Milton Marques de Oliveira
25/04/2021 - CULTO DE LOUVOR E ADORAÇÃO A DEUS
20/04/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"
ATRAÇÃO
ATRAÇÃO
“Pois, por causa do que ocorrera com ele, muitos estavam se afastando e crendo em Jesus.” (Jo 12.11)
Dentre os doze discípulos de Cristo João foi quem mais escreveu. É de sua autoria três cartas a destinatários diferentes, o livro de Apocalipse quando esteve deportado na ilha de Patmos e também o quarto evangelho, aliás, no evangelho João escreveu para que todos cressem que Jesus era o Cristo, o filho de Deus e crendo nele, tivessem vida pelo nome de Jesus ( Jo.20.30-31). João era irmão de Tiago e ambos tinham um temperamento forte e explosivo, inclusive Jesus os chamou de “filhos do trovão” (Mc 3.23). Entretanto, durante o discipulado com Jesus, ele teve seu comportamento moldado de tal forma que escreveu uma carta abordando justamente o nobre sentimento do amor e por isso é chamado por muitos como o apóstolo do amor.
Contextualizando a passagem, veja que no capítulo onze do evangelho de João que Jesus ressuscitou um homem de nome Lázaro. Consta na narrativa que ele estava sepultado há quatro dias, cheirava mal e ainda assim, Jesus o chamou pelo nome e aquele morto reviveu e na presença de muita gente ele saiu andando do túmulo (Jo 11.1-44). Pouco tempo depois ambos se encontraram num evento na cidade de Betânia (Jo 12.1-11).
Uma das características de muitos pais é fazer com que seus filhos se mirem em bons exemplos, de forma que quando adultos possam exercer boas e lucrativas atividades e assim ter uma vida mais tranquila. Neste sentido uns levam seus filhos para conhecer esportistas de renome, outros levam seus filhos para assistir palestras de autoridades e/ou famosos e tem aqueles que tentam influenciar os filhos a seguirem suas próprias profissões. Nada de errado nisso, até porque essas práticas podem mesmo dar certo. Pense!
Perceba que o milagre da ressurreição de Lázaro foi para aquela época e para os dias atuais, algo assombroso. Mesmo para os dias de hoje com tantas tecnologias no campo da medicina, a ressureição de alguém morto há dias é algo impossível. Quando muito, se ouve notícias sobre ressuscitações por meio de massagens cardíacas e mesmo assim dentro de um curto espaço de tempo, mas nada se compara ao que Jesus fez na vida deste homem. Sepultado há quatro dias e mesmo assim foi ressuscitado. Reflita!
Após receber o milagre, Lázaro veio a encontrar com Jesus num evento na casa de suas irmãs e para lá foram muitas pessoas e elas foram com duas finalidades bem distintas. A primeira, é lógico, era estar com Jesus, autor de curas, milagres, libertações e tantos milagres que o mesmo João disse que se fosse possível registrar, não haveriam livros suficientes (Jo 21.24). Mas a segunda finalidade era ver Lázaro, o morto que reviveu, era ver o que era defunto e que agora estava vivo. Em termos modernos, se Jesus era uma celebridade, agora momentaneamente Lázaro também era.
Compreenda bem que Deus tem feito maravilhas na vida de muita gente, tem curado, tem sarado corações, tem realizado transformações, aliás, para muitos que eram escravos de satanás, Jesus trouxe a liberdade, para muitos que eram dominados pelos vícios, Cristo resgatou para uma nova vida e para tantos que se viam abandonados pelos amigos e até mesmo familiares, saiba que Jesus é aquele que deu valor e mostrou que os desprezados são importantes em seu reino.
Neste contexto, assim como Lázaro se tornou uma mensagem ambulante do poder e da graça de Deus e atraiu adultos e jovens para Jesus, entenda perfeitamente que hoje, muita gente se tornou a mensagem transformadora de Jesus, muita gente tem atraído pessoas á Cristo justamente por meio do que ELE fez em suas vidas. Assim, hoje os amigos, vizinhos, colegas e familiares podem mirar naqueles que receberam uma benção ou um milagre e desta forma receberem Cristo em seus corações. Atente que todos viam Lázaro vivo conversando com as pessoas e não mais enxergavam aquele que era defunto. Ou seja, por meio da graça de Deus, Lázaro atraía as pessoas á Cristo, portanto, você atrai as pessoas pelo que é hoje e não pelo que foi no passado. Creia nisso!
