Milton Marques de Oliveira - Comunidade Evangelística Ouvindo o Clamor das Nações
Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Terça, 16 Março 2021 22:42

16/03/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 15 Março 2021 13:19

INFIDELIDADE

INFIDELIDADE

“Então refletirá: ‘Irei e tornarei para o meu primeiro marido, porquanto eu estava bem melhor antes do que agora!” (Os 2.7)

 

O livro do profeta Oséias foi escrito pelo autor de mesmo nome e segundo os historiadores, o profeta Oséias exerceu o seu chamado no século VII AC. Sabe-se que ele atuou no reino do Norte (Israel) e foi contemporâneo dos profetas  Amós, Miquéias e Isaías. Naquela época, Israel era governado pelo rei Jeroboão e desfrutava de boa qualidade de vida política e econômica, todavia, esse boom, contrastava com a forte decadência espiritual da nação israelita.

Conforme os estudiosos e historiadores eram comuns no meio do povo a idolatria á deuses pagãos, ás prostitutas cultuais, os sacrifícios de crianças e as graves injustiças sociais. Para convencer Israel a uma mudança de mentalidade Deus usou o profeta Oséias, que se casou com uma prostituta e esta união simbolizava o casamento de Deus com Israel. Resumidamente, versículo acima está dentro deste amplo contexto da simbologia usada pelo profeta para atingir o coração do povo.

Muito frequente nos relacionamentos pessoais, são os fatos de alguém sair dessa relação e depois sentir que estava equivocada. Perceba que as amizades entre jovens são marcadas por idas e vindas, próprias das instabilidades emocionais e do forte sentido de competição que domina esta faixa etária. Relações trabalhistas, entre empregador e empregado também costumam por passar por turbulências e casamentos não ficam atrás. Diariamente se ouve falar de desajustes, desencontros e separações que precisam ser restaurados.

Confira no texto que Deus usou o profeta Oséias para mostrar o quanto àquele povo de Israel era espiritualmente infiel e para isso Oséias foi instado a casar-se com uma prostituta e, pior foi que esta mulher o traiu com outros homens. Neste meio termo, ela concebeu e gerou duas crianças (Os 1.8). Diante das ações de adultério e traições, Oséias demonstrou misericórdia, amor e afeição pela esposa infiel. Noutras palavras, o próprio Oséias viveu no seu casamento o que Deus estava passando em relação à idolatria e infidelidade de Israel. Reflita!

Se tem algo que traz algum alento para aqueles que por motivos expressos e/ou não declarados abandonam amizade, casamento e trabalho, é reconhecer posteriormente que a amizade perdida, o cônjuge abandonado e o serviço anterior eram na verdade bem melhores que os atuais. Essa atuação da memória se traduz em dar valor àquilo que outrora não tinha nenhum valor. É neste sentido que hoje muita gente se frustra quando o que foi abandonado ou mesmo esquecido cresce na lembrança como algo positivo, algo de muito valor e que, infelizmente foi perdido ou deixado de lado. Pense!

Por meio de Oséias Deus fez questão de mostrar ao povo de Israel o quanto eles estavam se afastando de seus caminhos. Enquanto estavam fiéis e obedientes a Deus, andando nas trilhas que o próprio Deus havia ordenado, eles foram abençoados (Dt 8.6). É certo que houve lutas, batalhas e guerras, mas nestes processos Deus sempre concedeu vitória, todavia, ao tomarem outros caminhos indo atrás de deuses pagãos, Deus tinha motivos para repudiá-los (Deus é santo) e era natural que longe da bondade de Deus que supria toda necessidade, o povo israelita iria mesmo sofrer nas mãos de seus inimigos. Daí a afirmativa do profeta que Israel sentiria a perda deste afastamento, iria chorar e daria valor ao Deus que eles tinham abandonado (Os 2.7). Afinal, o próprio Oseias viveu tudo isso com uma esposa infiel.

Saiba que tão antigo quanto andar para frente, em muitas situações, as pessoas somente valorizam algo quando perdem. Isso é comum quando chega a enfermidade e passa a dar valor á saúde. Quando chega o desemprego é que se dá conta do valor do tempo que estava empregado. Quando vem a separação, é que cai a ficha que o cônjuge era uma excelente pessoa. Não se deseja aqui entrar no mérito dos casos acima e até existem outros exemplos, mas o objetivo é mostrar que grande parte das vezes, as pessoas deixam de valorizar aquilo que possuem e somente atentam nisso quando eles não estão mais presentes e daí vem o choro. Reflita!

“Foi quando, caindo em si, falou consigo mesmo: ‘Quantos empregados de meu pai têm comida com fartura, e eu aqui, morrendo de fome!” (Lc 15.17).  A narrativa de Lucas mostra que o filho que abandonou a casa paterna em troca de uma vida de aventura somente deu valor á vida que levava junto com os seus, quando a fome chegou. Ele comparou a rotina dos empregados da fazenda de seu pai com a vida que ele estava levando e concluiu que a perda foi imensamente maior que o valor à família que ele não deu!

Saiba que tanto Israel como Judá somente entenderam o valor de uma vida protegida e guardada em obediência a Deus quando perderam suas terras e se tornaram escravos de nações pagãs, ou seja, a infidelidade gerou  uma fatura alta (2 Rs 17; Jr 25). Lembre-se que hoje, as pessoas não precisam perder a família, a saúde, o trabalho e principalmente o relacionamento com Deus para compreender o valor da fidelidade. Há inúmeros exemplos no passado que podem nortear suas escolhas de hoje, por isso, aprenda a valorizar e reconhecer a importância de  se manter fiel a Deus, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Domingo, 14 Março 2021 21:58

14/03/2021 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS

Terça, 09 Março 2021 23:56

09/03/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 08 Março 2021 13:50

CORAGEM

CORAGEM

“Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo!” (Jo 16.33)

Dentre os  discípulos de Jesus, João foi quem mais escreveu. São de sua autoria, o quarto evangelho, três cartas a destinatários distintos e ainda escreveu o livro de Apocalipse. Ao chamado de Jesus para segui-lo, João não colocou questões e nem fez nenhuma pergunta. Ele simplesmente abandonou sua atividade de pesca e juntamente com seu irmão Tiago, eles tomaram a mais importante decisão de suas vidas (Mt 4.21; Mc 1.19 e Lc 5.8-11).

Ensinando e preparando seus discípulos sobre sua morte, ressureição e a segunda vinda, Jesus abordou sobre as dificuldades que viriam, sobre as adversidades que inevitavelmente chegariam a todos, indistintamente, e os animou a lutar e perseverarem diariamente na fé cristã (Jo 16.16-33). Era uma atitude de encorajamento.

Preste atenção que desde pequeno as crianças são ensinadas a superaram seus problemas. E assim que eles vão enfrentando as dificuldades no aprendizado da fala, as dificuldades dos primeiros passos, as lutas para dominarem os talheres e comerem sozinhos. Desvencilhar das fraldas, correr sem cair e uma infinidade de situações são colocadas para as crianças todos os dias para serem vencidas e, à medida que vão crescendo os desafios não param por aí. São demandas que não esperam e exigem foco e coragem para serem superadas.

Perceba atentamente que Jesus sabia da complexidade da vida terrena, aliás, a vida do Mestre foi marcada por inúmeras situações onde o confronto tomou proporções gigantescas. Os evangelhos deixam claro que o curto ministério de Jesus teve muitas acusações dos fariseus, teve oposição dos religiosos e em outras tantas ocasiões, as ameaças físicas se fizeram presentes. A vida de Jesus, narrada pelos evangelistas Lucas, Marcos, Mateus e João teve todos os ingredientes que culminaram com atos de inveja por parte de seus algozes. Na leitura dos evangelhos, perceba que Jesus lidou com as dores de muitas pessoas, viu as mazelas sociais e chegou mesmo a chorar com seus amigos. Cristo viu famílias sendo destroçadas pelo luto e pelas ações satânicas que dominavam e subjugavam homens e mulheres. Enfim, sem sombras de dúvidas, Jesus viu e vivenciou diversas carências que afetavam as pessoas.

Não restam dúvidas que a vida terrena é mesmo cheia de adversidades, umas pequenas, outras maiores, umas de longa duração e outras nem tanto. Uma frase popular diz que “todos os dias é preciso matar um leão”, ou seja, todos os dias existem problemas que carecem de uma resolução. E sobre essas demandas, existe muita gente que simplesmente murmura e reclama, enquanto outros lutam com todas suas forças, enfrentam os desafios e não deixam que essas demandas se agigantam a ponto de trazer dominação e impor o medo. Pense!

Perceba que a vida não teria nenhum sentido se ela se mostrasse inerte, num paradeiro longo e silencioso. Na verdade existem muitos desafios, problemas de todo tipo,situações que exigem respostas rápidas e eventos que carecem de planejamentos, mas são nessas avalanches de eventos que a vida traz sentido ao homem. São situações que provocam a capacidade humana de raciocinar, de pensar e de buscar por soluções e/ou resultados.

Neste contexto, saiba que num primeiro momento, todos os medicamentos foram pensados e pesquisados para atender à necessidade de cura uma enfermidade, portanto, sem a doença, ninguém pensaria numa droga para curar. Cálculos complexos de engenharia foram feitos para sustentar uma ponte que proporcionou uma travessia mais curta, motores foram pesquisados para dar mais economia a veículos e aviões e nessa esteira, à cada desafio que apareceu, de maneira corajosa o homem se viu animado e propôs soluções. Entenda bem que sem desafios, o homem não cresce intelectualmente. Reflita!

Junto aos seus discípulos  Jesus os advertiu afirmando que eles iriam enfrentar situações que exigiriam uma resposta. Em nenhum momento Cristo disse que a vida seria tranquila, sem doenças, sem aborrecimentos e/ou sem dificuldades. “Tem bom ânimo”, dizendo essa frase Jesus estava afirmando que as crises, lutas e adversidades viriam para todos e que elas deveriam ser enfrentadas corajosamente, aliás, correr dos problemas, fugir e se esconder nunca foi a solução de nenhum obstáculo..

“Tem bom ânimo”, porque negar a luta e negar o enfrentamento pode causar mais dor que a dor originária do problema em si. Lembre-se que ter ânimo significa ter perseverança, ter foco, firmeza nos objetivos que precisam ser alcançados para superar os desafios que todos os dias são propostos ao homem. Ou seja, perseverar é não desistir, é não desanimar, é não se deixar levar pelo medo do enfrentamento, medo esse que deixou muitos pelo meio do caminho (Nm 32.11-12).

Quando chamado por Deus para liderar o povo Hebreu, Moisés alegou que falava mal, todavia, ele venceu suas limitações e todos conhecem o resultado dessa empreitada (Ex 4.10). Jeremias se viu muito jovem, mas se tornou um grande profeta (Jr 1.7) e Gideão afirmava ser o menor e da menor das famílias de sua época, mas liderou seus compatriotas na guerra contra os amalequitas (Jz 6.15). Existem outros personagens, mas  estes três tiveram bom ânimo e foram encorajados para vencerem suas próprias crises e se tornaram referenciais para muitas gerações. Reflita!

Portanto, se das lutas e das aflições não há como escapar, aprenda hoje a não olhar para o tamanho do desafio e nem para o tamanho da dificuldade, mas mantenha os olhos em Deus e já se declare um vencedor (Rm 8.37). Ânimo e coragem, pratique isso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Sexta, 05 Março 2021 23:48

05/03/2021 - MULHERES MOVIMENTANDO O REINO

Terça, 02 Março 2021 23:24

02/03/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 01 Março 2021 10:44

PERDAS

PERDAS

“Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.(Mt 16.25).

 

Mateus, também chamado por Levi, escreveu seu evangelho tendo os judeus como destinatários. Ele apresenta Jesus como o filho de Davi e uma particularidade observada em sua narrativa é a ênfase dada ao reino de Deus (Mt 1.1;12.23). Segundo os estudiosos, por mais de cinquenta vezes aparece a palavra reino e a expressão “reino dos céus”, numa clara demonstração do que Jesus veio anunciar.

O contexto da passagem acima está no bloco de versículos falados por Jesus e pronunciados aos seus discípulos, abordando o custo ou o peso da livre manifestação de seguirem o Mestre. Os evangelhos de Marcos e Lucas também possuem a mesma passagem, com pequenas diferenças, sem contudo, causar discrepâncias no resultado (Mt 16.24-28; Mc 8.34-38 e Lc 9.23-26).

