Milton Marques de Oliveira - Comunidade Evangelística Ouvindo o Clamor das Nações
Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Quarta, 08 Março 2017 08:10

OPINIÃO

OPINIÃO

“Porém o rei respondeu duramente ao povo, rejeitando totalmente o conselho dos anciãos e experientes conselheiros. ” (1 Rs 12.13)

 

Os dois livros de Reis tratam basicamente dos registros de fatos e episódios sobre a história da monarquia de Israel, mostrando as características principais dos governos dos reis de Judá ao sul, e de Israel ao norte. Outrora os dois livros de Reis eram um só livro, todavia, foram divididos pelos 72 eruditos que fizeram a tradução do Antigo Testamento em hebraico para a língua grega, tradução essa que levou o nome de septuaginta.

O versículo acima está dentro do contexto da divisão do reino de Israel (1 Rs 12.1-19) e retrata a resposta de Roboão, filho e sucessor do rei Salomão aos seus súditos após estes o interpelarem sobre a carga dos impostos. Embora Salomão tenha sido um rei sábio e generoso, a manutenção de seu reinado era extremamente dispendiosa (1 Rs 4.20-18). Após sua morte, o povo foi perguntar ao novo rei sobre a possibilidade de diminuir os tributos. O rei Roboão fez uma consulta aos anciãos e estes o aconselharam a ser moderado com o povo (1 Rs 12.7), todavia, o rei dispensou estes bons e sábios conselhos e aplicou a opinião dos jovens e amigos de infância, aumentando os impostos (1 Rs 12.10). Dessa decisão, houve indignação do povo e o reinado de Israel foi dividido em duas partes, a parte do Sul ficou com as tribos de Benjamim e Judá e passou a ser denominado Reinado de Judá. A parte norte, ficou com dez tribos e passou a ser conhecida como Reinado do Norte ou Israel.

O rei Roboão foi modelo e exemplo de imaturidade e inexperiência na condução de seu reinado. Fez a escolha errada quando deu preferência ás opiniões vindas de pessoas inexperientes, assim como ele. Decidiu aumentar os impostos sob a influência de pessoas que detinham pouco ou quase nenhum conhecimento, e essa decisão lhe custou caro.

Da mesma forma, muitas pessoas tomam decisões fundamentadas em opiniões alheias, de amigos e colegas principalmente, decisões essas que saem caras, trazendo resultados não desejados. Frequentemente são veiculadas notícias sobre decisões de autoridades que surpreendem todo mundo. São comportamentos fraudulentos, enganosos e que poderiam ter sido evitados com bons conselhos. São decisões e atitudes que foram tomadas com base em opiniões de assessores, amigos ou colegas em detrimento de sugestões sérias de pessoas com conhecimento no assunto.

Roboão decidiu por meio de opiniões. E hoje, muitas pessoas ainda decidem fatos de sua vida por meio de opiniões de outras pessoas, incapazes que são de seguir bons conselhos de pessoas mais experientes. Algumas decisões depois de tomadas são difíceis de serem restauradas, daí surge a indagação de saber quem realmente deve ser ouvido. Paulo se manifestou sobre isso na carta aos coríntios e na carta aos efésios, advertindo tanto sobre as más companhias que corrompem os bons costumes (1 Co 15.33) como pelo engano de ouvir de outras pessoas palavras destituídas de sabedoria (Ef 5.6).

“Bem-aventurado é o homem que não segue o conselho dos ímpios...” (Sl 1.1). Ímpio é aquele que não tem o Espírito de Deus em seu coração, ímpio é aquele que faz o que não agrada a Deus e ímpio, resumidamente é aquele que caminha para longe de Deus e assim sendo, obviamente que não tem mesmo bons conselhos a dar. O apóstolo Paulo se manifestou de maneira muito clara sobre a responsabilidade das pessoas perante Deus, notadamente quanto as escolhas no presente que incidirão nos resultados futuros. Em resumo, o apóstolo Paulo falava sobre o plantar e o colher (Gl 6.7).

