Milton Marques de Oliveira
MEU PASTOR
Meu Pastor
“O Senhor é o meu pastor; nada me faltará! ” (Sl 23.1)
Conforme os estudiosos, este salmo de número 23 tem o rei Davi como seu autor e trata, sobretudo do pastoreio divino. Tem-se ainda que Davi foi o homem segundo o coração de Deus (1 Sm 13.14), morava em Belém e conquanto jovem era formoso, trabalhava como pastor de ovelhas de Jessé, seu pai. Possuía o dom de tocar instrumentos musicais, era valente, tido como homem de guerra e ante tudo isso, ainda era educado (1 Sm 16.11;12;18).
Acima temos o versículo de um Salmo por demais conhecido e certamente que você já leu, muitos já memorizaram seus versículos tanto pela facilidade de ser lembrado, como por expressar a firme presença de Deus na vida de todo cristão. Atente que uma leitura mais atenta, percebe-se o emprego do pronome possessivo “meu”, e este pronome detalha e revela a vinculação entre o homem, a ovelha e Deus, aqui o pastor. O pronome “meu” demonstra proximidade, evidenciando que Davi era um homem próximo de Deus.
Compreenda que muitos cristãos usam equivocadamente o versículo acima para demandar a Deus todas as necessidades possíveis, crendo que nada pode lhe faltar. Neste sentido, o crente enxerga a vida de maneira meio que enviesada, acreditando que não lhe faltará emprego, não lhe faltará alimentos e nem vestes, não lhe faltará meios de transportes, nem lhe faltará saúde e sua vida será mesmo repleta de bênçãos. Deus é mesmo o provedor e basta lembrar que na saída do Egito até a chegada em Canaã, Deus não deixou que nada faltasse àquele povo, nem alimentos e nem disciplina. Deus é o mantenedor, mas algumas adversidades vão mesmo surgir e a visão de que nada, de forma absoluta, faltará é pouco realista. Reflita!
Lembre-se que Davi foi um rei que enfrentou várias guerras, lutou com diversos inimigos, teve inúmeros aborrecimentos, passou por angústias e aflições e até mesmo pecou. Mesmo assim ele escreveu que “...nada me faltará”. Realmente não lhe faltaram guerras contra reinados inimigos de Israel, não lhe faltaram as adversidades e turbulências, inclusive de ordem familiares. Lembre-se que o autor deste Salmo ainda passou por forte angústia e tormento ao perder o filho concebido por meio do pecado com a mulher de Urias (2 Sm 11.27; 12.18).
De igual forma, as pessoas passam por tantas situações desagradáveis que pode-se até imaginar que Deus as abandonou, tal a intensidade do sofrimento. Entenda que o crente em Cristo enfrenta estas tempestades com a firme convicção de que Jesus está ao seu lado, fortalecido pelas palavras registradas na carta aos Hebreus, que Deus jamais abandona e nem desampara os seus (Hb 13.5). Creia nisso!
Embora seguidores de Cristo e cumpridores de seus mandamentos, os cristãos são humanos e limitados quanto ao enfrentamento das inúmeras dificuldades a que estão sujeitos. O povo de Israel enquanto caminhava com destino a terra prometida, recebeu de Moisés o estimulo mais que necessário para não esmorecer diante dos problemas que iriam aparecer. O povo sabia que o Senhor iria à frente, estaria com eles, não os deixaria e muito menos desampararia (Dt 31.8).
Compreenda que a frase “nada faltará” implica em duas possibilidades bem distintas, uma positiva e outra negativa. De um lado não faltará bênçãos, não faltará milagres, não faltará alegrias, nem curas e transformações e de igual modo, também não faltará enfermidades, adversidades, momentos tristes, lutas e nem faltará atribulações (Jo 16.33). Não esqueça que Jesus chorou, sentiu fome e teve sede, foi tentado, caluniado, injustiçado e sofreu intensa agonia, todavia, Jesus venceu. Pense nisso!
A essência do cristianismo é a fé! A confiança no Senhor deve ser mantida mesmo quando as coisas não estiverem ocorrendo bem. Os cuidados e o zelo de Deus para com os seus são incondicionais, inclusive naqueles momentos em que a fé vacila, balança e teima em dar razão à incredulidade. Lembre-se de Pedro, enquanto ele acreditou, ele andou sobre as águas e quando a incredulidade sobressaiu, Jesus lhe estendeu as mãos (Mt 14.31). ELE é fiel!
Portanto, não te faltará a presença do Senhor nos bons e maus momentos. “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28.20). Creia nisso, amém?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
16/11/2016 - CULTO EM LAVRAS
LIBERDADE
LIBERDADE
“...este é o homem que por toda parte ensina a todos contra o povo, contra a lei, e contra este lugar; e ainda, além disso, introduziu gregos no templo, e tem profanado este santo lugar. ” (At 21.28)
Lucas escreveu o terceiro Evangelho e foi também o autor de Atos dos Apóstolos. Sua narrativa no livro de Atos é vista como a gênese da igreja. Ele registrou a obra missionária dos primeiros evangelistas anotando as perseguições cristãs que resultaram em mortes e prisões (At 7.60; 12.1-9). Registrou também curas de enfermos, operações de maravilhas e milagres que já confirmavam as promessas de Jesus (Mc 16.17). O livro de Atos traz a conversão do fariseu Saulo de Tarso, também chamado de Paulo e que logo após se tornou o grande doutrinador do cristianismo (At 9.1-16; 13.9; 22.3).
O versículo acima está contextualizado na acusação dos judeus contra Paulo. Eles criam no cumprimento da lei para salvação por meio do mérito, todavia, a lei mosaica exigia demais e o homem não conseguia cumpri-la integralmente, e não cumprindo toda a lei, esta acabava por condenar e não salvar (Rm 7.7). De forma contrária, Paulo ensinava sobre a salvação mediante a graça de Deus, ofertada gratuitamente e recebida pela fé (Gl 5.1). Tudo isso magoou sobremaneira os judaístas no século I, que impunham métodos particulares, muitas vezes tirados de suas mentes, acrescentando submandamentos à lei, dificultando o acesso a Deus, à salvação e vida eterna pela fé em Cristo (Ef 2.8-9). Reflita!
“... este é o homem que por toda parte ensina a todos contra o povo...” (At 21.28). Paulo ensinava e isso incomodava os doutores da lei. Perceba que mesmo hoje, ensinar a palavra de Deus incomoda muita gente. Crentes mal instruídos ou sem o conhecimento mínimo necessário, são presas fáceis para todo tipo de pessoas, que usando de passagens descontextualizadas e fragmentadas, convencem e impõem doutrinas próprias. Na época de Jesus os fariseus impunham tantas doutrinas humanas ao povo que Jesus os advertiu severamente, dizendo que nem eles entrariam no reino dos céus e nem deixariam que outros entrassem (Mt 23.13). Paulo ensinava que a salvação e vida eterna é algo de extrema simplicidade, todavia, muitos conseguem a proeza de complicar utilizando teologias muito particulares. Disse Paulo aos Efésios "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus. Não vem de obras para que ninguém se glorie" (Ef 2.8-9).
Perceba que ensinando, Paulo libertava as pessoas das pesadas cargas da lei e hoje, conhecer a palavra de Deus liberta as pessoas de muitas “ordenanças” criadas e processadas por mentes humanas. Atente para as palavras de Jesus: "Em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens" (Mt 15.9). Pense nisso!
“... contra a lei, e contra este lugar...” (At 21.28). Os judeus entendiam que somente no templo se podia adorar a Deus. Para eles, a presença de Deus era privativa e exclusiva na sinagoga, daí a acusação contra Paulo de pregar “contra este lugar”, ou seja, contra o templo. A visão de reino encontra resistência de muitas pessoas que teimam em afirmar que somente determinado lugar possui a exclusividade de Deus! Como se Deus não operasse fora daquele ambiente.
Lembre-se que Jesus ensinou à mulher samaritana que Deus é Espírito e deve ser adorado em espírito e em verdade (Jo 4.24), ou seja, aquela mulher foi ensinada pela tradição de seus pais a adorar a Deus num lugar específico (Monte Gerisim), como se Deus somente ali se manifestasse (Jo 4.20). Jesus ensinou que Deus deve ser adorado em todo lugar. Lembre-se que a onipresença é um dos atributos divinos (Mt 18.20).
“...e ainda, além disso, introduziu gregos no templo, e tem profanado este santo lugar ” (At 21.28). Nesta parte final da acusação, diziam que Paulo teria introduzido gregos ou estrangeiros no átrio interior do templo, lugar esse que somente os judeus podiam ter acesso para oferecer sacrifícios. Os gentios tinham acesso ao pátio exterior. (Nm 18.4; Ez 44.7). Ou seja, era o padrão humano que se assenhoreava do acesso a Deus. Lembre-se, quando o profeta Samuel foi ungir o rei de Israel, Deus o orientou a não olhar para as aparências. Pela ótica de Samuel, o ungido seria Eliabe, mas Deus escolheu Davi, ou seja, Deus sonda e conhece o coração das pessoas (1 Sm 16.1-13). Séculos mais tarde, o discípulo Pedro compreendeu que Deus não faz acepção de ninguém, ou seja, o desejo do Senhor é que ninguém se perca (At 10.34; 2 Pe 3.9).
Veja as Palavras de Paulo “sendo assim, suplico-vos que sejam meus imitadores.” (1 Co 4.16). Sinta, portanto, o desejo de imitar o apóstolo Paulo, ensinando as pessoas sobre as verdades contidas nas Sagradas Escrituras para que todos tenham liberdade e livre acesso a Deus, amém?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
13/11/2016 - Culto de Adoração
"GAME OVER"
“Game Over”
“Enquanto Jesus ainda estava falando, chegaram algumas pessoas vindas da casa de Jairo, o dirigente da sinagoga, a quem informaram: “Tua filha já está morta! Não adianta mais incomodar o Mestre”. 36) Mas Jesus não deu atenção àquelas notícias, e voltando-se para o dirigente da sinagoga o encorajou: “Não temas, tão somente continue crendo! ” (Mc 5.35-36)
Com pequenas diferenças os evangelistas Marcos, Lucas e o discípulo Mateus registraram o milagre realizado por Jesus na ressuscitação da filha de Jairo, um dos principais da sinagoga dos judeus. Antes de operar este milagre sobrenatural, Jesus havia curado uma mulher cujo nome não é dado e que padecia há doze anos de uma hemorragia (Mc 5.25-34). Jesus não parava, era um milagre atrás de outro!
Os três evangelistas que registraram este milagre, pouco disseram sobre Jairo, apenas informaram que ele era pai de uma única filha que por sinal, estava doente e havia falecido. Afirmaram também que Jairo tinha uma função relevante na sinagoga. Assim, pode-se conjeturar que Jairo fosse um homem conhecido pelos seus compatriotas, e como um dos principais da sinagoga, certamente que ele conduzia as orações e participava efetivamente dos rituais judaicos que lá se realizavam. Resumindo, considerando que Jesus confrontava os hábitos e costumes religiosos judaicos, inclusive o de curar nos sábados, perceba que Jairo era inimigo religioso de Jesus.
Saiba que em termos planetários, é mesmo difícil uma pessoa citar com toda certeza todas as formas de enviar e receber mensagens. Passando pelo simplório bilhetinho, pelas cartas enviados pelos correios (coisa rara em dia), até o mais moderno aplicativo de mensagens por meio da internet, entenda que todas são maneiras úteis para fazer com que uma mensagem chegue ao destinatário.
Nos dois versículos acima, atente que Jairo recebeu duas mensagens totalmente antagônicas. A primeira mensagem procedente de pessoas de seu relacionamento dizia que sua única filha estava morta e que ele nem precisava mais incomodar Jesus (Mc 5.35). Era uma mensagem que tirava toda e qualquer esperança para sua filha. Essa foi a mensagem que chegou primeiro aos seus ouvidos e pode-se mais uma vez conjeturar como esta triste notícia foi processada em sua mente. A garota estava com doze anos, era única filha e certamente que o seu amor de pai era muito grande, a ponto de fazer Jairo vencer o orgulho e a vaidade para ir ao encontro de Jesus. Jairo era um dos principais da sinagoga e para os seus compatriotas judeus, Jesus era apenas um profeta popular. Jairo entendeu que sua religiosidade não ia ajudar em nada e foi atrás de Cristo! Reflita sobre isso!
Compreenda que assim como Jairo, muitas pessoas hoje em dia também enfrentam adversidades e recebem mensagens que arrancam qualquer sinal de esperança que ainda lhes resta para solução de seus problemas. Se há alguma possibilidade de sucesso ou mesmo de vitória, vem alguém e apresenta uma mensagem que coloca o problema como insolúvel e dá o caso por encerrado. Foi assim com Jairo, “Tua filha já está morta! ”. Ou seja, “Game Over” para você Jairo! Típica mensagem anunciando o fim do jogo da vida, nada mais a fazer, era o fim.
Lembre-se que o apóstolo Paulo disse que a fé vem pelo ouvir (Rm 10.17). Lembre-se que Bartimeu era cego há muitos anos e esta deficiência certamente lhe trouxe uma melhor performance na audição. Não enxergando a pessoa de Jesus, o cego Bartimeu escutou o barulho das pessoas que acompanhavam Jesus e clamou pela cura. Sua fé se fundamentou em ouvir, foi atendido e saiu curado da cegueira (Mc 10.46-52).
“Não temas, tão somente continue crendo” (Mc 5.36), ou seja, “start”! Início do jogo Jairo! Foi a segunda mensagem que Jairo escutou e era totalmente contrária à mensagem de seus amigos.A primeira noticiou morte e agora Jesus lhe dizia para não ter medo, não ter receio, que tivesse calma e continuasse acreditando, ou seja, não deixasse que sua fé fosse embora. E Jairo ouviu o Mestre. Noutras palavras Jesus estava lhe dizendo que não desse crédito às mensagens do homem, mas que desse crédito a sua fé. Era uma mensagem que encheu seu coração de esperança e de ânimo. Pense nisso!
Saiba que há momentos que são únicos na vida das pessoas. Se Jairo desse crédito à mensagem de seus amigos e saísse dali, certamente que não ouviria a mensagem de Cristo e não viveria o milagre de ver sua filha ressuscitada. De maneira idêntica acontece com as pessoas nos dias de hoje. Com raras exceções, poucos gostam do sucesso alheio e estão sempre prontos para darem mensagens negativas, gerando desânimo e criando o fracasso. Para os amigos de Jairo, a mensagem era um ponto final, todavia, Cristo colocou uma vírgula e trouxe vida à aquela família. Creia nisso!
Entenda que mensagens negativas originadas de homens são a grande causa de o crente não receber sua benção. Assim como Jairo, espere a mensagem do céu, acalme o seu coração e continue crendo, amém?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
06/11/2016 - CULTO DE LOUVOR E ADORAÇÃO
O GRITO
O GRITO
“E logo, Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe: Homem de pouca fé, porque duvidaste? ” (Mt 14.31)
O episódio que redundou neste versículo encontra-se registrado somente no Evangelho Segundo Mateus e é por demais conhecido. Saiba que os evangelhos Segundo Marcos e Segundo João apenas registram que Jesus caminhou sobre as águas, sem mencionar a participação do discípulo Pedro, enquanto o Evangelho de Lucas não registra este evento. Nada errado nisso, são apenas registros distintos e visões singulares dos evangelistas.
Certamente que você conhece esta história. Depois do pedido de Pedro para ir ao encontro de Jesus e caminhar um trecho sobre as águas, ele sentiu medo, começou a afundar e gritou por socorro. Foi salvo quando Jesus lhe estendeu a mão e o advertiu sobre o tamanho de sua fé. Logo após todos subiram no barco e a tempestade se acalmou.
Diariamente os jornais noticiam todos os tipos de conflitos sociais cujas consequências são muito ruins. Parece que as pessoas vivem mesmo de maneira tão desorganizada que não conseguem reagir por si mesma. Num primeiro momento, frente as dificuldades as pessoas se mostram fortes, confiantes e plenamente capacitadas a superarem os medos e saírem vitoriosas, mas instantes depois a situação se inverte. O medo e o fracasso tomam conta e bate o desespero. Lembre-se que antes disso tudo, Jesus havia feito a multiplicação dos pães e alimentado muitas pessoas, todavia, seus discípulos ainda não haviam entendido muito bem este milagre e seus corações estavam endurecidos (Mc 6.52). Ou seja, estavam com Jesus, caminhavam com Jesus, mas ainda tinham muitas dúvidas. Pense nisso!
Pedro era pescador e certamente sabia nadar, mas mesmo assim o medo e a aflição de se afogar falaram mais alto (Mt 4.18-19). A fé de Pedro foi o suficiente para tirá-lo do barco e andar um trecho sobre as águas, mas não foi o bastante para prosseguir. Atente que enquanto Pedro fixou seu olhar em Cristo, ele andou seguro sobre as águas, todavia, ao desviar seu foco de Jesus, ele caiu e afundou. Perceba que frente a certeza de afundar, ele fez a coisa mais certa: gritou e Jesus lhe estendeu a mão. Entenda a dinâmica, Pedro vacilou na fé e mesmo assim, Cristo foi fiel e lhe deu a mão! Pense nisso!
Saiba que muitas pessoas iniciam projetos, desenvolvem ações e se sentem capazes de tocar seus negócios confiando plenamente em suas próprias experiências de vida. Neste momento estão fortes e orgulhosos de si mesmo. Entretanto, grande parte dessas mesmas pessoas ao aproximar os primeiros problemas, em vez de humildemente gritarem pelo socorro divino, permitem que o orgulho e a soberba falem mais alto e perdem a oportunidade de segurar na mão de Cristo e, infelizmente afundam nas águas da vida. O orgulho e a soberba foram impedimentos, bastaria tão somente gritar por Jesus.
Já outros, cientes da fraqueza que permeia o ser humano, não hesitam em fazer como discípulo Pedro e recebem com alegria o socorro que vem do alto (Sl 121.1-2). Reconheça que Pedro poderia gritar pelos outros discípulos, poderia gritar por João, por Tiago ou até mesmo gritar por Judas Iscariotes. Qualquer um dos discípulos que estavam no barco poderia lhe jogar uma corda e arrastá-lo para dentro, mas tudo isso seria gritar pelo socorro dos homens! Pedro gritou por Jesus (Mt 14.30). Reflita nisso!
“Pedro, descendo do barco, e andando sobre as águas, foi ao encontro de Jesus (Mt 14.29). Lembre-se que Pedro antes de afundar tinha caminhado alguns metros sobre as águas e logo após o socorro do Mestre, ambos voltaram e subiram no barco (Mt 14.32). A Bíblia não relata, mas pode-se conjeturar que na volta ao barco, ou Jesus o carregou nos braços ou Pedro voltou para o barco caminhando novamente sobre as águas, ao lado de Jesus. Pela fé, eu creio que Pedro voltou caminhando sobre as águas e olhou satisfeito para onde estava Satanás, como se dissesse: “você quis me derrubar, mas eu gritei por Jesus e ELE me socorreu”!
Assim como Pedro, entenda a importância e a necessidade de gritar por Jesus. Lembre-se que nas lutas diárias, quando se imagina estar só e que Jesus não te ouviu, creia que ELE está ao seu lado, assim como esteve com Pedro. Não se envergonhe de gritar a plenos pulmões por Jesus o socorro que somente ELE pode dar.
Lembre-se que mesmo em situações onde a solução parece distante e impossível, Jesus tem poder para mudar sua história. Segure firme nas mãos de Jesus, ou ELE te carregará nos braços ou de mãos dadas caminhará ao seu lado, amém?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
29/10/2016 - CULTO DE LOUVOR E ADORAÇÃO
23/10/2016 - CULTO DE ADORAÇÃO
ABANDONADO
ABANDONADO
“Somente Lucas está comigo...” (2 Tm 4.11a)
Paulo foi o autor das duas cartas escritas a Timóteo, então seu companheiro de jornadas. Essas cartas são conhecidas como epístolas pastorais, uma vez que elas tratam de questões eclesiásticas, de ordem, disciplina e da pura doutrina cristã. O apóstolo Paulo teria escrito essas duas epístolas e a de Tito durante seus últimos dias de vida. Ele estava preso em Roma e reconhece que seu martírio se aproximava (2 Tm 4.6).
Perceba uma inversão de valores na vida de Paulo. Outrora, ele tinha sido um competente perseguidor de cristãos no mundo de sua época (Fp 3.6), todavia, após sua conversão (At 9.4-5) ele tornou-se extremamente conhecido justamente por pregar aquilo que antes combatia. Após converter-se, ele estabeleceu diversas comunidades cristãs nas principais cidades do mundo de então e em decorrência deste seu novo procedimento, sofreu açoites e prisões (2 Co 11.23-26).
Veja que ao encerrar sua carta a Timóteo, Paulo sentia-se abandonado e deixa claro que somente Lucas, autor do terceiro Evangelho e de Atos dos Apóstolos o acompanhava (2 Tm 4.11). Perceba que pelo tamanho e importância do nome de Paulo no meio cristão de sua época, soa estranho ele dizer que estava abandonado pelos amigos e irmãos. Parece mesmo uma crueldade. Ele estava em Roma, distante de todos aqueles a quem tempos atrás teria demostrado amor, afeição e com toda força de sua alma, havia pregado o caminho da salvação pela graça de Deus e não pela imposição das obras da lei mosaica. Durante seu ministério ele exaltou o amor ao próximo, sentimento esse que é a base de sustentação do cristianismo e que ele tanto pregou (Jo 3.16). E naqueles momentos finais de sua vida, preso em Roma, estava literalmente só. O amor havia desaparecido. Reflita!
Saiba que nos dias de hoje muitas pessoas reclamam da solidão e do abandono. Elas afirmam terem feito tantas coisas pelos colegas, pelos amigos e pelos parentes mais queridos e que agora estão sozinhas. Reina a tristeza da solidão. Essas pessoas realizaram, ensinaram, ajudaram e fizeram muito pelas outras, mas num determinado momento da vida elas se encontram abandonadas, como se ninguém as conhecessem.
Veja que Paulo ensinou às pessoas daquele mundo sobre a importância da graça e do amor de Jesus Cristo contra o rigor e a dureza da lei mosaica. Atente que Paulo foi uma ferramenta poderosa nas mãos de Deus, salvando, curando e ressuscitando pessoas e, agora, justamente nos momentos finais de sua carreira, estando preso por causa do mesmo evangelho que pregava o amor e a liberdade em Cristo, declara que somente Lucas estava com ele! Mais adiante ele relembra a Timóteo que também esteve só ao fazer sua primeira defesa ante os judeus que o acusava, “antes, todos me abandonaram” (2 Tm 4.16).
Praticamente todas as cidades possuem casas ou mesmo instituições que abrigam aqueles que vivem sem amparo, notadamente na velhice. Veja que com raras exceções, essas pessoas certamente se doaram para ajudar alguém, mas a natureza e a complexidade humana as colocaram por escanteio, como se fossem um objeto que de repente não tem mais valor e perdeu a serventia. Pense nisso!
Compreenda que você pode até se encontrar solitário, sem ninguém por perto, mas saiba que mesmo Jesus, nos momentos finais de sua vida terrena, instruía seus discípulos e já profetizava que seria abandonado, todavia, também afirmava que não estaria só “porque o Pai está comigo” (Jo 16.32.).
"Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo” (Sl 23.1). Era a clara e nítida manifestação do rei Davi, se declarando ovelha de um Pastor que cuida, que zela, que protege e que não abandona os seus. Ou seja, viver junto a outras pessoas faz parte da natureza humana e isso é extremamente salutar, entretanto, o cristão não teme mal algum porque Cristo está com ele, inclusive naqueles momentos onde a solidão parece não querer ir embora.
“Por isso não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; eu o segurarei com a minha mão direita vitoriosa. ” (Is 41.10). Mesmo sozinho e longe de amigos, o Espírito de Deus sempre está perto. Paulo não estava abandonado, o mesmo Cristo que o chamou para si (At 9.1-7), estava ao lado dele, sustentando e confortando. Compreenda que as dificuldades, as aflições e a sensação de estar só, serão mesmo companheiras por aqui, mas creia que nada oferta mais segurança nestes momentos do que saber que Cristo não desampara ninguém (Dt 20.4). Reflita isso!
Você já sabe, mas lembre-se que Jesus prometeu estar conosco todos os dias até à consumação dos séculos (Mt 28.20) e se ELE prometeu, ELE é fiel para cumprir, amém?
Jesus Cristo filho de Deus o abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr