Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Sábado, 08 Julho 2023 21:36

RESPONSABILIDADE

RESPONSABILIDADE

“Buscai ao Senhor, vós todos os mansos da terra .” (Sf 2.3)

 

O livro de Sofonias foi escrito pelo profeta de mesmo nome. Sua narrativa faz parte do conjunto denominado Profetas Menores, em razão do seu pouco conteúdo, quando comparados com os livros de Isaías, Ezequiel e Jeremias. Sofonias viveu e profetizou cerca de 700 anos antes de Cristo. Homem íntegro e temente a Deus, ele enxergou nitidamente que seus compatriotas estavam se distanciado de Deus e se aproximando dos deuses nativos da terra.

O contexto de sua mensagem está na advertência ao povo de Judá, que levava uma vida leviana e irresponsável com Deus. Sofonias aponta os graves erros que eles cometiam e afirmava que as consequências do pecado seriam inevitáveis, caso eles não tomassem uma atitude de voltarem a Deus e assumirem um compromisso de não se afastarem mais (Sf 1.14; Sf  2.2).

Se tem algo comum em muitos ambientes é a inconstância. Hoje a  inconstância e a falta de compromisso tem sido observada nos casamentos, nas dietas, no trabalho, na economia, nos políticos e principalmente na fé em Cristo. É um tal de ‘começa e pára’ que todos enxergam, mas parece faltar ânimo para prosseguir e assumir a fé em Cristo com responsabilidade e compromisso.

O profeta Sofonias viveu uns 20 anos antes da queda de Jerusalém diante dos caldeus, isso nos idos de 606 AC e, naquela época a situação moral da nação judaica era péssima. Idolatria e adoração a outros deuses era o normal na vida de cada indivíduo, assim, pode-se afirmar que a vida espiritual deles era uma grande confusão. O povo gostava de viver perigosamente adorando a Deus e simultaneamente, eles adoravam as estrelas, prestavam sacrifícios ao sol e faziam culto a lua (Sf 1.5). Naquele cenário de muita bagunça espiritual, Deus tinha sido abandonado, ninguém não ia mais ao templo, não faziam mais os sacrifícios e eles simplesmente pararam de acreditar e de obedecer a Deus. Ou seja, tanto os líderes como seus liderados deixaram de seguir ao Senhor, era como se Deus tivesse sido escanteado, jogado de lado e não fizesse mais parte do estilo de vida deles. Deus não era mais assunto das conversas e ninguém se lembrava das suas obras.

Resumindo: A presença de Deus na vida do povo judaico era simplesmente nula. Havia uma frieza contagiante e isso ia passando de um para outro, todavia, mesmo vivendo naquele ambiente perverso Sofonias era a voz discordante, denunciando e chamando a atenção de seus compatriotas, fazendo duras advertências, mostrando que os efeitos daquela irresponsabilidade espiritual iria trazer sérias e graves implicações a todos, indistintamente (Sf 1.6; Sf 1.14).

Trazendo tudo isso para os dias atuais, veja que mudou a geografia, mas os cristãos de hoje apresentam muita semelhança espiritual com os judeus daquela época. Perceba que ainda existe muito misticismo no meio cristão, muitos que abandonam a Deus e uma enormidade de pessoas que mesmo conhecendo a Deus e as obras que ELE fez, ainda optam em se afastar.

“Os que deixam de seguir ao Senhor” (Sf 1.6a).Observa-se nos dias de hojeque muita gente troca o culto a Deus pelas festas mundanas, pelos finais de semana nas chácaras, pelos shows de artistas seculares, pelas baladas, pelo futebol de seu time e depois alegam que ‘não deu pra chegar a tempo de ir à igreja’. E tudo isso se fundamenta numa justificativa muito comum no meio cristão: o descompromisso e a frieza espiritual. Entenda que a falta de compromisso e a frieza espiritual começam de forma sutil, primeiro as pessoas deixam de meditar nas Sagradas Escrituras, depois não encontram tempo para orações, os louvores de adoração a Deus cedem espaços para as músicas mundanas que possuem letras de cunho sexual, traições e abandonos. Enfim, gradativa e progressivamente, o crente se torna um incrédulo e quando menos se espera, deixa de seguir a Deus. Reflita nisso!

Mesmo diante de tanta insensatez, perceba que o amor de Deus continuou ativo, tanto que o próprio Deus procurou despertar no coração do povo a sede de buscá-lo (Sf 2.3). Deus chamou o povo de Israel a um conserto espiritual, mas infelizmente, aquela geração só conheceu o juízo de Deus, a misericórdia somente foi vista pela geração seguinte quando houve a libertação e o retorno da Babilônia (Is 45.1-5 ).

Compreenda bem que este chamado divino à uma vida compromissada continua valendo para os dias atuais, afinal, a busca humana por Deus pode proporcionar uma mudança de postura e  redirecionar a vida de todos os que em Cristo, coloquem sua fé. Saiba que o homem é propenso a aplicar a sua própria justiça para se livrar do juízo  vindouro, todavia, quanto mais conscientes de sua miserável situação, mais ele valoriza a graça de Deus. Encerrando, saiba que a vida cristã deve ser uma vida de compromisso e de constante busca pela presença de Deus. Amém? Abraço grande.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 04 Julho 2023 23:37

04/07/2023 - CULTO "FÉ E VIDA"

Domingo, 02 Julho 2023 22:38

02/07/2023 - CULTO DE LOUVOR A DEUS

Sábado, 01 Julho 2023 23:47

INCAPAZ

INCAPAZ

“Quem és, Senhor?” (At 9.5)

O livro de Atos dos Apóstolos foi escrito por Lucas e mostra como a igreja começou a ser formada no mundo de então. Atente que se os quatro evangelhos mostram claramente o início do cristianismo até a subida aos céus de Jesus Cristo, Atos dos Apóstolos complementa os próximos movimentos da fé cristã, consolidando na dispersão territorial dos discípulos que iam anunciando o nome de Jesus pelas cidades e povoados.

A narrativa de Lucas traz um sem número de situações que ocorreram nas grandes cidades da época (Antioquia, Jerusalém, Atenas, Filipos, Corinto e Roma), tais como tumultos, confusões, perseguições, fugas, livramentos inexplicáveis, terremotos, etc. E esses eventos aconteceram em ambientes improváveis como cadeias, mares, tribunais, ilhas marítimas, sinagogas, navios, tendas, casas, praças e outros lugares. Ou seja, Atos é um livro histórico ao apresentar a expansão da fé cristã.

Lembre-se que o aprendizado faz parte da vida humana. Aprender a língua materna ou estrangeira, aprender um ofício, aprender a conduzir carros, navios e aviões, aprender a fazer algum tipo de comida, são dentre milhares de outros aprendizados, a única maneira de alguém não ser chamado de ignorante, aliás, a palavra ignorância significa desconhecimento e desconhecer algo é fato comum na vida de todos.

A narrativa de Lucas mostra que Paulo teve um encontro com Jesus e esse encontro aconteceu quando ele estava viajando numa estrada em direção a cidade de Damasco (At 9.1-17). Paulo era um fariseu convicto, tinha em seu coração que seus atos de repulsa ao cristianismo louvavam a Deus. Entretanto, depois daquele encontro com Cristo, a vida de Paulo mudou drasticamente. O certo é que houve uma mudança radical: para quem tinha uma agenda centralizada em si mesmo repleta de  perseguições, sua agenda agora era se submeter à vontade de Jesus Cristo, do qual ele se tornou discípulo. A narrativa de Lucas prossegue mostrando um novo Paulo que enfrentou muitos problemas, alguns com risco de morte, viajou milhares de quilômetros ensinando, curando e anunciando o nome de Jesus, então seu opositor.

“Quem és, Senhor?” (At 9.5). Compreenda bem que Paulo foi aluno de Gamaliel, um Mestre das Escrituras de sua época, todavia, quando estava no caminho para a cidade de Damasco, ele revelou uma profunda incapacidade ao desconhecer a natureza de Deus, aliás, do Deus de quem ele era inimigo. Se outrora, quando prendia os cristãos ele acreditava estar defendendo os interesses religiosos do Deus de Israel, naquele momento ele se enxergou como inimigo de Deus, justamente quando o próprio Cristo o acusou de perseguição (At 9.5).

Até ser encontrado por Jesus, Paulo não era capaz de conhecer Deus por meio de um relacionamento pessoal e íntimo, como os patriarcas Abraão, Jacó e Isaque o conheceram. Na verdade Paulo tinha recebido informações acerca de Deus por meio de seu Mestre Gamaliel, mas isso não foi o bastante para lhe dar o pleno conhecimento de naquele momento, ao ouvir a voz de Jesus, o identificar como tal. Tanto desconhecia que ele fez a pergunta: “Quem és, Senhor?” (At 9.5). Paulo não sabia identificar e nem demonstrou capacidade em saber de quem era o autor da voz que o chamou pelo nome. Foi necessário que Jesus se identificasse (At 9.5)!

Essa incapacidade de Paulo em conhecer Jesus Cristo traz muitas semelhanças com os cristãos atuais. Percebe-se hoje a existência de igrejas cristãs em todas as cidades, e nessas cidades, igrejas em todos os bairros e não importa se são igrejas grandes ou pequenas, mas em todas elas, se acredita que o nome de Jesus seja anunciado. Sem entrar no mérito doutrinário das igrejas, é bem certo que elas utilizam a Bíblia Sagrada em suas reuniões e mesmo assim, das milhares de pessoas que se dizem evangélicas/cristãs, é bem provável que um grande percentual ainda se encontra como o apóstolo Paulo: incapazes em conhecer efetivamente o Cristo a quem dizem servir. Reflita!

Isso fica evidenciado quando o desconhecimento de Deus se torna exteriorizado por meio de comportamentos, atitudes e posturas que não deveriam fazer parte da vida do crente em Jesus. É assim que muita gente, se dizendo evangélica/cristã ainda vive como se não fossem cristãs, considerando que levam uma vida sem responsabilidade, descompromissada com as coisas de Deus, vivendo no ápice da desobediência. E ao dar maus exemplos, esses ‘cristãos’ demonstram completo desconhecimento sobre como deve ser um cristão na verdadeira essência da palavra.

Compreenda que o desconhecimento de Jesus e de sua obra salvadora na cruz do calvário pode trazer enormes impactos, não só na vida presente, mas principalmente impactos eternos e esses, querendo ou não, são fatais. Portanto, é momento de se buscar conhecer mais a Cristo e evitar desta forma, dar respostas negativas sobre o Deus a quem serve. Estamos entendidos? Abraço forte.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 27 Junho 2023 22:51

27/06/2023 - CULTO "FÉ E VIDA"

Domingo, 25 Junho 2023 22:49

DEPRESSÃO

DEPRESSÃO

“Basta, não me fale mais desse assunto.” (Dt 3.26)

Escrito por Moisés, o livro de Deuteronômio é praticamente uma grande revisão de tudo aquilo que Deus havia revelado a Moisés e que agora o próprio Moisés repetia ao povo. No livro tem-se os grandes discursos de Moisés ainda fora das terras de Canaã, quando o povo Hebreu estava nas proximidades de tomar posse da herança que Deus havia dado. O livro de Deuteronômio trás sérias advertências para o povo em geral, principalmente quando eles estivessem dentro das terras de Canaã (Dt 6.4-15).

Contextualizando a passagem, sabe-se que Josué e Calebe foram os únicos que saíram do Egito e entraram nas terras de Canaã (Nm 14.27-38). Os demais que saíram do Egito ficaram pelo caminho do deserto e Moisés seria outro privilegiado a entrar em Canaã, mas recebeu uma resposta negativa de Deus (Dt 3.23-29).

Segundo pesquisadores das ciências humanas, uma resposta negativa pode apresentar duas situações muito distintas. Primeiro, conforme as circunstâncias, ela pode causar decepção, trazer frustrações e levar o individuo a se sentir rejeitado e até mesmo gerar traumas e causar a depressão. Segundo, se bem assimilada ela tem o poder de corrigir a rota de muita gente, reorientando os caminhos da vida. Mas nem sempre quem recebe uma negativa enxerga o lado da correção e sim para a rejeição, e isso traz problemas em todos os sentidos. Aquele que recebe uma resposta negativa e entende que ela não é o fim, revela maturidade e sensatez. Pense nisso!

Moisés liderou o povo desde a saída do Egito. Pode-se afirmar com muita certeza que ele viveu intensamente o seu relacionamento com Deus a ponto de em algumas oportunidades, questionar Deus sobre a sua bondade para com o povo de Israel, haja vista que em diversos momentos o mesmo povo demonstrou uma índole perversa e rebelde. Mas em tudo isso, Moisés se manteve firme nas promessas de Deus e não se deixou levar pelas dificuldades da caminhada que foram inúmeras. Veja que Moisés presenciou milagres extraordinários, viu a mão de Deus agir em meio ao povo nas lutas e em tudo ele enxergou a providência divina amparando e guardando os seus escolhidos. Enfim, se houve um homem que testemunhou o sobrenatural de Deus em meio as provações, esse homem foi Moisés. Assim, nada mais justo que ele fosse recompensado e adentrasse as terras de Canaã, mas isso não aconteceu.

A história mostra que certa feita Moisés contrariou uma ordem de Deus e isso foi o bastante para impedi-lo de pisar em Canaã. Deus havia dito que Moisés falasse a uma rocha para dar de beber ao povo e, nervoso, ele feriu a rocha (Nm 20.7-13). Mais adiante, Moisés apenas pode enxergar as terras que o povo herdaria, mas mesmo clamando pela graça de Deus, não teve êxito. Ali, Deus respondeu pela negativa acrescentando que tal assunto não voltasse mais a conversa (Dt 3.26).

Entenda bem que receber respostas negativas de pessoas amigas pode trazer frustrações, afinal, de gente amiga, se espera o favor em quase tudo. É por meio de uma negativa que muitas amizades são desfeitas, que muitos casamentos terminam e que muita gente sente o chão sumir debaixo de seus pés. Funcionários que pedem um aumento salarial e não são os ganham, podem num momento deixar de atuar com mais dedicação, estudantes que pedem uma avaliação melhor nos exames e não são atendidos, podem ficar tristes com o professor e em tese, até perder o gosto pelo curso. Existem uma infinidade de exemplos onde um simples desejo não atendido pode redundar em um verdadeiro tsunami na vida de muita gente, afinal, nem todas as pessoas estão capacitadas a ouvirem um não e ainda assim, prosseguirem com ânimo na mesma atividade. Reflita!

Já sabedor que não entraria nas terras de Canaã, Moisés achou forças e ânimo para encorajar o povo, advertindo-os sobre seus comportamentos para quando lá se encontrassem (Dt 6.415). Mesmo não indo com eles, o grande profeta teve a preocupação de instrui-los e direcioná-los para uma vida correta, abundante e próspera diante de Deus. E foi assim que Moisés se comportou, teve postura e maturidade para processar a negativa de Deus e não se sentiu magoado, não se fez de vítima e nem apresentou um quadro depressivo. Não há registros de revolta ou frustração ou mesmo atos de insatisfações. O não de Deus era definitivo!

Mas o incrível é enxergar essa maturidade e discernimento em muita gente nos  dias atuais. Querendo ou não, somos parte de uma geração onde as negativas causam impactos nas relações, causam traumas e estes traumas tem levado muita gente para os consultórios da psiquiatria e psicologia com quadros graves da depressão. São pessoas frustradas porque não tiveram suas vontades atendidas ao seu tempo e desta maneira, se enxergam como eternas vítimas. Entenda bem uma coisa: a palavra não é tão necessária quando o sim, principalmente quando ela provém de Deus que sabe de todas as coisas. Guarde isso! Abraço forte

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 20 Junho 2023 22:46

20/06/2023 - CULTO "FÉ E VIDA"

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