E bem provável que Lázaro arrastou muita gente do judaísmo para o Cristianismo, livrando-os da religiosidade, do jugo e da opressão que tanto afligia as pessoas daquela época e hoje, aqueles que foram curados, sarados, mudados e transformados física e espiritualmente também são instrumentos e ferramentas úteis para livrar homens e mulheres das drogas, da perdição, dos vícios e da opressão diabólica. Reflita!
Encerrando, saiba que por meio das bênçãos que Deus concede ao homem há um propósito, uma finalidade que é atrair (feito um ímã) as pessoas à Cristo e de forma contrária, por meio de comportamentos e atitudes nada cristãs no meio em que vive, o homem pode também afastar muitos de virem conhecer Cristo. Portador de milagre é testemunho vivo da glória e do poder de Deus, carregue isso! Amém?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
18/04/2021 - CULTO DE LOUVOR E ADORAÇÃO A DEUS
APATIA
APATIA
“.. nem és frio e nem quente;..” (Ap 3.15)
O discípulo João foi o autor deste livro de Apocalipse, de três cartas a diferentes destinatários e também do quarto evangelho que leva o seu nome. Certamente que dos doze discípulos escolhidos por Jesus, foi João quem mais escreveu. Após seu chamado, ele esteve muito próximo de Jesus e pode-se dizer que viu, escutou e presenciou milagres, transformações, libertações e muitas outras coisas que não foram registradas nos evangelhos (Jo 21.23).
Após morte e ressureição de Jesus os discípulos deram início à pregação das boas novas, conforme as palavras do próprio Mestre (Mt 28.19-20; Mc 16.15-18; Lc 24.46-48; Jo 20.21). Segundo os historiadores João foi deportado para a ilha de Patmos em razão da forte perseguição contra os cristãos, e lá Deus revelou e ele escreveu o livro de Apocalipse. Das sete igrejas a que João se referiu na narrativa, tem-se a igreja de Laodiceia, instituição essa que Jesus tratou como uma igreja indiferente, distante, apática, nem negativa e nem positiva. Nas palavras de Jesus: nem quente e nem fria e em ternos atuais: nem uma coisa e nem outra (Ap 3.14-19).
Se existe algo que incomoda muita gente e traz muitos transtornos, principalmente em ambientes já conhecidos e frequentados, é a indiferença. Famílias onde seus membros são tratados com indiferença ocasiona abandono, insatisfações e tristezas. Ambientes sociais onde alguém é tratado com descaso pode trazer a depressão e o afastamento social. Enfim, não dar a devida importância a outras pessoas sempre gera embaraço e aborrecimentos.
Das sete igrejas abordadas no livro de Apocalipse, Laodiceia é a última. Uma particularidade comum a todas elas é que Jesus inicia sua avaliação, dizendo que as conhece, ou seja, nada escapa mesmo dos olhos de Deus. Como a demais, a vida daquela igreja de Laodiceia estava exposta, escancarada e Jesus, cirurgicamente, expõe com profundidade as virtudes e os defeitos para depois do diagnóstico, prescrever a cura. Pense!
Nas palavras de Jesus, Laodiceia nem era quente e nem fria, era uma igreja morna, ou seja, era uma igreja que se portava com absoluto desdém diante das questões espirituais. Pode-se dizer que ela quando estava reunida não tinha entusiasmo, era apática e da totalidade de seus integrantes, não se podia esperar nenhuma reação. Não era alegre e nem triste, e como não tinha nenhuma energia, é de se deduzir que não possuía nenhuma vitalidade espiritual. Resumindo, a igreja estava acomodada e se conduzia de forma neutra, ou seja, nas grandes questões que surgiam, aquela igreja não era contra e nem a favor. Numa frase tipicamente contemporânea: “do jeito que está, está bom.”
Saiba que a indiferença é um grande mal que permeia muitos ambientes. Tratar maridos, esposas, filhos e filhas e até mesmo amigos e colegas com pouco-caso é algo que gera decepção e frustração. Pais que não se interessam pela vida de seus filhos e tratam as demais questões com indiferença se assemelham a milhares de outras pessoas que vivem com total desprezo aos eventos que acontecem ao seu redor.
Atente que embora as cidades sejam populosas, algumas famílias sejam numerosas e muitos ambientes comportam muitas pessoas, em todos estes espaços existe o perverso sentimento da indiferença, do famoso “tô nem aí”. Homens e mulheres, jovens e adultos, adolescentes e crianças, todos esperam alguma coisa do outro e por vezes essa espera não acontece, sendo substituída pela indiferença, pelo descaso, trazendo dores, afastando pessoas e em muitas oportunidades gerando pessoas depressivas. Reflita!
Compreenda bem que a igreja de Laodiceia não apresentava problemas de ordem teológicas e/ou morais e nem há citações heréticas, todavia, ela evidenciava uma vida espiritual de muita indiferença e grande apatia. Pode-se acreditar que assim como ela, hoje muitos cristãos também sejam apáticos, professam conhecer as sagradas escrituras, sabem da importância de terem uma vida cheia da presença de Deus em seus corações, entretanto, possuem uma vida espiritual vazia, rasa e superficial. Noutras palavras, agem como se Deus não existisse e conduzem suas vidas aos trancos e barrancos para resultados catastróficos.
Guarde isso: a indiferença não somente traz aborrecimentos na vida em sociedade como também afasta o homem de seu Criador. Entenda bem que Deus em nenhum momento se mostrou indiferente, nem faz descaso do clamor e dos pedidos de socorro daqueles que o buscam (Sl 50.15). A indiferença, a apatia e a frieza podem ser comuns aos corações dos homens, mas não daquele que fez todas as coisas: Deus. Amém?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
11/04/2021 - CULTO DE CELEBRAÇÃO A DEUS
10/04/2021 - CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR
JULGAMENTO
JULGAMENTO
“Portanto, és indesculpável, ó homem, sejas quem for, quando julgas, porque a ti mesmo te condenas em tudo aquilo que julgas no teu semelhante; pois tu, que julgas, praticas exatamente as mesmas atitudes.” (Rm 2.1)
A carta aos Romanos, escrita pelo apóstolo Paulo, trata dentre outras coisas da firme decisão de Paulo em comunicar àquela igreja cristã sobre os grandes temas da graça de Deus, como o pecado, a lei, a justiça, a salvação, as obras, a justificação e a santificação, dentre outros. Interessante que Paulo ainda não conhecia os irmãos de Roma e esse encontro aconteceu muito tempo depois, já no final de seu apostolado, quando seguiu preso para a capital romana (At 27.1-2).
Era perfeitamente visível que alguns cristãos, vindos do judaísmo, tinham olhos para condenar os demais que tinham comportamentos que iam de encontro aos seus entendimentos. Eles se debruçavam sobre a devassidão alheia, mas não percebiam que estavam no mesmo lamaçal de pecados. Abordando esse assunto sobre a justiça de Deus, o apóstolo Paulo traz a afirmativa universal de que todos, indistintamente, são culpados perante Deus (Rm 3.23). Pense !
Atente que no conjunto social existem pessoas que exercem todo tipo de atividade profissional. Médicos, pedreiros, técnicos, professores, servidores públicos, políticos e por aí vai uma infinidade de profissões e atividades. Alguns já exerceram suas profissões e hoje estão aposentados, mas todos, sem exceção contribuíram na formação da sociedade, seja ela municipal, estadual ou federal. Entretanto, como todas as atividades se inter-relacionam é bem certo que surjam os atritos, as comparações e obviamente, as acusações e julgamentos, trazendo desarmonia, desencontros e desestruturando os relacionamentos.
Perceba que nas palavras do apóstolo Paulo, ele mostra claramente que os desajustes e os atritos possuem por base os julgamentos pessoais. Aliás, o sistema competitivo que reina em muitas áreas se fundamenta em derrubar o outro, quando deveria buscar o aprimoramento coletivo, de forma que todos sejam beneficiados. O apóstolo Paulo afirmou que independente de quem seja, o homem é indesculpável, quando profere julgamento em desfavor de seu semelhante, pois ele também adota procedimentos iguais, portanto, tem uma postura incoerente (Rm 2.1). Reflita!
