Compartilhe conosco o que Deus tem feito em sua vida. Agora é possível contar o seu testemunho aqui no nosso site.

Conte-nos as maravilhas que Deus tem feito em sua vida e seu testemunho poderá ser publicado em nosso site e também relatado nos cultos do Ministério Ouvindo o Clamor das Nações.

 

 

Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Segunda, 08 Junho 2020 15:41

CRÍTICOS

CRÍTICOS

A que, pois, compararei os homens desta geração, e a que são semelhantes?” (Lc 7.31)

Não existem dúvidas de que Lucas seja mesmo o autor do terceiro evangelho. Médico de formação, acredita-se que Lucas cuidou das feridas de Paulo, o acompanhou  nas viagens, era mesmo um amigo de verdade, inclusive estiveram juntos na viagem de navio para Roma, quando enfrentaram uma forte tempestade.

Ao escrever, percebe-se que Lucas procura identificar Cristo com a espécie humana e dentre os quatro evangelhos, Lucas é o autor que coloca maior quantidade de informações sobre a vida de Jesus Cristo. Em sua narrativa, Lucas se mostra como o evangelho de esperança, de amor e da simpatia de Jesus por todos, principalmente quando realizava curas e promovia libertações, numa prova incontestável de sua bondade pelas pessoas.

O versículo acima está dentro do contexto da parábola dos meninos. Jesus fez este ensinamento abordando os príncipes judaicos e os religiosos daquela época. Era uma forma de adverti-los sobre a posição deles em relação a dois ministérios distintos entre si, João, o batista e Jesus Cristo. Ambos os ministérios estavam atuando ao mesmo tempo, simultâneos (Lc 7.29-35). Essa parábola também está registrada no evangelho de Mateus (11.16-19).

Compreenda que existe uma onda de insatisfação pessoal que reina em todo lugar. Insatisfação com os políticos em todos os níveis (municipal, estadual e federal). Insatisfação com o comércio, com a indústria, insatisfação no ambiente de trabalho, insatisfação com familiares e até mesmo com a igreja. Enfim, vive-se hoje uma onda de pessoas insatisfeitas e perceba que pessoas insatisfeitas não objetivam nada e infelizmente, também não produzem. Pense!

Após mais de quatrocentos anos de silêncio de Deus, surge João, filho do profeta Zacarias. Homem de hábitos estranhos, ele morava no deserto, se alimentava de insetos, não frequentava as festas e os jantares. Era o típico sujeito antissocial. Para os judeus que apregoavam o julgamento de Deus, João, ao anunciar a necessidade de arrependimento de seus compatriotas, se viu rejeitado e desqualificado para pregar essa mensagem (Lc 7.32).

Noutro lado, Jesus era o extremo de João. Tinha uma intensa vida social, participava de casamento, celebrações, jantares e ainda tinha tempo para conversar com publicanos, prostitutas e toda sorte de gente que se aproximasse. Entretanto, para os rabinos que tanto conheciam as escrituras e esperavam a vinda do Messias, quando Jesus chegou, eles não se alegraram, e assim como fizeram com João, se tornaram indiferentes e o criticaram (Lc 7.34).

Era nítido que aqueles nobres, aqueles rabinos e todos aqueles religiosos não estavam satisfeitos com nada. Nada supria as expectativas deles, eram muito orgulhosos. João era antissocial demais e Cristo, muito afeto ao povo. Resumindo, era impossível que eles se enchessem de Deus se antes, não se esvaziassem de si mesmos. Reflita sobre isso!

“A que, pois, compararei os homens desta geração, e a que são semelhantes?” (Lc 7.31). Nos dias atuais, há grande semelhança com a indagação que Jesus fez aos homens daquela época. Também hoje existem centenas de pessoas orgulhosas ao extremo, insatisfeitas, altamente críticas e que nada as agrada. Dentro das igrejas são aqueles que se consideram mais capacitados, mais instruídos, que oram mais e que se sentem mais espirituais que os demais. Fora das igrejas são aqueles outros que veem as igrejas como locais inadequados, como ambientes onde se reúnem pessoas de todas as espécies e por aí vai um monte de críticas e comentários depreciativos. Noutras palavras, há uma geração de gente insatisfeita, que nada está bom, ninguém presta e que nada serve, gerando, tal como na época desta narrativa, uma multidão de críticos, de indiferentes e logicamente, uma multidão de incrédulos. Reflita isso!

“Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça.” (Jo 15.16). Guarde isso. Muitos podem não gostar do ministério de louvor da igreja, podem não gostar da localização da igreja, mas não podem se esquivar do chamado, do propósito e da nomeação a que foram sujeitos por Cristo. Saiba que novos caminhos se fazem somente caminhando, ou seja, se fazem movimentando as pernas. Portanto, o momento não é de indiferença, não é de criticar A ou B, mas de se movimentar, de ser sensível à voz do Espírito Santo e gerar frutos, aliás, frutos que permaneçam.

Entenda ser hoje o momento de jogar fora o orgulho, as críticas e a eterna insatisfação por tudo e se desfazer da indiferença, assumir sua posição no reino e ser uma pessoa resolvida. Aprenda: Deus pode realizar grandes feitos na sua casa, na sua família, no seu trabalho, na faculdade e em tantos outros lugares por meio de sua disposição em servir no reino. Compreenda isso, mova-se, vença você mesmo! Estamos combinados?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 01 Junho 2020 10:17

IMPACIÊNCIA

IMPACIÊNCIA

“Diante disso, Saul ordenou: “Trazei-me aqui os animais para o holocausto... E ele mesmo ofereceu o holocausto.” (1 Sm 13.9)

 

Quando os rabinos judeus se reuniram para fazer a tradução da Bíblia do hebraico para a língua grega, eles deliberaram em dividir o livro de Samuel em dois volumes. A separação teve por fim facilitar a compreensão e dar mais praticidade na leitura, facilitando os estudos.

Samuel era filho de Ana e pode-se dizer que seu nascimento foi resultado de oração e da misericórdia de Deus. Consta que Ana não engravidava, mas clamou a Deus, foi atendida e deu o seu filho para servir no templo. Samuel foi profeta, sacerdote e juiz em Israel. Os estudiosos afirmam que ele escreveu boa parte dos trechos do livro, e após sua morte, supõe-se que os profetas Natã e Gade terminaram de escrever o restante.

Saul reinava sobre Israel e numa batalha contra os filisteus, seu exército escondia pelas cavernas, enquanto os inimigos se mobilizavam para atacar. A narrativa de Samuel diz que Saul não queria sair para a guerra sem antes oferecer um sacrifício a Deus e precipitadamente ele ofertou o sacrifício, todavia, este ofício de sacrificar a Deus era exclusivo do sacerdote (1 Sm 13.9). Impaciente, o rei Saul não quis esperar pelo profeta Samuel e atravessou a situação, conduzindo ele mesmo o sacrifício. Entenda: era rei e não sacerdote, não tinha autoridade para executar tal função. Esse é o resumo do contexto (1 Sm 13.1-14).

“Quando a cabeça não pensa o corpo padece”, essa frase é um dito popular muito falada Brasil afora. Trata-se mesmo de uma grande verdade. Comum que pessoas que tomaram decisões no calor das emoções dizerem: “fiz sem pensar... não imaginei que isso tomasse essa proporção...” e depois não terem tempo e nem oportunidade para consertarem o erro. Noutras palavras, houve uma escolha que depois se viu materializada como uma escolha precipitada. Reflita!

Individualmente cada pessoa tem sua característica. Uns pacientes, outros não, uns agitados, outros mais sossegados. Uns otimistas e àqueles, nem tanto, uns dotados de muita coragem e outros dotados de boa dose de medo e cheios de cautela. Enfim, cada homem tem sua particularidade. Saiba que grande parte das pessoas tem algum histórico de atos gerados na impaciência. Crianças, jovens e adultos, todos já passaram por alguma situação onde a impaciência prevaleceu. Interessante que desde cedo, o homem é levado a conquistar o que deseja, no tempo que também desejar e justamente quando isso não acontece, surge a impaciência, o que acaba por gerar alguma situação de desconforto mais á frente. Compreenda que se a perseverança é uma virtude, as tentações de Satanás não podem ser uma surpresa, uma vez que ele faria todo esforço no sentido de tornar o homem um ser impaciente (2 Pe 1.6). Pense!

Veja na narrativa do próprio Samuel que o rei Saul se mostrou impaciente quando não quis aguardar a presença do profeta para fazer o sacrifício a Deus. Essa impaciência trouxe sérias consequências a Saul que acabou por perder o trono e seu reinado. Se tivesse um pouco mais de paciência, seu reinado teria sido confirmado por Deus. Veja que a pressa junto com a precipitação o levou a duas grandes perdas: perdeu o reinado e Deus o rejeitou (1 Sm 13.13).

"Não é bom proceder sem refletir e peca quem é precipitado" (Pv 19.2). Palavras de Salomão, homem que escreveu diversos ditados, abordando o tema de quem toma decisões na pressa, ou seja, quem faz suas escolhas de forma impensada pode alcançar resultados ruins. Perceba que em diversas situações rotineiras, as pessoas agem sem pensar, agem sem avaliar corretamente os impactos advindos de suas escolhas e ao final, colhem resultados não esperados. Reflita!

Entenda que o crescimento espiritual leva bastante tempo e esforço para se consolidar e não se adquire conhecimento do dia para a noite. Neste contexto, muitas decisões apressadas acabam por trazer mais aborrecimentos que soluções. Saul tinha todo o tempo para esperar pelo profeta, tanto que assim que ele acabou de fazer o sacrifício, o profeta Samuel chegou (1 Sm 13.10). Na vida diária das pessoas também acontece assim. No desejo de dar solução a tantas coisas, surge a necessidade de atropelar o processo e fazer algo que poderia esperar um pouco, tanto por alguém com mais capacidade para realizar quanto pelo tempo para amadurecer a decisão a ser tomada.

Portanto, compreenda que lutar contra a impulsividade além de não te causar embaraços, te dá a chance de alcançar melhores resultados, tanto físicos quantos espirituais. Guarde isso com você!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira – Pr

Segunda, 25 Maio 2020 18:42

PERIGO

PERIGO

“Ajunta o povo, homens, e mulheres, e meninos, e os teus estrangeiros que estão dentro das tuas portas, para que ouçam, e aprendam, e temam ao SENHOR, vosso Deus, e tenham cuidado de fazer todas as palavras desta Lei;”(Dt 31.12).

 

Escrito por Moisés, Deuteronômio é o quinto livro da Bíblia e faz parte do denominado Pentateuco, ou seja, grupo de cinco livros cuja autoria é creditada a Moisés (Gêneses, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio). Quando escravos no Egito os Hebreus apenas cumpriam ordens, fazer e não fazer, todavia, como estavam saindo da escravidão para liberdade, eles precisavam de normas, de leis que impusessem regras de forma clara para uma criarem a identidade do povo de Deus.

O contexto da passagem acima está nos últimos discursos de Moisés, ele praticamente estava se despedindo e mesmo já sabedor de que não entraria na terra de Canaã, atente bem que ele ainda tinha forças e ânimo para advertir o povo quanto aos seus comportamentos e atitudes para o futuro. Assim, nos últimos capítulos deste livro, Moisés os lembra das leis, do poder de Deus que os tirou da escravidão e faz um reforço pedagógico sobre a necessidade de eles serem um povo separado, de não se misturarem com as práticas e costumes de outras nações. Resumindo: cumpram a lei, reverenciam e tenham temor a Deus.

Muito se tem falado nas conversas em alta voz e bom tom que o mundo está perdido. Essa análise se sustenta com mais força quando se fazem comparações dos dias atuais com eventos semelhantes décadas atrás. Tem sido cada vez mais claro que o relativismo veio para ficar. A verdade absoluta está ficando mais distante, cada vez mais longe. Hoje as regras e normas que regem a vida em sociedade mudam ao sabor de uma simples brisa. Certo hoje, amanhã não é mais. Nas ruas, nas praças e avenidas perdeu-se o senso do que é certo e do que é errado. Não há regras, não há lei e impera o senso da impunidade. Pense!

O profeta Moisés já advertia o povo hebreu para se precaverem dessa perigosa situação que iria infelizmente ocorrer. Interessante que mesmo severamente advertidos quanto ao perigo e às penalidades caso deixassem de cumprir os mandamentos de Deus, saiba que o povo israelita pagou caro por cada desvio, aliás, por cada transgressão (Gl 6.7). É a justa retribuição pelas ações praticadas. Pense novamente!

Perceba que chega a ser assustador o ambiente nas ruas, nas praças e nas avenidas. Parece não haver regras e cada um faz o que considera em seu coração. Predomina o senso de impunidade tal o comportamento das pessoas em relação ao seu semelhante. Todavia, mais perverso que a situação reinante lá fora, tem sido a falta de temor a Deus dentro das casas, no ambiente doméstico.  Veja que se o mundo lá fora vive sem regras e normas, acredite que no interior das casas é preciso ter limites, ter posturas e comportamentos cristãos. Noutras palavras, do lado de fora da sua casa, o homem não tem competência para impor regras, portanto, o que acontece lá não é problema seu, mas o que acontece das portas para dentro de sua casa, o responsável tem nome: pai, mãe e filhos. Reflita

Saiba que o grande problema que desafia o cristão nos dias atuais é justamente o enfrentamento de tudo aquilo que pode entrar em suas casas e causar a destruição de sua família. Diariamente o ambiente domiciliar é bombardeado com toda sorte de ataques que visam causar trincas, danos e destruição do maior fundamento cristão: o temor a Deus. Veja que literalmente o mundo e suas concupiscências entram facilmente nas casas por meio dos programas de TV, das séries, da internet e de tantas outras tecnologias. Lenda ou não, os livros de história dizem que a cidade de Tróia foi totalmente destruída quando deixou entrar em suas portas um presente dos gregos. Na verdade eram soldados inimigos que foram colocados dentro da cidade por meio de um grande cavalo de madeira. Famoso presente de grego!

Compreenda que nada pode destruir uma família, senão ela mesma. Hoje, devido as circunstâncias, as pessoas se preocupam e dedicam mais tempo com as coisas de fora e pouco ou quase nada com o que entra nos lares, este é o perigo. Lembre-se que o profeta Eli viu o que não existia em Ana (achou que ela estava bêbada), mas foi incompetente para enxergar o mal que já havia entrado em sua casa, deturpando a mente e destruindo seus dois filhos. Ou seja, o que acontecia fora de sua casa se tornou mais importante do que aquilo que estava entrando nela. Resultado: sua família foi destruída (1 Sm 1.17).

Lembre-se ainda que as cidades de Sodoma e Gomorra eram depravadas e Deus resolveu intervir, pode-se dizer que lá o ambiente era de caos. Mas o incrível foi que as filhas de Ló se mantiveram puras (Gn 19.8). Ló teve temor a Deus e não deixou que o mal entrasse em sua casa. Ló guardou sua casa, blindou e fechou as portas. Para encerrar, aprenda: O mal age por concessão, só pode entrar portas adentro aquilo que seus moradores consentem. Ló fechou a porta e o profeta Eli permitiu. Ações diferentes provocam resultados distintos. Estamos entendidos?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 18 Maio 2020 17:37

FOFOCA

FOFOCA

“Não saia da vossa boca nenhuma palavra que cause destruição, mas somente a que seja útil para a edificação, de acordo com a necessidade, a fim de que comunique graça aos que a ouvem.” (Ef 4.29) 

 

Assim como essa carta aos integrantes da comunidade cristã que estava na cidade de Éfeso, Paulo escreveu outras doze com destinatários diversos. No total são treze cartas, chamadas cartas paulinas, em alusão ao nome do apóstolo. Não há dúvidas que foi mesmo Paulo que fundou a igreja de Éfeso, inclusive por lá ele permaneceu por um período de três anos (At 19.1; 20.31). Conforme informações dos estudiosos, a cidade de Éfeso ficava na Ásia, tinha ótima localização geográfica, era uma cidade pagã e se destacava pelo culto a deusa de nome Artêmis, também conhecida como a grande Diana dos efésios. Fácil dizer que a vida daquela sociedade era influenciada pela adoração dessa deusa, já que isso movimentava o comércio e a indústria naquela cidade.

O contexto da passagem acima está na narrativa do apóstolo Paulo que desenvolveu grandes blocos de ideias e um desses blocos está agrupado em treze versículos, tratando sobre a nova vida comportamental daqueles que receberam pela fé, as boas novas do evangelho (Ef 4.17-29).

Se existe algo que machuca e causa ferimentos graves, além de muitos aborrecimentos nas relações pessoais, são as temidas fofocas. Entenda que elas nascem de uma mente perturbada e podem causar muitos estragos. Dizem por aí que quem passa pela tempestade de uma fofoca ou quem enfrenta as turbulências de situações parecidas, sonha alto em morar numa ilha, longe de tudo e de todos e sem acesso a qualquer meio de comunicação. Imagine, portanto, como deve ser a vida de pessoas vítimas de tais atos.

Veja que Paulo aborda este assunto com aqueles irmãos no sentido de alertá-los sobre a inconveniência das conversas sem fundos de verdade ou aquelas que mesmo com alguma verdade, não deveriam ser ditas com base na ética. Aqui se pode imaginar que tais comportamentos fossem comuns naquela sociedade. Mas, compreenda que mesmo numa época tão distante dos dias atuais, é de supor que as conversas sem sentido e sem fundamentações trouxessem prejuízos não somente para as relações entre os integrantes da comunidade, mas para a vida da sociedade em geral.

Hoje em dia o derramamento de notícias falsas recebeu o nome de fake news, inclusive com emprego de tecnologias para dar mais alcance, todavia, o uso imoderado da língua ou dos dedos nas teclas, tem causado problemas em todos os ambientes da sociedade.  “Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não atentarás contra a vida do teu próximo. Eu sou o SENHOR” (Lv 19.16).Não se sabe se o povo hebreu tinha este péssimo hábito enquanto escravo no Egito, todavia, Moisés, impôs uma regra e chamou de mexeriqueiros todos aqueles que tinham este perverso costume. Noutras palavras, o hábito de difundir informações mentirosas, inclusive no meio do povo de Deus é tão antigo quanto andar para frente. Reflita!

“Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça” (Jo 7.24). Palavras do próprio Cristo orientando que as pessoas não sejam divulgadores de fatos que não trazem paz, ou seja, de fatos que não venham a edificar, mesmo que tenham algum lastro de verdade e aqui entra o sentido de guardar a ética. Entenda que ter zelo com o que se fala ou com que se digita é tão importante, que Tiago, então líder da primeira igreja em Jerusalém, já ensinava sobre a importância em ter a língua sob controle. Ele a comparava a língua como um mundo de iniquidade, com força bastante para contaminar todo o corpo, colocando em risco a própria existência da humanidade (Tg 3.8). E hoje, podem-se acrescentar as teclas. Pense!

Vive-se em um tempo com muitas pressões, numa sociedade caótica, uma sociedade decadente e enferma devido a tantos problemas e soma-se ainda essa pandemia sobre o Coronavírus, todavia, entenda que empregar palavras que não edificam e que ocasionam mais contrariedades e inquietações sociais, simplesmente não ajuda, mas piora a convivência. Saiba que depreciar o outro, fazer intrigas, gerar mentiras, espalhar fatos que não deveriam ser difundidos e destacar defeitos alheios dentre tantos outros, estão na ordem das estratégias que o diabo utiliza para criar confusão e desavenças em todos os ambientes, inclusive o familiar. Corra, fuja disso! Mostre o caminho da paz, tenha moderação, empregue o seu tempo para cuidar de pessoas, seja um facilitador e jamais um dificultador. Pratique isso, viva assim!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 11 Maio 2020 10:25

IMPREVISTOS

IMPREVISTO

“E, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!”  (Lc 15.17)

Lucas é o autor deste evangelho e também do livro de Atos dos Apóstolos. Consta que ele tinha por formação a medicina, era amigo de Paulo e participou das viagens missionárias acompanhando e registrando muitas situações. Junto com Mateus e Marcos, o evangelho de Lucas faz parte dos evangelhos sinóticos, dada as narrativas terem muitas semelhanças entre si, com poucas variações de um para outro.

A parábola do filho pródigo é certamente a mais conhecida das parábolas pronunciadas por Cristo, todavia, ela foi registrada somente por Lucas. Neste ensinamento de Jesus consta que um rapaz, desejoso de receber sua herança, pediu ao pai que lhe antecipasse sua parte. De posse do que recebera, saiu para outra cidade onde lá permaneceu, arrumou novos amigos, viveu alegremente e gastou todo o seu dinheiro. Sem recursos, tentou trabalho numa fazenda de porcos, o que na cultura judaica era o fim do poço da depravação, tal o entendimento do porco como o mais imundo dos animais. Foi justamente ali, numa fazenda de porcos que  ele tomou a decisão de voltar à casa de seu pai. De forma bem resumida, este é o contexto (Lc 15.11-32).

Segundo o Conselho Nacional de Diretores Lojistas (CNDL), o ano de 2020 começou com mais de 61 milhões de pessoas endividadas. As dívidas se resumem a compras de todos os tipos de mercadorias e produtos, desde aqueles essenciais como remédios e alimentos á aqueles supérfluos, como bugigangas e outras quinquilharias sem serventia. Pessoas endividadas estão praticamente em todas as cidades. É uma triste realidade.

Muito diferente de outras parábolas, a narrativa de Lucas deixa claro que o alvo dessa parábola de Jesus não é os fariseus, mas os publicanos e pecadores que se reuniram para ouvir algo do Mestre (Lc 15.1).  É visível que o pai sabia da intenção de seu filho em sair de casa e não fez nada para impedir. Atendeu o filho sem questionar sua vontade, aliás, perceba que a herança somente deveria ser dada após a morte do pai. Ao fazer o pedido antecipado, o filho mais novo estava dizendo noutras palavras que desejava que o pai estivesse morto. Mas na narrativa de Lucas nem isso abalou o velho patriarca.

Compreenda bem que para fazer frente a tantas pessoas que estão longe de suas casas, o Estado criou diversas políticas públicas que procuram não só entender os motivos de quem sai de casa, como também dar alimentação, pernoite e até mesmo providências no sentido dessas pessoas voltarem para junto de seus familiares. Existem organizações privadas que atuam de forma voluntária em trabalhos semelhantes, enfim, o que não falta é socorro e atendimento a essas centenas de milhares de pessoas que vivem longe de suas famílias.

Atente que para aquele jovem, ao findar seu dinheiro, ele ainda teve a ajuda de terceiros que conseguiram lhe dar um emprego, e embora não fosse um trabalho digno para um judeu, era uma ajuda real e certa, todavia, enfrentando a fome que atingiu aquela região, ele resolveu de forma unilateral, sem nenhuma ajuda externa, voltar para a casa de seu pai e assim ele fez.

Veja que esta parábola é bastante utilizada para ilustrar duas grandes verdades: primeira o grande amor de Deus, representado pela figura do pai e a segunda verdade, os perigos de uma vida errante afastada dos caminhos de Deus. Muito embora essa parábola tenha sido escrita no século I, subjacente a essas duas verdades, ela apresenta uma realidade que hoje tem preenchido a vida de muita gente: a falta de conhecimento em lidar com o dinheiro. Reflita!

Saiba que a herança era certa e um direito do rapaz, todavia, este filho não suportou a espera. Se ele não aguentou esperar a partilha, hoje acontece a mesma coisa nas compras guiadas pela emoção. Muitos não suportam o tempo de espera ou de capitalização e entram de cara no mundo do imediatismo. Querem tudo para ontem e as compras parceladas de tudo o que não se precisa é a principal porta do endividamento para centenas de milhões de pessoas. Guarde isso: quem é capaz de fazer parcelamento, é capaz também de juntar dinheiro para compras à vista. Faça as contas!

“...e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente.” (Lc 15.13). Não se sabe o que ele comprou nem como gastou, mas a narrativa está clara: gastou seus recursos de forma irresponsável! Hoje se percebe muito desperdício de recursos financeiros por pessoas que não sabem como lidar com suas receitas. Evidente que existem ótimas dívidas como a aquisição da casa própria, os cuidados com a saúde e investimento em educação da família, mas existem também as péssimas dívidas, como aquela compra da TV do tamanho da parede da sala e que rapidamente fica obsoleta pelas novas tecnologias. Reflita novamente!

Finalmente o rapaz viu que tinha gastado tudo, não poupou nada e a fome se fez presente naquelas terras, ou seja: ele foi surpreendido! O que ele não previu aconteceu e ele não estava preparado (Ec 9.11). Voltar para casa e ser aceito pelo mesmo pai que outrora ele desejou que morresse era a única solução. Veja bem que existem outros, mas três ensinamentos são postos aqui: o amor de Deus como Pai pelas pessoas é incondicional e independe do seu passado, basta o arrependimento genuíno e a mudança de mentalidade. O segundo é aprender a ter paciência e esperar o tempo certo das coisas, terceiro e último, seja ótimo gestor de seus recursos, lembre-se que imprevistos não avisam quando chegam. Estamos combinados?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 04 Maio 2020 19:27

OUTDOOR

OUTDOOR

“Então o Senhor me respondeu e ordenou: “Escreve a visão com toda a clareza possível em grandes tábuas, para que até o mensageiro que passa correndo a leia”  (Hb 2.2)

 

Segundo os historiadores o livro de Habacuque foi escrito pelo profeta de mesmo nome e tem a datação registrada em meados do século VII, antes do nascimento de Jesus Cristo. Habacuque faz parte do conjunto de livros bíblicos denominados profetas menores, mais em razão do pouco conteúdo profético, quando comparados com os escritos dos profetas Isaías, Ezequiel e Jeremias e Daniel.

Habacuque deixa transparecer a diferença entre sua narrativa e os escritos dos demais profetas justamente pela abordagem. Perceba que enquanto os demais tinham suas profecias para a sociedade local ou mesmo contra outras nações, Habacuque sugere um diálogo com Deus, observando o comportamento e as atitudes do povo. É como se hoje alguém escrevesse um livro anotando as reações das pessoas em relação às outras pessoas. "O justo viverá da fé" (Hc 2.4). Essa frase é uma particularidade de Habacuque que veio a inspirar não só o apóstolo Paulo na carta aos Romanos, mas foi o estopim que deu a Martinho Lutero a elaboração da Reforma Protestante nos idos de 1517.

Não dias atuais quando alguém deseja dar publicidade de seus atos, ela elabora um texto e faz a divulgação nas redes sociais. Quase em tempo real, milhões de outras pessoas, tidas como amigas desta, terão acesso ao que se denomina post. É desta maneira que imagens, notícias, exteriorizações de desabafos, de reclamações e até mesmo indiretas a desafetos e tantas outras informações chegam para o mundo e para o destinatário, atingindo e provocando os resultados almejados.

Compreenda bem que muitas pessoas passam por provações, por lutas e dificuldades. Ninguém está isento e nem sempre as soluções dos problemas estão ao alcance da humanidade. Desemprego, enfermidades, angústias, vícios diversos, casamentos arruinados e tantas outras situações tem sido comuns para muita gente. E para dar solução a tantos casos, diversos tratamentos têm sido idealizados pelo homem, todavia, não avançam e/ou não solucionam. E assim as pessoas perdem a esperança.

Naquela época, a sociedade judaica estava um caos, vivia uma iminente invasão dos caldeus e o profeta Habacuque começa sua narrativa questionando a Deus e clamando pela intervenção divina. A nação estava em forte decadência moral e espiritual, longe de Deus e vivendo sem regras e sem lei (Hc 1.2-4). Deus ouviu o profeta e se manifestou dizendo que iria intervir, que eles tivessem esperança n’ELE e  aqueles que sofreram injustiça se tornariam protagonistas na história pela fidelidade ao Criador. Mas antes disso, Deus pediu ao profeta que escrevesse em tábuas, com letras grandes que ELE daria o socorro em tempo oportuno. Que a redação fosse de tal maneira que mesmo aquele que por ventura passasse correndo, conseguiria fazer a leitura sobre o socorro que viria (Hc 2.2). Noutras palavras, usando um termo bem atual é como se Deus dissesse: instale num outdoor que Deus irá agir no tempo certo. Para quem sofria as injustiças, Deus era e continua sendo a esperança. Reflita!

“Porque há esperança para a árvore, que, se for cortada, ainda torne a brotar, e que não cessem os seus renovos. Ainda que envelheça a sua raiz na terra, e morra o seu tronco no pó, contudo ao cheiro das águas brotará, e lançará ramos como uma planta nova." (Jó 14.7-9). Palavras de Jó, justamente o homem que passou por extrema adversidade e dor, e quando estava praticamente perdendo a esperança de qualquer resolução de seu quadro de saúde ou da restauração de sua família, ainda teve lucidez em declarar sobre a esperança que somente existe em Deus. Pense!

Observe que para muita gente que enfrenta lutas e desafios, simplesmente não há espaço para Deus. Elas podem se lembrar de tudo, podem se lembrar em procurar por amigos, podem se lembrar de alguma experiência idêntica do passado e que teve boa solução, mas raramente se voltam a Deus como aquele que pode trazer esperança. É nesse ponto que o profeta é instado por Deus para escrever em tábuas grandes, com o detalhe de que todos pudessem enxergar mesmo se passassem correndo, pois as letras deveriam ser grandes o bastante para isso.

Incrível, mas se hoje as empresas usam letreiros grandes, chamativos e colocados em locais estratégicos para divulgarem seus produtos, atente que Deus já sugeria isso para todos aqueles que sem esperança, possam ser lembrados sobre um Deus que pode sim, dar solução e um fim a todos os percalços e crises do homem. Se existem outdoors com propagandas enganosas, creia que Deus não engana ninguém (Nm 23.19). Saiba que Deus foi, continua sendo e será aquele que sempre pode fazer algo pela humanidade e jamais decepciona o homem. Faça como o profeta, noticie isso por meio de um grande outdoor para que todos possam ler. Amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, hoje e sempre!

 

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 27 Abril 2020 13:59

LUZ

LUZ

“Para que vos torneis puros e irrepreensíveis, filhos de Deus inculpáveis, vivendo em um mundo corrompido e perverso, no qual resplandeceis como grandes astros no universo;” (Fp 2.15)

 

O apóstolo Paulo é o autor desta carta à igreja que estava na cidade de Filipos e a escreveu estando preso em Roma, capital da Itália. A cidade de Filipos era o nome da capital da Macedônia, que hoje pertence à Grécia. Segundo os historiadores a cidade foi fundada por Filipe, pai de Alexandre Magno, nos idos de 350AC. É bem provável que essa comunidade cristã tenha sido estabelecida por Paulo em sua segunda viagem missionária (At 16.12).

De forma resumida, veja que três fatos marcantes foram registrados na cidade de Filipos: Lídia, uma vendedora de púrpura foi a primeira mulher a ser convertida ao cristianismo na Europa (At 16.14); o segundo fato foi a libertação de uma jovem que tinha um espírito de adivinhação e da qual foi expulso um espírito imundo (At 16.18). E o terceiro fato foi consequência da libertação dessa jovem, quando Paulo e Silas foram presos. Lucas registrou que Deus os libertou da prisão de maneira sobrenatural e mesmo ante os escombros da edificação que ia abaixo, os dois não só impediram a morte do carcereiro, como anunciaram a palavra de salvação para ele e sua família (At 16.25-30).

Atente que nos dias atuais as notícias correm o mundo numa rapidez impressionante. No ocidente poder-se tomar conhecimento de um evento em tempo real de algo que está acontecendo no outro lado do planeta. E o interessante é que nenhuma dessas notícias tem o poder de surpreender as pessoas, seja pelo caráter inédito da informação ou pelo resultado trágico das circunstâncias em que ela ocorreu. No atual cenário mundial, nada mais pode surpreender as pessoas. Pense!

Veja que Paulo ao escrever a carta aos filipenses, dentre outras coisas, tinha em mente elogiar aquela comunidade pela fé vigorosa que eles tinham em Cristo, todavia, conhecedor profundo da força da carne e da vontade humana, além das mazelas daquela sociedade, certamente que Paulo sentiu a necessidade de fortalecê-los no sentido de serem diferenciados. Mas diferentes no aspecto moral, ou seja, convertidos ao cristianismo, eles eram novas criaturas e assim deveriam ter mudanças comportamentais. Eram novas criaturas em Cristo no campo moral e espiritual. Reflita!

Em todos os tempos, compreenda bem sobre as dificuldades de alguém se converter a Cristo e continuar levando a mesma vida do passado, vida essa que era dominada por desejos e vontades que desagradam a Deus. O mesmo Paulo, na carta que escreveu à comunidade da região da Galácia, os instruiu que quem está em Cristo produz bons frutos, frutos do Espírito ao invés das obras da carne (Gl 5.22). Se tornarem puros e irrepreensíveis era fazer esforços para erradicar os velhos hábitos, abandonar antigos vícios, deixar podres objetivos, largar metas tortas, enfim, é viver por fé e não por vista. Resumindo: Na visão de Paulo, para ilustar seu ensinamento, os integrantes daquela comunidade cristã em Filipos foram comparados a estrelas resplandecentes, num ambiente social extremamente corrompido (Fp 2.15).

Embora essa carta tenha sido escrita entre os anos 53 e 58 DC, entenda que passados quase dois mil anos, só mudou a geografia. Notícias alarmistas, crimes violentos, corrupção em todos os setores da sociedade, abusos e uma infindável onda de descaso com a justiça, retratam bem nos dias atuais as palavras do apóstolo Paulo na carta que ele escreveu a Timóteo (2 Tm 3.1). E justamente aqui mora o presente desafio para centenas de milhares de crentes em relação a outro tanto de pessoas que vive e compõe uma geração corrompida e perversa.

Paulo usou como ilustração para o seu ensino o brilho das estrelas e hoje, pode-se afirmar a mesma coisa para os crentes atuais. Para este mundo caótico que literalmente caminha a passos largos para sua própria destruição, o grande lance para todos é entender e aplicar as palavras do próprio Jesus, que disse: “Vocês são a luz do mundo... Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” (Mt 5.14;16). 

Noutras palavras, saiba que existe neste mundo muita gente vivendo em trevas, em completa escuridão, carecendo de uma direção, precisando tomar um rumo na vida e grande parte das vezes não sabem como agir simplesmente por que não existem luzes para guiá-los no caminho e na direção certa. Mas creia que você pode ser essa luz, basta se posicionar de forma plena para que todos percebam a irradiante luz de Cristo que existe em você. Viva assim, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 20 Abril 2020 14:24

TARDE DEMAIS

TARDE DEMAIS

“Quando o centurião que estava em frente de Jesus ouviu o seu brado e viu como ele morreu, disse: Realmente este homem era o Filho de Deus! " (Mc 15.39)

Marcos não foi discípulo de Jesus, todavia, esteve na companhia de Paulo e Barnabé nas viagens missionárias levando com eles a mensagem de salvação para Chipre e demais regiões (At 15.39). Sobre a vida de Marcos, pouco se sabe, mas conforme os historiadores, seu nome completo era João Marcos, filho de Maria, uma das mulheres que apoiou o ministério de Jesus, inclusive é bem provável que o homem que fugiu sem roupas no Jardim do Getsêmani, quando ocorreu a prisão de Jesus, tenha sido o próprio João Marcos, segundo relato dele próprio (Mc 14.51-52).

O versículo acima está contextualizado dentro dos momentos finais da crucificação e morte de Jesus, após o Sinédrio Judaico entregar Cristo a Pôncio Pilatos. Após todos os procedimentos do julgamento a que Jesus foi submetido, Cristo deu o brado e morreu. Imediatamente o véu do templo se rasgou em duas partes, de alto a baixo e o autor deste evangelho fez questão de deixar registrado que um oficial da guarda romana reconheceu, tardiamente, que Jesus era mesmo o filho de Deus (Mc 15.39).

Por vezes as pessoas possuem a oportunidade de reconhecer alguma situação importante em suas vidas, mas por motivos diversos, elas não o fazem dentro do tempo oportuno. Veja o caso do aluno da faculdade que não reconheceu a importância de estudar para as provas e quando chegou o dia do exame, não houve tempo suficiente para estudar. Noutro giro, alguém deixou de aproveitar uma promoção de determinado produto no mercado, quando quis fazer a compra, o produto já havia voltado ao preço normal. Exemplos não faltam para a velha e atualíssima frase: é tarde demais! Ou seja, perdeu-se a oportunidade.

Compreenda que no curto ministério de Cristo, ele realizou muitas obras. Ele veio para curar (Lc 4.18), ele libertou pessoas de possessões demoníacas (Mc 5.1-20), ele curou cegos (Jo 9.1-10), restaurou a vida de aleijados (Jo 5.1-11) e fez tantos milagres que o discípulo João disse que se todos os milagres fossem contados, eles não caberiam nos livros que se escrevessem (Jo 21.25). Por onde caminhava, Jesus concedia vida, dava esperança, ofertava ânimo e transmitia coragem e mais que isso, ele ainda ensinava no templo em Jerusalém e nas sinagogas de toda Judeia (Mt 4.23).

Nesta visão de trabalho incessante, Jesus confrontava os religiosos de sua época mostrando a eles o quanto estavam errados na interpretação e aplicação da lei mosaica, portanto, neste contexto era humanamente impossível que Jesus não fosse conhecido e visto por onde andasse. Aliás, por todos os lados que ele fosse, era comum estar rodeado de multidões alvoroçadas. Pense!

Atente que uma das variáveis que mais traz incômodo ao homem é a variável tempo. O tempo não espera por ninguém. Ele trata todos com a mesma igualdade. Ricos e pobres, altos e baixos, masculino e feminino, nativo e estrangeiro, perceba que ninguém recebe tratamento diferenciado. Pode-se afirmar sem margem de erro que o tempo é implacável, rigoroso e inflexível. Isso fica evidente quando o aluno que deixou de estudar viu sua nota não ser aquela que imaginava. Fica claro ao consumidor que não comprou a mercadoria no período da promoção e depois lamentou por gastar um pouco mais de dinheiro. O tempo tratou ambos os casos com a mesma severidade. 

A narrativa de Marcos deixa nítido que o centurião romano ficou espantado e somente foi reconhecer a divindade de Jesus quando este morreu. É bem certo que este centurião participou da prisão de Jesus, certamente que os soldados que fizeram a escolta de Jesus estavam sob o seu comando e certamente também que ele ouviu falar sobre os milagres de Jesus e pode-se ainda conjecturar que ele tenha participado das reuniões onde foi tramada a prisão de Cristo. Noutras palavras, o centurião teve informações mais que suficientes para crer em Jesus, teve muitas ocasiões em que ele ouviu relatos de curas e milagres atribuídos a Cristo, mas, infelizmente ele não acreditou em nenhuma delas. Deixou para acreditar quando o grito de Jesus ecoou no calvário. Pode-se deixar aqui a frase do começo deste texto: era tarde demais. Ele não decidiu no tempo certo. Reflita!

Compreenda, portanto, sobre a importância que deve ser dada a muita gente quando se fala em conhecer Jesus. Muitos possuem a oportunidade e ótimas ocasiões para o conhecerem, todavia, não o fazem no momento oportuno e ficam aguardando o local certo, a hora certa ou o ambiente certo. Ficam aguardando indefinidamente e pode ser que não haja mais tempo. Lembre-se: assim como aconteceu com o centurião, o tempo é implacável e pode acontecer de quando abrir os olhos para tomar essa decisão, for tarde demais, infelizmente. Resumindo, procure conhecer Jesus ainda hoje, atente nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 13 Abril 2020 16:02

SABOTAGEM

SABOTAGEM

“Porque sei que na minha pessoa, isto é, na minha carne, não reside bem algum.” (Rm 7.18)

 

Conforme os historiadores e teólogos não restam dúvidas que o apóstolo Paulo foi o autor da carta aos Romanos. Verdade seja dita, essa epístola foi ditada por Paulo que usou os trabalhos de um copista cristão de nome Tércio, homem esse que era bem conhecido pelos destinatários da carta (Rm 1.1; 16.22). Sobre a igreja em Roma, especula-se que provavelmente tenha sido estabelecida por judeus convertidos no dia de Pentecostes (At 2.10).

É fácil perceber que o apóstolo Paulo ainda não conhecia a igreja em Roma e provavelmente apenas ouvira falar sobre ela, mas isso não o impediu de escrever (Rm 1.8; 6.19). A carta aos Romanos tem grande importância no Novo Testamento por abordar com firmeza e precisão dois fatos bem distintos entre si: primeiro que a doutrina da justiça que vem de Deus é universal e que toda a humanidade está debaixo do pecado (Rm 3.9).

Nas lidas diárias é comum que as pessoas façam projetos e busquem forças e recursos para executá-lo. Desde as coisas mais simplórias como sair de casa para fazer compras ou programar a viagem de férias, é certo que ninguém vive sem projetar alguma coisa. Aliás, o planejamento mental é parte integrante da humanidade, mas saiba que dentro de cada individuo existem forças antagônicas que lutam entre si. De um lado, o bem, com visão otimista, certo que Deus está no controle de tudo. De outro lado está o mal, com visão distorcida, extremamente pessimista e ofertando resultados ruins.

É neste contexto que o apóstolo Paulo discorre sobre a luta das duas naturezas, mostrando de forma clara que pode haver sim, a auto sabotagem, quando o próprio homem cria obstáculos e empecilhos de forma impedir que seus projetos tenham sucesso. Entenda que a ação mental de sabotar se origina no coração (mente) do homem, agindo contra ele mesmo. Pense!

Aos integrantes da igreja em Roma era necessário que eles fossem instruídos sobre essas forças, uma vez que convertidos ao cristianismo, eles pudessem crer que eram novas criaturas em Cristo e que a velha natureza que antes os dominava, agora não mais os governava (2 Co 5.17). O incrível é que transparente em seu ensino, Paulo faz uso da primeira pessoa em sua narrativa, mostrando literalmente que ele também enfrentava a luta entre o outrora fariseu Saulo de Tarso e o atual apóstolo Paulo. Reflita!

Saiba que grande parte das vezes, o homem gosta de responsabilizar o diabo pelos resultados de decisões que ele próprio tomou. É verdade que o diabo, como inimigo, tem sim suas artimanhas e suas estratégias para tirar o homem do caminho que Deus projetou, mas existem situações que são criadas e idealizadas pelo homem. Considere que a carne fica imbatível quando as vontades e desejos dela se aliam com as estratégias de Satanás. Perceba, portanto, que a mente é o espaço que mais impacta o homem em sua caminhada para se aproximar de Deus. É neste território que se encontra toda atmosfera de domínio, e ter atenção com aquilo que transita no pensamento é fundamental para vencer os velhos hábitos. É neste contexto que a batalha não é contra outras pessoas que podem influenciar ou conduzir os pensamentos de cada um, mas a grande luta do homem está em lutar contra si mesmo. Resumindo: o maior inimigo do homem é ele próprio. Reflita isso!

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o seu coração". (Pv 4.23). Palavras de Salomão, filho de Davi, pronunciadas séculos antes de Cristo deixando claro que ele mesmo já vislumbrava o perigo das pessoas não terem o devido cuidado consigo mesmas. É como se em algum instante da vida, elas fossem enganadas numa armadilha criada por elas mesmas. Entenda que renunciar as vontades do coração é fazer aquilo que agrada a Deus, é fugir de si próprio. Noutras palavras, renunciar às vontades humanas e viver com e em Cristo faz parte da essência de uma nova vida e o exemplo disso está na pessoa do próprio apóstolo Paulo (Tt 2.12).

Finalizando, a carne deseja o que é contrário ao espírito, e o espírito, aquilo que é contrário à carne. Compreenda que as pessoas sabem o que devem fazer, mas isso elas não fazem, e é justamente disso que fala o apóstolo Paulo: vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne (Gl 5.16) Aprenda: não seja sabotado por si mesmo, amém?  

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

PUBLICIDADE