Compreenda que Roboão desdenhou dos bons conselhos dos experientes anciãos que assessoravam seu pai, aceitou as opiniões de seus amigos e fez o que era mal aos olhos de Deus e isso gerou péssimas consequências. Seu reinado foi atacado e ele praticamente colheu aquilo que plantara por meio das opiniões de seus colegas. Certamente que Roboão não conheceu e nem aos menos estudou o que Salomão, seu pai, havia escrito sobre o assunto, “portanto comerão do fruto do seu caminho e se fartarão dos seus próprios conselhos” (Pv 1.30-31).

Perceba que o mundo está cheio de péssimos conselheiros. Na verdade, são apenas opinadores. Colegas, amigos, familiares, outras pessoas influentes e até mesmo programas televisivos conseguem dar péssimas opiniões na vida de quem pede e que ás vezes, nem pede. Infelizmente todos relativizam a verdade e apontam caminhos e atalhos distorcidos que não enriquecem e muito menos edificam o cristão na condução de suas decisões.

Compreenda bem o que disse o salmista sobre os conselhos do Senhor “o conselho do Senhor permanece para sempre...” (Sl 33.11). Saiba, portanto, diferenciar opinião de conselho e nos momentos que precisar, lembre-se que conselho bom é aquele que vem de Deus (2 Tm 3.16). O resto são meras opiniões!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Quarta, 01 Março 2017 09:26

CONFORMIDADE

CONFORMIDADE

“Sem mais, irmãos, despeço-me de vocês! Procurem aperfeiçoar-se, consolem uns aos outros, tenham um só pensamento e vivam em paz. E o DEUS de amor e paz estará com vocês. ” (2 Co 13.11)

 

O apóstolo Paulo escreveu duas cartas à igreja em Corinto. Segundo os estudiosos, esta segunda epístola foi escrita nos idos de 57DC, praticamente um ano após a primeira carta. Na primeira carta, Paulo cuidou de diversos problemas que haviam surgido naquela comunidade e, nesta segunda carta, ele aborda com autoridade a desconfiança de alguns irmãos que não o viam como um apóstolo sincero a serviço de Deus e que ainda tinham dúvidas de seu apostolado, a ponto de exigirem uma carta que o recomendasse, provavelmente uma carta de Jerusalém (2 Co 3.1-5).

Na primeira carta aos Coríntios, Paulo havia sido informado e chamado a atenção sobre um pecado grave que havia sido cometido por um membro daquela comunidade e sobre uma divisão interna que começava a surgir, orientando-os a terem Cristo como foco e como objetivo, abandonando as preferências particulares em torno de outras pessoas (1 Co 1.10-13). Na segunda carta, Paulo deixa transparecer que teria havido resistência às advertências dadas anteriormente.

Atente que praticamente não há diferença entre os problemas daquelas comunidades cristãs do século I com as igrejas atuais. Se naquelas haviam as contendas, invejas e desavenças por coisas menores e até mesmo sem tanta importância (1 Co 3.3-4), nas atuais existem os mesmos conflitos e os mesmos sentimentos de invejas. Entenda que num ambiente onde reina a desarmonia, os cultos de louvor e adoração a Deus não combinam com essa atmosfera conflituosa. Pense nisso!

Procurem aperfeiçoar-se...” Paulo, chama a atenção pelo aperfeiçoamento e conhecimento cristão, ou seja, que eles procurassem pela perfeição divina, visando obviamente, a correção dos males que estavam enraizados em seus corações. Esta busca da perfeição citada por Paulo é a mesma mencionada por Jesus a seus discípulos e aplicável aos cristãos de hoje. Jesus falava sobre a necessidade de o cristão ser possuidor de uma perfeição moral e espiritual que deveria ser buscada paulatinamente por meio de uma transformação gradual e constante (Mt 5.43-48). O próprio Paulo afirmativa não ter alcançado este objetivo, todavia, dizia estar firme e empenhado em conquistá-la (Fp 3.12). Lembre-se que somente em Cristo e com Cristo, o crente vive uma nova vida, moral e espiritual.

 “...consolem uns aos outros...”, em vez de brigas e conflitos que iriam trazer mais problemas, o apóstolo Paulo recomenda que eles se consolassem mutuamente. Era primordial que a comunhão fraternal e a boa convivência naquela comunidade fosse colocada como primeira necessidade, de forma que eles realmente fossem vistos pela sociedade como seguidores de Cristo (2 Co 12.20). De maneira contrária a tudo isso, muitas pessoas atuam como fermento nas igrejas, levando e trazendo conversas que não edificam, produzindo tumultos e desavenças. Saiba que hoje, mais que nunca, todos os cristãos necessitam da graça divina e essa graça não se harmoniza com a busca desenfreada de seus próprios interesses. Saiba que regenerado e nascido de Cristo o cristão pratica e busca a reta justiça (1 Jo 2.29).

“...tenham um só pensamento...”. Essa mesma advertência de Paulo para uma vida fraterna e alinhada com Cristo, também foi feita para a igreja em Roma e para a comunidade cristã na cidade de Filipos (Rm 15.6; Fp 2.2-3; 3.15-16; 4.2). Assim como hoje, esses conflitos pessoais já eram comuns naquela época. Lembre-se que dentro do reino de Jesus não podem haver pensamentos conflituosos que, em vez de aproximarem as pessoas, os distanciem em todos os aspectos. Pensamentos maléficos, egocêntricos e carnais não só afastam a pessoas do meio congregacional, mas pior, afastam as pessoas de Deus. Reflita isso! 

Lembre-se que Jesus chamou quem ele quis para ser seus discípulos (Mc 3.13). Jesus Cristo olhou para os corações e não para posições sociais, econômicas ou doutrinárias. Talvez você não saiba, mas dentre os discípulos de Jesus, haviam Mateus e Simão (Mt 10.3-4). Mateus era judeu e trabalhava como funcionário do Império Romano, cobrando impostos de seus compatriotas. Já Simão, o Zelote, também era judeu e fazia parte de um grupo político denominado Zelotes, grupo esse que combatia justamente o Império Romano para quem Mateus prestava serviços. Ambos tinham posições políticas altamente contrárias em sua essência, todavia, em nenhum momento os quatro evangelhos trazem qualquer registro de desavenças entre estes dois. No reino de Jesus, eles tinham o mesmo pensamento sobre reino, combatiam na mesma trincheira, viviam em harmonia, sem conflitos e sem o espírito de partidarismo.

“...e vivam em paz...”. Nem sempre a tão almejada paz é encontrada. Paulo propõe uma vida em conformidade com o reino de Jesus, baseados no amor cristão (1 Co 13.1). Paulo ensinava sobre uma vida onde o orgulho, a soberba e a exaltação ao ego não teriam lugar nos corações daqueles irmãos. O autor da carta aos Hebreus assim se expressou: “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor; ” (Hb 12.14). Paulo desejava que eles abandonassem aquele péssimo comportamento, se livrassem daquele espírito contencioso e mirassem seus pensamentos em Cristo.

“E o DEUS de amor e paz estará com vocês...”. Saiba que muitas das vezes, o distanciamento de Deus acontece de maneira muito sutil. As pessoas se afastam de Deus vagarosamente e somente dão conta desta separação, quando a incredulidade já preencheu o seu coração. Compreenda que Deus não pode mesmo estar num ambiente onde predominam as contendas, as fofocas, as invejas, o orgulho e a soberba, e nem estará em corações onde a exaltação ao ego é prioridade. Lembre-se, somos templo e morada do Espírito Santo, portanto, vivamos em conformidade com o Espírito de Deus. Creia nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Quarta, 22 Fevereiro 2017 12:49

ANDRÉ

ANDRÉ

"...Achamos o Messias, isto é, o Cristo." (Jo 1.41)

 

            O quarto evangelho foi escrito pelo discípulo João e diferentemente dos evangelhos sinóticos, ele relata diversos eventos que não estão inseridos em Mateus, Marcos e Lucas. João é também conhecido como o discípulo que esteve sempre próximo a Jesus e em todo seu evangelho, ele fala muito sobre a divindade e o lado espiritual de Cristo. Ou seja, o evangelho de João diz bastante sobre o filho de Deus que se fez homem, morreu pelos pecados de todos, ressuscitou e breve voltará para buscar sua igreja (Jo 14.2-3).

O versículo acima está dentro do contexto da chamada dos primeiros discípulos de Jesus. André era discípulo de João Batista, todavia, quando o mesmo João se referiu a Jesus como o cordeiro de Deus, despertou em André o forte desejo de seguir o Mestre (Jo 1.29). Perceba que ele seguia João Batista, mas foi atrás de Cristo. E ele não só seguiu Cristo como convidou Simão, a quem Jesus deu o nome de Cefas, isto é, Pedro (Jo 1.42).

Veja que muitas pessoas passam por adversidades e só querem um pouco de atenção, de uma conversa ou mesmo de um abraço. Outros gostam de falar de seus problemas, gostam de expor suas incertezas, suas dúvidas e precisam que outras pessoas lhe deem atenção. Toda essa vontade de conversar sobre seus problemas faz parte da natureza humana.

Neste contexto, observe que vivemos num mundo onde predomina o egoísmo, a arrogância e a indiferença entre as pessoas, inclusive entre familiares. Por mais que sejam veiculados programas sociais de ajuda ao próximo, de melhorias nos relacionamentos sociais e de auxílio aos menos favorecidos, atente que estes programas não conseguem dar uma solução definitiva na vida cotidiana das pessoas, tal a indiferença que teima em não sair do coração das pessoas.

Compreenda, pois a urgência em deixar de lado as boas intenções, os aplausos, as congratulações, os tapinhas nas costas, a hipocrisia e efetivamente colocar a mão na massa e fazer algo de bom para as pessoas. Foi com este pensamento que se percebe o comportamento e as atitudes do discípulo André, que saiu do campo das boas intenções para efetivamente realizar algo em prol dos demais. Pense nisso!

André chamou seu irmão Pedro e disse ter encontrado o Messias. Era mesmo um grande achado e ainda mais com o aval de João Batista que vinculou Jesus como o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo (Jo 1.36). Tudo isso levou André a dar esta notícia a Pedro e convidá-lo, sem perda de tempo para seguir o mesmo caminho.  Isso mostra a diferença para os dias de hoje, quando muitos encontram Jesus, mas são incapazes de apresentá-lo a seus familiares e amigos.

Veja que André em nenhum momento, em nenhum instante demonstrou o egoísmo em ter Jesus só para si. Aliás, nos dias atuais é visível que muitos ainda pregam a exclusividade de Jesus, principalmente quando alardeiam que Cristo somente pode ser adorado em determinados lugares ou que curas, milagres e transformações só acontecem em certos ambientes. Mesmo sendo irmão carnal de Pedro, André poderia se deixar levar pelo orgulho, pela indiferença e não falar a Pedro sobre Jesus, mas ele não fez isso. André, mesmo sem dar conta, já demonstrava a visão de reino, de compartilhamento e de amor. Reflita isso!

Reconheça nos dias atuais, uma crescente onda competitiva que conduz as pessoas a não compartilharem nada com o próximo. Desde cedo as crianças são ensinadas a serem competitivas, disputando brinquedos, disputando posição em quase todos os eventos que participam e quando adultas se tornam indiferentes com o próximo. Desde pequenas foram ensinadas a terem o espírito competitivo de não compartilharem nada!

É visível que André gostava de solucionar e levar as pessoas até Cristo. Como o nome de Jesus foi sendo conhecido no mundo de então, uns gregos que estavam em Jerusalém, desejaram ver o Mestre e mais uma vez, André agiu de maneira objetiva para concretizar este encontro (Jo 12.20-22). Quando Jesus alimentou cinco mil pessoas, foi novamente André quem apresentou o rapaz que tinha os cinco pães e os dois peixinhos (Jo 6.8-9). André era um facilitador, era o discípulo que levava as pessoas a Jesus e isso demonstra sua generosidade em compartilhar o “bem” que Jesus fazia e transmitia às pessoas. Entenda que como bom evangelista, seu irmão carnal, o discípulo Pedro foi seu primeiro fruto.

Sutilmente, André ensina que para conduzir as pessoas até Cristo não é necessário muita coisa, basta apenas saber compartilhar. Veja nos dias atuais, a existência de muitos cristãos sem ânimo e sem coragem para trazerem seus familiares, amigos e colegas à presença de Cristo. Você já sabe, mas não custa lembrar que somente Jesus é quem liberta (Jo 8.32), cura (Mt 4.23-24), transforma (Rm 12.2), perdoa os pecados (1 Jo 1.9), salva (Lc 19.10) e somente Jesus pode dar a vida eterna (Jo 3.16). Discípulo André, um bom referencial missionário, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira – Pr

Quarta, 15 Fevereiro 2017 11:18

SEGURANÇA

SEGURANÇA

“...aquele que é poderoso para vos guardar de tropeços. ” (Jd 1.24)

 

Esta pequena epístola com apenas 25 versículos foi escrita por Judas, um dos irmãos de Jesus (Mt 13.55; Mc 6.3). Logo no início percebe-se que Judas deixa transparecer que ia escrever sobre a salvação, mas muda de ideia e apresenta uma mensagem muito bem direcionada sobre a conservação da fé em Cristo (Jd 1.3). Embora tenha sido escrita aos novos cristãos do século I que enfrentavam o crescimento da incredulidade em Cristo, esta carta se aplica perfeitamente aos dias atuais, notadamente quando se observa a proliferação desta mesma incredulidade no meio das igrejas.

O versículo acima está situado no encerramento da carta. Ele demonstra a confiança que o crente deve ter em Cristo como um Deus poderoso que cuida, tem zelo e que protege o fiel em todos os aspectos dessa vida. Ou seja, “aquele que é..”, se refere a Jesus Cristo, o único que tem capacidade para proteger e não deixar que o cristão tropece e caia.

Saiba que um dos assuntos mais discutidos pela sociedade em geral é justamente a segurança, ou seja, a falta dela em muitas cidades. Recentemente todos presenciaram pelos diversos meios de comunicação o resultado da falta de segurança pública num Estado brasileiro. E mesmo noutras capitais e pequenas comunidades interioranas, esse assunto não se esgota. Todos os setores da sociedade debatem este assunto e existe até uma frase bem-humorada sobre o tema: “viver é perigoso”. Sim, não restam dúvidas sobre isso.

Quanto ao crente em Jesus, por meio da fé, ele vive por aqui, mas caminha para o céu, é como se fosse um turista. Em sua curta estadia neste mundo, ele objetiva chegar ao trono da graça, mira alcançar o céu e ganhar a vida eterna. Todavia, este caminho para o céu apresenta muitos perigos, há dificuldades de toda ordem e o cristão deve acautelar-se, principalmente quando são ofertados outros caminhos que evidentemente levam para destinos incertos (Jo 14.6).

“o mundo jaz no maligno”( 1 Jo 5.19), mesmo com as melhores intenções para frear os altos índices que mostram a insegurança da sociedade, nada daquilo que os programas públicos projetam para conter o seu crescimento, tem feito alguma diferença. Da mesma maneira que falta segurança, é fácil constatar também o aumento da descrença em Deus e, o mundo sem a visão e sem conhecimento sobre Deus, concede oportunidades a Satanás governar e dominar para o mal (2 Co 4.4). Essa é uma triste constatação, basta ver os números de mortes violentas e o aumento dos crimes. Sem segurança, a vida se torna um caos.

Perceba que a caminhada do cristão na terra rumo ao céu apresenta semelhança com os hebreus que caminhavam do Egito para Canaã. Eram escravos no Egito, foram resgatados por Deus e tinham a firme promessa de uma nova moradia nas terras denominada Canaã. Naquela caminhada, para muitos faltou a fé e essa incredulidade não deixou que muitos deles entrassem na terra da promessa (Nm 14.22-23). O autor da carta aos Hebreus reforça este entendimento sobre a incredulidade, advertindo que muitos daquele povo ficaram pelo caminho do deserto justamente pela falta de fé (Hb 3.12-19). Se outrora os hebreus não tiveram fé, hoje não se pode repetir os erros do passado. Creia nisso!

Atente que o cristão de hoje, que era servo do pecado e tinha Satanás como seu patrão, foi resgatado por Cristo e agora livre, peregrina neste mundo. Importante que este deslocamento seja feito com segurança de forma que ele não fracasse na fé. Lembre-se que se, o Senhor foi adiante dos hebreus e proveu a segurança necessária naquela época (Nm 10.33-36), hoje Cristo faz a mesma coisa para os crentes atuais. Deus não mudou (Hb 13.8).

“Quanto a mim, porém, quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos” (Sl 73.2). É comum que os bombeiros e policiais façam resgate de pessoas que saíram da trilha e se perderam na mata, e da mesma maneira o cristão para não se perder nessa caminhada rumo ao céu, é primordial que ele se mantenha seguro na trilha, olhando firme em Cristo (Hb 12.2).

Compreenda que Judas ao apontar Jesus como aquele que oferta a segurança necessária, ele na verdade mostra implicitamente a existência de muitos obstáculos que confrontam a fé cristã, tanto naqueles dias como nos dias atuais. Se naquela época haviam homens que aniquilavam a graça salvadora de Cristo, perceba que hoje também há (Jd 1.4; Jd 1.18; Gl 2.4; Ti 1.16; 1 Pe 2.8; 2 Pe 2.1-2). Atente que o crente em Jesus convive pressionado a depositar sua fé noutras coisas, deixando a fé em Cristo relegada a segundo plano. Ele enfrenta toda sorte de desafios, passando pelas ordenanças humanas, pelos falsos ensinos e até mesmo pelo misticismo. Veja que Satanás, não perde nenhuma oportunidade para desestabilizar a fé cristã (1 Pe 5.8). Reflita isso!

Diariamente surgem ideias mirabolantes sobre como diminuir a falta de segurança pública nas cidades. Há especialistas com muitas teses que sugerem, fazem propostas e até criam novas tecnologias como aplicativos para celulares envolvendo ações do governo, de ONGs e das pessoas, mas infelizmente não conseguem bons resultados. Os maus resultados estão justamente em depositar o sucesso nas perspectivas do homem, falho e imperfeito, portanto, sujeito mesmo a praticar o mal (Rm 7.18).

Todavia, quanto a segurança do cristão, este pode dizer como o salmista que vive em segurança, tanto física como espiritual, pois o Senhor o tem guardado e o livrado de todo mal (Sl 4.8). Creia nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Sábado, 11 Fevereiro 2017 16:07

11/02/2017 - BATISMO NAS ÁGUAS

Quarta, 08 Fevereiro 2017 10:55

LAMAÇAL

LAMAÇAL

"Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, nisso pensai." (Fp 4.8)

 

Escrita pelo apóstolo Paulo, a epístola aos Filipenses trata de diversos assuntos eclesiásticos, e dentre essa variedade de conteúdo, percebe-se que Paulo chama a atenção daqueles irmãos pela presença do Deus da paz em suas vidas. Essa advertência está contextualizada em apenas dois versículos, todavia, é suficiente para mostrar  ainda hoje, como deve o cristão se comportar socialmente em diversos aspectos de sua vida terrena, dentro e fora das igrejas (Fp 4.8-9).

A cidade de Filipos possuía uma pequena comunidade que professavam a fé cristã e, certamente que essa comunidade foi constituída durante a segunda viagem missionária do apóstolo Paulo (At 16.12). Em Filipos houve a conversão da vendedora de púrpura de nome Lídia (At 16.14) e de um carcereiro com seus familiares (At 16.30-31). Ao escrever essa carta, a comunidade cristã em Filipos já estava formada, inclusive com diáconos e bispos (Fp 1.1).

Não tem mesmo jeito. Para onde as pessoas viram o rosto, a mente faz com que os olhos vasculhem e esquadrinhem o ambiente a procura de algo diferente. Em todos os lugares os atrativos carnais dominam a mente das pessoas de tal modo que fica mesmo complicado desviar o olhar. Profissionais da publicidade e do marketing conhecem como ninguém as técnicas para atrair os olhares masculinos e os femininos.  Das crianças nem se fala, é como se fosse um ímã.

A mente não é um órgão na composição do corpo humano, mas exerce uma influência enorme sobre os demais, aguçando os sentidos e determinando as atitudes comportamentais da pessoa. Assim sendo, a influência do pensamento tanto pode ser benéfica como maléfica, e foi nisso que o apóstolo Paulo achou por bem ensinar aos Filipenses, ou seja, a ter pensamentos em coisas boas, puras, melhores, honestas e de boa fama. Para os dias de hoje nada mudou, a aplicação é a mesma. Reflita isso!

“tudo o que for verdadeiro”. Veja que muitos ocupam seus pensamentos com eventos onde a verdade passa longe, notadamente quando enganam e promovem fraudes, seja nos negócios, no comércio e principalmente nas relações pessoais. Com frequência as relações entre as pessoas têm sido contaminadas pela mentira, pela falsidade, pela arrogância e pelas conversas paralelas, que tanto mal ocasiona a ponto do apóstolo Paulo mencionar o alcance de sua maldade (1 Co 15.33). Embora a verdade em todos os aspectos deve ser algo implícito na vida do cristão, ela ainda encontra resistência em muitos corações.

“tudo o que for correto”. Décadas atrás, um jogador de futebol participou de uma propaganda onde afirmava que em tudo, a pessoa deveria levar vantagem, e isso parece ter ficado como legado de esperteza para muitas pessoas, inclusive para os crentes. Raras as ocasiões, onde alguém é efetivamente honesto com o outro. Entenda que mesmo nas menores coisas, as atitudes francas, corretas e honestas devem fazer parte da vida cristã.

Parece que vivemos mesmo num enorme lamaçal. Tempos atrás um dos principais jornais de Minas Gerais, publicou uma edição retratando, em primeira página, uma matéria jornalística que correu o mundo digital, compartilhada e comentada por milhares de pessoas, não só pela veracidade da matéria, mas pela profundidade do texto publicado. A matéria retratava a sujeira e o lamaçal que a sociedade convive, evidenciando na época, o rompimento da barragem em Mariana/MG, o caos político e econômico da corrupção no governo e fechava a publicação com a prisão de um político de grande expressão no país. Ou seja, tudo na contramão das coisas certas e honestas.

“se houver algo de excelente ou digno de louvor, nisso pensai”. Não cabe ao cristão ocupar sua mente em coisas que contrariem a boa, agradável e perfeita vontade de Deus, causando escândalos com sua atitude (Rm 12.2). Paulo ensinou que por meio do pensamento do homem, suas posturas, palavras e seus comportamentos se tornam conhecidos para as demais pessoas, impactando seu caráter. Noutras palavras, Paulo dizia para “serem imitadores de Deus, como filhos amados” (Ef 5.1). É nisso que deve caminhar o pensamento do crente.

O cristão deve imitar a Deus, elevando seus pensamentos de maneira a fugir das práticas mundanas que relativizam os conceitos da honestidade, da pureza, da nobreza de caráter, do correto, das coisas de boa fama e excelentes. Os envolvidos naquela matéria jornalística não conseguiram processar em suas mentes, coisas boas, honestas e verdadeiras, mas produziram uma dinâmica de lama, de sujeira, de tudo o que é mal, que causa dano, que engana e que lesa o próximo. É neste contexto que o cristão deve compreender a importância de proteger seus pensamentos das maldades existentes no mundo. Pensamentos bons, digno de louvor e excelentes, são os que devem ocupar a mente do cristão. Creia nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 06 Fevereiro 2017 10:41

05/02/2017 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS

Quarta, 01 Fevereiro 2017 12:17

AUTÊNTICO

AUTÊNTICO

 

“o sacrifício aceitável a Deus é o espírito quebrantado..” (Sl 51.17)

 

“Deus é Espírito...” (Jo 4:24), palavras pronunciadas por Jesus à mulher samaritana. E sendo Espírito, é invisível aos olhos mortais que somente pode vê-los pelos olhos da fé, e essa fé é uma característica inerente a todos os crentes em Jesus. Atente que Cristo ensinou essa verdade para a mulher samaritana justamente quando esta o questionou sobre a maneira correta de adorar a Deus. Essa mulher tinha como ideia de adoração a forte tradição de sua cultura, aliás, uma cultura que historicamente sofreu forte influência dos assírios e de outros povos de vocações idólatras, nos períodos das invasões estrangeiras contra Israel.

Conforme estudos sobre a história do povo de Israel, os assírios invadiram a capital Samaria e todo o reino do Norte levando parte de seu povo como prisioneiro e introduziram habitantes de outras terras naquele reino. Esta era uma prática comum para evitar rebeliões e quebrar a identidade do povo que havia sido subjugado.

Atente que a forma da mulher samaritana adorar a Deus se limitava a tudo aquilo que seus pais lhe transmitiram, ou seja, na cabeça dela, a adoração estava restrita ao local de seus antepassados, aos ritos e as cerimônias que passavam de pai para filho, e nisso Jesus encontrou a oportunidade de ensinar (Jo 4.20). Compreenda que Deus não estava nem no Monte Gerizim conforme ela pensava, nem em Jerusalém como acreditavam os judeus. Lembre-se que um dos atributos de Deus é a onipresença, ou seja, ELE está em todo os lugares e, nesta verdade não há restrições finitas à sua presença divina (Mt 18.20). Creia nisso!

A verdadeira adoração a Deus passa necessariamente por uma vida de compromisso e de intimidade com o Senhor. O cristão deve viver em Espírito e acima de tudo também deve caminhar em Espírito, pois de forma contrária, andando sob as vontades carnais de sua velha natureza corrompida, é impossível aproximar-se a Deus (Gl 5.16). Quando as vontades pessoais se sobrepõem as Espirituais, evidencia no homem que não houve a regeneração, e ele continua morto para Cristo e vivo para o pecado. Sem a regeneração, o homem continua afastado de Deus.

“O sacrifício aceitável a Deus é o espírito quebrantado (Sl 51.17) ”, essas palavras do salmista encontram conformidade com os dizeres do profeta Joel que, centenas de anos antes, já chamava a atenção de seus compatriotas para que parassem de rasgar suas vestes, deixassem de fazer rituais de arrependimento exteriores e do coração para fora, quando na verdade este mesmo coração estava vazio espiritualmente (Jl 2.13). Nas palavras do profeta Joel, Deus requeria um coração autêntico, puro, quebrantado e verdadeiramente voltado para ELE. Não esqueça que Deus conhece o coração das pessoas e sabe com perfeição distinguir a adoração verdadeira daquela adoração exterior, senão, não seria Deus!

Nos dias do profeta Miquéias, enquanto Deus requeria um povo autêntico, eles estavam cada vez mais distantes. Havia muito ódio, brigas e o profeta conclamava o povo de Samaria e de Jerusalém ao arrependimento, à uma vida longe dos pecados e voltado aos caminhos do Senhor. O profeta enxergava um povo separado, longe do pecado e clamava pela reconciliação através de uma adoração autêntica e verdadeira, ou seja, uma adoração que brota de um coração sincero e arrependido (Mq 6.6-8). Se já naquela época Deus não requeria os rituais e formalidades de seu povo, entenda que nos dias atuais também não! Deus requer corações quebrantados, obedientes, sinceros e regenerados.

Deus não mudou em sua essência. Na carta aos Hebreus, temos que Deus é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hb 8.3). Deus operou sinais no passado, tem feito coisas maravilhosas no presente e fará muito mais (Ef 3.20). Tudo isso é mais que suficiente para que ELE seja mesmo adorado em Espírito e em verdade, da mesma maneira que Jesus ensinou àquela mulher de Samaria. Creia nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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