Independente da idade, uns para mais e outros para menos, veja que muitas pessoas estão aptas a tocarem algum projeto na vida. Seja a construção da casa própria, seja a realização de um curso, a graduação na faculdade ou até mesmo o casamento com a pessoa amada, veja que todos esses projetos requerem uma mudança de rumo, uma mudança de estilo ou de direção. Enfim, os projetos por sua própria natureza impõem uma significativa transformação.

O livro de Eclesiastes, escrito por Salomão apresenta em poucos versículos os valores do tempo, relacionando-o com a vaidade. Assim, na visão do rei Salomão, ele diz que há tempo para todas as coisas, inclusive para as perdas (Ec 3.6). É neste sentido que muitos projetos para serem exitosos, exigem a perda de alguma coisa. Assim, no casamento as perdas dos momentos típicos da vida de solteiro são observadas. Na construção de uma moradia, as perdas de alguns privilégios pessoais em prol da casa também são vistos e assim, á cada projeto que se executa, algo deve ser renunciado. O certo é que na vida do homem as perdas e ganhos são eventos que fazem parte de sua existência. Pense!

E para muita gente que aceitou por meio da fé em Jesus Cristo, seguir o reino de Deus como projeto de uma vida eterna com Cristo, também existe as perdas e/ou as renúncias. A vida cristã exige comprometimento, compromisso, exige fidelidade e exige perseverança para não haver desistência no meio da caminhada.

Falando aos seus discípulos, Jesus deixa claro que segui-lo implicaria em um custo. Sabiamente, Jesus colocou a condicionante “se”. Ou seja, fazer parte do reino de Deus, ter esperanças de uma vida de eterna não é um projeto obrigatório, mas algo opcional (Mt 16.24). Entenda que em todo o chamado da reaproximação do homem com Deus, não há o forçamento divino para o homem tomar sua decisão, ou seja, cabe ao mesmo homem avaliar os prós e contra e assim, fazer sua escolha. No ministério terreno de Jesus, muitos o abandonaram simplesmente por não concordarem com sua doutrina e não quiseram assumir um compromisso (Jo 6.66-68). Hoje muita gente entende erroneamente que seguir Jesus implica em impor suas condições para segui-lo, esquecendo que as condições são d’ELE. Noutras palavras, seguir a Cristo implica perda sim, de privilégios, status e exige compromisso. Reflita!

Mateus, quando foi chamado por Jesus, simplesmente renunciou seu trabalho, seu salário, sua autoridade como coletor de impostos e não demonstrou nenhuma hesitação, ele literalmente se jogou no projeto (Mt 9.9). Abraão outro personagem muito conhecido quando convocado por Deus, também renunciou suas terras, seus bens, seus familiares e seguiu para uma terra distante debaixo de uma promessa (Gn 12.1).

De  forma contrária a tantos que hoje são convidados a seguirem a doutrina cristã, atente que nem Mateus e nem Abraão, para ficar somente em dois exemplos, não questionaram as regras e as condições, mas evidenciaram em perder as coisas temporárias para ganhar as eternas. Guarde isso!

“Não me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para salvação de todo aquele que nele crê” (Rm 1.16) Palavras do apóstolo Paulo mostrando uma realidade que imperava naquela época: a vergonha do evangelho! Todavia, algo ainda bem presente nos dias atuais, a vergonha de fazer parte de um projeto de vida eterna e seguir Cristo pode ser vista. Hoje se percebe muita gente indecisa, muitos seguidores ocultos e tantos outros no anonimato, quando o próprio Jesus se sacrificou na cruz publicamente. Pense!

Atente que a casa, o casamento, a faculdade e tantos outros projetos são coisas novas que implicam em perdas, entretanto, trazem ganhos futuros. Saiba que o projeto de vida eterna é um convite de Deus e só pode viver o novo de Deus quem renuncia hoje para ganhar depois. Ou seja, é por meio da renúncia que o indivíduo aprende a discernir o Deus da sua história. Mateus e Abraão viveram o novo porque renunciaram, venceram a si mesmos e não deixaram que seus interesses pessoais fossem superiores aos projetos do Reino de Deus. Portanto, a questão é do quanto cada um está disposto a renunciar do seu reino, de sua vida pessoal, para viver no Reino de Deus. Guarde essa frase: no caminho que leva á cruz não há espaço para gente indecisa. Amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

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