Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Terça, 18 Maio 2021 23:37

18/05/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 17 Maio 2021 10:29

PROVIDÊNCIA

PROVIDÊNCIA

“Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel” (Sl 121-4)

 

O livro dos Salmos é composto por diversos poemas e segundo os historiadores, ele contempla um período de mais de mil anos. Da totalidade dos salmos, o rei Davi contribuiu com mais de setenta, os demais foram divididos entre outros autores e dentre esses, tem-se Salomão, Moisés, os filhos de Coré, Asafe e outros. Percebe-se nos poemas as expressões de alegrias, felicidades, tristezas, exaltação, confiança, socorro e glorificação a Deus.

O salmo 121 faz parte do grupo de quinze poemas (121 a 134) chamados de cânticos dos degraus, numa referência aos peregrinos que caminhavam de volta da Babilônia para Jerusalém. O salmo em questão é um poema que retrata a segurança e a confiança em Deus. Consta que este salmo foi composto após o rei Davi ter a noticia da morte do profeta Samuel (1 Sm 25.1).

A indiferença ou a apatia é algo que traz incômodo e desgaste nas relações pessoais. Veja que a indiferença ou o desdém  se apresenta em muitos momentos, seja nas ligações telefônicas não atendidas, nas mensagens não respondidas por meio de aplicativos ou quando o silêncio se mostra presente como resposta em diversas situações. Ainda neste contexto são comuns vendedores indiferentes aos consumidores, cônjuges indiferentes dentro de casa, filhos, colegas e amigos que por vezes também se mostram indiferentes às pessoas de seus convívios. Enfim, a falta de interesse e de atenção está presente em todo lugar, inclusive no meio eclesiástico. Reflita!

Perceba nos dias atuais a ocorrência de muitos desastres. Veja que a pandemia do coronavírus trouxe junto o isolamento social e ocorrências de racismo, brigas, assassinatos e tragédias da natureza como enchentes e deslizamentos de encostas são noticiados em todos os jornais. Ainda nesse meio são comuns as informações de pais e filhos se matando uns aos outros, famílias em conflito, separações e abandono, fome, autoridades sendo presas por atos de corrupção e tantas coisas mais podem ser citadas como verdadeiros desastres. Grosso modo, pode-se acreditar que a humanidade caminha para sua autodestruição. 

Neste contexto, muitos cristãos têm grandes dificuldades em conciliar a fé e discernir Deus na história com tantas situações catastróficas que acontecem mundo afora. Assim restaria a consulta para saber por quais motivos Deus não se move para dar um basta nessas tragédias. Na visão de muitos, o pensamento dominante é de que “Deus não se importa, ou está dormindo ou é indiferente a tudo isso”, porque se Deus importasse, nada disso aconteceria.

A narrativa do evangelista Lucas mostra duas situações onde Deus parece estar indiferente. Certa feita Jesus ordenou que seus discípulos passassem para o outro do mar de Tiberíades. Obedientes ao que Jesus havia falado o barco dos discípulos foi surpreendido por uma tempestade. Por algum momento, pode-se entender que os discípulos usaram de todos os seus conhecimentos para escaparem, e enquanto isso, Jesus dormia tranquilamente. Mas ele foi acordado com o grito de socorro e, certamente que na visão dos discípulos, pelo tempo em que lutaram contra a tempestade, o Mestre se mostrou indiferente, aliás, ele simplesmente dormia. Ou seja, na aflição e no desespero que eles vivenciaram, inclusive com risco de morte, Cristo estava dormindo. Até que Jesus levantou e acalmou o vento e o caso foi encerrado (Lc 8.22-25).

Ainda em Lucas, tem-se que o casal Zacarias e Isabel não tinham filhos e já estavam idosos. Não se sabe com que idade eles casaram, mas supõe que casaram muito cedo e até aquela data não tiveram filhos, embora tenha ficado claro que Zacarias orou por uma criança. É bem provável que Zacarias apresentou muitas crianças ao Senhor no templo e é bem certo que as amigas de Isabel fossem mães, mas eles continuavam sem filhos. Talvez durante anos também perguntassem sobre os motivos do silêncio ou do descaso de Deus, até que Deus quebrou o silêncio e noticiou a gravidez de Isabel, e o caso também foi encerrado (Lc 1.5-25).

Compreenda bem que esta realidade de um Deus que dorme (para os discípulos) e de um Deus indiferente para o casal Zacarias e Isabel foi assustadora para eles e é também para muita gente que nos dias atuais aguarda por uma providência divina. Lembre-se que as pessoas vivem com pressa, as soluções para tantos problemas precisam ser rápidas e melhor ainda se tudo pudesse ser resolvido num estalar de dedos, todavia, nem sempre essa é a visão de Deus (Ec 3.1). Reflita!

Perceba que para muita gente que hoje enfrenta dificuldades no casamento, problemas com os filhos, dificuldades na empresa, enfermidades crônicas ou até mesmo o desemprego, podem olhar para o céu e ver um Deus que não age. Um Deus indiferente, silencioso e apático a tantos clamores e orações que são feitas requerendo providências de situações que o homem não pode dar, entretanto, entenda bem que no silêncio ou não, na indiferença ou não, aqueles discípulos não pararam de remar, eles continuaram firmes. De maneira idêntica, Zacarias também não parou de oficiar no templo porque não tinha filhos e nem Isabel se afastou dos caminhos de Deus. Comum a essas histórias foi que a providência de Deus chegou no tempo certo, na época certa (Ec 3.1). Para os discípulos foi questão de horas e para Isabel a gravidez demorou anos. Noutras palavras, saiba que Deus não estava indiferente, não fez descaso de ninguém e muito menos agiu sem amor. Deus atendeu quando assim lhe aprouve. Resumindo: Em Deus não existe erro, Deus tem um tempo certo para agir.  Guarde isso!

Compreenda, portanto, que o tempo de Deus é diferente do nosso, a agenda d’ELE não é a nossa, ou seja, o que parece perdido para você, para Deus está tudo no devido lugar. Assim, acalma o seu coração e continue crendo que Deus agirá a seu favor. Combinado?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 11 Maio 2021 23:24

11/05/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 10 Maio 2021 14:25

TRANSFORMAÇÃO

TRANSFORMAÇÃO

“Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo" (Fp 3.8)

 

Segundo os historiadores essa carta foi escrita na década de 60 DC e seu autor foi o apóstolo Paulo, que aliás, foi quem estabeleceu a  comunidade cristã na cidade de Filipos em sua segunda viagem missionária (At 16.12). O registros apontam que Paulo se encontrava encarcerado em Roma e escreveu para agradecer aos irmãos daquela comunidade pela oferta que eles lhe enviaram como forma de suprir suas necessidades. Todavia, a ênfase da carta está na afirmativa de Paulo ao dizer que para ele, o viver era Cristo e a morte era um ganho (Fp 1.21).

O versículo acima está dentro do bloco de ideias abordando Cristo como objeto maior da fé, passando pelas advertências contra homens que gostavam de mesclar a doutrina da lei mosaica com a graça de Deus e por aqueles que pregavam a autossuficiência humana, ou seja, a confiança em suas próprias capacidades. Na conclusão de seus argumentos, Paulo afirmava que mesmo enfrentando todo tipo de ingerência na caminhada cristã, o crente em Jesus deve prosseguir  visando o alvo, que era e continua sendo Cristo (Fp 3.1-14). Guarde isso!

Entenda bem que a conversão ao evangelho se fundamenta na fé em Jesus e na esperança de vida eterna e para isso se concretizar na vida do convertido, ele deve passar por uma transformação radical, por uma mudança de mentalidade. Neste sentido o testemunho de vida ou a história pessoal se torna uma prova robusta da conversão junto ao meio em que vive. Somente pelo comparativo é que as pessoas podem mensurar e ver as mudanças que efetivamente ocorreram na vida do cristão.

No século I, o então fariseu Saulo era conhecido pela sua valentia em prender todos que encontrasse confessando a fé cristã. Na visão dele, o cristianismo que começava a dar os primeiros passos era uma seita que afrontava a religião judaica, tanto que Saulo tinha autorizações dos sacerdotes de Jerusalém para levar presos homens e mulheres que achasse seguindo a fé em Cristo. Essas pessoas eram conduzidas na condição de presos para Jerusalém e entregues nas mãos dos religiosos que as julgavam como inimigos do judaísmo (At 9.1-2).

Entretanto, após a conversão de Paulo, ele passou a ensinar, doutrinar e estabelecer pequenas comunidades cristãs e é bem provável que alguns não faziam a mínima ideia de como ele se tornou cristão. Talvez sabiam por ouvir dizer e certamente que poderiam se assustar quando soubessem sobre o passado daquele que com tanto amor, agora anunciava a misericórdia, o perdão e o amor de Deus (1 Co 13.1-8). A título de comparação, a vida desse homem teve mesmo uma grande metamorfose. Quem o conheceu e quem o via falando de Jesus, certamente que se impressionava pela mudança.

Hoje muitas pessoas possuem uma história de vida que pode se assemelhar a milhares de tantas outras por aí, quando se analisa posturas e comportamentos que feriram e machucaram muita gente no passado. O incrível é que nos discursos de Paulo em momento algum ele enaltece o seu passado, mas aproveitava todas oportunidades para demonstrar que era Cristo quem vivia nele, evidenciando que as renúncias e as perdas foram fundamentais para demonstrar  a mudança de comportamento, tanto física como espiritual (Gl 2.20). Ou seja, Paulo havia se tornado um imitador de Jesus, era mesmo outra pessoa e verdadeiramente se tornara um discípulo de Cristo. Lembre-se que ele até anunciava para que todos o imitasse, pois ele mesmo já era um imitador de Jesus (1 Co 1.11).

Nos dias atuais, atente que uma particularidade muito comum nas pessoas é que elas apreciam exaltar mais o seu passado, naquilo que foram, naquilo que fizeram e terminam suas falas celebrando suas más realizações. Ou seja, essas pessoas acabam tornando suas práticas do passado muito mais atraentes que sua vida no presente. Logicamente que existem exceções, mas entenda que ninguém deve ser definido pelo que foi ou pelo que praticava, mas seja o homem identificado e definido pelo que é hoje (2 Co 5.17). Isso é transformação, isso é mudança!

Entenda que Paulo se tornou muito conhecido no mundo de então e era identificado justamente pela mensagem transformadora que carregava. Regenerado, ele anunciava o amor e a graça de Deus e não se estribou no seu passado. A regeneração e a mudança que tinha sido radical estavam nele, no tempo presente. A título de exemplo, alguém que teve péssimos comportamentos quando jovem, não deve ser identificado pelo seu passado, mas ser identificado por aquilo que se tornou. Durante seu apostolado, Paulo foi claramente visto por onde passava como um instrumento, uma ferramenta e um vaso escolhido nas mãos de Deus para curar, para transformar e para trazer vida ás muitas pessoas que estavam mortas espiritualmente. Reflita!

Nesse contexto, considere sempre a importância de se autodefinir pelo que se tornou hoje, sem empregar rótulos do passado. Aliás, se tiver que lembrar de algo de outrora que seja da grande obra transformadora que Deus realizou em sua vida, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Domingo, 09 Maio 2021 23:28

09/05/2021 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS

Terça, 04 Maio 2021 23:08

04/05/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 03 Maio 2021 09:08

DIDÁTICA

DIDÁTICA

“Aquele, pois, que pensa estar em pé, olhe não caia”. (1 Co 10.12)

O apóstolo Paulo foi o autor de duas cartas destinadas à comunidade cristã que estava na cidade de Corinto. Entre a primeira e a segunda se passaram pouco mais de um ano, e nessa primeira carta, o apóstolo discorreu sobre a união entre eles, ensinando-os a respeito da soberania de Deus e do corpo físico como templo do Espírito Santo (1 Co 6.19-20). Ensinou ainda sobre a natureza dos dons do Espírito Santo, sobre a celebração da ceia e sobre a ressurreição dos mortos (1 Co 2.10-11; 1 Co 11.23-30; 1 Co 15.12-49).

Em todos os seus escritos, Paulo apresenta grandes e pequenos blocos de ideias e num primeiro momento, ele expressou sobre os acontecimentos do povo israelita quando eles peregrinavam no deserto (1 Co 10.1.10).  Após isso, ele abordou sobre a importância de aplicar as experiências passadas na vida presente, de maneira didática (1 Co 10.11-15).

É natural que as pessoas mais novas se vejam como mais sábias e inteligentes que as mais velhas. Em certo sentido, isso tem lógica. Um exemplo interessante é a maneira como os mais velhos lidam com as novas tecnologias. Notebook, smartfones, tablet, celulares e tantos outros aparelhos carregam tanta tecnologia e informação que por vezes as pessoas de mais idade têm mesmo muitas dificuldades em manusear ( inclusive este escritor). Todavia, isso não acontece com os mais novos, com as crianças e adolescentes que praticamente já nasceram e cresceram neste ambiente de alta tecnologia.

Atente bem que o apóstolo Paulo estava mostrando aos integrantes daquela comunidade cristã que eles deveriam voltar os olhos e a memória para os seus antepassados, para as experiências que eles viveram e assim, se pautarem na vida presente.  Na visão do apóstolo Paulo, era extremamente importante que eles puxassem na memória que os antigos cometeram diversos erros durante a peregrinação e que esses erros  custaram o bem mais precioso que eles tinham:  a vida, acrescentada da chance de receberem a promessa que Deus havia dado. Aliás, existe no meio cristão, uma canção e uma frase muito conhecida afirmando que “ninguém morrerá sem que as promessas de Deus se cumpram em sua vida”. Ledo engano! Saiba que na peregrinação do Egito para Canaã muitos saíram do Egito debaixo de uma promessa, todavia, morreram sem ao menos pisar na terra da promessa (Nm 14.32-35). Reflita!

Hoje a mesma coisa acontece com milhares de pessoas que recebem de coração as promessas de Deus, entretanto, por circunstâncias diversas (desobediência, idolatria, incredulidade, etc) acabam ficando pelo caminho. Paulo fazia uma advertência usando as experiências do passado como exemplo para aqueles que compunham a geração presente. Pense!

Querendo ou não, raras as pessoas que usam as experiências próprias ou alheias para se guiarem nos dias atuais. Paulo não estava dizendo que os antepassados eram pessoas perfeitas e sem pecado, mas que eles em algumas situações não foram bons o bastante e não eram exemplos a serem seguidos. Há diversos relatos históricos onde a murmuração, a dureza de coração, a idolatria, a desobediência, a rebeldia e a incredulidade se tornaram mais fortes que a confiança em Deus e isso não só desagradou a Deus como gerou as consequências, tanto físicas como espirituais. Reflita!

Entenda bem que é importante ter boas referências para fazer boas escolhas e tomar decisões corretas. O novo em todos os sentidos sempre atrai, todavia, descartar instruções úteis que podem garantir o sucesso no dia presente é indicador de inteligência e sensatez, e isso nem sempre é observado. Pessoas mais novas podem até ser mais inteligentes em muitas situações, mas podem demonstrar sinais de insensatez quando não analisam os modelos do passado para decidirem no presente. Guarde isso!

Hoje pode-se evidenciar diversos casos de fracassos onde restou comprovado que o resultado seria outro se fossem observados os exemplos da geração anterior. Gente autossuficiente e arrogante, cheias de si mesma que não apreciam as experiências do passado, são prato cheio para se enquadrarem nos dizeres de Paulo. São pessoas que  tomando tombos e levando suas vidas a trancos e barrancos não valorizam as experiência de outrora. Ou seja, muitos caem física e espiritualmente, justamente porque não internalizaram que os exemplos de gente mais velha que passou por situações semelhantes, são úteis para mostrar que o caminho deve ser outro. Resumindo, o fracasso é certo quando não se considera exemplos semelhantes do passado. 

Saiba que a vida em si é um eterno aprendizado e de forma muito sábia, Deus dotou o homem de inteligência para que ele, didaticamente aprenda com situações passadas, evitando desta forma que o fracasso bata á sua porta. Entenda que utilizar exemplos e experiência própria ou alheia não só enriquece o coração, como dá oportunidade de fazer escolhas melhores. Reflita nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

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