Para os integrantes daquela comunidade cristã baseada em Roma, ainda pouco conhecedores da graça de Deus era imprescindível que eles fossem ensinados a não fazerem julgamentos e acusações, mas que se guardassem, pois blindando suas mentes de avaliações unilaterais e tendenciosas, já estariam se livrando do perverso sentimento de superioridade que nem deveria existir (Fp 2.3). Pense!
Atente bem que a vida em sociedade exige de cada integrante um comportamento que exale harmonia, que traga paz e entendimento. E isso em todos os ambientes, até porque grande parte das confusões familiares, comerciais e por incrível que possa parecer, até mesmo as confusões no meio eclesiástico possuem rastro em critérios individuais de julgamento. Compreenda que é super fácil enxergar, condenar e julgar as falhas e comportamentos alheios, entretanto, essa autojustiça pode trazer graves consequências na relação do homem com Deus, pois ao confiar em sua própria justiça, o mesmo homem passa a não reconhecer sua necessidade da graça de Deus. Reflita!
“Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós”. (Mt 7.1-2). Entenda que culturalmente, tem sido costumeiro as pessoas realizarem julgamentos de forma leviana e altamente precipitada. Tornou-se comum examinar a vida de outros com base em padrões que muitos entendem ser o padrão e desta forma apontar tudo aquilo que escapa deste restrito universo. Fuja desse costume!
Perceba que nas palavras de Jesus, hipócrita e/ou incoerente é todo aquele que sentencia o outro por coisas que ele mesmo pratica (Mt 7.3-5). Lembre-se que não há como escapar do justo juízo de Deus e cada um será julgado conforme suas ações. Entenda ainda que este julgamento será presidido por um Deus onisciente e com uma particularidade singular: julgará a reta justiça, sem acepção de pessoas. Saiba que enquanto os homens julgam pela aparência, pelo exterior, Deus examina e vê o coração (1 Sm 16.7). Estamos entendidos?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
MOTIVAÇÃO
MOTIVAÇÃO
“Simão, filho de João, tu me amas?..” (Jo 21.16)
Dentre os discípulos de Jesus, certamente foi João queM mais escreveu. São de sua autoria as cartas de 1ª, 2ªe 3ªJoão, o livro de Apocalipse e o quarto evangelho que leva o seu nome. Pedro, Tiago e João foram os discípulos que mais próximos estiveram de Jesus e assim, pode-se imaginar que eles marcaram presença em todos os milagres realizados por Cristo, ouviram todos os discursos e aprenderam a doutrina cristã direto da fonte da vida, da boca do próprio Mestre.
Essa narrativa de João apresenta Jesus já ressuscitado e sete de seus discípulos resolveram pescar (Jo 21.2). Nessa pescaria, Jesus operou mais um milagre e promoveu uma refeição entre eles na praia, nas areias do mar. Perceba que era o primeiro encontro de Pedro com Jesus depois das três negativas do discípulo e ali, o Mestre, também em três oportunidades, perguntou a Pedro se este o amava (Jo 21.15-21).
Atente bem que se existe um sentimento que está ficando raro nas relações pessoais, este sentimento sem sombras de dúvidas é o amor. Convívios familiares, convívios sociais e até mesmo a convivência nas empresas têm sido marcada pelas indiferenças e pelas faltas de afeto. Com frequência se ouve notícias de atritos familiares e atritos pessoais onde ficou patente que a causa da discórdia foi a ausência de amor. E essa falta tem sido uma realidade observada em todos os ambientes, evidenciado uma triste lacuna na vida de muita gente. Pense!
Saiba que em todo o contexto bíblico o amor é um sentimento que é visto e comentado a exaustão pelos mais diversos escritores. Depois que Adão e Eva pecaram, Deus iniciou o processo da reaproximação com o homem e, passando pela libertação dos hebreus no Egito, à sustentação deles na peregrinação no deserto, os momentos de fraqueza e incredulidade até a chegada á terra de Canaã, Deus sempre fez questão de demonstrar seu afeto de amor àquele povo. Aliás, diga-se de passagem que era um povo rebelde, desobediente, de corações duros, murmuradores, insatisfeitos e mesmo assim, Deus continuava derramando seu amor, afinal de contas era um povo que mesmo não tendo nenhum mérito, Deus o escolhera fundamentado no amor (Dt 7.6-7). Portanto, atente que independente das obras do homem, o amor de Deus não sofreu variação. Ou seja, Deus continuava como continua amando e sempre está pronto a perdoar e estender a mão. Pense!
