Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Terça, 10 Dezembro 2019 23:34

10/12/2019 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 09 Dezembro 2019 19:11

PERPLEXIDADE

PERPLEXIDADE

“Assim que Zacarias o viu, ficou perplexo e um grande temor o dominou completamente” (Lc 1.12)

 

Embora Lucas não estivesse entre os doze discípulos de Jesus, é certo que seu evangelho traz muitas informações que foram coletadas juntos àqueles que acompanharam Cristo em seu ministério (Lc 1.4). Sobre Lucas, os historiadores afirmam com muita propriedade que ele teve a medicina como atividade profissional e isso é inclusive mencionado por Paulo na carta aos Colossenses (Cl 4.14).Sabe-se ainda que ele acompanhou Paulo nas viagens missionárias, fato esse que lhe deu subsídios para fazer a narrativa de Atos dos Apóstolos, onde registrou o que hoje tem-se como a origem da igreja cristã que aflorava no mundo de então.

No Velho Testamento, o Espírito de Deus se manifestava por meio dos profetas ou por meio das teofanias, e essas manifestações eram temporais, ou seja, elas serviam a um propósito singular, quais seja advertência, encorajamento, disciplina, ânimo e direção a tomar, e logo depois o Espírito se retirava.

Assim, tem-se que cronologicamente, a última manifestação no Velho Testamento aconteceu por meio do profeta Malaquias (último livro do AT) e somente voltou a manifestar-se depois de longo período. Este espaço de tempo, tido pelos historiadores como mais de quatrocentos anos é conhecido como período interbíblico e ficou caracterizado como o silêncio de Deus aos homens, ou seja, as vozes dos profetas não se foram mais ouvidas.

Atente para os dias atuais e perceba quantas pessoas vivem uma fé cristã meio que mecânica. Uma fé vacilante e por que não dizer, uma fé sem expectativa do que Deus pode fazer. Por vezes as pessoas até receberam no passado alguma benção ou mesmo viveram um milagre, mas passados os dias, elas deixam de ter expectativas do sobrenatural de Deus e passam a desenvolver um cristianismo robótico. Pense!

Zacarias era casado com Izabel e formavam um casal de pessoas tementes a Deus que conduziam suas vidas de forma ordeira, honesta e íntegra. Aliás, pode-se dizer sem sombras de dúvidas que eles eram fiéis cumpridores dos mandamentos de Deus (Lc 1.6-7). Este mesmo Zacarias era de linhagem sacerdotal e naqueles dias estava cumprindo uma escala no templo, ou seja, ele cumpria uma escala que fora idealizada centenas de anos atrás pelo rei Davi (1 Cr 24.10).

Casado e sem filhos, por muitos anos Zacarias clamou a Deus por uma criança e ao entrar no templo, cumprindo a escala, ele foi surpreendido por uma manifestação divina e, naquele momento sobrenatural o anjo lhe trouxe a excelente notícia de que seria pai. Lucas narrou que Zacarias ficou perplexo, caiu em temor e pode-se até mesmo imaginar que ele ficou apavorado diante daquela situação. Certamente que ele jamais esperava que isso fosse acontecer, afinal de contas, já haviam se passado mais de quatrocentos anos sem nenhuma manifestação de Deus. Perplexidade e temor evidenciam que Zacarias entrou no templo sem nenhuma esperança de que Deus iria se manifestar.

Assim como Zacarias, perceba que existem centenas de milhares de crentes hoje em dia que também entram nas igrejas sem nenhuma expectativa de que algo sobrenatural vai acontecer. Não porque não acreditam, talvez eles até creem em Deus, afinal de contas estão indo numa igreja, mas simplesmente porque perderam a esperança, perderam a fé no sobrenatural e hoje vivem sem expectativas do que Deus pode fazer. Reflita isso!

Naquele momento Zacarias estava fazendo sua função, se Deus iria estar presente ou não, se ia manifestar ou não, isso para ele não era importante. O negócio de Zacarias era cumprir a escala, por isso Lucas deixou registrado que ele ficou apavorado, e, diga-se de passagem, com razão. Zacarias jamais vira um anjo mesmo sendo de família sacerdotal. Certamente que ele conhecia com profundidade todo o pentateuco, conhecia as tradições e estava acostumado a ouvir e contar as histórias do que Deus havia realizado pelo seu povo, mas naquele dia e naquela hora, ele entrou no templo unicamente para cumprir escala e queimar incenso e nada mais que isso.

Idêntica situação acontece no tempo presente. Muitos estão cumprindo escala nos templos.  Instrumentistas, cantores e cantoras, diáconos, pregadores, presbíteros e pastores estão vivendo tempo de escalas. Vão à igreja porque existe uma escala e assim como Zacarias, quando a manifestação sobrenatural de Deus acontece, ela provoca espanto, perplexidade e por que não dizer, provoca medo. Reflita!

Até então Zacarias vivia uma crise de não ter filhos somado ao fato do silêncio de Deus ao seu povo, mas guarde no seu coração que nenhuma crise e nenhum silêncio de Deus podem ser o estopim para quebrar a crença em um Deus vivo e presente. Compreenda, portanto, a importância e a necessidade de manter a chama da fé acesa, de forma que nenhum coração jamais perca a expectativa do que Deus pode fazer. Você entende isso?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Sábado, 07 Dezembro 2019 23:55

07/12/2019 - CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR

Quarta, 04 Dezembro 2019 01:02

03/12/2019 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 02 Dezembro 2019 14:20

PROPÓSITO

PROPÓSITOS

“Saul também retornou à sua casa em Gibeá, acompanhado por guerreiros, cujo coração Deus havia tocado”(1 Sm 10.26)

 

Samuel, autor de parte dos escritos dos dois volumes do livro que leva seu nome, era filho de Elcana e de Ana. A narrativa de Samuel traz a informação de que Ana não conseguia engravidar e orando a Deus por um filho, ela fez um voto ao Senhor: se ela concebesse, o filho seria entregue ao templo para servir a Deus (1 Sm 1.11). Tem-se, portanto, que Samuel nasceu de forma milagrosa e pode-se dizer sem sombras de dúvidas que ele foi instrumento nas mãos de Deus, atuando como profeta, juiz e sacerdote em Israel.

Direcionado por Deus, o profeta Samuel ungiu a Saul como rei de Israel, e essa coroação foi o divisor de águas para a nação israelita, considerando que Israel havia pedido um rei em detrimento do governo por meio dos juízes (1 Sm 9.6; 10.1).  Aclamado rei, Saul foi para sua casa acompanhada por um grupo de homens (1 Sm 10.26).

Veja que as pessoas gostam de estarem acompanhadas por outras em suas lidas diárias. Em suas realizações é comum o homem chamar colegas, familiares e amigos para participar de seus projetos. Mas esse convite nem sempre é atendido de bom grado. Existem pessoas que não gostam de participar e por vezes, mesmo estando presente, não colaboram para atingir o resultado do que foi proposto. Pense!

A narrativa de Samuel diz que diversos homens se dispuseram a acompanhar Saul e isso, humanamente falando, consolidou sua unção como rei de Israel. Naquele momento ele estava sendo avaliado positivamente, todavia, um detalhe muito importante neste grupo que acompanhou Saul foi que todos eles foram tocados por Deus para estarem com o novo rei, ou seja, Saul não formulou qualquer convite e nenhum deles se sentiu forçado a ir com o rei. Entenda: O Espírito de Deus estava conduzindo  aqueles corações na mesma convicção!

Compreenda que Deus capacitou e deu ao homem ótimas condições de criar, processar e executar muita coisa. Desde uma simples caixa de papelão até grandes projetos nas áreas da farmácia, da engenharia, da medicina, da arquitetura, das comunicações e tantas outras que fica mesmo impossível mensurar a capacidade criativa do homem. Todavia, são poucos ou raros aqueles projetos onde o homem atua só. Grandes projetos envolvem muitas pessoas com conhecimentos em diversas áreas e é quase impossível alguma coisa grandiosa ser realizada por uma única pessoa.

Daqueles homens que acompanharam Saul, provavelmente uns possuíam conhecimento em armas, outros eram qualificados nos combates com montaria, outros eram conselheiros, outros eram especialistas em flechas, enfim, pode-se imaginar que aquele grupo iria ajudar Saul em todas as áreas que ele necessitasse para governar Israel. Saul sabia disso e aqueles homens iriam colaborar no seu reinado. Noutras palavras, pode-se afirmar que aqueles voluntários que acompanharam Saul tinham a mesma visão, o mesmo propósito e os mesmos ideais. Reflita sobre isso!

Traga isso para os dias atuais e perceba muito acompanhantes com visão divergente do líder. Muitos estão em projetos por circunstâncias alheias à sua vontade, muitos estão participando de projetos visando um interesse particular no futuro e, pior que isso, são aqueles que estão acompanhando simplesmente porque foram forçados a tomarem parte. Veja que é justamente isso acontece com muita frequência nos casamentos, nas sociedades empresariais, nas relações de amizades e até nos grupos sociais. Basta ver a quantidade de casamentos arruinados, de empresas falindo e amigos que se excluem simplesmente porque não tinham a mesma visão. Atente nisso!

A narrativa de Samuel afirma que Deus tocou em quem ele quis e aquelas pessoas acompanharam Saul sem que ele as convidasse. Aprenda, portanto, que só o Espírito de Deus pode tocar e convencer as pessoas. Muita gente erra quando força convites ou impõe a outras pessoas a fazer aquilo que não está no coração delas. O resultado deste forçamento é apresentado no futuro, nos péssimos resultados. Traga isso no seu coração e entenda: dentro dos mesmos propósitos, Deus cuida de fazer os corações baterem no mesmo compasso. Creia nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Terça, 26 Novembro 2019 23:40

26/11/2019 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 25 Novembro 2019 17:09

22/11/2019 - ENCONTRO DE CASAIS

Segunda, 25 Novembro 2019 11:21

ENTREGA

ENTREGA

 “e reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e levando a outra parte, a depositou aos pés dos apóstolos.” (Atos 5.2)

 

Escrito pelo evangelista Lucas, o livro de Atos dos Apóstolos tem sua narrativa nos registros do começo do que hoje se denomina igreja e que naquela época eram conhecidas como pequenos grupos cristãos. Esses grupos foram estabelecidos pelo apóstolo Paulo em diversas cidades por meio das viagens missionárias e todos eles enfrentaram muitos desafios para se consolidarem como unidade na fé cristã (1 Co 1.10-17; Gl 3.3 e Cl 2.8). O livro de Atos traz o resumo da igreja, todavia, Lucas narrou muitas coisas e acredita-se também que muitos eventos ficaram sem registro para a história, tal a quantidade de eventos que sequer foram lembrados.

Muito embora as primeiras comunidades tivessem em sua composição pessoas de diferentes culturas e diferentes status, saiba que elas caminhavam e viviam em paz, e com raras exceções pode-se dizer que seus integrantes fossem unidos e focados no mesmo propósito. Pode-se ainda perceber que a igreja já nascia com um coração generoso, principalmente quando Lucas afirma que era um o coração e a alma daquele povo, ou seja, naquela comunidade todos se entregavam ao serviço de Deus (At 4.32).

Atente para os dias atuais na pouca entrega das pessoas sob todos os aspectos da vida em comum. Homens, mulheres e jovens pouco ou quase nada se entregam à sua família. Funcionários pouco se entregam à empresa onde trabalham. Amigos pouco se entregam às suas amizades e alunos pouco se entregam às atividades educacionais. E nas igrejas essa entrega não é diferente, existe pouca ou quase nenhuma entrega no serviço a Deus. E assim pode-se citar uma série de situações onde a entrega ou a doação é praticamente inexistente ou quase nula.

A narrativa de Lucas diz que um homem estrangeiro (José, natural de Chipre, At 4.36-37) foi tocado por Deus e fez uma doação á comunidade de Jerusalém e isso foi o bastante para desencadear a vontade do casal Ananias e Safira a fazerem o mesmo, todavia, de comum acordo, eles mentiram e não entregaram a oferta. O resultado desta mentira foi a perda da vida, a perda do dinheiro, a perda da propriedade e a pior das perdas: a salvação (At 4.34-37 e  At 5.1-10).

Transporte esse registro para os dias atuais e compare os níveis de entrega das pessoas. Ananias e Safira até - sentido de alcance - tinham a intenção de entregarem uma oferta á igreja, mas antes disso,  eles foram dominados pela cobiça e mentiram. Isso é o que prevalece nas famílias, nas amizades, nas relações pessoais, nas relações de trabalho e incrivelmente é o que prevalece também no meio cristão, quando se aborda a relação do crente com Deus. Hoje predomina um ambiente de alto consumo religioso, onde muitos estão sendo atraídos por tantas coisas fora do ambiente eclesiástico que não mais se lembram em dar prioridades às coisas de Deus. É fácil perceber que muita gente tem sido mais expectadora dos cultos do que efetivamente um adorador. Noutras palavras, muitos se apresentam para assistir e participar do culto e nunca para cultuar individualmente a Deus, e assim, pode-se afirmar com muita certeza que não há nenhuma entrega a Deus. Quando muito, percebe-se uma entrega parcial, mesclada com a mentira, assim como intentaram fazer o casal Ananias e Safira. Noutras palavras, hoje muita gente vive sem compromisso e sem fidelidade a Deus, evidenciando suas prioridades nas coisas do mundo secular. Reflita seriamente sobre isso!

Se Ananias e Safira morreram fisicamente, veja que hoje as pessoas estão morrendo espiritualmente quando optam por entregarem-se parcialmente. Vagarosamente a morte espiritual chega quando o tempo dedicado a Deus vai se reduzindo, o período de oração é diminuído e as leituras da Bíblia com as práticas espirituais desaparecem na mesma proporção da frequência aos cultos. Atente que nem a presença física nos cultos é garantia de uma sobrevida, quando inexiste a entrega. Pense!

“...Eis que te sirvo há tantos anos..”. (Lc 15.29). Essas foram as palavras do irmão do filho pródigo. Realmente ele servia ao seu pai, assim como muita gente também está no evangelho há muitos anos, sem contudo jamais se entregarem ao serviço daquele que o chamou. Ou seja, estar na casa do Pai não é indicador de uma entrega verdadeira. Está na casa do Pai, mas o coração está distante. Reflita!

“Que darei ao Senhor por todos os seus benefícios que me tem feito?”(Sl 116.12). Essa pergunta do salmista necessita de uma resposta e essa resposta passa necessariamente pelo nível do que se entrega a Deus. Não em valores financeiros, mas em adoração, compromisso, fidelidade, honra e principalmente em obediência. Lembre-se que a caminhada cristã exige reciprocidade com Deus. Ela exige entrega! Perfeito?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre.

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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