, há um Deus todo-poderoso, criador de todas as coisas que tem olhos e ouvidos para essas pessoas. Saiba que Deus visita o perdido e o solitário onde ele estiver (Ex 3.7-8). Deus viu, ouviu, conheceu e finalmente desceu para libertar aquele povo. Ou seja, na dor e nos lamentos daqueles homens e mulheres, Deus não estava indiferente e nem apático à vida de sofrimento que lhes era imputadas. Deus não estava dormindo, como nunca se mostrou alheio à dor humana (Sl 121.4).
Hoje, muita gente pode até entender que no seu sofrimento, nas suas lutas e nas suas batalhas Deus se ausenta e ignora sua dor. Que nas dificuldades do casamento, nas atribulações com os filhos, na situação ruim da empresa, nas doenças ou mesmo no desemprego, Deus não faz nada. Isso é um grande engano. Guarde isso: Deus conhece a vida de cada indivíduo por inteiro, Deus conhece os pensamentos, enxerga as adversidades e sabe nome e endereço de cada pessoa. Noutras palavras, Deus conhece a realidade de todos homens e mulheres sem os famosos filtros do ‘photoshop’ das redes sociais. No tempo certo e na hora exta, Deus vai agir e te encontrar (Ec 3.1). Creia nisso! Forte abraço.
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
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24/05/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"
MEXA-SE
MEXA-SE!
“Quem observa o vento não plantará; e quem olha para as nuvens não colherá.” (Ec 11.4).
O livro de Eclesiastes foi escrito por Salomão, que conhecido pela sua sabedoria e inteligência, ilustrou o livro com diversas questões sobre a vida cotidiana, perguntando e ao mesmo tempo respondendo sobre a vaidade da vida, seus afazeres, suas preocupações e também sobre o propósito da vida em si. Salomão era filho de Davi, oriundo da união com a mulher de nome Bate-Seba, com quem o rei cometeu adultério (2 Sm 11). Além de Eclesiastes, Salomão escreveu também os livros de Provérbios e Cantares.
Tem-se aqui um convite ao homem para sair de seu conforto e lutar pela vida. Sair da inércia e do comodismo e buscar atingir o resultado que ele mesmo se propôs em seu coração. Mostra que a colheita somente acontecerá quando a semente for plantada.
Considere que a existência do homem é mesmo uma engenharia de alta complexidade. Veja que logo depois da adolescência, meninos e meninas já são cobrados quanto ao futuro. Terminar os estudos, ingressar numa faculdade, conhecer alguém, constituir família, criar os filhos e simultaneamente trabalhar para que tudo isso se realize, afinal de contas, sem a força do trabalho e sem recursos, nada do que se projeta, vai se realizar.
Salomão aborda que a existência do homem tem valor quando o mesmo homem volta sua atenção para suas realizações. Ficar parado aguardando a coisa acontecer é o mesmo que esperar chuvas e tempestades no deserto. A bem da verdade, existe muita gente que vive aguardando um tempo para fazer, aguardando um tempo para dar início a algum projeto e por vezes, este tempo nunca chega e o sonho jamais se realizará. Dar o primeiro passo, sair de onde está para fazer o que é preciso fazer é o que move mentes e corações. A imobilidade não pode fazer parte da vida humana, creia nisso!
Considere que o povo judeu ao voltar do exílio na Babilônia ficou estagnado e não deram início à reconstrução do templo que havia sido queimado e destruído. É bem provável que a grande parte da geração que voltou às terras judaicas, não vivenciou o esplendor do templo em Jerusalém e não tiveram ânimo para dar os primeiros passos à sua reconstrução. Antes, é sabido que eles tinham preocupações individuais em cuidar da reforma de suas casas (Ag 1.2).
Lembre-se que o templo em Jerusalém era lugar de adoração, de sacrifícios e era para onde todo judeu se direcionava anualmente, todavia, estava queimado e literalmente destruído, jogado ao chão. Era mais que necessário a sua reforma e reconstrução, inclusive Deus usou profetas para animá-los nessa missão, mas a inércia individual e/ou coletiva falava mais alto e nada acontecia para erguê-lo novamente (Ag 1.1-4)
Mas atente que é justamente assim que muita gente conduz sua vida nos dias atuais. Uma reforma na pintura da casa, a reposição de uma telha que o vento tirou, o conserto do muro que está trincado, a conclusão da faculdade que já devia estar terminada, o início das atividades físicas e tantas outras coisas que precisam serem feitas, vão simplesmente sendo adiadas, jogadas para uma data incerta no futuro, sabe-se lá quando. Para muita gente assim quando indagados a se mexerem, a resposta é sempre a mesma: “mais pra frente a gente faz!”
Compreenda que a vida é preenchida com ações de respostas e as oportunidades de fazer e acontecer são colocadas diante de cada indivíduo, e basta tão somente abraçá-las e fazer acontecer. Evidente que Deus não vai descer e fazer o aquilo que cabe ao homem realizar, entretanto, Deus sempre encorajou e animou o homem ao trabalho, às ações e não à preguiça e inoperância, coisa essa que tem sido por demais observada em todos os ambientes (Js.1.3-9). Reflita!
Entenda que há muito o que fazer para construir a história de cada um e lembre-se que o tempo de fazer é agora, o tempo de fazer é hoje, o tempo para dar o primeiro passo é esse momento. Terminar a faculdade, concluir a reforma da casa, tapar as fendas do muro, marcar a data do casamento, marcar a entrevista de emprego, ir para a academia e etc, são apenas exemplos de eventos que muita gente precisa colocar em ação. Não existem mais argumentos para aguardar isso ou aquilo acontecer para fazer o que precisa ser feito. O tempo não espera ninguém. É necessário sair da inércia, vencer a preguiça, abandonar o comodismo e se movimentar, acreditando sempre que Deus é quem fortalece o homem! (Ne 8.10).
Resumindo, perceba ao redor a existência de muita gente aguardando uma injeção de ânimo, uma oportunidade para fazer isso ou aquilo outro, aliás, existem centenas de milhares de homens e mulheres nessa situação. Paradas, apenas aguardando indefinidamente. Portanto, saia da paralisia, não fique olhando as nuvens e nem observando os ventos, o momento de fazer é agora, mexa-se! Um grande abraço.
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
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17/05/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"
REINTEGRAÇÃO
REINTEGRAÇÃO
“..vai para a tua casa, para os teus” (Mc 5.19)
Marcos não foi discípulo de Jesus, todavia, teve na pessoa do apóstolo Pedro um amigo leal que o alimentou com inúmeras informações de curas, de milagres e de tantos outros eventos onde Jesus se fez presente e realizou maravilhas. O nome era João Marcos, filho de Maria, proprietária da casa onde muitas pessoas se reuniram em oração a favor de Pedro que estava preso na iminência de ser martirizado (At 12.1-12). Uma particularidade interessante sobre Marcos é que ele foi o pivô de uma discussão que ocorreu entre Paulo e Barnabé (At 15.36-38).
Dentre os diversos milagres operados por Jesus, a cura de um homem endemoniado se caracteriza não somente pela libertação espiritual em si, mas pela motivação maior de fazer com que o mesmo homem, que outrora vivia afastado de sua família e agora livre de toda opressão, fosse reintegrado à sua família (Mc 5.1-20).
Infelizmente, algo bastante comum em inúmeros lares são os desajustes entre seus integrantes. Com muita frequência se ouve falar de brigas, discussões, abusos e até mortes envolvendo pessoas de uma mesma família. Em grande parte essas fatalidades possuem raízes em ambientes desestruturados que necessitam de mudanças radicais, profundas e específicas.
