Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Sábado, 03 Março 2018 09:53

27/02/2018 - CULTO "FÉ E VIDA"

Terça, 27 Fevereiro 2018 13:29

CONVITE

CONVITE

“Então Moisés disse a Hobabe, filho do midianita Reuel, sogro de Moisés: “Eis que estamos de partida para o lugar a respeito do qual disse Yahweh: ‘Eu vo-lo darei”!’ Vem, portanto, conosco também e repartiremos contigo tudo de bom que conquistarmos, pois o SENHOR prometeu boas dádivas a Israel! ” (Nm 10.29)

 

O livro de Números tem sua autoria atribuída a Moisés. Boa parte do livro são repetições extraídas dos livros de Êxodo, Levítico e Deuteronômio e provavelmente este detalhe explica porque o livro é muito pouco citado no NT. No livro há a contagem/censo do povo que estava caminhando para Canaã. Tem-se ainda o registro da nuvem durante o dia e a coluna de fogo durante a noite, como símbolos da presença de Deus guiando o povo em pleno deserto.

A passagem acima está contextualizada no curto diálogo entre Moisés e Hobabe, quando Moisés o convidou para ir com o povo hebreu para Canaã. Hobabe é filho de Reul, pai de Zípora, esposa de Moisés. Portanto, Hobabe era cunhado de Moisés, não esteve no Egito como escravo e, logicamente não era judeu, mas midianita (Nm 10.29-32).

É sempre bom receber convites. Para todos os eventos, desde uma simples reunião entre conhecidos até festas de casamento e aniversários, o convite para participar é fundamental. Sem o convite, a presença fica comprometida, entretanto, muitos reclamam quando não são lembrados para alguma reunião, e quando essa reunião acontece num ambiente de amigos ou parentes, o impacto de não ter sido convidado é angustiante.

Veja que Moisés chamou seu cunhado e sem muitas delongas, o convidou para caminharem juntos para Canaã, inclusive prometeu que ele participaria da herança. Perceba bem que Hobabe não foi escravo no Egito, não tinha laços de sangue e era descente de um povo estranho, conhecido por midianita (Nm 10.29). E não sendo hebreu, estava expressamente fora das promessas que Deus havia feito. Mesmo com estes critérios que o excluía, Moisés fez o convite e caso Hobabe aceitasse, seria incluído na promessa e consequentemente seria herdeiro.

Compreenda que nem todos os convites são iguais. Há convites para todos os gostos, desde o mais simples para um café, como aqueles com mais pompa para participar de um casamento, todavia, sempre há a possibilidade de recusa. Compreenda que Moisés convidou Hobabe e ele, a princípio recusou, alegando que não iria naquele momento, mas antes iria para sua terra e visitaria seus parentes (Nm 10.30).

Comparativamente, este convite de Moisés em muito se assemelha ao convite que o cristão faz às pessoas que ainda não conhecem Jesus. É o convite para sair do sistema mundano, se libertar dos vícios, abandonar comportamentos e posturas que não agradam a Deus e viver uma caminhada com Cristo e em Cristo (Cl 3.3-5). Pode-se crer que Moisés amava seu cunhado Hobabe a ponto de formalizar este convite, inclusive o de fazer dele herdeiro da promessa de Deus, mesmo sendo estrangeiro. Reflita!

Perceba que ao convidar as pessoas para conhecerem Cristo, o crente faz uma demonstração de amor ao próximo, não desejando que ele permaneça na vida de vícios e práticas imorais que tão mal causam ás pessoas. Lembre-se que mesmo falho e imperfeito, o homem tem da parte de Deus um amor incondicional, a ponto de Deus enviar seu filho Jesus para resgatar e chamar a humanidade para uma reconciliação, rumo a vida eterna. Creia nisso!

De pronto, Hobabe respondeu que não iria, antes desejava ver sua terra e seus parentes. Ao convite para receber Jesus em seu coração, a resposta do homem é semelhante a de Hobabe. Recusa o convite alegando diversos motivos, que não quer desagradar os parentes, os filhos, o cônjuge e que precisa de um tempinho para refletir. Outros ficam receosos em decorrência de seus status na sociedade, sua profissão e outros fatores de sua vida cotidiana. Enfim, o convite foi feito e assim como se convida para um café ou uma festa de aniversário, ele pode mesmo ser recusado.

Saiba que essa recusa liga o homem à terra, por meio de suas vontades pessoais e via de consequência, o desliga do céu, ou seja, tira a oportunidade de uma vida eterna com Deus. Recusar convites para um café ou festa não é a mesma coisa que recusar o convite para vir a Jesus. Os impactos são diferentes e, pior, são eternos. Lembre-se que ninguém tem nenhum controle sobre o minuto seguinte de sua existência. Não se sabe o que pode acontecer nas próximas horas, daí a importância do convite para ter uma vida com Cristo (Tg 4.14)

Mas Hobabe aceitou o convite de Moisés. Mais a frente, no livro de Juízes, há registros de seus descendentes. E muito provavelmente que ele teve uma missão para executar e foi útil ao povo hebreu como conhecedor da geografia do deserto por onde caminharam (Jz 1.16; 4.11).

Compreenda, portanto, a importância de aceitar o convite para conhecer Cristo e viver uma vida em prol do reino de Deus. Moisés não foi egoísta e levou Hobabe para Canaã. Faça como Moisés, convite alguém para conhecer e viver no reino de paz e justiça de Deus, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

Milton Marques de Oliveira - Pr

Sábado, 24 Fevereiro 2018 01:36

23/02/2018 - "CASAIS EM CONSTRUÇÃO"

Terça, 20 Fevereiro 2018 23:29

20/02/2018 - CULTO "FÉ E VIDA"

Terça, 20 Fevereiro 2018 11:14

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“Não comereis dele nada cru, nem cozido em água; o animal inteiro, incluindo a cabeça, as pernas e os miúdos, será assado em brasa.” (Ex 12.9)

 

O livro de Êxodo traz a saída do povo hebreu do Egito em direção a Canaã. Foi escrito por Moisés e os registros impressionam não só pela logística da movimentação de um grande número de pessoas e animais, mas pelas condições e circunstâncias do trajeto em meio ao deserto. Percebe-se ainda no livro a ocorrências de eventos sobrenaturais ocorridos na caminhada, numa clara demonstração do zelo e cuidado de Deus como provedor daquele povo, que progredia debaixo de uma palavra, de uma promessa desde a saída daquelas terras.

Antes da saída propriamente dita do Egito, Deus ordenou o sacrifício de um cordeiro, citou várias normas para realização deste sacrifício e dentre essas normas, uma era a de passar o sangue do cordeiro nos umbrais da porta, como sinal de libertação e de juízo. Outra regra era a de comer o cordeiro por inteiro. Tudo isso em sinal de obediência (Ex 12).

Com o crescente número das tecnologias, tornou-se comum nas redes sociais e fora delas a possibilidade das pessoas comentarem. Aliás, desde então surgiu especialistas em comentar sobre tudo. Saiba que grandes e pequenas empresas até fomentam este tipo de crítica em seus canais de atendimento, como forma de mensurar seu desempenho e fidelizar os clientes para com seus produtos. Algumas empresas avançaram um pouco mais e criaram formulários para conhecer as opiniões de seus clientes e desta maneira melhorar seus produtos.

Lembre-se que Deus resgatou o povo hebreu da escravidão e na saída das terras egípcias em direção a Canaã, o Senhor deu ordens expressas para sacrificarem um cordeiro e logo depois eles começaram a caminhada. Como escravo no Egito, o povo hebreu havia perdido sua identidade e Deus orientou Moisés na formação da nação judaica, estabelecendo leis e procedimentos cerimoniais, de forma a criar na mente daquele povo uma nova nação.

O sacrifício daquele cordeiro, com todas as suas regras e normas, foi exatamente dar o primeiro ensinamento sobre obediência, ou seja, as regras deveriam ser seguidas, de forma que aquela família que não tivesse passado o sangue nos umbrais da porta perderia o seu primogênito. Compreenda neste ponto, que Deus estava dando ordens expressas para fazer daquele jeito e que de outra maneira haveria um preço a ser pago. Reflita sobre as consequências da desobediência!

E mais, do cordeiro, deveriam comer todas as partes inclusive os pés, a cabeça e as vísceras, resumindo, eles deveriam comer o que Deus estava ofertando, ou seja, o cardápio era o de Deus. Não poderiam comer aquilo que desejassem, mas aquilo que Deus estava determinando. Não poderiam escolher a parte que mais gostariam, mas tão somente aquilo que Deus estava ordenando. Noutras palavras, o cardápio estava pronto e não caberiam questionamentos. Pense!

Entenda que se houvesse a possibilidade de voltar no tempo, muitas pessoas atuais iriam tecer críticas sobre a maneira que Deus mandou comer o cordeiro, iriam chover comentários criticando abertamente o cardápio que não agradou. “Pés? Vísceras? Cabeça? Não quero comer, não gosto disso, não tem outra opção?” Essas seriam as hipotéticas indagações e comentários. Mas perceba que elas de nada valeriam. O cardápio de Deus veio sem opções de mudanças. Pense isso!

Atente nos dias atuais, que muitos reclamam que a palavra ministrada na igreja não foi boa ou que não agradou. São comuns esses comentários, alguns até mais ácidos com críticas teológicas profundas, enquanto outros procuram teses para fundamentar suas opiniões numa clara demonstração de um orgulho exacerbado, esquecendo-se que Paulo disse a Timóteo que toda a Escritura é divinamente inspirada, favorável para ensinar, para responder, para corrigir e para instruir todos em justiça. Para que desta maneira todo homem seja apto e perfeitamente instruído para toda a boa obra (2 Tm 3.14-17).

Com raras exceções, grande parte das vezes, muitos desejam ouvir somente daquilo que lhes apraz. Fazem caras e bocas quando a palavra ministrada o confronta em suas atitudes e comportamentos, notadamente quando sua postura não está alinhada com os mandamentos de Cristo. Reconheça que Deus concede o cardápio certo para cada um, na porção exata. Deus é o dono da Palavra e soberano em suas decisões. Reflita!

O povo hebreu obedeceu quanto às regras do sacrifício. Comeram sim os pés, a cabeça e a fressura do carneiro e o resto da história é amplamente conhecida. Nenhum hebreu perdeu o seu primogênito e saíram da escravidão para a liberdade debaixo da palavra do Senhor. Aprenda, portanto, que o cardápio de Deus pode até ser indigesto e nem ser do seu agrado, entretanto, o menu de Deus é bom, perfeito e palatável, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Domingo, 18 Fevereiro 2018 23:28

18/02/2018 - CULTO DE LOUVOR E ADORAÇÃO

Sexta, 16 Fevereiro 2018 23:22

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Quarta, 14 Fevereiro 2018 12:56

PENDÊNCIAS

PENDÊNCIAS

“Paulo, entretanto, não conseguia ver razão para levar consigo aquele que desde a Panfília havia decidido se afastar deles e não os acompanhara até o fim da missão” (At 15.28)

Escrito por Lucas, o livro de Atos dos Apóstolos é o registro autêntico que aborda com muita propriedade os primeiros anos da história da igreja. Há no livro de Atos a conversão de Paulo, suas viagens missionárias, o estabelecimento das primeiras comunidades cristãs e a prisão do mesmo Paulo com sua apresentação em Roma, capital italiana.

O versículo acima está dentro do contexto de uma discussão verbal entre Paulo e Barnabé e como pivô, a pessoa de João Marcos, o mesmo que escreveu o evangelho de mesmo nome. Paulo não queria que Marcos os seguisse na viagem para algumas cidades que já tinham sido visitadas anteriormente e Barnabé desejava que Marcos fosse junto. Não havendo acordo, Paulo e Barnabé se separaram e cada um seguiu para uma direção, mas levando o evangelho (At 15.36-40).

Frequentemente as pessoas discordam entre si. Nem todos possuem os mesmos gostos, nem todos desejam a mesma coisa e nem todos possuem os mesmos pontos de vista. É justamente destas discordâncias que surgem os conflitos pessoais. Perceba que muitas pessoas são solitárias em decorrências de não concordarem com determinadas posturas de seus amigos, de seus familiares ou de seus companheiros e optam por viverem a sós.

Paulo e Barnabé eram amigos e pode-se afirmar que eram muito próximos. Foi justamente Barnabé quem apresentou Paulo aos demais discípulos logo após sua conversão, quando todos os discípulos não tinham plena confiança na conversão de Paulo. Havia certo temor se Paulo, outrora perseguidor, havia mesmo se convertido ou se estava maquinando alguma coisa contra os cristãos. Barnabé quebrou essa desconfiança e foi o elo que aproximou Paulo aos discípulos (At 9.26-27). 

Não se sabe o motivo de Marcos ter abandonado o grupo antes deste episódio, mas o certo é que essa desistência gerou em Paulo a vontade de rejeitá-lo na viagem (At 13.13). Perceba que se outrora Paulo foi auxiliado por Barnabé, agora era o mesmo Barnabé quem ajudava Marcos, então repudiado por Paulo que estivera na condição de rejeitado pelos discípulos logo após sua conversão.

Atente que há nos dias atuais grande dificuldade para resolução de conflitos pessoais, onde predominam as irredutíveis posições pessoais que não observam os ensinamentos de Jesus sobre uma convivência pacífica entre as pessoas (Mt 5.9). Neste sentido veja que muitos não liberam perdão e nem aceitam as desculpas de outros, mantendo firmes suas convicções. Paulo em nenhum momento se mostrou disposto a desculpar ou mesmo perdoar Marcos pela sua conduta anterior, contrário a isso, ele se mostrou firme e não permitiu que Marcos viajasse. Pode conjeturar que Paulo estava preso em eventos do passado, assim como muitos crentes atuais, dominados que são por fatos pretéritos e não conseguem enxergar e nem viver o amor que, hipocritamente, afirmam possuir. Reflita sobre isso!

Saiba que Jesus muito ensinou sobre amor, perdão e acima de tudo de reconciliação. Lembre-se que após negar a Jesus, Pedro não teve uma oportunidade para restaurar a comunhão com o Mestre, mas lembre-se que foi numa pescaria com outros seis discípulos, ao ouvir que era Jesus quem estava na praia, Pedro se atirou ao mar para encontrar o Mestre. Era Pedro procurando reconciliar após negar Jesus (Jo 21.3-6). Era Pedro quem tinha pendências com Cristo, e essa foi a razão de lançar-se ao mar antes dos demais. Ele demonstrou humildade e buscou pela reconciliação. Reflita isso!

Não se sabe quando, mas tempos depois desta situação entre Paulo e Barnabé, Paulo se reconciliou com Marcos, inclusive o trata como colaborador do seu ministério e antes de ser martirizado, o apóstolo solicitou a presença de Marcos, afirmando que ele seria muito útil nos derradeiros dias que lhe restavam (Cl. 4.10-11; 2 Tm 4.11). Compreenda que Paulo não deixou que o passado o prendesse e restabeleceu a comunhão com Marcos. As pendências foram sanadas. 

Saiba hoje, por meio deste episódio da importância de reconciliar e de restaurar a comunhão entre as pessoas, trazendo de volta a paz que havia no passado, fazendo valer o amor que Jesus anunciou. Compreenda, portanto, a urgência de resolver as pendências do passado para uma vida plena em Cristo, afinal de contas, no reino de Deus não há espaço para corações amargurados (Mt 5.8). Reflita isso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira – Pr

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