Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Terça, 03 Abril 2018 23:52

03/04/2018 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 02 Abril 2018 18:49

CRISE

CRISE

 

“Tomai-me, lançai-me ao mar, e o mar se aquietará; porque eu sei que por minha causa vos sobreveio esta grande tempestade”. (Jn 1.12)

 

O livro de Jonas foi escrito pelo profeta de mesmo nome e está inserido no conjunto de livros denominado de “doze profetas menores”, tendo em vista que estes profetas escreveram pouco em relação aos profetas Isaías, Ezequiel ou Jeremias, por exemplo. O livro de Jonas praticamente não traz profecias, mas apresenta grande ensinamento sobre obediência a Deus. Acima está o versículo onde Jonas reconhece a si próprio como a causa da tempestade que atingiu o navio que ele usava para fugir de Deus.

No dia a dia, a palavra mais falada nas conversações entre as pessoas é a crise. Crise no governo com políticos acusados de corrupção e alguns até presos. Crise financeira, crise nas indústrias, crise na saúde e na educação, na segurança pública e obviamente, crise nas famílias com ramificação nos relacionamentos. Não há outro assunto tão comentado e com tantos especialistas propondo soluções.

Na história de Jonas, a crise era de ordem espiritual. Deus havia determinado que ele fosse pregar na cidade de Nínive, mas Jonas recusou. Na sua ideologia, aquele povo pagão não merecia perdão divino e demonstrando forte sentimento egoísta, achou por bem não obedecer e fugir da presença de Deus. Jonas sentia em seu coração que era uma missão absurda, e a título de comparação para os dias atuais, era como pedir a um destes torcedores de torcida organizada que vestisse a camisa do time adversário, ele não iria mesmo.

Para os marinheiros daquele barco que enfrentava a tempestade e tinha chances reais de naufrágio, a crise era se eles iriam sair vivos. Até que Jonas chama a responsabilidade para si, assumindo ser a causa daquela situação, devido sua desobediência a Deus (Jn 1.10). Compreenda que em decorrência do chamado de Deus para Jonas ir à Nínive, ele deveria ser um canal de benção aos ninivitas, ele seria a ferramenta para transformar os corações daquele povo e mostrar a maravilhosa compaixão de Deus, mas ao recusar ser esse instrumento e criar uma crise no barco, Jonas assumiu de forma direta a responsabilidade pelo naufrágio. Noutras palavras, a crise, a tempestade e o naufrágio tinha nome e causa: Jonas!

Lembre-se que Deus utiliza sim, quem ele quer para abençoar e para aplicar sua justiça. Em decorrência da desobediência e da idolatria do povo judeu, Deus usou o rei pagão Nabucodonosor para mostrar aos judeus o quanto eles estavam errados no relacionamento com o Criador. Foi necessário que um ímpio fosse usado como ferramenta de correção, quando os profetas daquela época não eram mais ouvidos. Reconheça, portanto, que o agir de Deus independe do homem em todos os sentidos. Reflita isso!

Atente que muita gente ao reclamar das crises, transfere a responsabilidade das turbulências para Deus. Preferem apontar um culpado a efetivamente fazer alguma coisa. A crise familiar que chega por meio da violência doméstica, a infidelidade do cônjuge, as brigas entre pais e filhos e tantas outras crises, podem ter uma razão bem mais clara do que se imagina.

Jonas foi o responsável pela crise no barco, ele era o problema! A crise no governo, a corrupção generalizada, a desestrutura familiar, são típicos eventos que podem ter uma causa muito conhecida: as fugas de pessoas que foram chamadas para levar a palavra de Deus e simplesmente não foram. Fugiram como Jonas. Reconheça que no governo há cristãos conhecedores da palavra que são omissos ou coniventes com as falcatruas. Nas empresas há gestores e funcionários que conhecem a palavra de Deus e não as aplicam. Nas famílias muitos estão como Jonas, fugindo das responsabilidades e sendo causa direta de tantos naufrágios familiares. Reflita seriamente sobre isso!

Jonas achou que os moradores de Nínive não mereciam o perdão de Deus. Hoje muitos se recusam a levar o amor de Cristo às pessoas, eles simplesmente não vão. Preferem a fuga, alegando motivos dos mais variados. Reconheça que as tragédias aparecem quando quem deveria abençoar simplesmente foge, assim como fez Jonas.

O incrível na história de Jonas era que os marinheiros remavam com toda força para sair da tempestade. Eles oraram e gritaram por socorro, inclusive pela vida de Jonas, justamente o homem que era a causa direta da tempestade. Parece piada, uma inversão notável, em vez de o crente orar pela alma do ímpio, era o ímpio clamando e o crente sendo abençoado (Jn 1.13-14). 

Mais tarde Jonas confessou sua culpa. Deus fez cessar a tempestade e acabou com a crise do naufrágio, salvou com vida os marinheiros e a história de Jonas seguiu seu curso. Compreenda por meio deste episódio que em algumas crises, pode ser que você seja mais parte do problema que da solução, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Quarta, 28 Março 2018 00:12

27/03/2018 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 26 Março 2018 22:49

MARATONA

MARATONA

“... deixemos todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta”(Hb 12.1)

 

A carta aos Hebreus não tem autoria definida. Para os teólogos pode ter sido Paulo quem a escreveu, outros apontam para Barnabé e existem mesmo aqueles que indicam existir grande possibilidade de não ser nenhum dos dois. Essa questão sobre a autoria não deve merecer tanta importância, pois relevante é ter a carta cumprido o seu papel de esclarecer e informar a supremacia de Cristo sobre os anjos, sobre os profetas e sobre Moisés, além de deixar pacífico que o sacrifício de Cristo foi suficiente e eficaz.

Naquela época (século I), era comum o uso de figuras de linguagem para que outras pessoas compreendessem melhor o que estava sendo apresentado. Assim, no versículo acima o autor usa a corrida de um atleta para expressar a caminhada do cristão rumo ao céu.

A cada espaço de quatro anos, o mundo todo se mobiliza em torno da realização das Olimpíadas. Uma cidade é escolhida antecipadamente e para lá se dirigem atletas de todas as modalidades esportivas de muitas nações. Passam um período de pouco mais de quinze dias competindo para ver quem será o grande vencedor de cada modalidade esportiva.

Veja que bem antes da data da competição, o atleta enfrenta um rigoroso treinamento. Todos os dias ele cumpre uma carga horária estafante de exercícios, tem sua alimentação balanceada e tenta a cada dia melhorar seu desempenho. Afinal ele é um competidor, almeja ganhar os louros da vitória, ser reconhecido como campeão e dentro deste contexto, ganhar fama, status e logicamente muito dinheiro. Este é o seu objetivo.

“Portanto, nós também..” (Hb 12.1). Diferente de outras cartas e livros da Bíblia, atente pela conjugação do verbo na primeira pessoa do plural. O autor da carta aos Hebreus se insere também como participante da mesma corrida ou seja, a ênfase é dar mostras que o autor também está participando da maratona cristã, rumo ao céu.

Entenda que diariamente o crente em Jesus é chamado para tomar uma decisão. Vive-se dia após dia decidindo coisas, desde o que comer pela manhã, que roupa vestir, o transporte para o trabalho, quando viajar e logicamente onde passar a vida eterna. Essa decisão de vida eterna passa pelas propostas e ofertas que o mundo dá, criando um confronto entre a vida secular e a vida cristã, com muitas e significativas diferenças entre elas.

Nas competições o atleta tem outros adversários do mesmo nível disputando um único troféu de campeão. É preciso estar concentrado, visando o foco da linha de chegada e não desviar o olhar para os lados. O cristão deve se posicionar da mesma forma, se para o atleta profissional a concentração na corrida é muito importante, para o cristão que participa da corrida rumo à vida eterna, não perder o foco é primordial (Hb 12.2). Noutras palavras, olhe para Cristo e não para a plateia. Reflita isso!

Perceba que nas Olimpíadas, há muitos competidores e um sempre vai desejar que o outro se machuque para não competir e desta maneira ficar de fora. Saiba que o crente compete também, mas contra si mesmo, ele compete contra o orgulho, contra o cansaço espiritual, contra as fraquezas da carne, contra o seu próprio ego, contra o pecado e contra tudo o que pode embaraçar sua corrida cristã. Pense seriamente nisso!

Incrivelmente, saiba que nos dias atuais, muitos cristãos estão competindo contra outros cristãos. É como se não houvesse vaga no céu para todos aqueles que depositam sua fé em Cristo. Muitos em vez de apoiar, de dar a mão e oferecer o ombro nesta dura maratona, optam em derrubar, em fazer tropeçar o atleta da mesma equipe. Muitos só enxergam seu próprio umbigo, como se os demais crentes fossem todos adversários, esquecendo-se do que disse Jesus sobre unidade (Jo 17.21).

Lembre-se que o discípulo João demonstrou mesquinhez e profundo egoísmo ao tentar impedir um homem que também expulsava demônios, libertando pessoas do maligno em nome de Jesus (Mc 9.38). João achava que aquele homem competia com eles e se sentiu incomodado pelo fato daquele não estar entre os doze. Foi repreendido pelo Mestre. Compreenda que ninguém detém o monopólio de Jesus. Ele veio para salvar a todos, todos (Jo 3.16). Reflita seriamente sobre isso!

Se nas Olímpiadas os atletas visam status, poder, fama, reconhecimento e dinheiro, entenda que os cristãos visam vida eterna e um reino de paz, justiça e alegria (Rm 14.7). Lembre-se que na maratona cristã rumo ao céu todos fazem parte do mesmo time de Cristo, portanto, ajude, incentive, mostre o caminho, seja sócio, seja parceiro, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 26 Março 2018 00:55

25/03/2018 - CULTO DE CELEBRAÇÃO A DEUS

Domingo, 25 Março 2018 16:02

25/03/2018 - BATISMO NAS ÁGUAS

Sábado, 24 Março 2018 01:04

23/03/2018 - CASAIS EM CONSTRUÇÃO

Quarta, 21 Março 2018 10:26

PLANO "B"

PLANO B

 

“Dispõe-te e vai à grande cidade de Nínive, e prega contra ela, porque a sua maldade subiu até a minha presença”! (Jn 1.1)

 

O livro de Jonas faz parte do conjunto de livros chamados biblicamente de  profetas menores, muito embora o livro não traga profecias como os de Amós, Miquéias, Zacarias e outros do mesmo grupo. A narrativa do livro aborda a história sobre um homem de nome Jonas, filho de Amitai, que provavelmente seja o mesmo Jonas que é citado sobre a restituição das fronteiras de Israel, nos idos de 790 AC, sob o reinado de Jeroboão (2 Rs 14.25).  

O livro de Jonas é muito conhecido, inclusive pelas histórias contadas às crianças, devido ao grande peixe que engoliu o profeta após este desobedecer a Deus. Na sua fuga de Deus, Jonas ficou três dias dentro da barriga do peixe e este episódio é relatado pelo próprio Cristo para ilustrar sua morte e ressurreição (Mt 12.39-41).

Natural que as pessoas se queixem uns aos outros, seja em decorrência de tantos problemas enfrentados, seja pelas lutas que não tem fim. Há momentos que são tantas as adversidades que alguns se sentem abandonados por Deus e deixados à sua própria sorte. Algumas pessoas reclamam tanto que nem possuem outro assunto, senão o de falar que a alegria foi embora e nem deixou endereço. De certa forma, é isso mesmo que acontece, todavia, o que muitos não enxergam é que na verdade, Deus não abandona ninguém, ele continua lá, do mesmo jeito, enquanto os queixosos é que se perdem pelo caminho. Reflita isso!

Deus havia dado uma ordem direta a Jonas, a de levar sua mensagem aos moradores da cidade de Nínive, os ninivitas. Deus havia visto que a maldade daquele povo havia chegado até os céus e era necessário um arrependimento geral (Jn 1.2). “Dispõe-te”, disse Deus e Jonas de fato se dispôs, mas para fugir da presença do Criador, pois para esta missão Jonas não estava com o coração pronto (Jn 1.1). Sua mente se perturbou com o chamado divino, ele tentou fugir da tarefa e fez isso rapidamente, embarcando no primeiro navio que estava para zarpar. O resto da história todos conhecem.

Perceba que os queixosos sempre possuem uma resposta na ponta da língua para justificar suas decepções. Para eles, nada está bom. O emprego não é legal, a faculdade não é lá essas coisas, as amizades são traiçoeiras e as relações familiares podem melhorar. Suas percepções são unilaterais e a responsabilidade pelos desacertos em sua vida nunca cai sobre si, sempre é culpa do outro.

Jonas tentou fugir pelo mar, mas uma tempestade quase fez o navio afundar. Jonas sentiu que o quase naufrágio da embaração tinha algo a ver com ele. Ao pedir para o jogarem ao mar, parecia que ele estava, naquele momento, inclinado a desistir de Deus. Pode-se conjeturar que ele tenha pensado que iria morrer, mas pregar em Nínive ele não iria. Grande engano. A tarefa foi dada a Jonas e não a outro homem. Deus não tem plano B em seus propósitos. Reflita seriamente sobre disso!

De forma idêntica aos dias de hoje, muitos estão como Jonas, tentando fugir daquilo que Deus tem ordenado, seja o de levar uma palavra de esperança aos desesperados, de dar um abraço aos angustiados ou mesmo de pregar sua mensagem aos aflitos. Resumindo, Deus não vai descer do céu e fazer coisas que as pessoas devem realizar por ele. Lembre-se que Deus não fez a arca para Noé, ele deu a missão e só voltou no tempo exato. Há propósitos que são para você fazer. Pense!

Perceba que muitos crentes agem como Jonas. Tomam suas decisões conforme suas vontades. Jonas fez assim, tomou a decisão de fugir sem ao menos orar. Aliás, ele não orou para decidir sobre sua fuga, não orou quando a tempestade chegou sobre o navio, não orou quando todos no navio oravam para acalmar a tempestade e nem orou noutros momentos cruciais (Jn 1.3-5). Jonas somente clamou a Deus quando estava no terceiro dia dentro da barriga do peixe. Somente neste momento ele caiu em si, viu que sua situação era crítica e clamou pedindo socorro.

O incrível é que Deus não desistiu de Jonas. Saiba que mesmo diante de situações onde as dificuldades parecem não ter fim, creia que Deus está no controle. Não adianta queixar, não adianta chorar e nem espernear, pois tudo está sob a perfeita gestão do Criador, dentro de seu plano. Jonas sabia sobre Deus, mas muito certamente ele não conhecia Deus a ponto de compreender ser possível, na prática, fugir de Deus. Mentalize isso!

Deus sempre trabalha para realizar o seu propósito. Muitas situações vividas nos dias de hoje, podem ser sinais que Deus está enviando. Não reclame, seu emprego pode se tornar fantástico se você entender como oportunidade para falar do amor de Deus aos colegas, seu curso na faculdade será benção, se compreender que lá, você é a mensagem de Cristo. Seus amigos serão excelentes, quando você demonstrar que os ama incondicionalmente, assim como Cristo te amou. E sua família será a melhor família do mundo, quando você entender que foi justamente essa família que Deus te concedeu. Pare de tentar fugir de Deus, ele não desistiu de Jonas e nem vai desistir de você. Para Deus não há plano B, você faz parte dos propósitos de Deus. Saiba nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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