O texto sobre a libertação demoníaca deste homem é mesmo sobrenatural. Maluco, verdadeiro vida loka, ele tocava o terror por onde passava e tinha força física bastante para destruir os sepulcros e as algemas que o prendia. Governado por poderosas forças malignas, com razão ele vivia longe de seus familiares, andava sem roupas e pode-se acreditar que naquela sociedade ninguém o queria por perto. Quando mais longe, melhor. Certamente que sua vida era terrível, mas ao ser libertado por Jesus das forças que o dominava, ele pediu a Cristo que permitisse acompanhá-lo, afinal, livre das garras do diabo, ele demonstrou que ficar junto de Jesus era a coisa mais sensata. Todavia, além de Jesus não deixar, deu-lhe uma missão: “vai para a tua casa, para os teus” (Mc 5.19).
Caso Jesus permitisse que ele o seguisse, a cura e a transformação dele seria uma excelente prova do poder de Jesus para todo o povo, a presença daquele rapaz seria proveitosa para fazer marketing dos feitos de Jesus. A simples presença daquele que tinha sido libertado das mãos de Satanás seria uma ótima propaganda. Mas por que Jesus não quis deixá-lo ir junto?
Hoje muito se fala sobre missões, sobre campos missionários e isso tem mexido com a cabeça de muitos homens e mulheres e jovens. Certamente que a primeira coisa que vem a mente de quem deseja fazer missões, é viajar para lugares inóspitos, onde a falta de recursos é visível aos olhos, e isso é válido. Afinal, o amor e a graça de Deus tem mesmo poder para alcançar pessoas no lugar onde elas estiverem. Mas a narrativa de Marcos deixa claro que na visão de Jesus, o campo missionário mais importante e desafiador não são os lugares mais distantes, não é a África, nem a região do planeta conhecida por janela 10 por 40 e nem mesmo aqueles lugares onde falta de tudo, mas o campo missionário que mais necessita de atenção é justamente a família. Reflita!
Antes de Jesus encontrar este rapaz, o profeta Malaquias já alardeava sobre a urgente necessidade de conversão do coração dos pais aos filhos e dos filhos aos seus pais, para que a terra não sofresse com a maldição (Ml 4.5-6). Ou seja, enquanto muitos se preocupam em levar a mensagem de Deus aos rincões do planeta, saiba que antes disso, milhares de famílias precisam ser reconciliadas, precisam conhecer o valor do perdão e produzir relacionamentos saudáveis. A conversão horizontal gera famílias fortes e por consequência, se traduz em sociedades curadas. Creia nisso!
Atente nos dias atuais para inúmeras famílias que lutam para que os pais se livrem dos vícios do álcool, para verem seus filhos longe das drogas, da prostituição e dos crimes. Noutras palavras, famílias doentes contaminam outras famílias e a ausência de afetos resulta em uma sociedade decadente e corrupta. O evangelho quando age no indivíduo provoca grandes mudanças no seio familiar e é dessa maneira que lares desestruturados passam a se firmar no amor. Portanto, por meio de uma transformação individual exstem outras mudanças que impactam o coletivo, ou seja, familiares podem ser abençoados e caminharem juntos através da mensagem do evangelho que atingiu um de seus integrantes. Jesus restaurou aquele rapaz para reintegrá-lo à sua família e o transformou num ativo missonáio, um agente de mudança (Mc 5.19).
Entenda bem que fazer missões é algo sensacional, ir para lugares distantes e ser anunciador do amor e da graça de Deus é coisa maravilhosa, mas nenhum esforço nesse sentido valerá a pena se a família não conhecer e/ou não receber do mesmo amor e da graça de Deus. Voltar para casa, aos seus entes queridos e impactar a vida dos mais próximos continua sendo um evento com o carimbo de ‘urgente’. Entenda: as famílias não somente se constituem no campo missionário mais próximo, como também precisam conhecer mais do amor e da graça salvadora de Deus. Pense nisso! Grande abraço.
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr