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Milton Marques de Oliveira - Comunidade Evangelística Ouvindo o Clamor das Nações
Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Quarta, 19 Abril 2017 12:01

CANAL DIRETO

CANAL DIRETO

“Então disse: Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. ” (Lc 23.42)

O evangelista Lucas foi o autor deste evangelho e teve a rara preocupação de narrar que os fatos por ele registrados foram confirmados por testemunhas oculares, dando assim mais credibilidade aos destinatários, inclusive para Teófilo a quem destinou especificamente seu escrito (Lc 1.2-4). 

Este versículo está contextualizado no diálogo ocorrido entre o ladrão que foi salvo e Jesus Cristo, quando ambos estavam crucificados no local denominado Caveira (Lc 23.33). Lucas não registrou os nomes dos dois ladrões crucificados, todavia, coube a um deles entrar para a história do cristianismo, justamente reconhecer a justiça de seu próprio castigo (Lc 23.41), por enxergar um reino além da cruz, no qual Cristo seria o rei (Lc 23.42), e por clamar pela sua salvação nos momentos que antecederam sua morte.

Incrível como muitas pessoas de todas as classes sociais continuam depositando sua confiança na salvação e vida eterna em tudo, menos em Cristo. Mesmo com a universalidade da morte, as pessoas preferem apresentar as mais diversas desculpas quando o assunto é salvação da alma e vida eterna. “Quem sabe amanhã? Hoje não tenho tempo! Vamos deixar para outra oportunidade. Talvez noutra data. Tenho outras coisas para fazer. Preciso aproveitar essa vida só mais um pouquinho”.  Tudo isso são alguns dos motivos mais comuns para desviarem-se do assunto.

Saiba que aqueles dois ladrões eram pessoas comuns daquela sociedade, sem nenhuma condição social que lhes proporcionassem algum privilégio ou mesmo algum benefício. O Império Romano era extremamente cruel nas aplicações de suas sentenças e a crucificação era o método mais utilizado. Atente que os dois ladrões estavam triplamente perdidos, primeiro estavam pendurados na cruz, segundo a morte era questão de tempo e em terceiro lugar, eles não tinham nenhuma perspectiva de salvação eterna. Enquanto um deles blasfemava contra Cristo, o outro, tocado pelo poder do Espírito Santo clamou por misericórdia, arrependeu-se e naquele momento Cristo lhe estendeu a mão (Lc 23.43).

Perceba nos dias atuais as pessoas murmurarem e reclamarem bastante quando atingidos por problemas e adversidades, e grande parte das vezes imputam a Deus a culpa de seus males. Muitos responsabilizam Deus por tudo de errado que lhes acontece e outros tantos chegam a afirmar que Deus nunca os ajuda quando estão em dificuldades. Há também um grupo que nos momentos de grande adversidade e angústia se revoltam e blasfemam contra Deus. Entenda que nas aflições, nas lutas, nas batalhas, nas angústias e nas atribulações, o momento não é de reclamações. Estes são momentos mais que oportunos para copiar o malfeitor, que mesmo pendurado na cruz, sem nenhuma expectativa voltou seu coração a Cristo. Deus não rejeita um coração sincero (Sl 51.17). Pense nisso!

Veja que mesmo um incrédulo, nos momentos de grande desespero, de extrema aflição e medo, grita por Jesus. O ladrão viu sua história mudar quando tudo parecia perdido, e até nos instantes finais que antecederam o seu clamor pela salvação de sua alma, ele não tinha e nem alimentava nenhuma perspectiva de vida eterna. Para aquela multidão que assistia sua agonia e que aguardava sua morte, era o fim da linha, o ponto final. Todavia, ele clamou, Jesus entrou na vida dele, colocou uma vírgula, mudou sua história e o salvou.

Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1 Tm 2.5). O apóstolo Paulo, instruindo Timóteo deixa essa questão muito clara quando declara não haver nenhum mediador para remissão dos pecados. Enquanto muitos batem cabeça procurando por algo diferente que os possa salvar, eis Cristo, que ocupa lugar ímpar, é o único e exclusivo representante de Deus, capaz de tornar realidade o propósito salvador para o homem (Hb 8.6).

Os momentos que antecederam a vida daquele ladrão pendurado na cruz, não mostram que ele buscou por algum outro mediador ou que tenha adotado preventivamente algum tipo de comportamento que pudesse lhe salvar. Para receber o milagre da salvação, não diz que ele tinha feito uma campanha, guardado um amuleto, uma moedinha da sorte ou coisa semelhante para usar nos momentos ruins.

Contrário tudo isso, ele estabeleceu um contato direto com quem realmente poderia fazer alguma coisa: Jesus Cristo! Ele clamou diretamente a Cristo. Depositou sua confiança em Cristo. O autor da carta aos Hebreus ensina que somente Cristo pode salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, ou seja, Cristo vive intercedendo pelos crentes (Hb 7.25).

“o Senhor é o meu ajudador, e não temerei o que possa me fazer o homem” (Hb 13.6). Ele não tinha nenhuma esperança, mas Cristo se inclinou, ajudou e salvou aquele homem. Portanto, compreenda que as bênçãos chegam por meio da fé, quando se estabelece um canal direto com Cristo, sem intermediários, amém?

Jesus Cristo filho de Deus os abençoe, sempre!

