Milton Marques de Oliveira
29/01/2017 - CULTO DE LOUVOR A DEUS
TRADIÇÕES RELIGIOSAS
TRADIÇÕES RELIGIOSAS
“E uma voz lhe disse: Levanta-te, Pedro, mata e come. ” (At 10.13)
Continuação do evangelho de Lucas, o livro de Atos dos Apóstolos apresenta o início da formação da igreja, suas dificuldades, os sucessos e o agir de Deus para o seu crescimento. Em algumas ocasiões, o próprio Lucas esteve presente acompanhando o apóstolo Paulo e em outros momentos, os seus registros retrataram fielmente o evento em que alguém esteve presente e diante disso, tem-se um relato fiel e idôneo em todo o livro (At 1.1; Lc 1.1-4).
O versículo acima está contextualizado dentro da visão que o discípulo Pedro teve para falar de Jesus ao centurião romano de nome Cornélio, seus familiares e outras pessoas que se encontravam presentes (At 10).
Há, nos dias atuais e notadamente no mundo cristão, muitas pessoas que estão simplesmente cumprindo rituais, estão presas a muitas formalidades eclesiásticas que engessam o seu relacionamento com Deus. Em decorrência disso são chamados de religiosos, ou seja, são pessoas que devido a tradições familiares, crenças pessoais e ou mesmo influências externas, adotam diversas formalidades, métodos e ritos à sua fé. E são estes ritos e formalidades praticados no dia a dia que conduzem sua crença.
Lembre-se que Pedro era judeu. Nasceu e cresceu sob o regime religioso judaico e disso não se apartou, mesmo estando com Jesus e vendo o Mestre em diversos momentos quebrar e questionar as tradições judaicas nos embates com os fariseus. Pedro tinha plantado e consolidado em sua mente todo o ritual judaico. Prova disso é a sua resposta ao versículo acima, quando ele manifesta que não comeria coisa comum e imunda (At 10.14). Como judeu, as coisas comuns e imundas eram os animais que ele enxergou na visão e descritos na lei mosaica (Lv 11.1-47). Sem dúvida nenhuma, Pedro estava preso, engessado e amarrado nas formalidades, nos ritos e nas tradições judaicas e Deus agiu por meio dessa visão para quebrar sua religiosidade.
Longe dali o centurião Cornélio também teve uma visão. Cornélio era gentio, comandante de tropa de soldados do Império Romano, todavia, era temente a Deus, piedoso e homem de oração (At 10.1-2). Atente que Deus trabalhou nos dois lados da questão. Para o judeu Pedro, Deus quebrou suas tradições religiosas, demonstrando uma nova maneira de conexão do homem com o Criador. Preso à lei mosaica, Pedro passou a ver a maneira surpreendente de Deus tratar com a humanidade. Para o gentio Cornélio, Deus estava apontando o caminho que ele apenas imaginava, mas que breve se tornaria realidade com a presença de Pedro (At 10.44-48). Atente que o Espírito Santo agia em ambos lados, quebrando as tradições e mostrando o caminho em duas frentes totalmente distintas!
Saiba que tudo isso aconteceu nos primórdios do século I, logo após a morte e ressurreição de Cristo, todavia, hoje em pleno século XXI, ainda são comuns o aprisionamento das pessoas por meio de diversos rituais eclesiásticos. São tantos preceitos humanos, tantas ordens, tantas normas e regras que a pessoa fica engessada nas igrejas. Nisso ela não consegue nem ao menos erguer a mão para agradecer a Deus pelas bênçãos recebidas, quanto mais para levar adiante o evangelho da salvação e vida eterna por meio da graça de Deus e fé em Cristo (Ef 2.8-9). Pense isso!
Pedro entendeu bem o que Deus estava lhe dizendo por meio daquela visão. Ele atendeu ao chamado divino e foi se encontrar com Cornélio que se prostrou aos pés do discípulo. Se para Cornélio era comum adorar os imperadores Romanos que se diziam deuses, naquele momento ele aprendeu que somente a Deus se deve adorar e que toda honra e toda glória é de Deus. Pedro recusou sua adoração (At 10.25-26).
Existem muitas dificuldades humanas para o homem compreender o trabalhar de Deus em sua vida. Se dependesse da crença e das tradições religiosas do judeu Pedro, um gentio como Cornélio jamais escutaria a Palavra de Deus, mas entenda que o Espírito Santo agiu de maneira soberana. O Espírito de Deus preparou estes dois homens para este encontro de maneira que ambos viram e sentiram o trabalhar divino justamente no momento em que o Espírito Santo encheu todos os que ouviram a palavra (At 10.44). Saiba que quando Deus resolve agir, ele atua de maneira imprevisível à mente humana. O homem é reconhecidamente incapaz de entender de imediato as atividades divinas. Atente nisso!
Compreenda que Deus tem demonstrado sua misericórdia a todo momento, desejando que ninguém pereça, que possam atender ao seu chamado, se arrepender de seus pecados e para isso, ELE atua de várias maneiras para que muitos tomem conhecimento e posse da salvação mediante a sua graça. E isso enquanto há tempo (2 Pe 3.9). Pense nisso!
Pedro foi um instrumento nas mãos de Deus. Ultrapassou e venceu as barreiras que o impediam de levar adiante a Palavra de Deus e abriu as portas da salvação para todo o mundo gentio. Assim como Pedro, somos ferramenta nas mãos de Deus, portanto, deixa Deus te usar. Creia nisso!
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
24/01/2017 - CULTO DE LOUVOR
22/01/2017 - CULTO DE LOUVOR A DEUS
14 e 15 de JANEIRO/2017 - CULTO IGREJA MISSÃO GERAR - LAVRAS/MG
QUATRO PILARES
QUATRO PILARES
“A mão do Senhor estava com eles, e muitos creram e se converteram ao Senhor. ” (At 11.21)
O livro de Atos dos Apóstolos, teve como escritor a pessoa de Lucas, então fiel companheiro de Paulo nas viagens missionárias. Atos dos Apóstolos registra o início da igreja, as missões cristãs, as curas e os milagres, as perseguições ao Cristianismo, mortes e prisões e também a forma como se deu a difusão da fé cristã no mundo.
Dentre os muitos personagens que integram o livro de Lucas, tem-se que Thiago, Estevão, Barnabé, Paulo, Silas e Pedro foram personagens de grandes eventos. Estevão e Thiago foram martirizados (At 7.58; 12.2). Barnabé foi exemplo de cristão generoso (At 4.36-37). Silas mesmo preso, louvava ao Senhor (At 16.14-25). Paulo, então fariseu de carteirinha e vivendo no extremo oposto do cristianismo, converteu e transformou-se num grande doutrinador cristão (At 9.1-13). Pedro então um titubeante discípulo se tornou um homem cheio do Espírito Santo e um pregador de mensagens inflamadas (At 2.14-47).
O versículo acima está contextualizado na igreja de então, na cidade de Antioquia, hoje atual Síria e palco de uma guerra civil. Implicitamente, veja que obediência, a fé, a adoração e a perseverança eram, dentre outros indicadores, aquilo que indicava ser a pessoa um cristão (At 11.21.22).
Perceba que muita gente se considera cristão, mas uma parte deste enorme contingente ainda caminha longe dos princípios cristãos. Ser verdadeiramente um cristão é cumprir os mandamentos deixados por Cristo. É ser cristão de dentro para fora e não no exterior. Este indicativo, cristão de dentro para fora, ainda surpreende muitas pessoas, notadamente quando estas se sentem confrontadas a defenderem sua crença fora do ambiente das igrejas (2 Tm 2.15). Reflita isso!
No século I, aos novos cristãos era ensinado sobre o valor que a obediência aos mandamentos de Jesus exercia em termos de uma vida plena de paz e de relacionamento, tanto do cristão com Deus, como do cristão para com as demais pessoas (Jo 14.15). Hoje, Deus requer a mesma obediência, não para controlar as pessoas, mas que tenham uma vida abundante, repleta de bênçãos e longe do pecado. Ser cristão implica ser praticante da Palavra em todos os seus aspectos (Tg 1.22). O comportamento, as atitudes e a postura do cristão devem ser harmônicos com a obediência a Deus. A origem de muitos problemas que afligem a humanidade, inclusive de pessoas cristãs, tem sua gênese na desobediência a estes princípios (Lc 6.46). Pense nisso!
Entenda que sendo obediente, o cristão tem fé! Lutero deu o pontapé inicial na reforma protestante ao mostrar o valor da fé para os cristãos do século XV que ainda não tinham vislumbrado a importância de conhecer as escrituras. Nada de mérito, nada de trocas, nada de escambo, mas fé e fé em Jesus (Rm 1.17; Hb 2.4 e Gl 3.11). Essas passagens acima mostram a fé como afirmação e não como indagação, de maneira que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6).
Muitos se consideram cristãos, mas não possuem a fé que fortalece nos momentos angustiosos e que sustenta a crença nas promessas de vida eterna. Recorde-se da mulher cananeia que foi elogiada por Jesus justamente pela fé que tinha em seu coração. Era uma mulher pagã e certamente cresceu em meio a idolatria, sem conhecer as Escrituras. Todavia, o pouco que ela soube de Jesus foi o suficiente para ter a fé que curou sua filha (Mt 15.28).
Saiba que a cidade de Corinto, nos idos do século I, era uma cidade portuária, com gente de todos os lados do mundo de então, repleta de deuses, cheia de ídolos e Paulo ensinou aos irmãos da igreja daquela cidade que eles deviam se apartar das práticas mundanas do povo e para isso era preciso se fortalecerem na fé “Porque vivemos por fé, e não pelo que vemos” (2 Co 5.7). Ou seja, a fé é o combustível da vida cristã.
Veja que sendo obediente e tendo fé, o cristão adora ao Senhor. Adorando a Deus, o cristão reconhece Jesus Cristo como Senhor e criador de todo o universo (Cl 1.16). Somente a ELE deve-se adorar, não importa qual seja o momento, se alegre ou triste, mas que seja uma adoração verdadeira de um coração sincero (Sl 59.17). No AT quando o cristianismo ainda era uma sombra dos tempos vindouros, tem-se a palavra de Deus dada ao povo de Israel quando este caminhava em direção a Canaã, mostrando que não havia nada semelhante ao Senhor Deus, em majestade, em santidade e que somente a ELE deviam adorar (Ex 15.11; Lc 4.28).
Obediência. Fé. Adoração. E agora a perseverança. Estes são quatro pilares importantes para o cristão. Veja que muitos ainda estão indecisos, muitos ainda não se firmaram na rocha que é Cristo. Perceba que é muito fácil desistir quando as pessoas enxergam o tamanho da missão que lhe foi dada. As pessoas desistem do trabalho, dos amigos, da família, da faculdade e desistem até mesmo de seus sonhos. E também desistem de buscar a vontade de Deus quando surgem as primeiras dificuldades. Adversidades, aflições, angústias e dias maus virão mesmo para todos, todavia, a diferença está na maneira de enfrentamento. O cristão tem seu foco em Cristo, independente das circunstâncias e das condições. O apóstolo Paulo, instruindo Timóteo, o ensinou da importância em perseverar nas coisas que, ele Timóteo, tinha aprendido e das quais tinha convicção (2 Tm 3.14).
Obediência, fé, adoração e perseverança! Atente, portanto, para a importância de praticar estes quatro indicadores, prova viva e real de um verdadeiro cristão. Creia nisso!
Jesus Cristo Filho de Deus te abençoe, sempre.
Milton Marques de Oliveira - Pr
15/01/2017 - CULTO DE ADORAÇÃO
REJEIÇÃO
REJEIÇÃO
“e teve a seu filho primogênito; envolveu-o em faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.” (Lc 2.7).
Extraído do Evangelho Segundo Lucas, este versículo mostra o registro do nascimento de Jesus, na cidade de Belém em cumprimento a profecia de Miquéias (Mq 5.2). Lucas, como se sabe não foi um dos doze discípulos de Jesus, todavia, foi um dos mais próximos do apóstolo Paulo, acompanhando-o nas viagens missionárias. Foi inclusive seu médico particular, a ponto de não o abandonar quando Paulo esteve preso em Roma (2 Tm 4.11).
A narrativa de Lucas é repleta de detalhes com histórias e acontecimentos que marcaram a vida do Mestre. Lucas escreveu aos gregos, mas de maneira específica ao amigo Teófilo, para que este conhecesse a certeza de tudo o que já havia sido informado sobre o Messias (Lc 1.3-4).
Perceba que Jesus ao nascer na cidade de Belém, foi colocado numa manjedoura, ou seja, um recipiente que servia para alimentar os animais. Era um local por demais simples e isso de antemão já contrariava os judeus que aguardavam por um rei político que nascesse na capital Jerusalém e os libertasse da dominação do Império Romano. Atente que nem mesmos os doutores da lei, os sacerdotes e rabinos judeus que tanto conhecimento possuíam das escrituras, não atentaram para o Messias que havia de vir dessa maneira.
O profeta Isaías havia predito que Jesus seria desprezado e rejeitado pelos homens e que dele, não fariam caso algum (Is 53.3). Essa profecia se cumpriu parcialmente já no nascimento de Jesus, quando José foi procurar por abrigo na estalagem. Maria deu à luz e Cristo foi colocado numa manjedoura. “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1.11), a rejeição completa ao nome de Jesus pelos judeus foi concluída ao longo de seu curto ministério terreno (Mt 27.24-25).
Reconheça que atualidade acontece a mesma coisa. Só mudou a geografia que saiu da região do Oriente Médio (Palestina) para outros pontos do planeta. Muitos ouvem falar de Jesus, possuem um exemplar da Bíblia, participam de cultos nas igrejas, escutam as pregações, recebem bênçãos, testemunham sinais e maravilhas e até leem alguma coisa sobre quem foi Jesus e sua obra redentora, que ELE fez e o que pode realizar pelas pessoas, todavia, não abrem o coração para recebê-lo plenamente. Noutras palavras, infelizmente ainda o rejeitam. Reflita isso!
Observe que nas 24 horas do dia as pessoas conseguem tempo para tudo. Tempo para trabalhar, para estudar, cuidar dos filhos, fazer atividades domésticas, conversar com amigos, usar as redes sociais, ir à igreja, fazer refeições, descansar e obviamente, dormir. Raro o tempo devotado a Deus. Raro o tempo dedicado a quem morreu pelos seus pecados, fez e fará grandes coisas por você (Ef 3.20).
As pessoas vivem mesmo debaixo de uma grande agitação social. Uma correria desenfreada para todos os lados, uma afobação muito grande para realizar coisas. O relógio não para e observa-se que o tempo destinado a Deus praticamente não existe, não há espaço para Jesus nas agendas que estão cheias de compromissos particulares. As prioridades pessoais se sobrepõem ao tempo que deveria ser ofertado a Deus. Aliás, o tempo ofertado a Deus somente acontece nos momentos de extremo desespero, de grande aflição e angústia, ou quando a vida está por um fio. Literalmente falando é exatamente nestes momentos de extrema dor, que ao clamar por um milagre, a pessoa abre o seu coração e puxa Jesus para dentro do peito. “Puxa Jesus”, quando deveria deixar que ELE entre nos corações (Ap 3.20).
Dentro da complexidade humana há diversas razões para as pessoas rejeitarem a Cristo, todavia, essa repulsa presente gera uma fatura que deverá ser quitada, mais cedo ou mais tarde (Tg 4.14). A consequência desta rejeição virá como um boleto, cujo pagamento se resume na permanência eterna longe do Criador, sem chances de retorno (Lc 19.26). É a colheita daquilo que foi semeado, isto é, semeou rejeição, colheu rejeição. Reflita!
“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos; ” (At 4.12). Palavras do discípulo Pedro, se referindo a Jesus quando falou aos principais da sinagoga judaica, aos anciãos e aos escribas em Jerusalém, que rejeitaram suas palavras e obviamente, recusaram o único que poderia salvá-los.
Entenda, portanto, que nessa onda global de rejeição, você pode fazer diferente, pode ser a exceção. Jesus, o único caminho à salvação (Jo 14.6), creia nisso!
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
08/01/2017 - CULTO ENCERRAMENTO 1° ANIVERSÁRIO DA COMUNIDADE OCN
TESOURO
TESOURO
“Porque, onde estiver o teu tesouro, aí também estará o teu coração. ” (Mt 6.21)
Versículo extraído do Evangelho de Mateus e escrito pelo discípulo de mesmo nome. Mateus era um judeu que antes de ser chamado por Jesus, trabalhava como cobrador de impostos para o Império Romano (Mc 2.14; 3.13). Naquela época, século I, o cristianismo dava seus primeiros passos, com Jesus ensinando, curando e pregando a salvação pela graça de Deus, tendo como pano de fundo a dominação do Império Romano e o Judaísmo como religião predominante.
A passagem acima está contextualizada no ensino de Jesus sobre ajuntar tesouros no céu, e se naquela época já havia a preocupação das pessoas em reunir tesouros na terra, hoje não é diferente, principalmente quando se percebe a ansiedade e pressa das pessoas em acumular riquezas e bens materiais o quanto antes. Saiba que não é errado possuir bens materiais, imóveis, carros e dinheiro nos bancos, considerando ser esta acumulação a retribuição pelo trabalho que as pessoas exercem, e desta forma é justo e legítimo que essa dedicação ao trabalho honesto se transforme em bênçãos.
Entenda que o erro consiste em se apaixonar pelo dinheiro de tal forma que, em vez dele ser benção na vida das pessoas, utilizado com sabedoria para alimentação, saúde, educação, roupas e outras necessidades, se transforme em sofrimento, inclusive sendo muitas das vezes a causa da ruína pessoal, de brigas familiares e principalmente o motivo maior de desvio na fé cristã (1 Tm 6.10). Reflita!
Atente que nem sempre as pessoas acumulam tesouros como todos normalmente fazem, adquirindo carros, imóveis e dinheiro, mas alguns constroem para si “tesouros” fundamentados nas práticas mundanas, nos programas de TV e até mesmo em seu passado pessoal. Lembre-se que a mulher de Ló tinha como seu tesouro o ambiente acolhedor das cidades de Sodoma e Gomorra e as campinas da margem do rio Jordão. Seu tesouro estava lá e era naquela área geográfica onde estava também o seu coração. Ao receber ordem de fuga, ela olhou para trás, para onde estava seu tesouro. Ao dar preferência pelo tesouro terreno em detrimento pelo tesouro celestial, este lhe trouxe um fim trágico (Gn 19.260).
De forma contrária, perceba que Zaqueu, conhecido personagem bíblico, tinha como “tesouro” a quantidade de seus bens e o status de coletor de impostos, mas escolheu sabiamente priorizar o tesouro do céu, colocando seu coração em Jesus (Lc 19.8). São dois casos de tesouros terrenos com fins diferentes. Pense nisso!
Saiba que a Bíblia relata diversas passagens citando o coração das pessoas, algumas dessas citações como órgão do corpo humano, mas na maioria das vezes trata o coração como aquela parte interior da pessoa que responde pelas emoções e pelos sentimentos. Veja que a boca apenas transmite aquilo que o “coração” está cheio e isso tem definições diferentes. Se profere o mal, tem-se que a maldade está alojada no interior do homem (Mc 7.21-23) e se profere o bem, percebe-se um coração contrito e quebrantado, de onde brota palavras boas e agradáveis. De um coração contrito sai uma oração sincera de louvor a Deus (Sl 51.10).
Atente para as palavras de Jesus, se referindo aos fariseus “este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim ” (Mt 15.8). Perceba que algumas vezes o cristão está fisicamente na igreja, mas o seu coração está longe, estacionado em lugares que não agradam a Deus, ou seja, o “tesouro” desta pessoa não está em Jesus e nem pelo que ELE representa em sua vida, mas está em coisas terrenas, temporárias e passageiras. Lembre-se das palavras do profeta Jeremias que há séculos já advertia seus contemporâneos, dizendo que enganoso é o coração, mais do que todas as coisas e desesperadamente corrupto, de forma que ninguém pode decifrá-lo (Jr 17.9). Reflita!
Jesus ensinou que a motivação maior para os homens entesourarem suas riquezas na terra, está nas vaidades e na busca pelas glórias humanas. No século I, muitos judeus até acreditavam nas palavras e no ensino de Cristo, mas amavam demais o prédio, gostavam das escadarias e das colunas da sinagoga judaica e tinham medo de serem excluídos dela pelos sacerdotes (Jo 12.42-43). Para estes judeus, o seu “tesouro” era a estrutura em alvenaria do templo e as benesses dos rituais religiosos do sistema judaico. Para os dias de hoje, isso é uma realidade que não só paralisa as pessoas, mas aprisiona e escraviza. Reflita isso!
Saiba que aquelas pessoas ouviam os ensinos de Jesus, acreditavam nas suas palavras, mas o coração deles estava na beleza da arquitetura da sinagoga e não em Jesus e na salvação pela graça. De forma igual, hoje em dia, as pessoas relutam em aceitar Jesus em seu coração com receio de perderem status, amigos, colegas e tudo aquilo que o mundo proporciona. Ou seja, para estas pessoas, é onde estão justamente os seus “tesouros”.
Entenda e reconheça que o tesouro de todo crente em Jesus deve estar na vida eterna, e é lá aonde devemos investir nosso tesouro (1 Co 15.19), amém?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr