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Milton Marques de Oliveira - Comunidade Evangelística Ouvindo o Clamor das Nações
Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Quarta, 07 Junho 2017 11:27

BAJULADORES

BAJULADORES

“O mensageiro que tinha ido chamar Micaías lhe anunciou: “Eis que os profetas são unânimes em suas profecias em favor do rei; vede que também a tua palavra seja como a de um deles, e fala o que é bom e agradável! ”  (2 Cr 18.12)

 

Outrora, os dois livros de Crônicas formavam um só volume, eles trazem as histórias sobre os reinados de Israel e de Judá. Muito provavelmente estes livros foram divididos pelos rabinos que traduziram a Bíblia da língua hebraica para o grego, de forma a facilitar o entendimento de suas traduções. Os registros de Crônicas trazem praticamente as mesmas informações que os dois livros de Samuel e de Reis. Embora o autor de Crônicas seja desconhecido, as suspeitas sobre sua autoria recaem sobre o sacerdote Esdras, que viveu no período do pós cativeiro dos judeus na Babilônia.

Os registros históricos sobre o rei Acabe apontam que ele foi um rei que fez o que era mal aos olhos do Senhor e como se isso ainda fosse pouco, ele serviu e adorou os deuses de Baal (2 Rs 16.29-31). “Miséria pouca é bobagem”, essa frase é um dito popular que se encaixa perfeitamente neste episódio, ou seja, não bastou ao rei Acabe fazer tudo o que fosse ruim, mal e que desagradasse ao Senhor, mas ele foi além, quando cultuou e serviu aos deuses estranhos trazidos por sua mulher, Jezabel.

O versículo acima mostra o inusitado pedido do mensageiro do rei Acabe ao profeta Micaías, solicitando ao profeta que falasse somente aquilo que fosse bom e agradável aos ouvidos do rei Acabe (2 Cr 18.7-8). Nessa passagem o rei Acabe estava prestes a ir para uma batalha e 400 profetas tendenciosos e simpáticos ao rei, falavam tudo aquilo que ele desejava ouvir. Eram palavras mentirosas e que massageavam o ego do monarca. Aqueles profetas eram falsos e enganadores, pronunciavam palavras oriundas de suas vontades pessoais e tinham como único objetivo acariciar o ego e o coração do rei. Entenda que da mesma forma, hoje existem muitos pseudoprofetas que falam pela carne e mentem escancaradamente, e há outro tanto que vivem correndo atrás de palavras agradáveis que se encaixam em seu modo de vida.  Reflita!

Veja que muitos cristãos vivem magoados justamente por vivenciarem o mesmo espírito determinístico do rei Acabe. Essas pessoas desejam ouvir palavras que se ajustam perfeitamente na sua maneira de viver, notadamente quando andam praticando atos contrários à doutrina cristã. Se aborrecem quando a Palavra de Deus confronta seu comportamento e esbarra nas suas atitudes desalinhadas com a verdade. 

Saiba que o rei Acabe conduzia espiritualmente o povo de Israel para longe de Deus, fazia cultos, adorava e idolatrava o deus Baal, e neste contexto, era evidente que ele não tinha nenhuma simpatia pelo profeta Micaías, pois este não se curvava à sua vontade. Micaías não fazia parte do grupo de profetas que bajulavam o rei Acabe e somente pronunciava aquilo que Deus desejava que ele falasse, ou seja, Micaías era uma ferramenta, um instrumento usado por Deus e por isso, com razão odiado pelo rei (1 Rs 22.8).

Deste episódio do rei Acabe, compreenda uma comparação com a triste realidade de nossos dias. Há pessoas que ficam extremamente descontentes quando a Palavra de Deus os confronta em decorrência de seu comportamento e de sua maneira de viver, tanto fora como dentro das igrejas. Essa perversidade - ser cristão e não viver como cristão - tem sido comum na atualidade, notadamente quando se verifica que posturas inadequadas e objetivos pessoais são tratados de maneira prioritária, em detrimento de uma vida plena no Espírito.  Observe, há muitos cristãos que não são cristãos. Atente para isso!

Reconheça no tempo presente a necessidade das pessoas em ouvirem palavras de cunho motivacionais, que não confrontam o pecado e nem as iniquidades que permeiam a igreja. O profeta Micaías soltou sua voz pronunciando o que Deus desejava que ele falasse, noutras palavras, Micaías não disse nada para bajular o rei, mas manifestou a verdade do que iria acontecer naquela guerra que se aproximava.

O final da história mostra que o rei Acabe foi para a batalha, tentou e não conseguiu enganar o inimigo, acabou ferido e morreu (2 Cr 18.34). Na voz tendenciosa de seus profetas e simpatizantes, ele sairia vencedor e a batalha terminaria bem. Todos falavam a uma só boca e desta forma, eles incentivaram o rei a seguir no caminho da morte. A verdade estava nas palavras do profeta Micaías que via o povo de Israel disperso e sem pastor (2 Cr 18.16). Entenda, portanto, o perigo de dar créditos às palavras enganadoras vindas de pessoas tendenciosas que podem te trazer o mal. Dê ouvidos à verdade, tão somente à verdade, amém? Creia nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre.

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Domingo, 04 Junho 2017 23:53

04/06/2017 - CULTO DE LOUVOR A DEUS

Sábado, 03 Junho 2017 23:16

03/06/2017 - CEIA DO SENHOR

Quarta, 31 Maio 2017 10:07

EXALTAÇÃO

EXALTAÇÃO

“Pois não podemos deixar de falar de tudo quanto vimos e ouvimos! ” (At 4.20)

 

O livro de Atos dos apóstolos é uma continuação do evangelho de Lucas. Nele estão registrados a conversão de Paulo, as viagens missionárias, o início da igreja no mundo de então, as lutas, as dificuldades e as perseguições do Império Romano. O livro serve de base para comparações de datas e esclarecimento de detalhes importantes, principalmente quando se analisa as cartas escritas pelo Apóstolo Paulo. Atente ainda que o Espírito Santo é mencionado em Atos diversas vezes, confirmando as palavras de Jesus antes de sua ressureição (At 1.8-9).

O versículo acima está dentro do contexto da primeira perseguição levada a efeito pelos sacerdotes, principais do templo e seita dos saduceus. Estes não gostaram da ministração feita pelo discípulo Pedro ao povo sobre a morte e ressureição de Jesus dentre os mortos.  O discípulo Pedro havia sido preso e logo após se dirigiu ao sinédrio judaico e ali se manifestou como firme testemunha do que viu e ouviu, enquanto esteve com Cristo (At 4.1-4). Lembre-se que após sua ressurreição, Jesus apareceu aos discípulos (Lc 24.36), comeu com eles (Lc 24.42-43) e os comissionou para pregarem o evangelho da salvação, conduzirem as pessoas ao arrependimento e a remissão dos pecados. Jesus orientou os seus discípulos que de todas estas coisas eles seriam testemunhas (Lc 24.48).

Atente que a simples pronúncia da palavra testemunha leva a mente das pessoas para os tribunais, onde a testemunha tem papel importante nos julgamentos. Cabe a pessoa arrolada como testemunha se pronunciar em falar a verdade sobre determinado fato. A testemunha é tão relevante que Deus a inseriu nas tábuas da lei como o nono mandamento na relação do homem com seus semelhantes, justamente para incutir na mente do povo a importância de falar a verdade, de ser honesto e sincero (Ex 20.16). Da mesma forma os tribunais seculares prezam pelo testemunho da verdade para imputação de responsabilidades nos julgamentos. Noutro giro Jesus ensinou que o diabo é o pai da mentira, ou seja, a testemunha mentirosa tem paternidade (Jo 8.44). Reflita!

Pedro falava sobre tudo aquilo que ele havia visto com seus próprios olhos e obviamente, tinha escutado também enquanto esteve com Jesus. Era natural que isso incomodasse os sacerdotes, aliás, antes deste discurso, Pedro e João haviam sido ferramentas de Deus na cura de um homem aleijado, ou seja, presenciaram a cura. E falar sobre a ressureição era assunto que os integrantes da seita dos saduceus não apreciavam. Veja que Pedro foi uma testemunha fiel na exata expressão da palavra, ele dizia a verdade. Perceba também que o discípulo João, seu companheiro naquele momento, também se manifestou como testemunha de Cristo em seus escritos, ao declarar o que viu, o que escutou e o que contemplou no ministério de Jesus (1 Jo 1.3).

Falar a verdade foi primordial para as primeiras conversões dos judeus ao cristianismo, e é importante também nos dias de hoje para gerar confiança das pessoas em Cristo. Saiba, pois, da relevância dos crentes atuais em serem bons mensageiros da palavra de Deus, cuidando que suas atitudes, comportamentos e modo de vida sejam testemunhas da transformação operada pelo poder de Deus.

O apóstolo Paulo se expressou de maneira única ao afirmar que o homem, então pecador e dado as práticas mundanas, ao conhecer e aceitar pela fé Cristo em seu coração, ele passa a ser uma nova pessoa (2 Co 5.17).  Essa mudança de habitante do mundo do pecado para um mundo de luz, observada pelas demais pessoas é um testemunhado daquilo que Jesus pode fazer. Reflita isso!

Compreenda que ser testemunha daquilo que que Cristo fez em sua vida é fundamental para os demais depositarem sua confiança em Jesus e desta forma, por meio deste exemplo, salvarem muitos da perdição eterna. Uma boa testemunha se traduz em um modelo, um referencial a ser copiado e foi exatamente isso que os dois discípulos se dispuseram a fazer ao manifestaram sua fé em Cristo publicamente.

Há muitas outras formas de exaltar o nome de Jesus (2 Co 6.4). Pode-se glorificar o nome de Cristo relatando as bênçãos e maravilhas que ELE tem realizado por você e por seus familiares (Sl 126.3). Pode-se declarar que Deus tem derramado sua misericórdia e bondade, te mantendo vivo (Sl 3.5), afinal de contas, “ o SENHOR é quem tira a vida e a dá”, ou seja, Deus é o dono da vida(1 Sm 2.6).

Reconheça também a existência de más testemunhas, infelizmente são aquelas que denigrem o evangelho e promovem o afastamento das pessoas de Deus, proporcionando escândalos por meio de comportamento, modo de vida e posturas inadequadas com a doutrina cristã. São testemunhas que influenciam negativamente, distanciando as pessoas e impedindo que o nome de Jesus seja proclamado (Rm 14.15; 2 Co 6.3).

Veja que o comportamento do cristão perante a igreja e toda sociedade é diariamente analisado. Lembre-se que a maneira de falar, a postura, as atitudes, as reações, o modo de se comportar e outros indicadores cristãos são suas referenciais (Mt 12.33-37). Seja, portanto, uma testemunha fiel, consolidando e exaltando o nome de Cristo, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

 

Terça, 23 Maio 2017 11:56

NÃO!

NÃO!

“Buscou Davi a Deus pela criança; jejuou Davi e, vindo, passou a noite prostrado em terra." (1 Sm 12.16)

 

Difícil encontrar alguém que não tenha lido, estudado ou mesmo ouvido a história do rei Davi. Sua trajetória nos registros bíblicos começa quando o profeta Samuel o ungiu como rei de Israel, logo em seguida ele travou e venceu a luta contra o gigante filisteu de nome Golias, homem esse que desafiou o povo de Israel.

Davi é por demais conhecido por suas qualidades, principalmente pela humildade, pois em nenhum momento se exaltou com seus feitos dando a si mesmo os méritos de suas conquistas, antes pregava suas limitações, exaltando e atribuindo sempre a Deus suas vitórias ((Sl 131); 1 Sm 17.37). Outra característica de Davi era a honestidade na condução de sua vida. Nas palavras do profeta Samuel, Deus disse que Davi era o homem segundo o seu coração, mas isso não significa que Davi não cometesse pecado. Reflita isso!

No livro de Samuel tem-se registrado uma triste sequência que marcou a vida deste grande rei. Primeiro como rei de Israel ele deveria ir e não foi para uma batalha, segundo ele ficou no palácio, cobiçou e adulterou com uma mulher casada, terceiro ela engravidou, e como diz o ditado popular que miséria pouca é bobagem, para completar, em quarto lugar ele teve efetiva participação na morte de Urias, então marido de Bate-Seba com quem ele se relacionou. Atente para a força potencial do pecado e sobre isso, diz o salmista que um abismo chama outro abismo (Sl 42.7). Ante tudo isso, o rei Davi confessou sua transgressão e arrependeu-se do seu pecado (2 Sm 12.13; Sl 51)

Veja que mesmo arrependido e certamente perdoado por Deus, não se pode afirmar que os pedidos e as orações de Davi a Deus eram sempre atendidos. Entenda que com todas essas características, essas virtudes e todas essas qualidades ímpares como homem temente a Deus, o Criador não o atendeu quando seu filho concebido em pecado com a mulher de Urias adoeceu e veio a falecer.

Compreenda que receber um não como resposta é ruim em qualquer circunstância e ainda mais de Deus, rico em misericórdia, rico em benignidade e cuja paciência ultrapassa os limites do universo. Lembre-se que essa mesma paciência divina ficou plenamente comprovada nas diversas quedas do povo israelita. Saiba que mesmo nas caídas espirituais do povo de Israel e que não foram poucas, Deus nunca deixou de manifestar sua paciência, sua compaixão e amor. Deus é um Deus de compaixão, não esqueça disso!

Pode-se imaginar que o reflexo deste “não” de Deus na vida do rei Davi foi impactante, ainda mais quando se trata da morte de um filho. Como homem que temia ao Senhor e conhecia o poder e a justiça de Deus, certamente que Davi compreendeu as consequências naturais de seu erro e que Deus tinha coisas maiores para realizar em sua vida. Atente que muitas das vezes, o cristão clama a Deus em suas orações e jamais está preparado para escutar um não como resposta. O crente ora e tem fé, todavia, não compreende que Deus pode perfeita e soberamente negar seu pedido. Compreender a soberania de Deus é mesmo difícil para o homem.

Reina nos dias atuais uma teologia que prega e difunde uma visão que Deus não nega nada, que Deus está sempre pronto a ouvir e a conceder tudo aquilo que lhe for pedido, de maneira a fazer as pessoas mais felizes a alegres. Por essa vertente, todas as necessidades humanas serão contempladas, essa é a teologia onde a criatura determina ao Criador!

Quando pessoas que são próximas negam algo a outra, até se entende essa negativa como um fato normal, todavia, quando é Deus quem diz não, a compreensão humana fica nebulosa e muitos chegam a questionar se Deus é mesmo um Deus rico em misericórdia. Quando Deus não atende, algumas pessoas são levadas a questionar sua divindade, tal o volume de testemunhos que falam sobre as bênçãos concedidas a tantas outras pessoas. “Porque Deus não me atendeu e atendeu a fulano, a sicrano? ”. São perguntas complexas que exige uma maturidade cristã para responde-las. Atente nisso!

Perceba que a negativa de Deus, significa que Deus tem razões para não abençoar naquele momento e são razões que não cabe ao homem questionar. Jesus ao ensinar sobre a maneira de orar, deixou claro a prevalência da vontade divina em detrimento da vontade e dos desejos humanos, “seja feita a Tua vontade” (Mt 6.10b). Reflita isso!

Na história de Davi, seu pecado foi perdoado e a trágica morte da criança foi antecipadamente anunciada pelo profeta Natã (2 Sm 12.14). As limitações humanas impedem que o homem compreenda o agir de Deus, mas o homem deve entender que Deus tem projetos melhores. O nascimento de Salomão, filho de Davi, explica bem tudo isso, principalmente pelo histórico de seu reinado e por seus escritos em Provérbios e Eclesiastes.

Saiba ainda que Deus não atendeu ao clamor do apóstolo Paulo quando este manifestou por três vezes sobre um espinho na carne. “A minha graça te é suficiente” foi a resposta de Deus e Paulo continuou orando e louvando (2 Co 12.9). Reconheça, portanto, a soberania de Deus, ELE sabe o que faz e tem planos melhores para sua vida, creia nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Quarta, 17 Maio 2017 10:29

CHAMADO

CHAMADO

“E, tendo dito essas palavras, clamou em alta voz: “Lázaro, vem para fora” (Jo 11.43)

O Evangelho Segundo João tem a peculiaridade de narrar detalhes que os evangelhos de Mateus, Lucas e Marcos não registraram. Assim sendo o discípulo João não só registrou a ressureição e a saída do defunto Lázaro para fora do túmulo, como narrou diversos detalhes desta ressurreição, inclusive o diálogo entre Jesus a as irmãs de Lázaro.

Estudiosos da cultura judaica afirmam que no século I eram utilizadas grutas como sepulcro e grandes pedras fechavam a entrada. Os defuntos eram enfaixados com lençóis, panos e algumas especiarias eram usadas sobre o corpo. O enterro acontecia durante o dia e o túmulo não deveria ter nenhuma ostentação com base nos escritos de Salomão “O rico e o pobre se encontram; a todos o Senhor os fez ” (Pv 22.2)

No versículo acima estão as palavras de Jesus ditas a uma pessoa que estava morta há quatro dias e devido ao estado de putrefação do corpo, cheirava mal (Jo 11.39). Este fato aconteceu há centenas de anos e faz parte do rol de milagres do curto ministério de Jesus, entre tantas outras curas e transformações que continuam a maravilhar as pessoas.

Veja que enquanto não aparecer nenhuma outra forma de comunicação tão eficaz quanto a voz, as pessoas continuarão a dar valor as conversações, método amplamente utilizado pelas crianças, pelos adultos e até entre o homem e os animais. Veja que Jesus operou muitos milagres pelo toque de suas mãos, mas com Lázaro, ele empregou a voz. Bastou um chamado de voz para eternizar um milagre sobrenatural!

A Bíblia registra que o pequeno Samuel ouviu uma voz que o chamava, todavia, pensava ser a voz do profeta Eli. De imediato, nem o profeta Eli e nem Samuel não reconheceram a voz do Senhor, até que o profeta Eli orientou Samuel e ele respondeu a Deus (1 Sm 3.1-10). Outro personagem do AT que também escutou a voz de Deus foi Gideão. Sem quem o orientasse como aconteceu com Samuel, ele não acreditou que fosse Deus quem o chamava e para confirmar, pediu três sinais que foram plenamente realizados por Deus (Jz 6.17-22;36-40).

Atente que ainda hoje Jesus continua chamando pessoas pelo nome, porquanto sua voz ainda ecoa alto e em bom tom, todavia, embora muitos a escutam, saiba que poucos respondem ao seu chamado. As pessoas preferem ouvir a voz de amigos, do Pastor da igreja, dos familiares e até mesmo a própria voz, do que efetivamente ouvir a voz de Jesus Cristo. Ou seja, há nos dias atuais uma forte desconsideração pelo chamado de Deus. Pense nisso!

Muitos ainda acreditam que Deus não fala com seus filhos nos dias de hoje, todavia, saiba que Deus se manifesta aos homens sob diversas maneiras (Rm 1.20; Ec 3.11). Cristo enquanto ensinava seus discípulos, usou como ilustração a figura de um pastor que cuida de suas ovelhas, explicando que essas mesmas ovelhas identificam e reconhecem o pastor justamente pela voz (Jo 10.27). Samuel foi instruído pelo profeta Eli e Gideão fez provas. Ambos escutaram a voz de Deus e foram obedientes ao chamado. O defunto Lázaro reconheceu a voz de Jesus e prontamente atendeu ao Mestre, saindo da morte para a vida (Jo 11.25).

Hoje, pode-se ouvir a voz do Mestre por meio da sua Palavra, por meio do Espírito Santo, por meio de sonhos e visões (Jó 33.14-18), bastando tão somente o ouvinte abrir o coração à sua voz. Hoje não há a presença física de Jesus para se fazer ouvir a sua voz, entretanto, tem-se as Sagradas Escrituras que orienta e guia o cristão em suas decisões. O apóstolo Paulo quando escreveu a Timóteo, o instruiu que a Palavra de Deus é útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a educação na justiça (2 Tm 3.16-17).

A voz de Jesus tirou Lázaro do túmulo, a voz de Jesus transformou o fariseu Saulo em um grande apóstolo que difundiu e estabeleceu o cristianismo nas principais cidades de sua época (At 9.4-5). Lázaro mesmo morto escutou a voz de Jesus e da mesma maneira Paulo que estava preso e morto pela lei, pelos rituais e pelas formalidades também ouviu e obedeceu a voz de Cristo.  Reflita!

Portanto, não há tempo a perder. “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração. ” (Hb 3.15). Jesus chamou no passado e tem chamado no tempo presente. Não se faça de surdo à voz de Deus, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Quarta, 10 Maio 2017 13:52

CONHECIMENTO

CONHECIMENTO

“Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim. ” (Jn 1.2)

 

O livro de Jonas foi escrito pelo profeta de mesmo nome e faz parte dos doze livros proféticos, chamados profetas menores. Segundo estudiosos Jonas foi contemporâneo dos profetas Amós e Oséias, e teria sido escrito nos idos de 780AC, bem antes da invasão feita pelos assírios contra Israel (reino do Norte). Sua narrativa é por demais conhecida justamente pela presença de um grande animal marinho que engoliu o profeta, quando este empreendeu fuga, se recusando a cumprir um chamado de Deus.

Conforme informações, aumentou consideravelmente o número de pessoas que cursam ou que já concluíram estudos sobre teologia e depois de formados, pelo menos em tese, essas pessoas possuem mais saberes sobre Deus. Atente que teoricamente, a pessoa recebeu muitas informações, deve ter lido bons livros, estudou a Bíblia e provavelmente deve mesmo ter aprendido algo a mais que a simples maioria do povo.

Veja que existem pessoas que mesmo fazendo cursos teológicos, ouvindo pregações nas igrejas e acumulado conhecimento na área por outros meios, ainda não conhecem Deus, a ponto de se afastarem trilhando por caminhos errados, ou seja, embora sabedores sobre Deus, não o conhecem profundamente. Reflita isso!

Entenda que Jonas sabia sobre Deus, mas não tinha conhecimento do que Deus era capaz de fazer. Jonas sabia sobre Deus tudo aquilo que ele mesmo tinha aprendido, estudando os pergaminhos de sua época ou por meio das tradições orais entre os anciãos, mas Jonas não conseguia dimensionar coisa alguma sobre a capacidade do agir de Deus, sob quaisquer circunstâncias e condições.

Assim como Jonas, existem muitos que sabem de Palavra a Deus, são crentes em Jesus há pouco ou muito tempo, todavia, não conseguem entender que seu poder é infinitamente grande. Assim sendo, o que essas pessoas sabem sobre Deus é algo raso, e essa superficialidade não é suficiente para estimar a onipotência divina (Jr 32.17;27). É justamente essa superficialidade humana que tem causado coragem e ousadia nas pessoas, a ponto de muitos não temerem a Deus e se aventurarem por aí, nas práticas mundanas.

Lembre-se que Davi disse não haver lugar para se esconder de Deus, pois se subisse ao céu, nas alturas das nuvens, lá estaria Deus e se descesse ao mais profundo da terra, lá também estaria o Senhor (Sl 139.8). Neste contexto, perceba que o profeta Jonas ao tentar fugir da presença de Deus, comprovou mesmo não conhecer Deus. Ao ser indagado pelos marinheiros do navio que enfrentavam a tempestade, Jonas respondeu que servia ao Deus que fez a terra e o mar e Jonas fugiu justamente para o mar (Jn 1.9). Essa resposta foi uma forte evidência que Jonas sabia algo a respeito do Deus que fez o céu, a terra e as águas, mas não tinha pleno conhecimento deste mesmo Deus, senão não teria fugido pelo mar. Pense nisso!

Nos dias atuais, muitos apenas sabem de Deus da mesma maneira que Jonas. Sabem sobre Deus pelos livros, pelas tradições, pela leitura desatenta e superficial da Bíblia, por ouvir pregadores ou sabem porque frequentam uma igreja.  Apenas sabem. Esse saber sobre Deus é o que tem levado as pessoas a uma grande incredulidade, que por sua vez contamina outras pessoas, criando um enorme e amplo distanciamento do homem para Deus.

 Diferente do saber, o conhecimento do homem sobre Deus implica na exigência do estabelecimento de uma comunhão, de uma intimidade tal, a ponto de reconhecer a Sua voz quando ELE se manifestar. Implica em possuir sabedoria de forma a não fazer aquilo que o desagrada, o que se entende como uma pessoa obediente e que ama. Trata-se da mesma obediência e amor a Deus que faz o homem se apartar das práticas mundanas e não pecar (2 Co 6.16-17; 1 Jo 4.7-8).

Saiba que o profeta Jonas sabia a respeito de Deus como o Deus da salvação (Jn 2.2) e como o Deus de compaixão (Jn 4.1), mas estava cego no conhecimento e como cego espiritualmente, Jonas não conseguia compreender e conhecer Deus da forma como ELE é, tanto que tentou fugir! Perceba que essa venda espiritual nos olhos de Jonas pode ser comparada com a cegueira do povo de Judá e muito bem retratada pelos profetas do AT. Os judeus daquela época, não acreditavam que o cativeiro pudesse ser uma realidade e continuavam na apostasia, pecando e indo atrás de outros deuses (Jr 25.1-11). Sabiam de Deus, mas não conheciam o Deus de seus antepassados!

Veja que implicitamente, Jonas ensinou que não basta saber de Deus, mas conhecê-lo é mais importante. De forma igual, o povo judeu deixou nas entrelinhas de sua história que não é suficiente saber de Deus, mas conhecê-lo faz toda diferença. Se efetivamente conhecesse Deus, Jonas teria obedecido o chamado e ido a Nínive pregar o arrependimento e assim sua história seria diferente. De igual forma, se bem conhecessem Deus, os judeus não teriam sido deportados para a Babilônia.

Embora falhos e imperfeitos, não procure apenas saber de Deus, mas faça esforços para conhecê-lo mais (Jr 24.7). Amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr 

Quarta, 03 Maio 2017 11:37

HONRA

HONRA

“Então, virou-se em direção à mulher e declarou a Simão: “Vês esta mulher? Entrei em tua casa, e não me trouxeste água para lavar os pés, como é o costume. Esta, porém, molhou os meus pés com suas lágrimas e os enxugou com os próprios cabelos. ”   (Lc 7.44)

 

Pouco ou quase nada se sabe sobre o evangelista Lucas, autor do terceiro evangelho que leva o seu nome. Sabe-se que ele era grego, exercia a medicina, escreveu o livro de Atos dos Apóstolos e acompanhou o apóstolo Paulo em suas viagens missionárias. Muito provavelmente Lucas tenha estado também com os discípulos de Jesus em razão das muitas informações inseridas em seu evangelho. A bíblia registra que Lucas esteve junto com o apóstolo Paulo na cidade de Jerusalém (At 21.17-18), viajou com ele para Roma (At 21.1) e esteve também com Paulo quando este estava preso, pouco antes de seu martírio (2 Tm 4.11). Na carta aos Colossenses, Paulo o trata como o médico amado (Cl 4.14).

O versículo acima está dentro do contexto da visita de Jesus à casa de Simão, o fariseu (Lc 7.36-49). Atente que Jesus honrou o anfitrião aceitando o convite, e uma vez dentro da casa, aparece uma mulher cujo nome não é mencionado por Lucas, que derramou sobre os pés de Jesus um vaso de unguento de alabastro e os enxugou com os seus cabelos.

Quase sempre se ouve conversas de pessoas que, por algum motivo, estiveram na casa de algum colega ou amigo e, uma vez lá, não receberam a devida honra como visitante. Para os padrões atuais, tem-se que as visitas sejam bem recepcionadas, bem tratadas e uma água, um café com biscoitos ou mesmo um suco sejam ofertados como símbolo de generosidade e simpatia.

O judeu Simão, fariseu convicto, convidou Jesus para uma visita e conforme a cultura daquela época, Simão deveria ter destacado um servo para lavar os pés de Cristo. Não fez nada disso, portanto, foi um péssimo anfitrião, aliás, nem o beijo como forma tradicional de cumprimento ele deu a Cristo. Resumindo, ele convidou Jesus para sua casa, Jesus foi e não recebeu a honra devida (Lc 7.45).

Nos dias atuais há uma certa semelhança com esta situação vivenciada entre Jesus e o fariseu Simão. Pessoas crentes ou não enchem as igrejas, clamam e choram pedindo bênçãos, curas, dons espirituais, mudanças de vida e milagres de todo tipo. Se derramam em lágrimas nas ministrações e nos louvores pedindo mais pela presença de Cristo em suas vidas. E Deus, pela sua eterna misericórdia, pela sua bondade, tem honrado as orações e a fé de muitos. Basta ver os testemunhos de tantas pessoas que foram curadas, de tantos livramentos concedidos e tanta coisa boa que aconteceu de maneira sobrenatural e sem explicações. Fatos esses que somente ELE pode realizar.

Acontece que esta consideração, essa deferência tem caminhado de maneira unilateral, numa estrada de mão única.  Enquanto Deus tem honrado as pessoas com as bênçãos, com curas e milagres, muitos não tem prestado a devida glória e reconhecimento a Deus, optando, muitas das vezes em dar glórias ao homem. Reflita sobre isso!

De Gênesis a Apocalipse, veja que a fidelidade e o compromisso de Deus são visíveis em toda a Bíblia. Deus é justo, toda sua essência moral é evidenciada pela perfeição do seu agir nas mais diversas condições e circunstâncias. Pode-se citar Moisés, Davi, Salomão, os profetas, os discípulos de Jesus, Maria, o apóstolo Paulo, Tiago e tantos outros personagens bíblicos que foram honrados por Deus em momentos distintos. Cada um recebeu honra divina e em contrapartida, também reconheceram o agir de Deus e lhe prestaram glórias.

Atente que as pessoas querem a presença de Cristo em suas vidas, em suas casas, com suas famílias, em suas empresas, mas assim como o fariseu Simão, não querem honrá-lo. Perceba que aquela mulher, pecadora na visão do fariseu, estimou, valorizou, amou e adorou Jesus de maneira espontânea, e saiba que nem naquela casa ela morava. Mas na sua humildade, ela honrou a Cristo.

Tiago, primeiro líder da igreja em Jerusalém ensinando sobre honra e obediência na vida cristã, manifestou sobre a necessidade de os crentes serem praticantes da palavra e não meros ouvintes (Tg 1.22). Veja que as pessoas deixam de honrar Cristo quando se afastam de seus caminhos, quando deixam de praticar a Palavra de Deus, quando adotam práticas mundanas, e assim levam uma vida comportamental que não renuncia o pecado. Compreenda bem, elas querem as bênçãos de Cristo, mas não querem Cristo em seus corações. Querem honra, mas não honram. Pode-se conjeturar que o fariseu Simão perdeu ótima oportunidade de honrar e glorificar aquele que o honrou primeiro. Pense nisso!

“Aquele que me serve será honrado por meu Pai “ (Jo 12.26). Lembre-se disso quando clamar pela presença de Cristo em sua vida, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Quarta, 26 Abril 2017 13:40

PELO NOME

PELO NOME

“...Jesus chegou àquele local, olhou para cima e o chamou: “Zaqueu! ...”  (Lc 19.5)

 

Os evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas fazem parte dos evangelhos sinóticos e são assim chamados devido a similaridade de seus registros. Lucas, escritor do terceiro evangelho foi colaborador de Paulo, inclusive o acompanhou em suas viagens pelo mundo de então, presenciando milagres, testemunhando curas e vivenciando in loco as ações missionárias. Os Evangelhos apresentam Jesus Cristo como rei, como servo, como o Filho do Homem, como Filho de Deus e como Salvador.

