Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Segunda, 16 Setembro 2019 19:22

AMIGOS

AMIGOS

“Então Daniel foi dispensado e voltando para casa relatou tudo o que ocorrera aos seus amigos, Hananias, Misael e Azarias” (Dn 2.17)

 

Muito embora estejam separados por centenas de anos, veja que o livro do profeta Daniel tem estreita correspondência com o livro de Apocalipse, escrito pelo discípulo João, tanto pelas revelações como pelas profecias que se relacionam. Daniel nasceu em Judá, era ainda muito jovem quando foi levado na condição de escravo junto com outros compatriotas para a Babilônia e por lá ficou durante muitos anos (Jr 25). Sua história de vida é por demais estudada e aplicada nos dias atuais como exemplo de homem que se manteve íntegro num ambiente de alta promiscuidade. Pense sobre isso!

Atente bem que ter amigos para conversar, expressar opiniões, desabafar, chorar, dar risadas, dividir os bons e maus momentos da vida não é só para os jovens e adolescentes, mas a todo homem. Muitos até gostam de viverem sós, mas viver solitariamente sem ninguém por perto não faz parte da existência humana que desde sempre procurou conviver em meio a outras pessoas, num ambiente sociável.

O contexto desta passagem relata que Daniel estava diante de uma grande questão. O rei Nabucodonosor teve um sonho, mas esqueceu do que havia sonhado e acionou seus assessores para ajudá-lo a se lembrar do que havia sonhado, sob pena de serem mortos caso não conseguissem esta façanha (Dn 2.5). Ciente desta situação, Daniel chamou seu amigos e juntos clamaram a Deus pedindo pela intervenção divina.

Certamente que nem sempre as pessoas possuem amigos próximos o bastante para compartilhar as situações do dia a dia. Veja que pessoas solitárias e sem amigos podem enfrentar circunstâncias nada agradáveis e há casos de até ficarem depressivos. Noutro lado são comuns relatos de pessoas que mesmo vivendo no mesmo ambiente, não são próximas a ponto de compartilhar suas dores, suas dúvidas e tantas outras questões do cotidiano. Saiba que a ciência tem comprovado que a ausência de bons amigos são a causa de muitos males e Salomão, centenas de anos atrás também atestou sobre o valor dos amigos na vida do homem (Ec 6.14; Pv 17.17). Reflita!

“Levais as cargas pesadas uns dos outros e, assim, estareis cumprindo a Lei de Cristo.” (Gl 6.2). Já naquela época (século I) o apóstolo Paulo ensinava sobre a necessidade de compartilhamento das aflições uns dos outros como forma de demonstrar apreço e compaixão pelas adversidades alheias. Transporte essa situação para os dias atuais e atente sobre a existência de muita gente vivendo em regime de extrema competição entre si, ou seja, possuem a visão de que a vida do próximo não deve prosperar em nenhum aspecto, inclusive no lado espiritual.

Lembre-se que os quatro amigos do paralítico de Cafarnaum somente o deixou quando ele foi colocado aos pés de Jesus, após grande esforço de subirem com ele pelo telhado da casa e depois o descerem. Quando tiveram a certeza que ele estava na posição certa de ser visto por Jesus, é que saíram do recinto.  Noutras palavras, a preocupação daqueles quatro homens em colocar o amigo paralítico perto de Jesus para ser curado era tamanha que eles não se importaram com a logística de subir, quebrar as telhas e descer a maca. A narrativa de Marcos comprova que o esforço deles foi válido (Mc 2.2-11).

Sabedor das dificuldades criadas pelo rei Nabucodonosor, Daniel pediu um tempo e compartilhou com seus amigos de cativeiro o caso que poderia resultar na morte de muita gente. Daniel dividiu com eles sua preocupação e pediu que eles orassem e clamassem a Deus pela intervenção e o resultado deste clamor veio à tona. Daniel não só trouxe à lembrança do rei o sonho que ele teve como deu a devida interpretação (Dn 2.17-19).

Incrível, mas aqui os amigos de Daniel ajudaram em oração, mas compreenda que da mesma maneira que existem pessoas que estão sempre prontas para auxiliar, de forma contrária, existem também aquelas que só fazem afundar, dando sugestões perversas e influenciando negativamente (1 Rs 12.1-19). Grande parte das vezes, pessoas assim não podem ser consideradas como amigos, mas meros opinadores de plantão que em nada contribuem para o sucesso de quem os ouve. Traga no seu coração que amigos de verdade contribuem positivamente e demonstram isso com atitudes coerentes, honestas e certeiras.  Reflita sobre amizades!

Daniel teve ótimos amigos e pode-se afirmar isso fundamentado na história que ele mesmo narrou. Hoje se vive em meio a pessoas que se dizem amigos, que se passam por amigos e até conversam como amigos, quando na verdade estão longe disso. Amigos são aqueles que não medem esforços para estarem juntos, amigos são aqueles que caminham unidos nos momentos de alegrias e de tristezas. Entenda, portanto, hoje e sempre que a dor compartilhada atenua o sofrimento e o sorriso compartilhado, dilata o coração. Saiba disso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Domingo, 15 Setembro 2019 23:43

15/09/2019 - CULTO DE CELEBRAÇÃO A DEUS

Terça, 10 Setembro 2019 23:36

10/09/2019 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 09 Setembro 2019 11:07

HABEAS CORPUS

HABEAS CORPUS

“Sucedia, pois, que decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó e os santificava, e se levantava de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, porque dizia Jó: porventura pecaram meus filhos e amaldiçoaram a Deus em seu coração. Assim fazia Jó continuamente.” (Jó 1.5)

 

Conforme os estudiosos não há consenso sobre quem seja o autor do livro de Jó, mas isso não faz diferença quando o leitor tem sua visão direcionada para a importância do conteúdo de sua narrativa. O livro de Jó faz parte do conjunto de livros chamados poéticos e aí incluem os Salmos, Provérbios, Cantares de Salomão, Eclesiastes e Lamentações. A narrativa do livro envolve a experiência humana como qualidade universal para trazer conforto, esperança, força e coragem em Deus, notadamente quando o homem enfrenta as mais variadas adversidades que assolam a sua alma (Jó 19.25).

Compreenda bem que quase todos os pais possuem preocupações com seus filhos. Quase, porque existem aqueles que pouco ou quase nada se importam com o que seus filhos fazem, dentro ou fora de suas vistas. Todavia, uma preocupação comum a todos os pais é que seus filhos sejam prósperos, que sejam felizes, que constituam família e que possam caminhar sozinhos quando estiverem adultos.

Sob a perspectiva do olho de Deus, o livro inicia-se apresentando Jó como um homem de fé, temente a Deus, honesto e que se apartava do mal. Era pai de filhos e filhas, possuía muitos bens e pode-se afirmar que era um homem extremamente abençoado por Deus. Neste contexto de homem temente a Deus, tem-se que após as reuniões de confraternizações familiares dos seus filhos, Jó apresentava todos eles a Deus em orações e sacrifícios, temendo que tivessem cometido alguma transgressão contra o Senhor. Numa linguagem bem atual e utilizando um termo jurídico, vemos que o patriarca empregava um habeas corpus preventivo.

E seus filhos iam à casa uns dos outros..” (Jó 1.4). Veja que por vezes se houve falar que depois de determinada idade não cabe mais aos pais orientarem seus filhos, sob o argumento que eles são adultos e donos de si. Por esta parte do versículo, pode-se conjeturar que Jó investiu na formação de seus filhos quando crianças e que este investimento trouxe resultados.  Merece destacar que todos os irmãos tinham ótima comunhão entre si, tinham boas relações familiares e isso fica evidenciado quando além de se reunirem, eles convidavam suas irmãs para celebrarem juntos. Incrível é ver aqui uma qualidade familiar tão ausente nos dias atuais: o verdadeiro significado de viver em família, com reuniões frequentes e celebrações ao prazer de estarem juntos. E se haviam celebrações, entenda que entre eles não havia nenhum sentimento de inveja ou ciúmes. Reflita sobre isso!

Atente que no meio jurídico, qualquer pessoa pode impetrar um documento denominado habeas corpus na modalidade preventiva com a finalidade de proteger a liberdade física de uma pessoa ou quando esta mesma pessoa está com sua liberdade ameaçada. De forma comparativa, era isso que Jó fazia por seus filhos a Deus. Sem saber se eles tinham cometido alguma transgressão com o Criador, Jó intercedia preventivamente por eles, santificava e levantava de madrugada para apresentá-los em oração a Deus.

Interessante que muitos pais hoje em dia até se levantam de madrugada, não com a intenção de orar por seus filhos, mas para verificar se eles já estão em casa. Ou seja, a preocupação é comum no sentido de despertar do sono, mas a finalidade é totalmente divergente. Entenda nesta visão que não basta ser pai, mas assumir o compromisso de conduzir espiritualmente sua família a Deus é vista tanto aqui no Antigo Testamento como é corroborado pelo apóstolo Pedro, citando que hoje somos todos sacerdotes e, portanto, responsáveis por esta condução (1 Pe 2.5-9).

Perceba pelas caraterísticas, o diferencial de Jó. Era um homem compromissado com sua família, tinha ótimo relacionamento com Deus a ponto de como sacerdote de sua casa, oferecer sacrifícios em prol de seus filhos, com a singularidade destes sacrifícios serem conforme o número de todos eles. Pense nisso! Sem sombras de dúvidas, era um bom marido, pai presente e cuidadoso com a santidade de sua casa, principalmente quando se observa que ele fazia isso continuamente. Noutras palavras, não era uma ou outra vez, mas realizava seus sacrifícios com assiduidade (Jo 1.5). Pense!

Compreenda, portanto, que ao ver as boas ações e bons comportamentos dos pais físicos em relações a seus filhos é que as pessoas podem entender o amor e a compaixão de um Pai que não se vê, mas sente no coração. Guarde isso: Aquele Pai que cuida dos pássaros e das flores do campo é o mesmo que cuida de todos aqueles que nele creem (Lc 12.24-27; Jo 1.12). Perfeito?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 03 Setembro 2019 23:12

03/09/2019 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 02 Setembro 2019 18:28

UNIDADE

UNIDADE

“Portanto, não sois mais estrangeiros, nem imigrantes; pelo contrário, sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus;” (Ef 2.19)

 

A carta aos Efésios está dentro do conjunto das cartas de autoria do apóstolo Paulo. Éfeso era uma cidade portuária, com muita gente procedente de todos os lugares do mundo de então e justamente por esta característica, pode-se concluir que aquela sociedade era formada por pessoas de diferentes culturas. Segundo os historiadores, a cidade tinha um povo pagão e a vida econômica na indústria e no comércio era fortemente influenciada pelo culto a deusa Diana.

Perceba que frequentemente são difundidas pelos estudiosos muitas pesquisas abordando os desajustes familiares e o consequente abandono de membros do seio familiar. Destes afastamentos, muitos não se sentem parte de suas famílias alegando diversos motivos, desde as péssimas influências externas, as brigas sem motivos aparentes até aqueles que se distanciam por alimentarem o desejo de viverem a sós. É uma triste realidade nos dias atuais.

Muito provavelmente que Paulo olhando para os integrantes da comunidade em Éfeso, sentiu no coração em mostrar que embora fossem moradores daquela cidade, eles na verdade eram cidadãos dos céus e membros da grande família de Deus. E como parte dessa grande família, eles deveriam compartilhar os mesmos objetivos, os mesmos pensamentos e logicamente a mesma comunhão fundamentada pelo amor e graça de Deus. Assim, eles ficariam unidos e alinhados uns com os outros!

Compreenda bem que nas famílias tradicionais, um dos indicadores de desajustes e desacertos entre seus membros está no desprezo ou no abandono de seus integrantes, que mesmo vivendo no mesmo espaço físico, se enxergam distante dos demais. Observe que existem inúmeras situações onde a falta de cuidado e de atenção desencadeiam o processo de distanciamento e certamente aqui, estava a preocupação do, apóstolo Paulo. Era necessário incutir na mente deles o conceito de estarem unidos entre si, mas separados daquela sociedade. Saiba que logo após a ressurreição de Cristo e em decorrência da evangelização, os primeiros cristãos eram frequentemente escorraçados em suas comunidades ou rejeitados por seus familiares. Eram literalmente abandonados e sabiamente, Paulo emprega o termo “família de Cristo” que os vinculava a todos aqueles que professavam a mesma crença. Atente que o próprio Jesus já havia ensinado sobre aqueles que creram na doutrina da salvação pela graça e foram rejeitados em suas famílias, todavia, ganharam novos irmãos e irmãs dentro do reino de Deus, ou seja, foram incluídos na família de Deus (Mc 10.30).

Traga em seu coração que de certa forma as pessoas expressam o resultado daquilo que veem e ouvem, ou seja, elas influenciam e são influenciadas no meio em que vivem. Sabiamente Paulo detectou que os membros daquela comunidade cristã poderiam ser influenciados a desviarem-se do evangelho que lhes fora ensinado. Era necessário que eles se posicionassem longe dos hábitos daquela sociedade e perto o bastante dos demais que comungavam a mesma fé. A unidade era o segredo!

Traga isso para os dias atuais e veja quanta dificuldade existe para muitos se verem como parte de suas famílias. A palavra família diz sobre unidade, sobre pessoas que pensam e caminham juntas, unidas por objetivos de cuidarem um do outro (Ef 4.2-3). A respeito da constituição de família, perceba que o isolamento do homem nunca foi pensamento de Deus, aliás, a solidão em si não traz nenhum benefício, senão o de causar o sofrimento. Tenha como exemplo o pedaço de carvão, que enquanto no meio do braseiro, se vê quente e vivo, mas basta se isolar para morrer lentamente, apagado em si mesmo. Assim, entenda que a igreja de Deus é uma grande família onde todos se relacionam com todos, comungam o mesmo amor cristão, possuem o mesmo foco e principalmente a mesma esperança de vida eterna com Cristo. Portanto, em termos de família, a palavra chave é união e unidade. Reflita nisso!

Evidente que nem sempre a família de Deus possui membros com os mesmos laços sanguíneos, mas Paulo trouxe à memória daquela comunidade gentia que outrora eles eram estrangeiros e afastados de Deus, mas agora eram concidadãos dos santos, ou seja, eles tinham uma pátria, a mesma pátria celestial dos seus irmãos judeus que também aceitaram de bom grado a mesma verdade. Noutras palavras, todos faziam parte da família de Deus, inobstante de onde vieram (At 10.34). 

Compreenda, portanto, que nessa grande família de Deus, existe uma mesa de comunhão, um assento e um lugar para cada um. Todos são filhos em plenitude, sem distinção (Gl 3.28). Viva em unidade, não se esqueça disso, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Quarta, 28 Agosto 2019 00:03

27/08/2019 - CULTO "FÉ E VIDA"

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