Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Segunda, 08 Julho 2019 13:08

PROPAGANDA

PROPAGANDA

“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra.” (Mt 5.5)

 

O evangelho de Mateus é o elo entre o Velho e o Novo Testamento. Sabe-se que Mateus era judeu e escreveu seu evangelho aos seus compatriotas, apresentando Cristo como o rei dos reis. Segundo historiadores, era morador da cidade de Cafarnaum onde trabalhava como cobrador de impostos para o Império Romano, grande inimigo do povo judeu, e o incrível é que o próprio Mateus se descreveu como publicano, rótulo dado pelos judeus aos cobradores de impostos (Mt 10.3). Pode-se acreditar que devido as atividades que exercia, Mateus fosse um homem intelectual e tivesse bom conhecimento dos números. Ao chamado de Jesus, renunciou seu status, abandonou tudo o que possuía e seguiu o Mestre (Mt 9.9).

O versículo acima está dentro do contexto do Sermão do Monte, onde Cristo revelou sua doutrina, tanto aos quatro primeiros discípulos chamados como para as demais pessoas que o acompanhavam. Mais a frente, Cristo chamaria os oito discípulos restantes (Mt 5.1-2).

Atente para o caos em muitos setores das sociedades, inclusive o eclesiástico. Basta ter acesso aos noticiários para conferir delitos que nem causam mais surpresas, tais as frequências com que eles são cometidos e amplamente divulgados. Intrigas familiares, desentendimentos no trânsito, agressões de todas as espécies, crimes sexuais, estelionatos, golpes, fraudes, corrupção no governo e tantas outras mazelas que parecem mesmo fazer parte do cotidiano do homem.

Saiba que um novo produto somente se torna conhecido por meio das propagandas. Aliás, existe um ditado popular afirmando que a “propaganda é a alma do negócio”, ou seja, o produto ou aquilo que se deseja promover somente será conhecido positiva ou negativamente, pela ampla divulgação. Assim é fácil verificar que existem as propagandas que enaltecem o produto e de forma contrária, têm-se aquelas que o diminuem.

Quando ensinava, Jesus mostrava em sua doutrina, tudo aquilo que ia de encontro às doutrinas que vigoravam na sociedade judaica. Era necessário mostrar como seus seguidores deveriam se portar em situações de conflito a que estariam expostos, desde os confrontos nas relações familiares até os embates com os líderes religiosos. Era preciso incutir nas mentes daqueles que o ouviam, a certeza de como iriam se comportar nos relacionamentos quando deparassem com inúmeras situações do dia a dia.

“Bem-aventurados os mansos..” (Mt 5.5). Perceba que existe uma teoria perversa interpretando equivocadamente esta frase do Mestre. Entendem alguns que ser manso é ser fraco, é ser desanimado para os grande combates da vida. A verdade é que ser manso, é justamente o contrário, manso é aquele ou aquela que diante de tantas situações conflituosas, se mostra forte o suficiente para não só controlar os ânimos, mas acima de tudo ter alteridade (se colocar no lugar do outro) e dar uma solução de paz e de sensatez.

Compreenda que na sociedade, nas empresas, nas faculdades, nas escolas, nas ruas, avenidas e praças, muitas das vezes, o homem tem diante de si mesmo a resolução dos conflitos, todavia, alimentado em seu ego sobre o uso da força física, da coragem e da ausência de mansidão ele caminha para soluções intempestivas e ríspidas.  E nem sempre o resultado é agradável. Pense nisso!

Neste contexto, cabe ao cristão exercer verdadeiramente sua mansidão quando expressa sua submissão a Deus, demonstrando respeito e controle de seus atos nas tratativas com todas as pessoas. Lembre-se que não basta ser crente em Jesus e pregar o amor de Deus, se existe discordância entre o que se fala e o que se pratica. Foi justamente sobre isso que Jesus chamou os fariseus de sepulcros caiados, ou seja, bonitos por fora e podres por dentro (Mt.23.25-27). Em sua doutrina, Jesus ensinava que ser manso não era sinal de fraqueza, mas de controle do comportamento nas relações conflituosas, ou seja, para o cristão, não é o quanto ele conhece de Cristo, mas o quanto ele se parece com Cristo (1 Co 11.1 e Ef 5.1). Reflita nisso!

Lembre-se que em nenhum momento Jesus entrou em conflitos nas inúmeras situações em que esteve envolvido com os líderes religiosos de sua época. Mesmo quando era provocado, a sua resposta expressava a mansidão (Jo 8.1-11). Incrível, mas veja que tem muita gente que se encontra nos dias atuais fazendo propaganda negativa contra o reino de Deus por meio de suas reações às circunstâncias da vida, notadamente quando anunciam o evangelho de Cristo e não vivem efetivamente a doutrina que Jesus deixou. Noutro lado, existem aqueles que fazem um marketing vigoroso do amor de Deus, quando demonstram mansidão e se permitem serem guiados pelo Espírito Santo em diversas situações, sempre na busca da paz. Viva isso, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 02 Julho 2019 23:14

02/07/2019- CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 01 Julho 2019 13:51

PERDÃO

PERDÃO

“E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão.” (At 8.3)

 

O livro de Atos dos Apóstolos e o terceiro evangelho foram escritos por Lucas. Embora Lucas não tenha estado entre os doze, sua amizade com Paulo rendeu-lhe muitas informações a ponto de acompanhá-lo nas viagens missionárias pelo mundo de então. A narrativa de Lucas em Atos mostra desde as dificuldades iniciais da pregação do evangelho como o sucesso no estabelecimento de diversas comunidades cristãs por onde anunciavam Cristo. Atos dos Apóstolos registra também as perseguições, as curas, os milagres e as conversões coletivas e individuais que mais se sobressaíram em decorrência das circunstâncias do momento (At 2.41; At 10.33; At 14.1-10; At 16.14-30).

O passado das pessoas é algo que ela carrega por onde for e até mesmo depois de sua morte muitos de seus atos serão lembrados, quando não registrados para gerações futuras terem conhecimento. Evidentemente que algumas situações do passado não devem ser lembradas, todavia, para o homem, olhar para trás é algo comum. Caminha-se para frente, mas seus olhos sempre voltam para o retrovisor da vida, como se este olhar pudesse direcionar para onde ele deve andar.

Paulo é um personagem muito conhecimento no meio cristão. Depois de Cristo, ele é o maior doutrinador da fé cristã. Seus ensinos foram registrados em trezes volumes, com destinatários individuais (Filemom, Tito e Timóteo) e coletivos (comunidades cristãs de Corinto, Colossos, Filipo, Roma, Éfeso, Gálatas e Tessalônica).

Atente que nas relações pessoais o passado assume papel de grande importância. As empresas contratam mediante as informações pessoais do passado, amizades são estabelecidas ou desfeitas mediante o conhecimento de quem foi a pessoa no passado e desta maneira, os atos de anos atrás se tornam fundamentais para conquistas no presente. No mundo secular com suas normas e regras não há mesmo como fugir dessa situação.

“Sou Eu, Eu mesmo, aquele que apaga tuas transgressões, por amor de mim, e que não se lembra mais de teus erros e pecados.”(Is 43.25). Essas palavras do profeta Isaías foram direcionadas ao povo de Israel, que teimava em ter uma vida descompromissada com Deus. Ora estava firme e adorando a Deus e ora caía nas práticas do pecado e se afastava. Nisso é fácil perceber que aquela nação, escolhida por Deus, tinha um péssimo passado. Mas por meio das palavras do profeta, Deus dizia aos israelitas que eles não deveriam se importar com os erros cometidos no passado, que não era preciso contabilizar as transgressões que eles tinham praticado na caminhada, pois Deus não levava isso em conta. Noutras palavras, Deus enxergava a vida daquele povo dali para frente e simplesmente os perdoava, era o prenúncio da graça que foi e continua sendo a mais pura demonstração de amor. Reflita!

É neste contexto que Deus olhou para Paulo e não viu o passado daquele homem como inadequado para que  levar sua mensagem ao mundo, tanto daquela época como aos dias atuais. Aliás, o passado de Paulo aos olhos do homem era mesmo ruim, que o diga Ananias (At 9.13). Lembre-se que Paulo entrou de corpo e alma a serviço dos sacerdotes judaicos na perseguição aos novos cristãos. Com uma visão focada no que realizava, Paulo julgava que estava atuando para Deus (At 22.3-4; 26.9 e Gl 1.14). Implacável e objetivado na sua missão. E tocante aos cristãos que moravam na cidade de Jerusalém, ou estavam na prisão ou em fuga para outras localidades (At 9.1-2).

Diante de tudo isso, pode-se afirmar que Paulo não teria nenhuma chance com Jesus, todavia, para Deus sempre existe a possibilidade do recomeço, sempre existe a possibilidade do perdão, sempre existe a possibilidade de reconstruir. Saiba que Deus transformou Saulo de Tarso, profundamente envolvido nas perseguições em um homem que pregou e viveu a mensagem da graça e do perdão. Ele não merecia, mas Deus a concedeu, ou num termo bem atual, o passado de Paulo foi deletado. Deus o perdoou e lhe deu expectativas de uma vida transformada e transformadora (Ef 2.2-5).

"esquecendo-me das coisas que atrás ficam" (Fp 3.13). Palavras do próprio apóstolo Paulo, deixando claro que muitas das vezes, é o próprio homem que teima em trazer à sua memória aquilo que não deve ser lembrado, que deve ser esquecido e que não vai contribuir e nem edificar o dia de hoje. Noutras palavras, não viva olhando no retrovisor, mas firme os olhos para frente, com Cristo e em Cristo. Não importa o que foi o homem no passado, mas sim o que ele é em Cristo (1 Co 6.9-11). Houve o perdão, você entende isso?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 01 Julho 2019 00:00

30/06/2019 - CULTO DE CELEBRAÇÃO A DEUS

Terça, 25 Junho 2019 23:46

25/06/2019 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 24 Junho 2019 17:41

IDENTIDADE

IDENTIDADE

“E, Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. (Mt 16.16)

 

Mateus foi o discípulo que deixou um bom emprego, teoricamente a vida boa e status na sociedade judaica para seguir Jesus. Ao chamado do Mestre, ele nada  questionou, apenas abandonou tudo e o seguiu (Mt 9.9). Sabe-se que ele era judeu de nascimento, mas trabalhava como funcionário do Império Romano, cobrando impostos e tributos dos seus compatriotas. Fala-se muito que dos discípulos de Jesus, todos eram de pouca intelectualidade, todavia, referente a Mateus, pode-se deduzir que ele tivesse bom conhecimento principalmente com os números devido ao trabalho que exercia.

Ninguém vive sem uma identidade, sem uma identificação. Desde sempre, convencionou-se que nas famílias, nas empresas e em todos os setores da sociedade, o nome é primordial para identificação das pessoas e coisas. Assim é por muito comum que as pessoas ao se apresentarem uns aos outros digam o nome e outras informações que ajudem na identificação.

O versículo acima mostra a resposta do discípulo Pedro, quando este, levado por uma revelação de Deus, se adianta aos demais companheiros do discipulado e responde a Jesus, dizendo que ele era o Cristo, Filho de Deus. Atente que a partir daquele momento Jesus estava devidamente identificado para seus discípulos.

Perceba que até o instante da palavra de Pedro, as respostas sobre quem era Jesus Cristo estavam condicionadas à opinião pública. Para os religiosos Jesus era um falso profeta, pois usava o nome de Deus (Jo 10.33), outros diziam que seu poder vinha de Belzebu, príncipe dos demônios (Mt 12.23). Herodes ao saber dos milagres operados por Jesus ficou preocupado, perguntando se Jesus era João, o batista, que havia ressuscitado dentre os mortos (Lc 9.7-9). Já o povo dizia que Jesus era Elias, Jeremias ou um dos profetas. Enfim, ninguém havia identificado Jesus corretamente como fez Pedro.

Perceba que da mesma maneira que naquela época, hoje existem muitos que não sabem quem é Jesus verdadeiramente. Sabem apenas por ouvir dizer e andam por aí, literalmente batendo cabeças, indo de igreja em igreja sem compreender sua divindade. Veja que para muita gente Jesus é o fundador de uma religião, para outros uma figura profética e tem-se aqueles que afirmam que Jesus foi um revolucionário na sua época e nada mais que isso. O certo é que tanto no passado como no presente, Jesus continua sendo um desconhecido para muita gente. Pense nisso!

Compreenda que da mesma forma que a identificação das pessoas é de suma importância nos relacionamentos e todos dão muito valor a este detalhe, na vida cristã, saber quem é Jesus é fundamental. Lembre-se que a identidade cristã passa obrigatoriamente pelo conhecimento de quem é Cristo, sob pena de não processando essa verdade, estar caminhando em vão na vida cristã.

O bonito é que logo depois de identificar Jesus e ser elogiado pelo Mestre, Pedro em nenhum momento chamou a glória desta revelação para si. Poderia ficar orgulhoso de seu desempenho, poderia olhar para os demais discípulos com ar de superioridade e desdém, afinal somente ele teve a ousadia e recebeu a revelação de Deus. Mas não fez nada disso e certamente que essa revelação foi um momento sublime de sua vida. Diferente de muita gente que nos dias atuais chamam para si a glória que só pertence a Deus. Reflita!

Traga isso para os dias de hoje e compreenda que ser ferramenta nas mãos de Deus, não qualifica ninguém a glorificar-se enquanto estiver na condição de instrumento do Criador. Noutras palavras: a glória é sempre D’ELE. Observe que foi somente após Pedro identificar Jesus, que o próprio Cristo disse quem era Pedro, ou seja, quando sabemos quem ELE é, ELE mostra quem realmente somos. Isso é identificação em dose dupla, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre.

 

Milton Marques de Oliveira – Pr

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