O versículo acima é muito conhecido e relata a história da conversão de um judeu de nome Zaqueu, morador da cidade de Jericó e cobrador de impostos para o Império Romano. Esses coletores de tributos eram conhecidos como publicanos, rótulo dado pelos judeus, e devido ao comportamento corrupto destes cobradores que enriqueciam às custas de seus compatriotas, essa atividade não era bem aceita pelo povo judaico. Entenda, portanto, que Zaqueu enfrentava sérios problemas de relacionamento com o povo.

A sociedade atual é fruto de intensas transformações que ocorreram em diversos setores. A globalização, por exemplo, trouxe muitas mudanças e afetou a economia mundial como um todo, as indústrias passaram por muitas inovações no setor produtivo e não se pode esquecer das transformações na área da saúde com a descoberta de novas drogas e novos procedimentos.  A cada década, a expectativa de vida aumenta uns anos e isso tem íntima relação com mudanças e melhorias na educação, nos transportes e na segurança pública.

Perceba que vivendo mais tempo e usufruindo de todas as benesses colocadas à disposição, as pessoas deixam poucas ou quase nenhuma oportunidade para desfrutar de coisas simples do cotidiano. Nas grandes cidades por exemplo, quase não há tempo para conversar com os vizinhos e nos condomínios os moradores não sabem e nem conhecem aqueles que residem no mesmo espaço.  E neste contexto as pessoas acabam sendo identificadas por números: morador do apartamento número tal, dono da vaga número tal, proprietário da casa de número tal e assim vai.

Acima, vemos Jesus chamando o publicano pelo nome: “ Zaqueu! Desce depressa, pois preciso ficar hoje em tua casa”. Compreenda que Jesus poderia perfeitamente dizer: “ei você aí, publicano, cobrador de impostos, amigos dos romanos, desça desta árvore, pois preciso ficar hoje em tua casa”. Mas não foi assim que Jesus fez.  Cristo o chamou pelo nome e ao chamar pelo nome, Jesus passou a identificar aquele homem de maneira individualizada e singular. A bíblia não relata se haviam outras pessoas com o mesmo nome naquele momento da abordagem, mas ao especificar o nome de Zaqueu, Jesus demonstrou que naquele momento começaria uma transformação no coração daquele homem. Veja que Zaqueu conduzia sua vida de maneira nada honesta, pois os registros deixam transparecer que ele expropriava seus compatriotas aumentando os valores dos impostos (Lc 19.8).

Lembre-se que Jesus chamou quem ele quis para seus discípulos (Mc 3.13). Os chamou um a um e pelos seus respectivos nomes e idêntica situação aconteceu na ressurreição de Lázaro (Jo 11.43). Jesus chamou pelo nome de Lázaro, identificando aquele defunto que estava enterrado há quatro dias. Era Lázaro quem Jesus chamava e não outros defuntos que lá se em encontravam.  Outro exemplo de individualização na chamada pelo nome encontra-se quando Deus se manifesta em apontar o rei Davi, “achei Davi, meu servo...” (SL 89.20).

Compreenda que mesmo ante tantas frustações, adversidades, problemas de toda ordem, fraquezas e aflições, alguns chegam mesmo a questionar se Deus os abandonou ou se esqueceu, todavia, Jesus conhece e sonda o interior dos corações (Sl 139.23). Saiba que até mesmo o rei Ciro da Babilônia que não conhecia a Deus, também foi tratado pelo nome (Is 45.1-5). Paulo, até então um homem que não tinha nenhuma simpatia pelos seguidores de Cristo, também foi chamado pelo nome no momento de sua conversão (At 9.4-5).

Entenda que você pode não estar nos planos de sua família, do seu marido, de sua esposa, da sua empresa, de seu patrão, mas você está nos planos de Deus, assim como Zaqueu. Lembre-se que se Davi dependesse de Jessé e do profeta Samuel, não teria chegado onde chegou. Davi não estava nos planos de Jessé seu pai e nem não estava nos planos do profeta Samuel, que ia ungir Eliabe como rei, pela aparência física. Mas Deus chamou Davi pelo nome (Sl 89.20). Reflita isso!

Saia que enquanto as pessoas não sabem o nome de seus vizinhos e os trata por números, Jesus te conhece e te chama pelo nome! Você é propriedade particular de Deus, por meio de Jesus Cristo, creia nisso, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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