Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Segunda, 28 Março 2022 00:02

27/03/2022 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS

Terça, 22 Março 2022 22:40

22/03/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 21 Março 2022 15:02

MISTURA

MISTURA

“E o populacho que estava no meio deles, veio a ter grande desejo das comidas dos egípcios, pelo que, os filhos de Israel tornaram a chorar e também disseram: Quem nos dará carne a comer?” (Nm 11.4)

 

Na ordem bíblica o livro de Números se encontra no conjunto de cinco livros  chamados de Pentateuco (Gêneses, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), cuja autoria é atribuída a Moisés. O nome Números vem pelo fato de terem sido realizados dois censos do povo de Israel em duas ocasiões distintas (Nm 1.2 e Nm 26.2). Grandes trechos da narrativa são repetições extraídas dos livros de Êxodo, Levítico e Deuteronômio e um detalhe do livro de Números é o registro da nuvem durante o dia e da coluna de fogo durante a noite, como símbolos da presença de Deus guiando o povo que peregrinava em pleno deserto com destino às terras de Canaã.

Ambientando a passagem acima, tem-se que durante a caminhada pelo deserto integrantes do povo passaram a reclamar contra Moises por não terem carne para comer. Eles recebiam o maná e estavam sendo alimentados por Deus de maneira sobrenatural, mas não se sentiam satisfeitos e de maneira comparativa faziam menção dos alimentos que comiam quando eram escravos no Egito (Nm 11.4-19).

Atente que sem exceção, em todo conjunto de pessoas, seja ele pequeno ou grande, sempre existe a possibilidade de no meio deste grupo, existirem pessoas que não comungam com o mesmo objetivo das demais. Isso fica visível nas famílias, nas empresas, no comércio, nas equipes esportivas e, inclusive nos ambientes religiosos. É a chamada mistura. Pasmem!

Considere que devido a um grande período de escassez de alimentos, os descendentes de Jacó foram para o Egito e lá eles se multiplicaram e cresceram em número de pessoas, entretanto, passado algum tempo, com a morte de José e com a ascensão de uma nova dinastia egípcia, os descendentes de Jacó foram escravizados, até que Deus levantou Moisés para libertá-los e reconduzi-los às terras de Canaã (Ex 1.8-14; 2.23-25; 3.13-22).

Entenda bem que todos os israelitas saíram das terras egípcias debaixo de uma promessa, debaixo de uma palavra do próprio Deus, palavra essa que os levaria para um lugar de liberdade e assim, eles caminhavam firmes e convictos de que para onde iriam, teriam melhores condições de vida, poderiam ter suas casas, suas lavouras e obviamente, estariam livres da opressão. Mas é importante saber que junto com o povo de Israel, muita gente que não era descendente de Jacó aproveitou a situação e saíram juntos. Estes eram os estrangeiros que acompanharam o povo de Israel, ou na versão de muitos historiadores, eram denominados de gentalhas ou o populacho (Ex 12.38).

Compreenda que o povo hebreu era conhecedor do Deus que dera livramento e por ELE era direcionado na peregrinação, entretanto, como dito acima, havia no meio deles um grupo que não foi contabilizado como israelita e que não comungava a mesma fé em Deus. Esse grupo  provavelmente não acreditava nas promessas de Deus, estavam ali aproveitando a ocasião e, infelizmente passou a influenciar negativamente o povo, provocando uma grande crise. Noutras palavras, entenda que a reclamação gera um efeito dominó, contagiando, contaminando e o resultado disso foi uma rebeldia coletiva.  O texto mais a frente diz que Moisés foi orientado por Deus e equacionou a situação.

Mas de maneira idêntica, nos dias atuais no meio dos que acreditam em Cristo e em sua obra redentora na cruz do Calvário, saiba que também existe um povo sem essa mesma crença. Ou seja, dentro do povo de Deus, tem também um povo sem Deus que vive influenciando negativamente, ora murmurando, ora agitando e ora provocando rebeliões. Reflita nisso!

Para estas pessoas sem Deus, atente que no coração e na mente deles ainda persistem os mesmos desejos carnais, as mesmas vontades que governam seus corações e que são direcionadas para às práticas mundanas. Essa pessoas se acham convertidas, quando na verdade são apenas simpatizantes e quando muito, apreciam o ambiente eclesiástico, mas não possuem o mesmo objetivo e nem a mesma esperança e logicamente, não alimentam as mesmas expectativas por não estarem convictas. Creia nisso!

De forma resumida, essas pessoas retratam fielmente um grupo sem Deus que está inserido no meio de uma coletividade que professa a fé em Deus. Por motivos circunstanciais elas estão no seio da igreja, todavia, não foram transformadas espiritualmente em novas criaturas e não nasceram de novo e, logicamente, ainda estão com o pensamento no mundo com suas velhas práticas e hábitos. Essas pessoas até entoam louvores, participam das celebrações, recebem as ministrações e realizam outras atividades no ambiente da igreja, mas não se converteram verdadeiramente e, infelizmente, vez por outra, provocam atos de rebeldia, contaminando o povo de Deus. Perceba que isso ficou evidente na peregrinação quando um grupo de pessoas não hebreias, não descendentes de Jacó levantou questões alvoroçando o povo e isso se tornou um grande problema para Moisés (Nm 11.4-10).

“Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes” (1 Co 15.33). Ou seja, influências perversas quando bem direcionadas são como flechas que acertam o coração do crente. Se cuide, abra os olhos e firme seu compromisso com Cristo, afinal de contas o dito popular diz que as aparências enganam, mas tenha olhos para quem conduz a sua vida: Jesus Cristo, amém? Grande abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus continue sustentando sua vida!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Domingo, 20 Março 2022 23:52

20/03/2022 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS

Terça, 15 Março 2022 23:14

15/03/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 14 Março 2022 18:55

PACIÊNCIA

PACIÊNCIA

“..mas eu perseverei em seguir ao Senhor meu Deus;” (Js 14.8)

 

O livro de Josué é o sexto livro na ordem bíblica e segundo os historiadores ele foi escrito pelo autor de mesmo nome. O livro traz os últimos momentos da peregrinação do povo israelita que praticamente encerrava a jornada para tomar posse das terras que Deus havia concedido. Josué foi um fiel assessor de Moisés e mais tarde, indicado por Deus para suceder o grande líder do povo judeu (Ex 33.11; Nm 27.18-23).

Já dentro das terras cananeias, Josué passou a fazer a divisão das possessões às tribos e Calebe foi um dos contemplados (Js 14). Sobre Calebe tem-se que ele viveu como escravo no Egito, certamente que presenciou os sinais de Deus operados nas mãos de Moisés, também passou a seco o mar Vermelho, viu Moisés com as tábuas dos dez mandamentos, esteve com Josué investigando as terras de Canaã e caminhou por quarenta anos no deserto sob a liderança de Moisés. Nesse contexto perceba que Calebe fez parte de duas gerações, da primeira que foi liberta no Egito e devido a desobediência morreu no deserto e da segunda geração que entrou definitivamente em Canaã.

Diferente dos sonhos gerados no inconsciente, saiba que tanto os homens como as mulheres sonham com possuir alguma coisa. Assim o casamento, a conclusão de uma  faculdade, a criação de uma empresa, as viagens e até mesmo a colocação dos filhos em atividades profissionais, são exemplos de sonhos possíveis a muita gente. Noutro lado, muitos acham que sonhos são coisas de jovens, entretanto, quando pessoas mais velhas sonham, culturalmente isso parece ser incoerente. Afinal, o pensamento dominante é que velhos e gente idosa não tem mais ânimo e nem coragem para realizações.

Calebe estava com quarenta anos quando Moisés lhe prometeu dar em herança as terras que ele havia pisado quando foi investigar Canaã e passados quarenta e cinco anos depois, ele ainda alimentava o sonho de possuir as terras que lhe foram prometidas. Estava com oitenta e cinco anos e certamente com cabelos branco, talvez algumas marcas de expressão no rosto, mas de maneira incrível, ele ainda mantinha viva a promessa de Deus falada há quarenta e cinco anos. O sonho de receber a herança o manteve ativo física e espiritualmente, e conforme suas próprias palavras, durante todo este tempo ele se manteve fiel a Deus, perseverando nos caminhos (Js 14.7-8).

De maneira simples, sem alarde e com oitenta e cinco anos Calebe não perdeu a capacidade de sonhar, aguardou pacientemente o tempo de Deus, suportou o silêncio, venceu as provações e não desanimou. Não há nenhum sinal de que tenha procurado por atalhos, não fez política com os anciões do povo e nem forçou os processo de receber a herança. Com muita paciência ele esperou o tempo certo da divisão das terras, permaneceu fiel e foi agraciado. Reflita!

Considere que o grande desafio para os crentes de hoje é justamente vencer a ansiedade, é não se deixar levar pelas emoções e aguardar pacientemente o tempo e os propósitos de Deus. Fala-se bastante que somos parte de uma geração do imediatismo, que ora e clama pela manhã e deseja que a resposta de Deus seja à tarde. Entenda que nem sempre as pessoas estão em condições adequadas (física e espiritual) para receber algo de Deus. O tempo da execução da promessa é uma estratégia divina e cabe ao homem ter em mente que Deus é soberano para decidir quando e como vai agraciar as pessoas (Mt 6.10). Pense nisso!

Frequentemente se percebe que o pensamento dominante em muitas mentes por aí é justamente atravessar a vontade de Deus. Nesse sentido homens e mulheres enamoram precipitadamente e buscam soluções em casamentos errados, outros buscam atalhos em sociedades abusivas e fazem alianças inadequadas e tem aqueles que na pressa de agilizar suas bênçãos, saem por aí buscando revelações aqui e acolá. Tudo isso visando antecipar as promessas de Deus, mas entenda que aquilo que vem fora dos planos de Deus não vai prestar, guarde isso!

Lembre-se que o tempo de espera de Calebe foram quarenta e cinco anos e neste período ele não buscou antecipar o recebimento da herança, não se deixou levar pelo desânimo e tampouco há registros que ele murmurou, reclamou, brigou ou deixou de realizar suas atividades junto ao povo e nem deixou de acreditar no que Deus havia falado (Sl 89.34). Noutras palavras, Calebe viveu com paciência o silêncio de Deus e perseverou, ficou firme. Mesmo sem entender, compreenda a importância de permanecer firme nos caminhos que Deus estabeleceu para sua vida, pois quando os céus decidirem executar o que ELE prometeu, nada e ninguém vai impedir. Portanto, a questão não é o tempo da promessa, mas quem vai executar a promessa, amém? Grande abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, hoje e sempre.

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 14 Março 2022 00:06

13/03/2022 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS

Quarta, 09 Março 2022 23:43

09/03/2022 - MULHERES MOVIMENTANDO O REINO

Terça, 08 Março 2022 23:13

08/03/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 07 Março 2022 10:39

FRACASSO

FRACASSO

“Desde a época de vossos antepassados vos desviastes das minhas leis e não as obedecestes. Agora, pois, voltai para mim, e Eu me tornarei para vós outros!” ..” (Mq 3.7)

 

Malaquias foi o último profeta a se manifestar da parte de Deus ao povo israelita e depois disso, segue-se um longo período de mais de quatrocentos anos onde não se tem registros da manifestação de Deus aos homens. De Malaquias aos evangelhos não se tem nenhum livro reconhecido pelo cânon judaico, assim, a primeira vez que Deus volta novamente a falar com seu povo está registrado no evangelho de Lucas, no nascimento de João, filho de Zacarias (Lc 1.1-11).

O contexto da narrativa de Malaquias evidencia a distância que o povo insistia em se manter de Deus. Tanto naquela época como se observa nos dias atuais, existe a forte impressão que cumprir os mandamentos de Deus, se afastar da desobediência e da idolatria, reconhecer e prestar um culto verdadeiro a Deus, são situações recorrentes. Só mudou a geografia, mas o coração errante do homem continua o mesmo!

Considere que o profeta Malaquias foi um instrumento nas mãos de Deus no sentido de alertar seus compatriotas quanto às posturas e atitudes que eles tinham em relação  a  Deus. Aquele povo tinha em mente que Deus era opressor, era um Deus que os mantinha presos e/ou era um Deus que não dava nenhuma liberdade, assim, na visão equivocada deles, Deus era extremamente carrasco e eles, vítimas dessa situação. Malaquias tinha a missão de chamá-los de volta aos caminhos da obediência e para isso era urgente e necessário mostrar duas situações distintas: primeiro que o pecado deveria ser reconhecido e segundo, ser abandonado. Reflita!

Compreenda que arrependimento é mudar de rota, é mudar de caminho e reconhecer que o caminho anterior estava errado. Arrepender-se e continuar na mesma toada de antes não gera mudanças e não possui nenhum valor. Arrependimento é mudança de espírito, é mudança de governo e literalmente significa uma transformação mental revolucionária e, tanto naqueles dias como hoje, nada pode ser mais urgente que enfrentar essa realidade.

E foi com essa visão que Malaquias falava á nação israelita condenando os comportamentos e as atitudes que eles tinham, mas diante da admoestação do profeta e entendendo eles que nada faziam de errado que pudesse comprometer a relação com Deus, eles respondiam cinicamente, na ponta da língua: “de que devemos nos arrepender?” (Mq 3.7). Passado muitos anos, compreenda que não é mesmo muito difícil que pensamento semelhante e distorcido brote nos  corações de muita gente, porque assim como naquela época, ainda hoje a dificuldade das pessoas está em reconhecer que todos pecaram e todos, sem exceção, estão destituídos da glória da Deus (Rm 3.23).

Algo natural e implícito à centena de milhares de pessoas é a facilidade em  tentar se defender e justificar seus erros quando confrontados em suas realidades. Tem sido assim nas relações dos cônjuges que não aceitam rever que determinados comportamentos podem ser a causa de tantos atritos, tem sido assim nas relações pessoais entre amigos e até mesmo entre familiares, quando atitudes e posturas individuais podem estar causando o rompimento de amizades sólidas e antigas. Enfim, compreenda que é muito mais fácil sentir o cheiro do mau hálito alheio do que sentir o próprio bafo, ou seja, quando confrontados, o mais comum é apontar o outro como a causa do fracasso. Era esse o problema do povo de Israel (se viam perfeitos diante de Deus) e esse tem sido o problema de muita gente nos dias de hoje que não enxergam suas fraquezas, mesmo estando essas fraquezas escancaradas diante de si. Pense nisso!

Infelizmente o desafio de arrependimento e do reconhecimento do erro ainda se encontra presente em muitos corações e em muitos discursos proferidos por ai afora. Nas reuniões ainda se optam por mensagens de otimismo que até geram aplausos, todavia, são mensagens que não desmascaram a mentira, não confrontam os erros e nem se propõem a mudar comportamentos.

Entenda que Deus sempre se dispôs a reconciliar-se com o homem, tanto que o sacrifício da cruz não foi um evento qualquer, mas foi por meio deste sacrifício que  Deus buscou romper com o fracasso da humanidade e dar um novo rumo e uma nova história ao homem que se enxergava autossuficiente. Lembre-se que a caminhada cristã passa necessariamente pela autopercepção dos erros. Resumindo: Deus nos chama a uma mudança de caminho, amém? Forte abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

 

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