Milton Marques de Oliveira - Pr


 

Quarta, 12 Abril 2017 11:43

APRESENTAÇÃO

Apresentação

 

“6; Com que me apresentarei diante do Senhor, e me prostrarei perante o Deus excelso? Apresentar-me-ei diante dele com holocausto, com bezerros de um ano?  7; agradar-se-á o Senhor de milhares de carneiros, ou de miríades de ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto das minhas entranhas pelo pecado da minha alma?   8; Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus? ”  (Mq 6.6-8)  

 

Miqueias foi um mensageiro de Deus, um profeta cujas profecias foram dirigidas principalmente ao reino de Judá. Foi contemporâneo dos profetas Isaías e Amós e profetizou durante os reinados de Jotão, Acaz e Ezequias. A Bíblia registra que se tratava de um homem de hábitos simples, cujas palavras dirigidas aos compatriotas de sua época foram profundas e impactantes. Tem-se que o objetivo de suas profecias eram a exposição da idolatria do povo, o direito de Deus em julgar pelos pecados praticados e mostrar a necessidade daquele povo em abandonar as atitudes, posturas e comportamentos que não agradavam ao Senhor.

Dois mil e quinhentos anos se passaram depois que este livro de Miqueias foi escrito e pode-se ver que só mudou a geografia, pois em relação aos dias de hoje, em termos de idolatria, desobediência e comportamentos dos cristãos de forma geral, não houveram mudanças. Veja que o homem ainda tem dificuldades para se apresentar a Deus e tem estado preso a tantas tradições e modismos religiosos, que praticamente não sabe mais o que significa fazer justiça e nem praticar a bondade. Noutras palavras, sem se dar conta, o homem está distanciando-se de Deus, endurecendo gradativamente o seu coração (Sl 51.17).

Saiba que Deus concedeu ao homem criar e desenvolver diversas tecnologias, e dentre essas, muitas são empregadas na propagação do evangelho, proporcionando a centenas de milhares de pessoas ouvirem a Palavra de Deus, que sem essas tecnologias não seria possível. O lado perverso dessas tecnologias, notadamente as de imagens e vídeos, é que elas descortinam como andam as apresentações de cristãos diante do Senhor, tanto nas igrejas como fora dela, em público. Reflita!

Caso não houvessem esses vídeos e imagens, tudo o que se tem visto em termos de aberrações e comportamentos de pessoas que se dizem cristãs, ficaria somente no campo das especulações. Mas quis Deus que essas mesmas tecnologias empregadas na propagação do evangelho, fossem o canal para mostrar as práticas absurdas e divorciadas dos mandamentos divinos.

“Com que me apresentarei diante do Senhor, e me prostrarei perante o Deus excelso? ”.  O profeta Miqueias pergunta e já antevendo que o povo não teria respostas, propõe opções ritualísticas dentro do contexto religioso judaico daquela época. Usa a retórica do sacrifício de milhares de carneiros e quantidades enormes de azeite como se isso fosse possível para uma purificação eficaz. Miqueias chega a sugerir hipoteticamente o sacrifício do filho primogênito pelo pecado, muito embora o sacrifício de crianças fosse proibido sob pena de morte (Lv 18.21; 20.2-5; Dt 12.31; 18.10). Eram perguntas retóricas que já antecipava de forma explícita, respostas negativas, para logo a seguir ele mesmo responder corretamente o que Deus desejava “...que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus...” (Mq 6.8). Atenção nisso!

A proposta bem-humorada do profeta (v.7) apenas revelava a futilidade da prática ritualística, muito mais usada em mostrar o exterior das pessoas, sem, contudo, apresentar um coração arrependido pela transgressão. Era “o fazer para ser visto”, assim como muitos sacrifícios tão comuns nos dias de hoje. Veja nos dias atuais as realizações de muitos sacrifícios em vão, muito marketing nos altares e Cristo sendo ofertado como mercadoria ou produto. É o evangelho da troca e do mérito onde a benção divina é previamente agendada pelo homem.

“o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus?” (Mq 6.8). É neste contexto que se encontra a atualidade da Palavra de Miqueias. O que Deus requer é mudança de comportamento, mudança de atitude e acima de tudo mudança em abandonar ritos, que em vez de aproximar o homem de Deus, o afasta, uma vez que o homem passa a depositar sua esperança nas formalidades criadas e se esquece do Deus de toda graça (1 Pe 5.10). Olha o perigo disso!

Séculos depois de Miqueias, o apóstolo Paulo já instruía que essas filosofias, esses preceitos, essas tradições ou práticas gospel, podem até - sentido de alcance - ter alguma aparência de sabedoria, mas não possuem nenhum valor, senão para satisfação das vontades pessoais e, principalmente do ego daqueles que as apregoam (Cl 2.22).

Entenda que o cristão recebe da graça de Deus (Ef 1.3) quando se apresenta a ELE dentro dos critérios que ELE requer, seja praticando a justiça, amando a bondade e a humildade. Creia nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Quarta, 05 Abril 2017 10:20

CRITÉRIOS

CRITÉRIOS

 

“E, colocando-se Jesus a caminho, correu um homem ao seu encontro e, ajoelhando-se, indagou-lhe: “Bom Mestre! O que devo fazer para herdar a vida eterna? ” (Mc 10.18)

 

Marcos era parente de Barnabé e não esteve entre os doze discípulos de Jesus (Cl 4.10).  Seu evangelho teve como destinatários os gentios romanos e embora tenha sido divinamente inspirado pelo Espírito Santo, os pais da igreja primitiva entenderam que Marcos registrou muitas informações procedentes de Pedro, um dos três discípulos que desfrutaram de maior proximidade com Cristo.

Acima tem-se o versículo que trata do diálogo entre Jesus e um jovem rico, ocasião em que este jovem consulta Cristo sobre os critérios ou as condições requeridas para herdar a vida eterna. O evangelista Marcos não nominou este rapaz que desejou viver eternamente no céu, mas veja que este jovem demonstrou reconhecer a bondade de Deus, notadamente quando inicia a conversa com um “bom Mestre” (Mc 10.17). Observe ainda que ele conhecia e aplicava em sua vida diária a segunda parte dos dez mandamentos, aquela que trata do relacionamento entre as pessoas (Mc 10.19-20).

“Se você quer ser perfeito, vá, venda os seus bens e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me” (Mc 10.21). Foi essa a resposta de Jesus e aquele jovem, após processar mentalmente o que Cristo lhe disse, saiu triste, uma vez que possuía muitas propriedades e certamente não tinha em seu coração nenhuma expectativa em se dispor de suas riquezas materiais.

Evidente que a palavra capitalismo não existia na época que houve este diálogo, mas entenda que este regime econômico aponta sempre para geração de lucros. As pessoas empreendem um projeto com a finalidade de gerar receita. Montam um negócio qualquer visando ganhar dinheiro e mesmo quando não estão à frente de algum empreendimento, colaboram ou prestam serviço para outrem visando ganhar dinheiro para se sustentar economicamente. É um ciclo. Saiba que ninguém trabalha ou faz investimento com a expectativa de gerar prejuízos e provavelmente aquele jovem teria acumulado riquezas materiais originárias do fruto de seu trabalho.

Terminada a conversa com Jesus, e embora aquele rapaz tenha demonstrado interesse em fazer um investimento na vida eterna, as condições apresentadas não lhe pareceram favoráveis. Ele buscou a salvação, mas a contrapartida de abandonar a riqueza era muito alta. O incrível neste diálogo é que em nenhum instante Cristo o forçou a aceitar essas condições, Jesus o deixou bem à vontade para tomar sua própria decisão.  

Compreenda que é correto ter um patrimônio ou acumular bens. Todos desejam trabalhar e serem recompensados com bons salários, possuírem casas confortáveis, carros seguros e modernos, tocar o próprio negócio, ser empresário e ter uma excelente vida. Isso é legítimo, faz parte de quem trabalha honestamente e conduz sua vida dignamente. O grande problema daquele jovem foi justamente ter o seu patrimônio como um “deus” em sua vida, contrariando o primeiro item da lei que trata da relação do homem com Deus: "Não terás outros deuses diante de mim" (Êx 20.3). Este foi o conflito que corroeu seu coração. Reflita isso!

Saiba que de forma diferente, em três ocasiões distintas registradas na Bíblia, algumas pessoas também se preocuparam sobre o que fazer para herdar a salvação. "O que devo fazer para ser salvo?", foi a pergunta do carcereiro da cidade de Filipos a Paulo e Silas (At 16.30). "Que faremos, irmãos?", foi a pergunta feita ao discípulo Pedro pelos homens da cidade em Jerusalém, logo após a manifestação do Espírito Santo (At 2.37) e o próprio Paulo, em sua conversão, perguntou a Jesus "Senhor, que queres que eu faça?"  (At 9.6). Lembre-se que o carcereiro acreditou na salvação por meio da pregação da Palavra de Deus e, após o discurso de Pedro, a Bíblia registra que três mil pessoas se renderam aos pés de Jesus. E quanto a Paulo, este se tornou o maior doutrinador do cristianismo, estabelecendo muitas comunidades cristãs no mundo de então. Perceba que cada um recebeu uma resposta diferente, mas de maneira igual, todos aceitaram as condições propostas: ter Jesus no coração, e o Senhor Deus como único e verdadeiro!

Quanto ao jovem, ele tinha amor pelas outras pessoas, mas não conseguia expressar o seu amor a Deus, justamente quando escolheu a riqueza como o seu “deus”. Este era o seu problema. Compreenda que não basta ao cristão ter ótimas relações pessoais com seus pares, não basta ao cristão realizar boas ações e viver uma vida terrena dedicada e aplicada ao próximo, se - olha a condicionante - não ter o Senhor em sua vida, como Deus único e verdadeiro (Ex 20.3).

Compreenda que a pobreza não é critério para herdar a vida eterna e nem os mais abastados necessitam vender suas propriedades. Paulo ensinou que o cristão deve reconhecer sua riqueza como instrumento, como ferramenta e utilizá-la em conformidade com os princípios cristãos (1 Tm 6.17-19). Lembre-se que o dinheiro é salutar e nem é o problema, todavia, o amor ao dinheiro, ou seja, fazer dele o seu “deus”, este sim é o problema e raiz de todos os males (1 Tm 6.10). Lembre-se que só o Senhor é Deus, creia nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 28 Março 2017 16:50

SURPRESA

SURPRESA

“15; Eles lhe disseram: Estás louca. Ela, porém, assegurava que assim era. Eles então diziam: É o seu anjo. 16; Mas Pedro continuava a bater, e, quando abriram, viram-no e pasmaram. ” (At 12.15-16)

 

Escrito por Lucas, o livro de Atos dos Apóstolos mostra o início da história da igreja logo após a morte e ressurreição de Cristo. O registro de Lucas em Atos traz sobretudo a descida do Espírito Santo, os milagres e as realizações do discípulo Pedro e do apóstolo Paulo, as viagens missionárias pelo mundo de então e os estabelecimentos das primeiras comunidades cristãs no século I.

Os dois versículos cima estão contextualizados na prisão de Tiago e Pedro (At 12.1-19). Tiago foi morto por ordem do rei Herodes e Pedro, muito embora estivesse encarcerado e preso a dois guardas, foi resgatado da prisão numa ação sobrenatural de Deus, enquanto toda a igreja intercedia por ele a Deus (At 12.2-5).

Saiba que a prática da oração é comum a todos crentes em Jesus. Nas orações, o fiel quase sempre clama pelas bênçãos divinas. Pede-se a Deus bênçãos em prol da família, bênçãos para conseguir um emprego, para comprar uma casa, pelo casamento que se aproxima, pelos exames na faculdade, para uma vida sem aborrecimentos, por livramentos diversos e até mesmo pela saúde do animalzinho de estimação. Enfim, nas orações a Deus, o que não faltam são pedidos dos mais diversos.

Após a miraculosa libertação de Pedro comandada por um anjo, ele se dirigiu para a casa de Maria, onde todos estavam reunidos em oração. Pedro bateu à porta da casa e foi atendido por uma criada cujo nome era Rode, mas esta não acreditou no que estava enxergando. Tinha dúvidas se era mesmo o discípulo Pedro, até que ele foi reconhecido e todos naquele ambiente ficaram boquiabertos (At 12.16).

Perceba que todos oravam a Deus pela liberdade de Pedro, clamavam com a finalidade do discípulo sair da cadeia e após o agir de Deus, eles simplesmente não creram que o milagre tivesse sido atendido com tanta rapidez. Por uma fração de segundos não creram que quem batia na porta fosse mesmo o discípulo Pedro. Eles não compreenderam o trabalhar de Deus em tão pouco tempo. Pense nisso!

“À voz do teu clamor, ele fará sentir a sua graça; assim que ele ouvir a tua súplica te responderá. ”  (Is 30.19). Essa foi a manifestação do profeta Isaías exortando o povo de Judá a confiar no Senhor de forma que bastaria tão somente um clamor que originasse de um coração cheio de fé. E logicamente não faltou fé àqueles que clamaram pela libertação de Pedro, tanto que ele lá apareceu e eles ficaram surpresos.  Saiba que Deus sempre surpreende seu povo, Deus pode agir antes da oração, depois da oração e dentro de sua onipotência agirá a qualquer momento conforme a Sua vontade, infelizmente muitos ainda alimentam dúvidas sobre o poder da oração.

Eu me deito e durmo; acordo, pois o Senhor me sustenta” (Sl 3.5), noutras palavras, é a materialização da benção divina, manifestada pela compaixão e misericórdia de Deus que concede mais um dia ao homem. As pessoas podem até não atentar, mas o simples fato de levantar da cama logo pela manhã deve ser visto como uma grande benção que poucos conseguem mentalizar (Lm 3.22). Pense isso!

Certamente que aquelas pessoas que tanto clamaram pela libertação de Pedro acreditavam no poder da oração, mas provavelmente não estavam preparados para a resposta de Deus em prazo tão curto, daí a surpresa entre eles. Noutra feita, alguns anos antes deste episódio, no Evangelho de Lucas, Zacarias pai de João Batista, teria feito uma oração para ser pai e quando o anjo Gabriel lhe apareceu dizendo que sua oração tinha sido ouvida e que ele seria pai de um menino, inclusive lhe dando o nome do garoto, Zacarias não acreditou devido a determinadas circunstâncias (Lc 1.18).

O rei Salomão manifestou que Deus sabe o tempo certo para que as coisas aconteçam na vida de cada um. Os planos de Deus são de uma exatidão constrangedora e incompreensíveis para o homem (Ec 3.1). Não se sabe quanto tempo esperou o sacerdote Zacarias pelo milagre de ser pai, mas o tempo de ser abençoado havia chegado, ou seja, Deus age no momento exato, nem mais e nem menos dias. Para atender ao discípulo Pedro, Deus agiu quase que imediatamente e isso demonstra que as atividades divinas acontecem em conformidade com o seu propósito. Reflita sobre nisso!

Entenda, portanto, que a oração é um poderoso instrumento, uma ferramenta a disposição de todos e sua eficácia é plenamente comprovada, tanto nos dias da antiguidade, como nos dias de hoje. Tenha fé e aguarde o tempo certo do agir de Deus, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Quarta, 22 Março 2017 12:15

BARREIRAS

BARREIRAS

“Quem dera que eles tivessem tal coração que me temessem, e guardassem em todo o tempo todos os meus mandamentos, para que bem lhes fosse a eles, e a seus filhos para sempre! ”(Dt 5.29) 

O livro de Deuteronômio, escrito pelo profeta Moisés, traz de maneira simples e objetiva uma revisão da história de Israel, recordando àqueles israelitas que nasceram no período da peregrinação do Egito para Canaã e que não presenciaram as incontáveis realizações do Senhor. O livro mostra também toda a inflexibilidade da lei mosaica, notadamente quanto às frases “farás isso” e “não farás aquilo”.

Muito aplicada em nossos dias, essa inflexibilidade de “isso farás e isso não farás”, tem se tornado uma característica marcante na vida de muitas pessoas, que com medo das consequências advindas pela realização ou não realização de determinados atos, acreditam que serão severamente punidas com a perda da salvação e vida eterna, concedida por meio do sacrifício único de Jesus Cristo, caso desobedeçam.

Veja a importância em contextualizar os escritos bíblicos em sua época, sua cultura e seus destinatários. Partindo desse entendimento, muitos dos registros bíblicos, ora são aplicáveis e ora não são aplicáveis aos nossos dias. Alguns criam e aplicam regras e normas que sequer existem nos apontamentos da bíblia, ou seja, são meros preceitos humanos que acabam se tornando ritos, hábitos e costumes que vão passando de pessoas para pessoas, até que se transformam em rígidas normas.

No versículo em destaque tem-se a manifestação de Deus em relação aos israelitas, que aculturados pela vida de escravos no Egito, somente sabiam “fazer e não fazer”. Como escravos, estavam condicionados a fazer e obedecer às ordens e isso era imposição egípcia, nação que os escravizou por longos anos. Todavia, agora livres da escravidão, vivendo em suas próprias terras (Canaã) e servindo ao Senhor, era natural que Deus postulasse que os israelitas criassem temor no coração.

Percebe-se um grande anseio das pessoas em se aproximarem de Jesus, entretanto, logo após aceitarem Cristo, elas enfrentam muitas dificuldades ordenadas pelas tradições humanas, para fazer ou deixar de fazer alguma coisa.  Parece haver uma exigência muito grande de mudança exterior, quando na verdade a mudança e transformação deve ocorrer no coração. Essa mudança interior recebe o nome de regeneração ou novo nascimento espiritual, e é o início da busca pelas coisas divinas, a busca por uma vida de separação das práticas mundanas para uma vida de realizações de fé e santidade.

O Apóstolo Paulo ensinou à comunidade cristã na cidade de Colossos, que eles deveriam ter extremo cuidado para que ninguém os escravizasse com vãs e enganosas filosofias que se fundamentavam simplesmente nas tradições humanas, e não em Cristo (Cl 2.8).  Paulo enfatizava a necessidade de eles entenderem a Palavra de Deus, compreendendo com o espírito e não por meio de influências de mentes alheias. Ele pregava isso, chamando a atenção da comunidade para a importância de reconhecer e se livrar de cargas e jugos que os aprisionavam, e livres, passassem a viver uma experiência de plenitude espiritual com Cristo e em Cristo.

Séculos antes do apóstolo Paulo, o profeta Joel discursava uma mensagem muito clara e direta ao povo de Israel: “rasgai o vosso coração e não as vossas vestes...” (Jl 2.13). Era e continua sendo uma mensagem para mudança de entendimento, uma mudança de pensamento e de transformação interna do coração e nas mentes. Na visão do profeta Joel, Deus não requisitava ritual, formalidades e nem tampouco hábitos tradicionais que indicavam medo exterior de Deus. Já naquela época, rituais e costumes culturais eram desnecessários e de nada valiam aos olhos de Deus, e essa era a advertência que o profeta Joel fazia aos seus compatriotas. Nas mínimas adversidades aquele povo rasgava suas roupas e se cobriam de cinzas acreditando que estes rituais iriam substituir o arrependimento genuíno e puro ao Senhor. O rei Davi também já enxergava a importância de um coração voltado a Deus, em detrimento das formalidades exteriores, e deixou isso registrado nos Salmos, quando se expressou: “o sacrifício aceitável a Deus é o espírito quebrantado; ao coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus” (Sl 51.17).

O apóstolo Paulo foi discípulo de Gamaliel, um doutor da lei. Era um implacável perseguidor dos primeiros cristãos, extremado fariseu e certamente um profundo conhecedor das formalidades e dos rituais judaicos. Este mesmo Paulo compreendeu mais tarde, por meio do Espírito Santo que o mérito e os rituais nada acrescentariam no processo de salvação (Ef 2.8-9). Paulo enfatizou que o cristão morreu com Cristo para as tradições humanas e não poderia e nem deveria se sujeitar a ordenanças como se pertencesse a um sistema de valores meritocráticos (Cl 2.20). Paulo ensinou ainda que estes regulamentos até - no sentido de alcance -, possuíam alguma aparente sabedoria, mas não tinham nenhum valor senão para a satisfação da carne, de quem o apregoava (Cl 2.23). Reflita nisso!

Romper as tradições e caminhar em um novo entendimento é o ensinamento de Cristo, registrado nos Evangelhos de Mateus e de Lucas. Em Mateus, Jesus desafia Pedro a sair da segurança do barco e viver a fé que ELE ensinava (Mt 14.28-29). Era preciso que Pedro rompesse a barreira que o separava do novo entendimento chamado fé. Em Lucas, o ensino de Jesus aponta para novos vinhos e novas roupas que não se harmonizam com odres velhos e roupas velhas, respectivamente (Lc 5.36-39).

O evangelho exige de quem crê uma nova postura. Em vez de obrigatoriedade, ritos e práticas exteriores e vazias, o evangelho concede paz e liberdade em Cristo. Creia nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

 

Quarta, 15 Março 2017 10:53

SOMENTE CRISTO

SOMENTE CRISTO

“Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; ” (2 Co 5.17)

 

Nessa segunda carta aos coríntios, percebe-se que seu teor difere da primeira carta, uma vez que nesta segunda epístola Paulo faz defesa de sua autoridade como apóstolo de Jesus Cristo pela vontade divina. Essa defesa estava relacionada com a desconfiança de alguns integrantes daquela comunidade cristã em relação à sua autoridade como apóstolo (2 Co 1.12-14). Provavelmente eles desejavam algum documento originário de Jerusalém para dar credibilidade a Paulo, como se um simples papel tivesse mais importância que o chamado de Deus (2 Co 3.1-5). 

Segundo os estudiosos, no século I, a cidade de Corinto possuía uma população superior a cem mil habitantes, dos quais grande parte era composta de escravos. Havia também uma pluralidade de deuses e templos, e dentre esses, o templo da deusa Afrodite, conhecida como a deusa do amor e da fertilidade. Centenas de prostitutas ficavam naquele templo atendendo aos visitantes, portanto, não há dúvidas que ali predominava mesmo uma imoralidade generalizada. E em decorrência dessa situação, Paulo fez séria advertência sobre a santificação do corpo, lavado, justificado e como templo do Espírito Santo (1 Co 6. 9-20). Assim é fácil perceber que Paulo foi mesmo uma ferramenta nas mãos de Deus que libertou e transformou muitas vidas naquela cidade, vidas essas que outrora estavam presas no pecado, sob domínio de Satanás.

Certamente que você está cansado de ler e até mesmo de ouvir o versículo acima. Ele é por demais empregado justamente para mostrar a base bíblica sobre a mudança de vida. Resumidamente, o versículo diz que a pessoa era de um jeito, e hoje, após aceitar pela fé a Jesus Cristo, não é mais aquela pessoa de antigamente. Mostra que houve uma mudança, uma transformação ou uma regeneração.

Em termos de imoralidade, corrupção e práticas mundanas, nada mudou nos dias atuais em relação àquela época na cidade de Corinto. Passados todo este tempo, o que se enxerga por aí é uma sociedade que caminha a passos largos para um abismo colossal, tal a crescente promiscuidade que domina seus integrantes. Todos os dias Deus tem libertado pessoas que estavam presas nessas práticas mundanas e, logicamente vidas, pessoas e até mesmo famílias inteiras têm sido transformadas, todavia, muitos que aceitam Jesus como seu Salvador e Senhor, ainda carregam dentro de suas mentes, comportamentos e atitudes que não combinam com os princípios cristãos e os ensinos deixados por Cristo. Muitos ainda depositam suas crenças em tudo, menos em Jesus. Pense nisso!

No século XVI, quando eclodiu a Reforma Protestante, um de seus pontos era justamente acabar com as superstições religiosas e enfatizar a fé em Jesus (Rm 1.17). Daquela época aos dias atuais, não restam dúvidas que a fé foi mesmo praticada, evidenciada pelos inúmeros milagres que Deus realizou, mas noutro lado ainda se observa a ocorrência de muitas manifestações místicas no meio de crentes, evidenciando que os dizeres do apóstolo Paulo sobre uma nova vida em Cristo, ainda não foi totalmente aplicada.

Aos novos convertidos, vindos de um sistema religioso onde prevaleciam muitas crendices, algumas até mesmo populares, estes ainda se apegam a determinados rituais que contrariam frontalmente o conceito de uma fé pura, verdadeira e genuína em Cristo, único mediador entre o homem e Deus (1 Tm 2.4-5). Moram em casas onde uma Bíblia fica aberta diariamente em algum salmo (quase sempre o 91), como se este procedimento pudesse dar proteção e salvação a seus moradores. Ainda abrem a Bíblia de forma aleatória, buscando na sorte uma palavra que possa direcionar suas decisões. Já outros depositam sua fé em souvenirs vindos de Israel ou de outros lugares, sob a crença de que estes possuem poderes milagrosos. Enfim, pode-se citar uma lista de crendices e misticismos que não prestam para nada. Infelizmente é o lado místico e carnal predominando, evidenciando que Jesus não é o bastante.

Tudo isso são práticas do cotidiano de pessoas que ainda não se converteram verdadeiramente. Sabiamente, Paulo deixou explícito a condicionante “se”, “se alguém está em Cristo”. Ou seja, esta pequena palavrinha já deixa claro a posição do crente, se é ou não alguém transformado, regenerado. Veja que a pessoa pode até estar fisicamente na igreja e participando do culto, todavia seu coração pode estar longe (Mt 6.21). Não colocando sua fé em Cristo, prevalecem em seu coração as velhas e falsas crenças que ele ainda não conseguiu erradicar. Entenda que aquelas superstições, modismos, aquelas regrinhas e aqueles rituais são coisas do passado quando não haviam nenhuma perspectiva em seus corações, mas agora o verdadeiro poder está na fé, e fé em Jesus Cristo. Paulo arremata “...as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo ” (2 Co 5.17).

Portanto, fuja do misticismo e das crendices. Basta somente Jesus, ELE é suficiente. Sem fé em Cristo, é impossível viver uma vida que agrade a Deus. Creia nisso!

Jesus Cristo filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Quarta, 08 Março 2017 08:10

OPINIÃO

OPINIÃO

“Porém o rei respondeu duramente ao povo, rejeitando totalmente o conselho dos anciãos e experientes conselheiros. ” (1 Rs 12.13)

 

Os dois livros de Reis tratam basicamente dos registros de fatos e episódios sobre a história da monarquia de Israel, mostrando as características principais dos governos dos reis de Judá ao sul, e de Israel ao norte. Outrora os dois livros de Reis eram um só livro, todavia, foram divididos pelos 72 eruditos que fizeram a tradução do Antigo Testamento em hebraico para a língua grega, tradução essa que levou o nome de septuaginta.

O versículo acima está dentro do contexto da divisão do reino de Israel (1 Rs 12.1-19) e retrata a resposta de Roboão, filho e sucessor do rei Salomão aos seus súditos após estes o interpelarem sobre a carga dos impostos. Embora Salomão tenha sido um rei sábio e generoso, a manutenção de seu reinado era extremamente dispendiosa (1 Rs 4.20-18). Após sua morte, o povo foi perguntar ao novo rei sobre a possibilidade de diminuir os tributos. O rei Roboão fez uma consulta aos anciãos e estes o aconselharam a ser moderado com o povo (1 Rs 12.7), todavia, o rei dispensou estes bons e sábios conselhos e aplicou a opinião dos jovens e amigos de infância, aumentando os impostos (1 Rs 12.10). Dessa decisão, houve indignação do povo e o reinado de Israel foi dividido em duas partes, a parte do Sul ficou com as tribos de Benjamim e Judá e passou a ser denominado Reinado de Judá. A parte norte, ficou com dez tribos e passou a ser conhecida como Reinado do Norte ou Israel.

O rei Roboão foi modelo e exemplo de imaturidade e inexperiência na condução de seu reinado. Fez a escolha errada quando deu preferência ás opiniões vindas de pessoas inexperientes, assim como ele. Decidiu aumentar os impostos sob a influência de pessoas que detinham pouco ou quase nenhum conhecimento, e essa decisão lhe custou caro.

Da mesma forma, muitas pessoas tomam decisões fundamentadas em opiniões alheias, de amigos e colegas principalmente, decisões essas que saem caras, trazendo resultados não desejados. Frequentemente são veiculadas notícias sobre decisões de autoridades que surpreendem todo mundo. São comportamentos fraudulentos, enganosos e que poderiam ter sido evitados com bons conselhos. São decisões e atitudes que foram tomadas com base em opiniões de assessores, amigos ou colegas em detrimento de sugestões sérias de pessoas com conhecimento no assunto.

Roboão decidiu por meio de opiniões. E hoje, muitas pessoas ainda decidem fatos de sua vida por meio de opiniões de outras pessoas, incapazes que são de seguir bons conselhos de pessoas mais experientes. Algumas decisões depois de tomadas são difíceis de serem restauradas, daí surge a indagação de saber quem realmente deve ser ouvido. Paulo se manifestou sobre isso na carta aos coríntios e na carta aos efésios, advertindo tanto sobre as más companhias que corrompem os bons costumes (1 Co 15.33) como pelo engano de ouvir de outras pessoas palavras destituídas de sabedoria (Ef 5.6).

“Bem-aventurado é o homem que não segue o conselho dos ímpios...” (Sl 1.1). Ímpio é aquele que não tem o Espírito de Deus em seu coração, ímpio é aquele que faz o que não agrada a Deus e ímpio, resumidamente é aquele que caminha para longe de Deus e assim sendo, obviamente que não tem mesmo bons conselhos a dar. O apóstolo Paulo se manifestou de maneira muito clara sobre a responsabilidade das pessoas perante Deus, notadamente quanto as escolhas no presente que incidirão nos resultados futuros. Em resumo, o apóstolo Paulo falava sobre o plantar e o colher (Gl 6.7).

Compreenda que Roboão desdenhou dos bons conselhos dos experientes anciãos que assessoravam seu pai, aceitou as opiniões de seus amigos e fez o que era mal aos olhos de Deus e isso gerou péssimas consequências. Seu reinado foi atacado e ele praticamente colheu aquilo que plantara por meio das opiniões de seus colegas. Certamente que Roboão não conheceu e nem aos menos estudou o que Salomão, seu pai, havia escrito sobre o assunto, “portanto comerão do fruto do seu caminho e se fartarão dos seus próprios conselhos” (Pv 1.30-31).

Perceba que o mundo está cheio de péssimos conselheiros. Na verdade, são apenas opinadores. Colegas, amigos, familiares, outras pessoas influentes e até mesmo programas televisivos conseguem dar péssimas opiniões na vida de quem pede e que ás vezes, nem pede. Infelizmente todos relativizam a verdade e apontam caminhos e atalhos distorcidos que não enriquecem e muito menos edificam o cristão na condução de suas decisões.

Compreenda bem o que disse o salmista sobre os conselhos do Senhor “o conselho do Senhor permanece para sempre...” (Sl 33.11). Saiba, portanto, diferenciar opinião de conselho e nos momentos que precisar, lembre-se que conselho bom é aquele que vem de Deus (2 Tm 3.16). O resto são meras opiniões!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Quarta, 01 Março 2017 09:26

CONFORMIDADE

CONFORMIDADE

“Sem mais, irmãos, despeço-me de vocês! Procurem aperfeiçoar-se, consolem uns aos outros, tenham um só pensamento e vivam em paz. E o DEUS de amor e paz estará com vocês. ” (2 Co 13.11)

 

O apóstolo Paulo escreveu duas cartas à igreja em Corinto. Segundo os estudiosos, esta segunda epístola foi escrita nos idos de 57DC, praticamente um ano após a primeira carta. Na primeira carta, Paulo cuidou de diversos problemas que haviam surgido naquela comunidade e, nesta segunda carta, ele aborda com autoridade a desconfiança de alguns irmãos que não o viam como um apóstolo sincero a serviço de Deus e que ainda tinham dúvidas de seu apostolado, a ponto de exigirem uma carta que o recomendasse, provavelmente uma carta de Jerusalém (2 Co 3.1-5).

Na primeira carta aos Coríntios, Paulo havia sido informado e chamado a atenção sobre um pecado grave que havia sido cometido por um membro daquela comunidade e sobre uma divisão interna que começava a surgir, orientando-os a terem Cristo como foco e como objetivo, abandonando as preferências particulares em torno de outras pessoas (1 Co 1.10-13). Na segunda carta, Paulo deixa transparecer que teria havido resistência às advertências dadas anteriormente.

Atente que praticamente não há diferença entre os problemas daquelas comunidades cristãs do século I com as igrejas atuais. Se naquelas haviam as contendas, invejas e desavenças por coisas menores e até mesmo sem tanta importância (1 Co 3.3-4), nas atuais existem os mesmos conflitos e os mesmos sentimentos de invejas. Entenda que num ambiente onde reina a desarmonia, os cultos de louvor e adoração a Deus não combinam com essa atmosfera conflituosa. Pense nisso!

Procurem aperfeiçoar-se...” Paulo, chama a atenção pelo aperfeiçoamento e conhecimento cristão, ou seja, que eles procurassem pela perfeição divina, visando obviamente, a correção dos males que estavam enraizados em seus corações. Esta busca da perfeição citada por Paulo é a mesma mencionada por Jesus a seus discípulos e aplicável aos cristãos de hoje. Jesus falava sobre a necessidade de o cristão ser possuidor de uma perfeição moral e espiritual que deveria ser buscada paulatinamente por meio de uma transformação gradual e constante (Mt 5.43-48). O próprio Paulo afirmativa não ter alcançado este objetivo, todavia, dizia estar firme e empenhado em conquistá-la (Fp 3.12). Lembre-se que somente em Cristo e com Cristo, o crente vive uma nova vida, moral e espiritual.

 “...consolem uns aos outros...”, em vez de brigas e conflitos que iriam trazer mais problemas, o apóstolo Paulo recomenda que eles se consolassem mutuamente. Era primordial que a comunhão fraternal e a boa convivência naquela comunidade fosse colocada como primeira necessidade, de forma que eles realmente fossem vistos pela sociedade como seguidores de Cristo (2 Co 12.20). De maneira contrária a tudo isso, muitas pessoas atuam como fermento nas igrejas, levando e trazendo conversas que não edificam, produzindo tumultos e desavenças. Saiba que hoje, mais que nunca, todos os cristãos necessitam da graça divina e essa graça não se harmoniza com a busca desenfreada de seus próprios interesses. Saiba que regenerado e nascido de Cristo o cristão pratica e busca a reta justiça (1 Jo 2.29).

“...tenham um só pensamento...”. Essa mesma advertência de Paulo para uma vida fraterna e alinhada com Cristo, também foi feita para a igreja em Roma e para a comunidade cristã na cidade de Filipos (Rm 15.6; Fp 2.2-3; 3.15-16; 4.2). Assim como hoje, esses conflitos pessoais já eram comuns naquela época. Lembre-se que dentro do reino de Jesus não podem haver pensamentos conflituosos que, em vez de aproximarem as pessoas, os distanciem em todos os aspectos. Pensamentos maléficos, egocêntricos e carnais não só afastam a pessoas do meio congregacional, mas pior, afastam as pessoas de Deus. Reflita isso! 

Lembre-se que Jesus chamou quem ele quis para ser seus discípulos (Mc 3.13). Jesus Cristo olhou para os corações e não para posições sociais, econômicas ou doutrinárias. Talvez você não saiba, mas dentre os discípulos de Jesus, haviam Mateus e Simão (Mt 10.3-4). Mateus era judeu e trabalhava como funcionário do Império Romano, cobrando impostos de seus compatriotas. Já Simão, o Zelote, também era judeu e fazia parte de um grupo político denominado Zelotes, grupo esse que combatia justamente o Império Romano para quem Mateus prestava serviços. Ambos tinham posições políticas altamente contrárias em sua essência, todavia, em nenhum momento os quatro evangelhos trazem qualquer registro de desavenças entre estes dois. No reino de Jesus, eles tinham o mesmo pensamento sobre reino, combatiam na mesma trincheira, viviam em harmonia, sem conflitos e sem o espírito de partidarismo.

“...e vivam em paz...”. Nem sempre a tão almejada paz é encontrada. Paulo propõe uma vida em conformidade com o reino de Jesus, baseados no amor cristão (1 Co 13.1). Paulo ensinava sobre uma vida onde o orgulho, a soberba e a exaltação ao ego não teriam lugar nos corações daqueles irmãos. O autor da carta aos Hebreus assim se expressou: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor; ” (Hb 12.14). Paulo desejava que eles abandonassem aquele péssimo comportamento, se livrassem daquele espírito contencioso e mirassem seus pensamentos em Cristo.

“E o DEUS de amor e paz estará com vocês...”. Saiba que muitas das vezes, o distanciamento de Deus acontece de maneira muito sutil. As pessoas se afastam de Deus vagarosamente e somente dão conta desta separação, quando a incredulidade já preencheu o seu coração. Compreenda que Deus não pode mesmo estar num ambiente onde predominam as contendas, as fofocas, as invejas, o orgulho e a soberba, e nem estará em corações onde a exaltação ao ego é prioridade. Lembre-se, somos templo e morada do Espírito Santo, portanto, vivamos em conformidade com o Espírito de Deus. Creia nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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