Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Sábado, 23 Novembro 2019 02:20

22/11/2019 - ENCONTRO DE CASAIS

Terça, 19 Novembro 2019 23:53

19/11/2019 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 18 Novembro 2019 14:33

PUREZA

PUREZA

 

“Viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas.” (Gn 1.3)

 

O livro de Gênesis mostra de maneira muito clara o início da trajetória do homem, cujo desenlace acontecerá no livro de Apocalipse, escrito pelo apóstolo João. Gênesis traz o início de todas as coisas e apresenta tudo o que foi criado pelo Senhor. Segundo os estudiosos a narrativa é de autoria de Moisés e o seu conteúdo apresenta o início do universo, da humanidade, do pecado e também o início da execução do plano divino de salvação do homem em decorrência do afastamento da criatura de seu criador.

Gênesis é o primeiro livro da Torá ou Pentateuco.  É classificado como livro histórico e conforme a narrativa de Moisés, Deus foi criando tudo que existe de maneira lenta, gradual e extremamente organizada, de forma que é percebível que as primeiras criações preparavam o ambiente para as seguintes. É neste contexto que o versículo acima está inserido.

Atente que em muitas coisas realizadas pelo homem, a mistura de elementos ou de itens é fundamental para atingir determinado resultado. Numa construção, o cimento é misturado com areia e água, gerando a massa que sustenta os tijolos e as paredes das casas. Numa receita, o trigo é misturado com leite e ovos gerando bolos, tortas e salgados. Enfim, se há inúmeros itens que precisam ser misturados para atingir determinado resultado, saiba que existem outros que são puros e não admitem a mistura. Pense nisso!

“Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor” (Ef. 5:8). Palavras do apóstolo Paulo á comunidade cristã que estava na cidade de Éfeso. Certamente que aqueles novos cristãos ainda tinham em suas mentes, alguns hábitos e comportamentos que eram praticados quando estavam longe dos caminhos de Cristo. E na visão de Paulo, era necessário que eles se posicionassem de maneira diferente da sociedade de Éfeso para que desta forma Cristo se tornasse conhecido naquela cidade por meio das boas atitudes e dos bons comportamentos deles. Perceba que Deus fez separação entre a luz e as trevas e não eliminou as trevas ou a escuridão, ou seja, por um propósito muito bem definido, Deus manteve as trevas para que o homem a percebesse e dela se afastasse (Gn 1.3).

Mesmo naquela época, o apóstolo Paulo considerou importante chamar a atenção da igreja em Corinto sobre o perigo de fazerem a mistura ou a mescla da vida que levavam em Cristo com ritos e formalidades do judaísmo (2 Co 6.14). De outra feita, Paulo chamou a atenção da igreja já na cidade de Colossos para fugir dos ensinamentos estranhos (ascetismo), das práticas de devoção e penitência e de coisas como “não toque nisso, não coma aquilo, não mexa nisso” e dos homens que tentavam impor suas convicções aos cristãos da cidade (Cl 2.20-21). Na visão de Paulo, eles não deveriam misturar a salvação pela graça com o misticismo e a exaltação aos anjos, diminuindo  Cristo, a verdadeira luz, a uma posição subordinada à sua essência divina (Cl 2.18).  Noutras palavras, Paulo queria que eles não se misturassem e permanecessem puros no evangelho que fora anunciado!

Em todo o contexto das Sagradas Escrituras, o termo luz é empregado para identificar o bem e trevas é utilizado para representar o mal. Desta forma, entenda que da mesma maneira que é necessário misturar dois ingredientes para criar um terceiro, espiritualmente falando não se podem misturar as trevas com a luz. Disso se entende que desde a criação, Deus realizou a separação e não a eliminação das trevas. Atente, portanto, que a manutenção das trevas se fundamenta para o homem ver o mal que ela representa e dela se afastar.

“Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem chamam mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!” (Is 5.20). Advertência do profeta Isaías sobre os dois extremos, o bem e o mal. Observe que criado por Deus á sua imagem e semelhança o homem é dotado de inteligência para tomar suas decisões, fazer suas escolhas e consequentemente, assumir as responsabilidades por seus atos, ou seja, colher no tempo presente os efeitos de causas passadas. Reflita sobre isso!

Perceba, por este contexto, o perigo nos dias atuais sobre as muitas misturas que muita gente insiste em fazer, não atentando que caminham na luz que é Cristo e que não cabe misturar luz e trevas. Veja que muitos caminham na vida cristã, mas vivem batendo literalmente a cabeça em crenças que geram falsas expectativas de bênçãos, quando na verdade a benção virá unicamente por meio da fé em Cristo. E a essência da fé cristã deve ser pura, sem mistura (Hb 2.4).

Compreenda bem que as pessoas precisam ver a luz que brilha em meio a trevas e não a cor cinza dessa mistura. Resumindo: Não queira misturar aquilo que Deus separou. Viva assim! 

Jesus Cristo, Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 18 Novembro 2019 00:16

17/11/2019 - CULTO DE CELEBRAÇÃO A DEUS

Terça, 12 Novembro 2019 23:37

12/11/2019 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 11 Novembro 2019 11:23

FRUSTRAÇÃO

FRUSTRAÇÃO

“Ele observou junto à beira do lago dois barcos, deixados ali pelos pescadores, que havendo desembarcado, cuidavam de lavar suas redes.”  (Lc 5.2)

Lucas é conhecido pelas palavras de Paulo como o médico amado (Cl 4.14). Esteve nas viagens missionárias com o apóstolo Paulo e sua narrativa, quase um diário, está registrada no livro de Atos. Lucas escreveu seu evangelho a partir de informações colhidas entre os apóstolos de Jesus e das outras testemunhas. Dentre os quatro evangelhos, sua narrativa é a mais extensa e nele, Jesus é apresentado como o Deus de toda compaixão, quer seja pelos doentes, pelos abatidos ou pelos maltratados. Um detalhe interessante no evangelho de Lucas é que ele é o único que traz informações sobre a infância de Jesus.

Consta que Jesus estava nas proximidades do Lago de Genesaré, também conhecido por Mar da Galileia ou Mar de Tiberíades e, entrando no barco de Simão Pedro, passou a ensinar as muitas pessoas que se acotovelavam para ouvi-lo. Pedro que desconhecia Jesus até então, recebeu orientações para voltar a lançar as redes ao mar após uma noite frustrada de pescaria. Ordem dada, ordem cumprida (Lc 5.1-11).

Atente que todos os dias o homem executa alguma atividade. Certamente que dessas atividades algumas terão bons resultados e outras não atingirão o alvo pretendido. Aliás, saiba que do insucesso ninguém está isento e mais ou menos dias, muita gente passará por momentos frustrantes em sua vida justamente por não alcançar o resultado pretendido. Guarde isso!

Perceba que naquela época, Jesus ainda não havia escolhido os seus discípulos e nesse contexto, Pedro não o conhecia a ponto de saber quem era efetivamente Cristo (Mt 16.16). A narrativa de Lucas informa que uma multidão comprimia Jesus e ele pediu a Pedro que afastasse seu barco da praia e fez daquele barco uma tribuna de onde pregava e ensinava. Havia uma massa humana e como toda aglomeração de pessoas, ela pode caminhar para a desordem, mas veja que a ordem foi restabelecida por Jesus em dois atos: primeiro ele se afastou das pessoas e passou a ensiná-los. Aprenda: somente o conhecimento traz mudanças e organização.

Naquele momento os amigos da pescaria estavam lavando as redes, ou seja, tirando as algas e o lodo da frustrante pescaria. Limpar as redes era a sinalização de que a pescaria estava encerrada e pode-se aqui conjeturar que para homens cuja experiência profissional se baseava unicamente na pesca, a noite foi mesmo frustrante. Pode-se ainda imaginar que passaram a noite acordados, num movimento mecânico de lançar as redes e recolher as mesmas redes sem peixes. Se eles almejavam ganhar algum dinheiro vendendo o pescado, certamente que todos estavam decepcionados com o resultado de tanto esforço ter sido em vão.

Entenda bem que hoje as pessoas passam por situações semelhantes, não em termos de pescaria, muito embora existam pescadores que passam grandes períodos na atividade e nada conseguem pescar, mas em inúmeros outros eventos onde não conseguem atingir bons resultados, apesar de terem empreendido esforços, tanto físico quanto mental. Isso acontece diariamente. Todos os dias tem alguém se decepcionando, todos os dias tem alguém chorando por algo que não conquistou. Atente que todos os dias  o sentimento da frustração atinge como seta a mente de centenas de milhares de pessoas. Pense!

O incrível é que Jesus em nenhum momento disse aos pescadores que eles deveriam se conformar, ou que o vento não estava propício ou que a lua tinha exercido influência. Também não disse palavras motivadoras e muito menos que eles tinham potencial ou que a próxima pescaria daria certo. Jesus também não os ensinou uma nova metodologia de pesca ou quis ensinar um conjunto de competências e habilidades pessoais que iriam potenciar seus conhecimentos em pesca. Jesus não fez nada disso. Jesus liberou uma palavra do céu, uma palavra que naquele dia mudaria a vida daqueles homens. Reflita nisso!

Compreenda que um detalhe interessante deste episódio é que nem Pedro, nem João e muito menos Tiago permitiram que o fracasso e a frustração da noite os impedissem de crer no que Jesus falou. Eles acreditaram e avançaram na obediência, firmes naquilo que o Mestre havia pronunciado (Lc 5.5). Aprenda aqui: obediência e fé caminham juntas!

E é justamente disso que muita gente precisa. Não de palavras bonitas, nem frases de efeito que apenas potencializam e massageiam mentes frustradas e decepcionadas com resultados insatisfatórios. Viver a vontade de Deus e não se deixar levar pelo perverso sentimento da frustração ainda é uma realidade que está distante de muita gente. Pedro e os demais não só acreditaram como largaram literalmente os barcos abarrotados de peixes e passaram a seguir aquele que mudou a vida deles. Eles se tornaram discípulos de Jesus!

Compreenda, portanto, conforme as Sagradas Escrituras, que não será com pensamentos positivos ou motivações humanas que o homem mudará sua maneira de agir, mas as transformações ocorrerão somente por meio da palavra de Deus, o único que tem poder para transformar vidas e mudar histórias, e sempre consoante a Sua Vontade e não a dos homens. Saiba que é Deus quem atua no interior de cada um, evidenciando a mudança de dentro para fora. Resumindo: A glória será sempre de Deus (Is 42.8). Estamos combinados?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Segunda, 04 Novembro 2019 10:11

SURDO

SURDO

“No entanto, alguns arruaceiros saíram murmurando: Como poderá esse tal nos salvar? E o desprezaram e não lhe homenagearam com presente algum. Saul, contudo, se fez de surdo.” (1 Sm 10.27)

 

Ana era uma mulher estéril, todavia, ela orou ao Senhor e foi agraciada com um filho a quem deu o nome de Samuel. E como gratidão pela benção recebida, fez com que o menino fosse entregue para ser criado no templo, junto ao profeta Eli (1 Sm 1). E foi assim que Samuel se tornou sacerdote, profeta e juiz em Israel. Segundo os historiadores, são da autoria do próprio Samuel grande parte da narrativa do primeiro volume do livro de mesmo nome. Após sua morte, os registros ficaram por conta de Natã e Gade (1 Sm 25.1).

O primeiro volume de Samuel narra a vida do próprio Samuel, o governo de Saul e a unção dos primeiros anos do rei Davi, incluindo sua escolha por Deus após o ato de desobediência de Saul (1 Sm 16.1-13).

Uma situação muito comum na vida de muita gente é o chamado para realizar alguma coisa, desde as obras seculares como móveis, casas, consertos, restaurações, projetos variados, etc. E no meio cristão, tem-se o chamado para o serviço ou a obra de Deus. Perceba que no chamado e serviço para Deus o homem pode e tem a plena capacidade de projetar e criar, dada às inúmeras atividades que podem ser feitas em prol do reino.

A narrativa de Samuel diz que Saul foi escolhido por Deus para governar Israel e ele aceitou o chamado. Pode-se conjeturar que era uma grande responsabilidade, já que o povo Israelita estava em transição de governo, ou seja, eles haviam rejeitado os juízes (homens que Deus levantava para julgar a Israel) e desejavam ser governados por um rei, assim como as nações vizinhas. E muito embora Deus os tenha advertido sobre o preço desta opção, a troca foi efetivada e Saul foi ungido rei de Israel. Atente que Saul era um homem comum do povo quando o profeta Samuel, orientado por Deus o ungiu com óleo e ele foi conduzido ao trono para governar Israel. Era um chamado de Deus e o próprio Samuel narra as evidencias desta convocação divina (1 Sm 9.16; 9.22 e 10.9).

Na vida secular as pessoas influenciam e são influenciados e nesta visão de influenciar, muitos projetos ora são levantados e ora são enterrados. Comum que um grande empreendimento não saia do papel devido as críticas que o colocam como ruim e sem futuro, e de forma contrária, existem projetos que são considerados excelentes em decorrência de receberem os aplausos de muita gente. Resumindo, a manifestação alheia tanto pode derrubar como erguer. Pense!

“...Saul, contudo, se fez de surdo.” (1 Sm 10.27). Saul foi escolhido e Deus usou o profeta Samuel para fazer a unção e ao receber em seu coração o chamado, atente que Saul foi vítima de algumas pessoas que o consideraram despreparado e sem condições para conduzir à nação israelita. Mas de maneira surpreendente, Saul não deu ouvidos àquelas vozes contrárias. Ele se fez de surdo e não permitiu que as críticas o tirassem do propósito que Deus havia lhe dado e caminhou debaixo da palavra que liberada por Deus. Reflita sobre o seu chamado!

Perceba por meio desta narrativa a semelhança com muita gente que, tanto no mundo secular como no meio cristão, são chamados para realizar algo e devido às críticas, sucumbem antes mesmo de darem o primeiro passo. Quantos empreendedores antes mesmo de abrirem as portas de sua empresa dão ouvidos aos críticos de que o negócio não vai prosperar, pois o produto não é comercializável, o ponto não é bom e o empreendedor não possui qualificação de bom gestor?

No meio cristão, torna-se frequente os picos de inveja de tantas pessoas que não conseguem enxergar que Deus chama aqueles que ELE quer. Paulo deixou isso evidente quando mesmo sendo perseguidor e inimigo dos cristãos, foi chamado por Deus para anunciar a salvação pela graça. Era improvável que Paulo fosse convocado, mas não somente foi como deu mostras que era realmente Deus que o convocara. Basta ver o que ele realizou em termos de milagres e difusão do evangelho pelo mundo de então e de hoje (1 Co 1.27-28). Reflita nisso!

Saul era um anônimo, não teve unanimidade e ainda foi desprezado pelos seus compatriotas, mas lembre-se que ele foi escolhido por Deus para governar sobre Israel e mesmo diante das vozes contrárias que seria incapaz, ele manteve o foco e não deixou que os críticos lhe tirasse a visão. Aprenda aqui: dentro do propósito que Deus te confiou, se faça de surdo para quem não tem o mesmo chamado que você. Perfeito?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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