Naquela ocasião Jesus e Pedro se encontraram e perante outros discípulos Jesus perguntou se Pedro o amava. Ao fazer essa pergunta Cristo não fez nenhuma abordagem sobre o passado de Pedro, não questionou se ele estava arrependido, não perguntou se ele estava animado para levar as boas novas do evangelho e nem mesmo lembrou o fracasso dele quando negou ser seu discípulo. Jesus desejou ouvir dele, de vida voz, se o nobre sentimento de amor estava em seu coração.
Saiba que para muitos cristãos tanto as suas motivações em relação a Cristo como ao reino de Deus está equivocada. Ainda se vê nos dias atuais muita gente fazendo por fazer, ainda se percebe muita gente desprovida de laços afetuosos ocupando espaços em ambientes onde o amor deveria estar em primazia. É por isso que atritos familiares ganham forma e causam traumas difíceis de serem vencidos. Sem amor amizades são destruídas pela completa ausência do amor que deveria ser a base dessas relações. Por isso casamentos resultam em separações justamente porque os afetos simplesmente sumiram. Noutras palavras, sem afetos, sem amor e sem ternura, nada subiste. Creia nisso!
Portanto, entenda bem que a pergunta de Jesus a Pedro traz implícito a motivação de fazer algo movido pelo nobre sentimento do amor. Se amasse a Cristo, Pedro estaria qualificado para cuidar de outras pessoas, da mesma maneira que Cristo cuidou de tantos e Pedro estaria capacitado para fazer parte do reino de Deus que prega justamente a justiça e o amor. Reflita!
Era fundamental que Pedro tivesse amor em seu coração. Afinal como falar da graça que o alcançou se ele não entendesse que Deus o amou primeiro? Como iria perdoar se ele não entendesse que Jesus o perdoou pelas traições? Sem amor Pedro se manteria preconceituoso e não entenderia a visão de levar a salvação a Cornélio (At 10). Sem amor, Pedro não teria condições de fazer tudo o que fez em prol do reino. Noutras palavras, o amor foi, é e continua sendo a base que sustenta as ações cristãs no reino de Deus (At 10.8).
Lembre-se que Abel e Caim saíram juntos para ofertar a Deus. Tinham o mesmo objetivo, todavia, Deus se agradou da oferta de Abel e rejeitou a de Caim. Um fazia por fazer, fazia mecânica e ritualisticamente e o outro fazia com amor (Gn 4.1-7). Idêntica situação foi presenciada por Jesus, que viu o diferencial da mulher pobre e viúva que ofertou tudo o que tinha, apenas duas moedas (Lc 21.41-44). Resumindo: o problema não está no que ofertamos, mas na motivação em fazer, portanto, compreenda que no reino de Deus não conta só o que você faz, mas como faz e porque faz. Entendes agora a importância dos afetos na vida cristã?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
RECONCILIAÇÃO
RECONCILIAÇÃO
“Então Esaú correu-lhe ao encontro, e abraçou-o, e lançou-se sobre o seu pescoço, e beijou-o; e choraram” (Gn 33.4).
O livro de Gênesis foi escrito pelo profeta Moisés e faz parte do conjunto de cinco livros bíblicos denominado Pentateuco. Nesse grupo estão os livros de Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. A narrativa em Gênesis traz o começo de todas as coisas, passando pela criação da terra, das águas, dos astros, dos animais e das florestas. Ainda em Gênesis tem-se a criação do homem e o registro do sucesso da tentação com a consequente queda e afastamento do mesmo homem de seu Criador. Ainda no mesmo livro estão registradas as histórias de Abraão, Isaque e Jacó, grandes patriarcas que deixaram um legado de perseverança e confiança em Deus.
O texto diz que Isaque casou e foi pai de gêmeos. Esaú era caçador e seu irmão Jacó era mais caseiro. A narrativa prossegue dizendo que ambos cresceram com personalidades diferentes e certa feita, Jacó enganou seu pai e roubou a benção da primogenitura que pertencia a Esaú. Isso trouxe brigas, ameaças de morte e fuga. Jacó fugiu para outras terras, constituiu família e teve uma relação como seu sogro Labão de engano e fraudes. Instado por Deus a voltar à sua terra e aos seus parentes, Jacó se viu frente a frente com seu irmão Esaú, a quem enganara, todavia, neste retorno à sua terra, estava o tempo da reconciliação com seu irmão Esaú (Gn 33.1-20).
Atente bem que a vida em sociedade traz diversos desentendimentos. Desencontros pessoais estão no seio das famílias, no meio nas empresas, nos espaços escolares e em tantos outros ambientes. É visível que nas relações pessoais uns enganam e outros são enganados. Desses conflitos surgem as mágoas, os rancores, o ódio, a inveja e até mesmo as ameaças de morte. O resultado perverso desses eventos são as crises depressivas, as síndromes do medo e do pânico, as doenças da alma e os pesos na consciência. São fardos pesados demais para serem suportados. Pense!
Com algumas diferenças essa história do encontro dos dois irmãos, do ofendido Esaú com o ofensor Jacó tem semelhanças com muita gente nos dias de hoje. Dentro do contexto de engano, de fraudes e fuga, veja que só mudou a época e a geografia. Sabe-se de muita gente que brigou, discutiu, ameaçou e chega determinado tempo da vida que essa situação precisa ser equacionada, até porque traumas do passado acabam por fragmentar muitas histórias, ocasionando medo, angústia e depressão.
Perceba que em todo o contexto bíblico as reconciliações verticais e/ou horizontais nunca estiveram fora da agenda de Deus. Desde a transgressão de Adão e Eva, Deus sempre promoveu a restauração de relacionamentos, aliás, o povo judeu é prova inconteste do amor divino, pois vivenciaram bons e maus momentos na relação com Deus e de forma incrível, Deus jamais se furtou dessa reaproximação. Reflita!
Conhecedores dos bastidores da história, hoje pode-se afirmar que Jacó lutou bravamente consigo mesmo para reconciliar com seu irmão. É certo que toda reconciliação passa pelo processo de superar o orgulho de cada um, entretanto, é salutar entender que a reconciliação somente se concretiza quando as vontades e desejos pessoais são subjugados, criando-se ambientes e novos comportamentos que sejam facilitadores do perdão, ajustando os encontros.
Noutro lado, compreenda bem que existem muitas tratativas de restauração e/ou reconciliação que são apenas atos pessoais bem intencionados, mas não se realizam plenamente. São chamados de perdão da “boca para fora”. Neste sentido existe muita gente bem intencionada que não consegue vencer meus medos, suas trevas e nem mesmo as barreiras que existem em seu coração. Optam por apenas sugerir mentalmente o perdão, quando na verdade o rancor e a raiva ainda ocupam sua mente e funcionam como obstáculos invisíveis, não permitindo que a reconciliação ganhe espaço.
Lembre-se que Esaú havia prometido matar seu irmão, todavia, quando ambos se encontraram, foi o ofendido Esaú quem tomou a inciativa, ele correu e abraçou o ofensor Jacó (Gn 33.4). Ou seja, quando Deus projetou o perdão no coração de Jacó, o Espírito Santo atuou no coração de Esaú quebrando as barreiras do rancor e da raiva. Dessa verdadeira reconciliação restou evidente os frutos de um cuidando do outro, de um zelando pelo outro, de um se preocupando com o outro. Para quem nutria o medo e a raiva, entenda que os frutos da restauração se traduziram em parceria e amizade (Gn 33.12-15). Guarde isso!
Compreenda que vive-se hoje numa sociedade altamente competitiva, com muita gente enganando, cometendo fraudes e isso tem ocasionado como resultado as doenças da alma, as depressões, as ameaças e a tristeza. Todavia, entenda bem que a reconciliação horizontal é o antídoto eficaz, trazendo cura, alegrias e harmonia, promovendo relacionamentos que antes estavam mortos. Noutras palavras, somente a restauração de relacionamentos tem a capacidade de virar as páginas da história e foi isso que aconteceu entre Esaú e Jacó. Portanto, creia em recomeços e pratique as reconciliações horizontais, amém?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr